JUDAISMO HUMANISTA2024-03-29T01:00:12Znelson de oliveira matheus júniohttp://judaismohumanista.ning.com/profile/nelsondeoliveiramatheusjuniohttp://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/8171095257?profile=RESIZE_180x180&width=48&height=48&crop=1%3A1http://judaismohumanista.ning.com/group/acasadossaberescompauloblank/forum/topic/listForContributor?user=0yboxivr6p274&feed=yes&xn_auth=noEm homenagem a Paulo Freire: doutores e pescadores - Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2023-05-20:3531236:Topic:1980052023-05-20T05:09:35.897Znelson de oliveira matheus júniohttp://judaismohumanista.ning.com/profile/nelsondeoliveiramatheusjunio
<div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a"><div dir="auto">Em homenagem a Paulo Freire: doutores e pescadores - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">No Brasil, é muito comum que alguém, como forma de respeito,</div>
<div dir="auto">chame o outro de “doutor”. Isso é feito principalmente pelas pessoas consideradas “simples”, que valorizam o outro por seu “grande conhecimento”.…</div>
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<div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a"><div dir="auto">Em homenagem a Paulo Freire: doutores e pescadores - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">No Brasil, é muito comum que alguém, como forma de respeito,</div>
<div dir="auto">chame o outro de “doutor”. Isso é feito principalmente pelas pessoas consideradas “simples”, que valorizam o outro por seu “grande conhecimento”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Esse <span><a></a></span>tema me chamou a atenção para uma linda história que Paulo</div>
<div dir="auto">Freire contava já antes de ser reconhecido como grande pedagogo.</div>
<div dir="auto">Conta-se que o professor dava aula de alfabetização em uma aldeia</div>
<div dir="auto">de pescadores, e as pessoas o chamavam de “doutor”, pelo fato de Paulo Freire ter uma sabedoria que os demais pescadores não possuíam.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Um dia, quando estava dando aula, os alunos o avisaram de uma</div>
<div dir="auto">tempestade que iria cair: “Doutor Paulo Freire, é melhor o doutor ir</div>
<div dir="auto">para casa, que vai cair um temporal danado!”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">O professor olhou para o céu e viu um dia claro, com muitas nuvens, mas sem sinal de chuva, e pensou: “Essa gente inventa coisas mesmo!”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Passou-se uma hora. O céu ficou todo escuro e caiu um temporal</div>
<div dir="auto">tão grande e tão forte que Paulo Freire não pôde voltar para casa.</div>
<div dir="auto">No dia seguinte, ao entrar na sala de aula, o professor perguntou:</div>
<div dir="auto">“Como vocês sabiam que ia cair um temporal?”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Eles responderam: “Ah, é muito simples, doutor! Quando há vento</div>
<div dir="auto">forte sudoeste e muitas gaivotas voando nessa direção, isso é sempre sinal de temporal”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Para Freire, esse foi o momento que mudou o rumo de sua vida</div>
<div dir="auto">como educador, o fez entender que todas as pessoas têm um tipo de conhecimento. Todos nós somos sábios em alguma coisa!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Paulo Freire, como forma de dar um sentido maior a essa situação</div>
<div dir="auto">pedagógica peculiar, faz um desafio aos seus alunos: “Eu farei dez perguntas de minha sabedoria que vocês terão que responder! Depois, vocês farão dez perguntas da sabedoria de vocês que eu terei que responder”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Freire perguntou: “Quem foi Sócrates?”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Todos riram, pois não sabiam responder!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Eles perguntaram a Freire:</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">“Qual é o período da pesca dos camarões?”</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Freire riu, pois não sabia responder.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Freire nos ensina que todos nós somos “doutores” em alguma coisa!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">E com certeza cada um tem muito que aprender com o outro.</div>
<div dir="auto">A grande sabedoria de Freire não foram os seus anos de estudo de</div>
<div dir="auto">direito ou, depois, todo seu período de atuação como professor de alabetização, mas sim a sua capacidade humana de entender que sua “sabedoria” era muito limitada: ele não era melhor que os pescadores, seu grande saber foi aprender a compreender e a tratar com dignidade e respeito o conhecimento do outro.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">O que é o conhecimento?</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Essa é uma grande questão!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Médicos, professores, acadêmicos, lideranças religiosas, cientistas, entre outros, são com certeza seres com muitos conhecimentos, mas, como seres humanos, são pessoas limitadas, pessoas muito limitadas mesmo!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Ter certos conhecimentos não quer dizer que somos donos da</div>
<div dir="auto">verdade!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Quando Orpa, minha falecida esposa, estava num processo avançado de tratamento de câncer, no Hospital Hadassah de Jerusalém, nas mãos de uma das maiores especialistas no tratamento de leucemia do mundo, a doutora, depois de usar todo o seu recurso e todos os seus saberes, nos declarou:</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">“Com todo o meu conhecimento de anos de estudo e de pesquisa,</div>
<div dir="auto">ainda sou muito limitada.”</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">De um lado, sua franqueza nos tirou a esperança de que seus “conhecimentos” curariam Orpa do câncer. Do outro, porém, sua grandeza foi o seu lado humano, que não nos deixou cair no erro das ilusões.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Edgar Morin, em seu livro Os setes saberes necessários para educação no futuro, nos alerta sobre o que é o conhecimento:</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">“O ensino fornece conhecimento, fornece saberes. Porém, apesar</div>
<div dir="auto">de sua fundamental importância, nunca se ensina o que é, de fato, o conhecimento. Ao examinarmos as crenças do passado, concluímos que a maioria contém erros e ilusões.”</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Todos nós temos um tipo de conhecimento! Crenças, ideias, pensamentos, religiões e visões de mundo, todos nós estamos constantemente vivendo em erros e ilusões!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Temos que ter muita consciência de que esses conhecimentos são</div>
<div dir="auto">extremamente importantes e válidos na vida, mas são conhecimentos ainda muito limitados. Vivemos no erro da ilusão, pois pensamos que sabemos tudo, mas ainda sabemos pouco sobre nossas vidas e sobre o mundo que nos rodeia.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">O grande desenvolvimento do conhecimento humano é um fato</div>
<div dir="auto">indiscutível e as proezas tecnológicas são deslumbrantes, mas isso tudo nada mais é do que uma pequena partícula do que vem a ser o segredo oculto existente em nossas vidas e em nosso mundo.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">O grande conhecimento é ser consciente das limitações de nossos</div>
<div dir="auto">conhecimentos de nossas “verdades”!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Eu acredito no que acredito!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Minha crença, porém, está muito limitada e longe de ser uma verdade absoluta! Tenho consciência de minha limitação humana.</div>
<div dir="auto">Sempre quando me perguntam: “Por que os judeus colocam quipá</div>
<div dir="auto">se essa mitzá não está escrita na Torá?”.</div>
</div>
<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Eu respondo: “É para lembrar aos rabinos que eles não são deuses e sim seres humanos cheios de fraquezas e de limitações”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Saber de nossas limitações e fraquezas é uma forma de sabedoria pela qual complementamos o nosso vazio na sabedoria do outro e o outro complementa o seu próprio vazio em nossa sabedoria!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Exatamente como fez Paulo Freire ao aprender o grande valor que</div>
<div dir="auto">tem a sabedoria dos pescadores por sua própria limitação.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Shabat Shalom!</div>
</div> Os 10 mandamentos [mitzvot] para o judaísmo de nossos tempos - Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2022-12-28:3531236:Topic:1952682022-12-28T20:36:08.755Znelson de oliveira matheus júniohttp://judaismohumanista.ning.com/profile/nelsondeoliveiramatheusjunio
<div class="xg_module_head"><h2>Os 10 mandamentos [mitzvot] para o judaísmo de nossos tempos - Jayme Fucs Bar</h2>
<h2><span style="font-size: 10pt;"><em> 1 - Entender o conceito do Único</em></span></h2>
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<div class="xg_module_body xg_user_generated"><p>Essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>é um dos conceitos básicos do judaísmo, que bem explica a base dos princípios judaicos. Isso quer dizer que todos os seres humanos são iguais nos mais amplos aspectos transcendentes: somos…</p>
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<div class="xg_module_head"><h2>Os 10 mandamentos [mitzvot] para o judaísmo de nossos tempos - Jayme Fucs Bar</h2>
<h2><span style="font-size: 10pt;"><em> 1 - Entender o conceito do Único</em></span></h2>
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<div class="xg_module_body xg_user_generated"><p>Essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>é um dos conceitos básicos do judaísmo, que bem explica a base dos princípios judaicos. Isso quer dizer que todos os seres humanos são iguais nos mais amplos aspectos transcendentes: somos iguais desde a nossa origem, somos iguais na responsabilidade que temos uns para os outros, somos todos parte dessa unidade, somos todos parte integral desse Único. Ele é o Tudo, Ele é o Nada, Ele é a Natureza, Ele é o Universo, Ele é o Equilíbrio, Ele é a Vida Sagrada. Somos parte inseparável desse “Um”, desse “Único”, independentemente de nacionalidade, raça, cor, crença e religião.</p>
<p> </p>
<p><em>2 – Amar ao próximo como a si mesmo</em></p>
<p>Essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>é considerada uma das mais importantes. O famoso Rabino Akiva dizia: “Amar ao próximo como a si mesmo, este é o maior princípio da Torá”. Ao cumprir essa<span> </span><em>miztvah</em>, é como se todas as 613<span> </span><em>miztvot</em><span> </span>estivessem sendo cumpridas. Essa importante reflexão judaica sobre o amor ao próximo pode ser entendida em múltiplos níveis, que se passam num diálogo constante entre o Único e o ser humano, entre o ser humano e o outro, entre o ser humano e si mesmo. O Rabino Pinchas Hacohen Peli, um famoso professor da Universidade de Ben Gurion, dizia sempre aos seus alunos: “Cada um de vocês deve interpretar os Dez Mandamentos em preceitos personalizados, ou seja: não roubar de si mesmos, não matar a si mesmos e não cobiçar de si mesmos, mas, sobretudo, amar a si mesmos como forma de aprender a amar o próximo”.</p>
<p> </p>
<p><em> </em></p>
<p><em>3 – Estudar a Torá</em></p>
<p>A<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>de estudar a Torá é parte inseparável do judaísmo. Independentemente da corrente ou da crença particular de cada um, todas terão em comum a Torá como fonte de estudo e orientação, pois ela é a pedra fundamental da civilização judaica. A Torá é a referência originária do significado da moral e da ética do ser humano, é a fonte de nossa sabedoria, de nossa cultura e tradição. Segundo os sábios, a Torá tem setenta faces: somente estudando a Torá encontraremos a face que buscamos. Talvez nessa face encontremos a chave para ajudar a enfrentar os desafios humanos da atualidade.</p>
<p> </p>
<p><em>4 – Procurar a espiritualidade</em></p>
<p>Neste mundo materialista, consumista e competitivo no qual vivemos, essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>é de extrema importância, como uma forma de não deixar os valores judaicos se transformarem em algo puramente instrumental em nossas vidas. Os costumes judaicos não devem ser simplesmente “fazer as coisas porque assim fazemos”, o que infelizmente é uma prática muito comum em certas correntes do atual judaísmo tradicional. O judaísmo é, em sua essência, cheio de valores espirituais e humanos, o que resulta na necessidade de sabermos a razão de fazermos tudo o que fazemos! O sábio Emmanuel Levinas dizia: “O judaísmo é uma religião para adultos”! Ele queria dizer que devemos praticar o judaísmo na sua profundidade espiritual, buscando na essência do espírito da Torá por essa espiritualidade, que vem sempre acompanhada de uma mensagem humana.</p>
<p> </p>
<p><em>5 – Educar</em></p>
<p>Essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>trata da base da continuidade judaica, pois a educação tem um papel fundamental na vida de judeus e judias. A identidade judaica é fortalecida e preservada pela educação. A família, a escola judaica, o movimento juvenil e a vida comunitária têm uma importância central na formação da identidade de um judeu e de uma judia, pois são espaços onde se pratica, se estuda e se vivencia sua cultura, suas festividades, suas tradições e seu ciclo da vida, criando e mantendo os rituais judaicos, invocando e valorizando o estudo da sua história, sua filosofia, sua literatura e todo tipo de manifestações culturais judaicas, sempre em um ambiente livre e pluralista.</p>
<p> </p>
<p><em>6 – Tzedaká</em></p>
<p>A<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>da<span> </span><em>tzedaká</em><span> </span>é fundamental na vida de todos os seres humanos. O próprio Maimônides, também conhecido como Rambam, foi um dos primeiros a criar uma rede social dentro do marco de uma estrutura comunitária judaica, que denominou “kupah”.<a href="http://judaismohumanista.ning.com/#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a><span> </span>Segundo Maimônides, redes de assistência deveriam ser criadas em toda cidade onde vivem judeus, para que, toda sexta-feira antes da entrada do<span> </span><em>shabat</em>, os dignos da comunidade contribuam na caixa social, a<span> </span><em>kupah</em>. Essa será a forma criada por Maimônides para colocar essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>em prática, em que o dinheiro arrecadado se aplica principalmente na educação e na ajuda dos necessitados. A rede social vai garantir a manutenção dos mais pobres, investindo na educação e na formação de seus filhos como forma de romper o ciclo da pobreza.</p>
<p> </p>
<p>7 –<span> </span><em>Manter nossos laços com a Terra de Israel</em></p>
<p>Essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>lembra as nossas origens e sobre a relação inseparável do judaísmo com a Terra de Israel. Devemos constantemente vincular nossos laços com a Terra de Israel como centro de nossa cultura e civilização. A vida judaica nas comunidades deverá estar sempre ligada ao conceito de que o judaísmo e Israel são inseparáveis, pois sua história, cultura e tradições estarão sempre interligadas, mesmo que muitos judeus continuem vivendo em lugares diferentes no mundo. Essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>nos lembra do nosso compromisso com o destino do atual Estado Judeu, que deverá cumprir, na prática, a Carta Magna de sua independência como meio de almejar o estado anunciado pelos sonhos e pelas profecias dos profetas de Israel: um Estado Judeu baseado na paz com seus vizinhos, no respeito mútuo entre os povos, um estado de justiça, de solidariedade, de igualdade e de direitos para todos os seus cidadãos.</p>
<p> </p>
<p><em>8 – Abençoar a criação</em></p>
<p> Essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>está vinculada ao<span> </span><em>shabat</em>, que é o dia da semana em que abençoamos e homenageamos a criação de tudo o que existe neste mundo. Essa é uma lei universal que garante a todos os seres humanos um dia de descanso semanal. O<span> </span><em>shabat</em><span> </span>é a hora da transição, é o momento em que paramos o nosso ritmo semanal que foi repleto de trabalho, compromissos, tensões e preocupações. Esse é o momento de dar a nós mesmos um dia da semana especial, um dia realmente diferente dos outros dias, um dia para estarmos juntos com a família, entre amigos e em nossa comunidade. É o dia em que devemos passear, meditar, namorar, falar de coisas boas, o dia especial para estar com nossos filhos e, sobretudo, se deslumbrar junto à natureza e abençoar a vida.</p>
<p> </p>
<p><em>9 – Kashrut social e ecológica</em></p>
<p>Essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>é uma necessidade imediata na vida de todos os seres humanos em nossos tempos. Ela foi alertada já no final dos anos 1970 pelo sábio Rabino Zalman Schachter-Shalomi, que viu a necessidade de fundir o tradicional conceito judaico das leis dietéticas com um novo termo, criando o “Eco-kosher”.</p>
<p>O Eco-kosher está conectado não somente com a prática dietética judaica, mas, também, a necessidade de uma responsabilidade social e ecológica ampla. A Torá é uma fonte repleta de leis sociais e ecológicas claras, não menos importante que as leis dietéticas. Ela fala claramente da obrigação de um tratamento justo aos direitos dos trabalhadores e na responsabilidade ambiental. Essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>é um alerta sobre como cuidar das coisas vivas, como guardar a natureza e como respeitar o outro com dignidade, pois no judaísmo a vida e a natureza são sagradas!</p>
<p> </p>
<p>10 –<span> </span><em>A prática do ciclo da vida judaico e suas festividades</em></p>
<p>Essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>está relacionada diretamente ao dia a dia da vida judaica, familiar e comunitária. Cada passo da prática do ciclo da vida judaica —<span> </span><em>brit milá, bar mitzá,</em><span> </span>casamento e sepultamento — e a comemoração de nossas festividades são evidências desta nossa trajetória de mais de 4 mil anos na história da humanidade. Essa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>tão importante é, na prática, a vivência de nossas tradições e costumes, cada comemoração sempre acompanhada de mensagens humanas de valores culturais, morais e éticos. No fundo, o dever dessa<span> </span><em>mitzá</em><span> </span>é passar esse legado de geração a geração.</p>
</div> Emmanuel Lévinas: o Judaísmo do Outro Homem - Denise Wasserman entrevista Paulo Blanktag:judaismohumanista.ning.com,2022-04-08:3531236:Topic:1936042022-04-08T20:20:31.920Znelson de oliveira matheus júniohttp://judaismohumanista.ning.com/profile/nelsondeoliveiramatheusjunio
<p>Emmanuel Lévinas: o Judaísmo do Outro Homem - Denise Wasserman entrevista Paulo Blank<br></br><br></br><span>.Quem foi Emmanuel Lévinas?</span><br></br><span>-Um filósofo que nasceu em 1926 na cidade de Kaunas perto de Vilna onde havia uma grande concentração de intelectuais judeus, religiosos ou não, e por isso era conhecida como a “Jerusalém da Lituânia”. Uma característica dos judeus religiosos da Lituânia é que tinham uma posição antagônica ao Chassidismo e a Cabalá, por verem neles uma grande…</span></p>
<p>Emmanuel Lévinas: o Judaísmo do Outro Homem - Denise Wasserman entrevista Paulo Blank<br/><br/><span>.Quem foi Emmanuel Lévinas?</span><br/><span>-Um filósofo que nasceu em 1926 na cidade de Kaunas perto de Vilna onde havia uma grande concentração de intelectuais judeus, religiosos ou não, e por isso era conhecida como a “Jerusalém da Lituânia”. Uma característica dos judeus religiosos da Lituânia é que tinham uma posição antagônica ao Chassidismo e a Cabalá, por verem neles uma grande possibilidade de idolatria.</span><br/><br/><span>.E isto poderia levá-los ao afastamento dos princípios judaicos?</span><br/><span>- De certa maneira sim, embora nos pareça estranha esta ideia. A preocupação com o Hassidismo veio do abandono do estudo do Talmud, da importância dada ao êxtase, à comunhão com Deus, à adoração de rabinos como se estes fossem santos e milagreiros fazendo surgir uma espiritualidade cheia de magias e parecida com o espiritismo, fato que se tornou bem real e presente hoje em dia aqui mesmo no Rio de Janeiro.</span><br/><br/><span>.Emmanuel Lévinas era religioso?</span><br/><span>-Na infância provavelmente não. Ele foi criado em uma ambiente não religioso, porém por uma família culta. Seu pai era dono de uma livraria, por este motivo, Lévinas logo teve contato com os clássicos da literatura russa, como Dostoiévski, por exemplo, muito citado em suas obras. Mais tarde tornou-se judeu tradicionalista, eu o chamaria de judeu shomer shabat seguidor da tradição sem ser um religioso radical, o judaísmo comporta estas diferenças...</span><br/><br/><span>.Apesar de nascido na Lituânia, ele é considerado um filósofo francês. Como se deu esta trajetória?</span><br/><span>-Considerá-lo filósofo francês é uma maneira de descaracterizar o pensamento judaico que fundamenta toda a sua obra. Em 1927, Lévinas foi para Estrasburgo onde cursou a faculdade e se formou em Filosofia. Foi então para Friburgo (Alemanha), conheceu a Fenomenologia, tornando-se aluno de Edmund Husserl e Martin Heidegger, de quem passou a divergir ao longo de toda a sua obra.Como sabemos, Heiddeguer acabou ingressando no partido nazista e Lévinas jamais o perdoou, embora o considerasse o maior pensador desde Platão. Naquela época ele conviveu com o início do hitlerismo.</span><br/><br/><span>.O que resultou dessa descoberta?</span><br/><span>- Em 1933, com 27 anos, ele publicou um curto trabalho intitulado “Reflexões sobre a filosofia do Hitlerismo”, onde ele percebe o hitlerismo como uma filosofia que negava todos os princípios da civilização europeia. Na medida em que as pessoas são definidas pelo sangue,não existe mais escolha.</span><br/><span>Lévinas denunciou que isso seria o fim do homem europeu liberal,fim da democracia,fim de toda a cultura européia, inclusive a cristã. Uma de suas acusações é que 2000 anos de cultura cristã ocidental não foram capazes de proteger os judeus,ou seja,plantar e sustentar uma civilização onde a diferença fosse aceita como parte da vida humana. Nesta época,já de volta à França ele publica seus primeiros textos exclusivamente judaicos.</span><br/><br/><span>.Ele estava na França quando esta foi ocupada pelos nazistas?</span><br/><span>-Ele serviu no exército francês, sendo prisioneiro numa campo de concentração de oficiais franceses . Exilado por cinco anos, não esqueceu o ódio do homem contra o outro homem deixada pela violência nazista. Em uma curta reflexão publicada no pós guerra ele conta como um cachorrino que ficava na porta do Laguer, quando saia para o trabalho forçado,recohecia nele uma essência humana ao saudá-lo toda manhã. Os habitantes da cidade vizinha nem reparavam na passagem pelas ruas daquela pessoas. Não será à toa que ele se transformou no pensador que trouxe de volta á filosofia uma questão que sempre foi paralela: a questão da ética como centro da vida humana.</span><br/><br/><span>. Ele teve influência de algum filósofo judeu?</span><br/><span>- Lévinas teve influência de um grande filósofo judeu, Franz Rosenzweig, que publicou “ A Estrela da Redenção”, uma obra prima, onde o judaísmo se transforma em um método para pensar o mundo, deixando de ser somente objeto de estudo.Tal qual acontece com Lévinas a obra de Rosentzweig é mais conhecida fora do mundo judeu do que dentro dele.</span><br/><br/><span>.O que você destacaria entre os seus principais pensamentos?</span><br/><span>- A maneira como ele trouxe o saber de Israel para o centro de seu pensamento e, de tal forma, que hoje ele é estudado profundamente pela igreja e nada pela sinagoga. Do pensamento de Israel ele capta a presença do outro como centro do mundo dos homens.O conceito de um outro diferente de mim é invenção da Torah. De como ele pode trazer o talmud como sabedoria contemporânea, fazendo com que os nossos mestres deixassem de ser privilégio das sinagogas e nos oferecer novos caminhos de se perceber judeu independente de sermos religiosos ou não.Uma intelectual israelense iimportante disse dele que ele é o único capaz de dar sentido a um judaísmo em Israel.</span><br/><br/><span>.Como Lévinas trata o Humanismo e a Ética?</span><br/><span>- Chamei a minha conferência no CHCJ de “O Judaísmo do Outro Homem”, uma homenagem ao seu livro “O Humanismo do outro homem”. A emergência ética do nosso tempo abandona o eu como centro do mundo e faz do outro a sua preocupação permanente, apesar de ainda iludido com um poder que não tem. O importante é que Lévinas não é um filósofo das boas intenções e da pureza humana. A profunda ligação com o pensamento de Israel não lhe permitiria tal ingenuidade. Na Torah, a ideia da criação realizada por um Deus que se ausenta e nos deixa no comando já é uma postura ética. Uma ética que me faz responsável pelo destino do mundo mesmo que eu não queira. Fato que conhecemos muito bem do episódio de Caim e Abel. Quando Caim responde a Deus, “sou por acaso o guardião do meu irmão?”, ele já admitia, mesmo que negando, que somos guardiões responsáveis pelo outro que está sempre antes de mim e me perturba em sua existência me chamando para fora do meu eu. Esta é a fonte ética do filósofo judeu Emanuel Lévinas.</span></p> Pensamentos do Talmudtag:judaismohumanista.ning.com,2021-11-16:3531236:Topic:1917552021-11-16T16:58:40.930Znelson de oliveira matheus júniohttp://judaismohumanista.ning.com/profile/nelsondeoliveiramatheusjunio
<p>O Talmud foi difundido durante o período dos Amoraim e dos Savoraim, os sábios de Israel que viveram no período posterior ao início da complicação da Mishnah, que se deu no Século II.<br></br> O termo "talmud" significa: estudo e interpretação. Esse pensamento se desenvolveu simultaneamente na Babilônia e na Terra de Israel, o que levou à redação de dois Talmudim : o Talmud Babilônico e o Talmud de Jerusalém (que não foi escrito na cidade de Jerusalém, mas sim em Tiberias!). O Talmud Babilônico…</p>
<p>O Talmud foi difundido durante o período dos Amoraim e dos Savoraim, os sábios de Israel que viveram no período posterior ao início da complicação da Mishnah, que se deu no Século II.<br/> O termo "talmud" significa: estudo e interpretação. Esse pensamento se desenvolveu simultaneamente na Babilônia e na Terra de Israel, o que levou à redação de dois Talmudim : o Talmud Babilônico e o Talmud de Jerusalém (que não foi escrito na cidade de Jerusalém, mas sim em Tiberias!). O Talmud Babilônico também compreende um dos textos conhecidos como Gemarah .<br/>
É importante entender que os ensinamentos do Talmud têm de ser compreendidos como uma escola de vida, a partir das experiências humanas vivenciadas e interpretadas por nossos sábios. O Talmud está sempre conectado com a essência da moral e ética dos textos a Torah. Apesar da codificação do Talmud ter acontecido ao longo dos primeiros séculos de Era Comum, seus pensamentos são atuais e úteis nos dias de hoje, sempre cheios de simbolismo, de filosofias de vida e também de fórmulas de “autoajuda”.<br/>
Para vocês, que desejam se enriquecer e abrir novas portas da sabedoria judaica do Talmud, apresento alguns dos pensamentos talmúdicos:<br/>
No Shabat, descanse estes ossos cansados, recupere seu sono, cubra sua família e seus amigos de amor. Tenha uma longa conversa com seu esposo ou sua esposa, seus filhos e suas filhas, seus amigos e suas amigos, seus parentes, com todos aqueles que você praticamente ignorou durante toda a semana. Ponha para fora todas as inquietações e preocupações mundanas da semana de trabalho, fazendo uma pequena oração por qualquer coisa ou por tudo. Refresque-se com algum vinho. Faça três deliciosas refeições de Shabat. Vista sua melhor roupa sem se preocupar com as cinzas e a fumaça. Clareie sua mente. Desfrute o dia. Cante bem alto até cansar seus pulmões. Saboreie um bom livro judaico, sem interrupção, ou dê uma olhadela na parashah da semana. Areje seus pulmões, faça uma longa e prazerosa caminhada! Shabat é seu nome, vá e conte ao povo sobre isto!<br/>
Uma vida é como um universo. Quem salva uma vida, salva um universo; quem destrói uma vida, destrói um universo.<br/>
Quando o ser humano faz muitas moedas no mesmo cunho, todas saem iguais. Deus faz todos à mesma imagem, à sua imagem, e cada um sai diferente.<br/>
Deus concedeu às mulheres um sentido especial de sabedoria que falta um pouco nos homens.<br/>
Feliz o homem que deixa um bom nome.<br/>
O caluniador arruína três pessoas: a si próprio, o ouvinte e o caluniado.<br/>
A mais nobre de todas as caridades é capacitar um pobre a prover o seu sustento.<br/>
Quem é rico? Aquele que se satisfaz com o que tem.<br/>
Um pássaro seguro vale mais do que uma centena voando.<br/>
O castigo do mentiroso é que ninguém acredita nele quando diz a verdade.<br/>
O homem vê todas as falhas, exceto as suas.<br/>
Quando envolvidos pela abundância estamos rodeados de amigos e irmãos; diante da miséria eles nos abandonam.<br/>
A cultura do coração é melhor do que a cultura do puro conhecimento.<br/>
Não prejudique nem seu irmão de fé nem aquele que não professa sua fé.<br/>
Sábio é aquele que de todos aprende. É forte o que vence a si mesmo. Rico o que se contenta com o que possui. Só aquele que respeita a pessoa humana merece, por sua vez, respeito.<br/>
O mau sonho pode ser pior do que um castigo.<br/>
A tentação é doce no início e amarga no fim.<br/>
Nenhum trabalho, por mais humilde que seja, desonra o homem.<br/>
Não ensinar ao filho a trabalhar é como ensinar-lhe a roubar.<br/>
Grande é a dignidade do trabalho, pois honra os trabalhadores.<br/>
Nunca morre aquele que vive pela sabedoria.<br/>
O coração é o tesouro oculto do ser humano.<br/>
A sabedoria é uma árvore que cresce no coração.<br/>
Se você não pode obter o que deseja, fique satisfeito com aquilo que não precisa desejar.<br/>
Um herói só se mostra em época de desgraças.<br/>
O maior herói é aquele que faz do inimigo um amigo.<br/>
Nenhuma crítica surtirá efeito sobre aquele que não critica a si mesmo.<br/>
Não é correto que um homem lamente o que perdeu. Ao invés disso, deve cuidar bem daquilo que ainda permanece com ele.<br/>
Não envergonhes os outros e não serás envergonhado por eles.<br/>
Quando o vinho entra, os segredos saem.<br/>
As lágrimas possuem uma força especial: derretem gelo e aquecem corações.<br/>
Para o ignorante, a velhice é como o inverno; para o instruído, é como a estação da colheita.<br/>
Perder a coragem é pior do que perder o dinheiro.<br/>
O dia de hoje jamais acontecerá novamente. Mas uma boa ação pode fazê-lo durar para sempre.<br/>
Vista um casaco e você ficará aquecido. Acenda um fogo e aquecerá os outros.<br/>
Nossa estadia neste mundo é breve. Podemos desperdiçar o tempo totalmente, perseguindo miragens ou metas inatingíveis; ou podemos estar satisfeitos com o que temos e sermos gratos à Deus pelo que nos dá. <br/>
A verdadeira caridade é praticada em segredo. O melhor tipo de caridade é aquele em que quem a faz ignora quem a recebe e que quem a recebe ignora quem a faz.<br/>
Quando as pessoas sábias se zangam, perdem toda a sabedoria.<br/>
A arrogância é um reino sem a coroa. <br/>
Para ouvir a voz de Deus, é preciso ouvir o silêncio em sua própria alma.</p> Emunah (fé e crença) no judaísmo - Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2021-11-05:3531236:Topic:1918332021-11-05T17:44:27.111Znelson de oliveira matheus júniohttp://judaismohumanista.ning.com/profile/nelsondeoliveiramatheusjunio
<p>Muitas vezes judeus, e não judeus me questionam e se manifestam muito contrario a minha forma de como pratico e creio no meu judaismo e de como manifesto a minha propia Emunah. <br></br> As vezes parece até ridiculo de alquem achar que somente no que ele acredita é a " Verdade absoluta" e a sua Emunah e as outras existente no mundo são enquadradas como: Pecaminosas ou hereges, etc... por isso, resolvi escrever este pequeno texto sobre emunah, para que talvez ajude a certas pessoas a esclarecer…</p>
<p>Muitas vezes judeus, e não judeus me questionam e se manifestam muito contrario a minha forma de como pratico e creio no meu judaismo e de como manifesto a minha propia Emunah. <br/> As vezes parece até ridiculo de alquem achar que somente no que ele acredita é a " Verdade absoluta" e a sua Emunah e as outras existente no mundo são enquadradas como: Pecaminosas ou hereges, etc... por isso, resolvi escrever este pequeno texto sobre emunah, para que talvez ajude a certas pessoas a esclarecer sobre esse direito legitimo de ter emunot diferentes! <br/>
Uma vez, um amigo me disse: "Eu não acredito em Deus". <br/>
Fiquei curioso e perguntei: "O que você quer dizer, na sua emunah, em não acreditar em Deus? Ou melhor: fale sobre esse Deus em que você não acredita!”. <br/>
Ele, meio inibido, me respondeu: "Eu não acredito em um Deus sobrenatural, um pai que vive no céu, que criou o mundo em sete dias, que o universo tem somente 5 mil anos e que tudo que acontece neste mundo é responsabilidade divina". <br/>
Dei uma grande risada e disse: “Nesse Deus que você descreveu para mim, eu também não acredito! Mas isso não quer dizer que eu não acredito em Deus! Respeito também todos aqueles que têm uma emunah em Deus diferente da forma que eu acredito!”. <br/>
A emunah é um direito de cada um. Jamais devemos julgar a emunah do outro, pois ninguém tem a verdade absoluta. Cada um possui o direito de manifestar sua emunah da forma que desejar, mesmo que seja de forma diferente do que você pessoalmente acredita.<br/>
O judaísmo sempre foi muito rico nas suas diversas manifestações da emunah! O pluralismo é o que faz o judaísmo ser um tesouro de diversidade e sabedoria! Se você é agnóstico, panteísta, transcendental ou acredita no Deus Sobrenatural, ou mesmo se tem emunah no ateísmo, tudo bem! Tudo isso é legítimo! <br/>
Se você é ortodoxo, tradicionalista, caraíta, reformista, conservador, humanista, liberal, reconstrucionista, cabalista, Bnei Moshe, secular, etc... Todas essas correntes são legítimas no judaísmo e devem ser igualmente respeitadas. <br/>
Na minha emunah, o judaísmo não é somente uma religião: é algo muito mais amplo que uma simples crença religiosa. Talvez a melhor forma de definir o judaísmo na minha concepção é aquela ensinada por Mordecai Kaplan, que definiu o judaísmo como civilização ! <br/>
Não importa o tipo de emunah que você tenha, o mais importante no judaísmo é o que você vai fazer em sua vida para si e para o outro. Não tem nenhum sentido somente em possuir uma emunah em Deus se você não tem emunah também nos seres humanos. <br/>
Na minha opinião, uma regra básica deve existir para a sobrevivência do judaísmo, que é saber respeitar o direito do "outro" de manifestar sua emunah, mas isso exige uma só condição básica: que essa emunah não se torne nunca uma arma de opressão e de exclusão do direito do "outro" existir e ser diferente. <br/>
Eu pessoalmente me defino como judeu panteísta. Eu acredito no Único e tenho a consciência de que, como bem definiu Maimônides, “nós, seres humanos, estamos além da possibilidade humana de definir o que seja Deus e tudo que possamos definir sobre Deus não passa de simples especulações humanas".<br/>
Eu acredito que tudo que existe neste universo é parte da criação do Único, somos todos partes dessa unicidade e, se desejamos sentir o que vem a ser esse esplendor, devemos observar que Deus se manifesta na Natureza e em nossas próprias paixões!<br/>
Deus é a perfeição e o equilíbrio. A única coisa desequilibrada na criação do Único somos nós, seres humanos, que ganhamos o livre-arbítrio e o usamos, muitas vezes, de forma incorreta e destruidora para nossa própria espécie.<br/>
Vocês não precisam concordar ou discordar de mim, essa é a minha emunah e a beleza disso é que teríamos milhares de formas e expressões diversas e extremamente ricas, se fosse possível analisar o que cada um de vocês tem como sua emunah particular. <br/>
Na minha emunah, Deus não é responsável pelos problemas da humanidade e do planeta terra. Deus não é responsável pela fome, pela miséria e pela violência degenerada no mundo, nem mesmo pela destruição ecológica do planeta. Nós, seres humanos, temos a função de ser responsáveis por humanizar nossas vidas e saber valorizá-la. Precisamos saber fazer da vida o "Kodesh Hakodashim ", o Santo dos Santos! Tudo isso está nas nossas mãos e não nas mãos de Deus.<br/>
Existe um conto judaico que nos ajuda a entender esse conceito de emunah. <br/>
Conta-se que existia uma família judia muito pobre que fugiu dos pogroms na Polônia para a América. Como imigrantes recém-chegados, quase não tinham o que comer e rezavam muito pedindo um milagre. De repente, ouviram uma batida na porta e, ao abrir, encontraram dezenas de pessoas.<br/>
"Quem são vocês?" Perguntou o pai.<br/>
Cada um dos visitantes se apresentou: "Eu sou a fé. Eu sou a felicidade. Eu sou a saúde. Eu sou o sucesso. Eu sou o poder”.<br/>
A família, sem entender nada, foi esclarecida num coro único:<br/>
"Nós somos os seus desejos! Mas, vocês só podem escolher um de nós para entrar em sua casa”. <br/>
Os membros da família debatiam o que seria melhor: sucesso ou saúde? Felicidade ou poder? Alegria ou riqueza?<br/>
No final, tomaram sua decisão. Eles saíram de casa e falaram aos desejos:<br/>
“Nós escolhemos a emunah”(fé). <br/>
E assim a emunah entrou na casa. Então, todos ficaram surpresos, pois os outros desejos entraram junto com ela!<br/>
"O que está acontecendo aqui?". O pai ficou espantado. "Vocês disseram que nós poderíamos escolher apenas um desejo”.<br/>
"É verdade que vocês só poderiam escolher um só desejo", explicou a alegria. "Mas aonde a fé vai, nós vamos atrás”.<br/>
O judaísmo é composto por emunot diferentes! Você tem o direito de seguir sua emunah e ninguém tem o direito de te atrapalhar. Se você seguir sua emunah, com certeza terá uma grande chance de ter seus desejos e sonhos realizados.<br/>
Shabat Shalom!</p> O Judaismo e o Ódio Gratuito - Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2020-12-19:3531236:Topic:1659262020-12-19T11:00:43.555Znelson de oliveira matheus júniohttp://judaismohumanista.ning.com/profile/nelsondeoliveiramatheusjunio
<p>Em 70 D.c. Jerusalém estava cercada pelas forças Romanas, o General Vespasiano e seu filho Tito, estavam prontos para o ataque final, porém deu ordem de parar tudo e esperar, que os Judeus, terminassem de se matar entre si.<br></br> O Odio era tão incontrolado entre os grupos rivais que chegaram a queimar e destruir os seus própios armazéns de alimento e os depósitos de armas que tinham! Tito e Vespasiano sabiam que esse era o seu maior triunfo! Ódio e a intolerância entre as correntes…</p>
<p>Em 70 D.c. Jerusalém estava cercada pelas forças Romanas, o General Vespasiano e seu filho Tito, estavam prontos para o ataque final, porém deu ordem de parar tudo e esperar, que os Judeus, terminassem de se matar entre si.<br/> O Odio era tão incontrolado entre os grupos rivais que chegaram a queimar e destruir os seus própios armazéns de alimento e os depósitos de armas que tinham! Tito e Vespasiano sabiam que esse era o seu maior triunfo! Ódio e a intolerância entre as correntes judaicas.<br/>
Lá dentro das muralhas Kanaaim, Zelotes, Fariseus e Saduceus se gladiavam entre si, levando o Judaísmo e toda a Judeia ao caos e sua auto destruição.<br/>
Quando a matança entre as correntes judaicas finalizou, os Romanos somente tiveram que concluir a destruição de Jerusalém e em consequência o símbolo que deveria ser a unidade do povo, o Templo, foi destruído e queimado, os que sobreviveram foram mortos ou levados como escravo para o Império Romano.<br/>
Cada um de nós judeus e judia que vivemos hoje em algum lugar desse mundo somos parte desse triste episódio, que nos levou a perder a nossa autonomia e liberdade não foram as forças Romanas e sim o ódio gratuito.<br/>
Judeus e judias que se definem como: direita, esquerda, socialistas, sociais-democratas, liberais, religiosos e laicos etc. Temos que saber que o verdadeiro perigo nas comunidades judaica e em Israel é o Odio Gratuito! Isso é um fato que jamais devemos esquecer e sempre Lembrar!<br/>
Entre nos Judeus e judias sempre ouve e sempre haverá diferenças nas nossas concepções politicas, culturais e religiosas, esse pluralismo de ideias é o que faz essa grande riqueza que é a civilização judaica.<br/>
O esplendor do Judaísmo é a possibilidade da existência do convívio com as nossas diversidades de ter em nossas comunidades diferentes sinagogas, escolas, movimentos juvenis,centros de estudo judaico, grupos políticos, Bait Midrash, Centros culturais e correntes religiosas e sobre tudo o direito democrático de cada um votar dentro da sua consciência e determinação politica.<br/>
Coexistência com a diversidade Judaica é de fato saber convíver com um judaísmo vivo, dinâmico, criativo! Um Judaismo que pode mover montanhas e até fazer milagres, e foi mesmo dentro dessa grande diversidades de ideias políticas e ideologias distintas que consequimos depois de 2000 anos nos unir e juntos criar o estado de Israel.<br/>
Conta que nesse episódio onde Jerusalém está sendo queimada e destruida pela pelo Odio Gratuito entre os Judeus que, o Rabino Yohanan Ben Zacai , tentou de todas as formas convencer aos grupos rivais colocassem as diferenças de lado e se unissem para enfrentar o verdadeiro inimigo, porém ninguém quis ouvir ao contrário foi ameaçado de morte pelos próprios judeus !<br/>
Seus discípulos viram que o seu líder estava ameaçado pelos rivais cegos por sua intolerância, sendo assim tentaram realizar uma fuga espectacular de Jerusalém, pois sentiam que tudo estava perdido!<br/>
Ben Zacai se faz de morto e seus discípulos pedem para os romanos (autorização) para leva lo para fora das muralhas para ser sepultado, porem Ben Zacai é descoberto pelos romanos e levado como prisioneiro e por sorte do destino passa em frente ao General Vespasiano, que de imediato ao vê lo grita da seguinte forma!<br/>
“ Salve Vespasiano Imperador de Roma!”<br/>
O General Vespasiano para o seu cavalo olha para Ben Zacai e o responde de forma furiosa!<br/>
“Que atrevimento é esse de você me chamar de imperador se existe um imperador em Roma? “<br/>
Ben Zakai sem medo responde firme e seguro!<br/>
“ Não es no momentoo imperador mais com certeza em prevê será"<br/>
Não Passa muito tempo chega um mensageiro com a notícia de Roma chamando Vespasiano de volta imediata para ser condecorado como o novo imperador.<br/>
Vespaciano admirado com a profecia de Ben Zacai, vai a sua presença e o liberta junto com todos os seus discípulos e dá a ele o direito de fazer um pedido, o que desejar!<br/>
Ben Zacai sem muito no que pensar diz” Dê me Yavneh aos meus sábios, pois Jerusalém está tomada pelo Ódio Gratuito!<br/>
Jerusalem foi totalmente destruida e o templo queimado!<br/>
Ben Zakai com uma forte tristeza em seu coração sai de jerusalem e caminha com seus discípulos em direção a Yavne, para recostruir as bases da moral e da etica do judaísmo, que estava totalmente destruída pelo Odio Gratuito!</p> Quatro suspeitos.Paulo Blanktag:judaismohumanista.ning.com,2019-04-23:3531236:Topic:1270022019-04-23T16:41:01.137Znelson de oliveira matheus júniohttp://judaismohumanista.ning.com/profile/nelsondeoliveiramatheusjunio
<p>Os anos eram de chumbo e o edifício era cinza. Com o passar do tempo, a fachada de pó de pedra tinha ficado encardida. Sem elevador e portaria, o aluguel barato transformava o prédio em Laranjeiras num lugar ideal para dividir um apartamento. Jaime, Guto, Domingos e eu, resolvemos morar juntos enquanto lá fora a ditadura corria solta. Todos os quatro trabalhavam, estudavam, e cuidavam da casa divididos em turnos. Duros como éramos, resolvemos construir um sofá de alvenaria na nossa sala. O…</p>
<p>Os anos eram de chumbo e o edifício era cinza. Com o passar do tempo, a fachada de pó de pedra tinha ficado encardida. Sem elevador e portaria, o aluguel barato transformava o prédio em Laranjeiras num lugar ideal para dividir um apartamento. Jaime, Guto, Domingos e eu, resolvemos morar juntos enquanto lá fora a ditadura corria solta. Todos os quatro trabalhavam, estudavam, e cuidavam da casa divididos em turnos. Duros como éramos, resolvemos construir um sofá de alvenaria na nossa sala. O Guto e o Domingos, os mais prendados, dirigiram a obra. Jaime era ator, professor de teatro e estudante de psicologia. Um dia ele escreveu na parede do quarto que viver era esperar num canto o próximo trem para Paris. Eu dava as minhas aulas e estudava psicologia. Numa hora em que o Jaime não estava em casa, escrevi por baixo da sua frase: imagina se o trem chega atrasado.<br/> As garotas adoravam a nossa comunidade bem arrumada. O colchão no chão do meu quarto, o armário chippendale e a mesa de estudos meio troncha com um pé fixado por barbante, eram detalhes que não incomodavam. Quando mataram um rapaz num prédio perto da gente ninguém na redondeza comentou o assunto. Jogaram o desconhecido pela janela. A notícia nunca saiu nos jornais. Por falar nisto, tínhamos uma vizinha que nos olhava desconfiada. Toda manhã eu a cumprimentava e seguia em frente com a sensação de um olhar pendurado no meu cangote. O clima no bairro andava pesado. Durante uma batida policial na nossa rua, fui revistado por um cara de revolver na mão. As minhas armas eram a barba, o cabelo meio comprido e a bolsa de couro comprada na feira hippie. O homem pegou a minha carteira de trabalho, viu o nome de duas escolas e estranhou. “Dois empregos?”. A voz desconfiada me acusava de alguma coisa. Disse que sim, me expliquei e fui liberado enquanto a vizinha olhava a cena parada na esquina com a Rua das Laranjeiras. Foi depois disso que resolvemos eleger o Jaime o nosso embaixador junto à senhora do andar térreo. <br/>
Jaime fazia o tipo fino, educado, e tinha uns lindos olhos azuis bem claros. O negócio era ir até lá e nos apresentar. Dizer quem éramos e aproveitar para pedir desculpas porque conversávamos até mais tarde. Era quando nos encontrávamos depois do trabalho e da faculdade. E também deixar claro que a projeção daqueles slides no muro dos fundos do prédio, que ficava a dois metros da minha janela, era coisa de gente metida a artista. Nada mais que isso apesar das frases esquisitas. Depois de ouvir o nosso emissário a vizinha abriu o jogo. Disse que era muito observadora e andava preocupada. Tinha chegado à conclusão que o nosso apartamento era um aparelho terrorista, mas, sempre que pensava em chamar à polícia adiava a decisão porque ficava com pena das nossas mães. <br/>
Quase que o nosso trem chega atrasado.</p> Bandiera rosa.Paulo Blanktag:judaismohumanista.ning.com,2019-04-23:3531236:Topic:1269022019-04-23T16:39:56.531Znelson de oliveira matheus júniohttp://judaismohumanista.ning.com/profile/nelsondeoliveiramatheusjunio
<p>E viva il comunismo e la libertá. Alguém deveria ensinar letra e música pros Bolsonaros. Além de animar a festa twitada, de quebra, poderia justificar o projeto autoritário do clã ao provar que o modelo daquele tal do Gramsci da subversão cultural, a quem todos, inclusive os militares, conhecem e citam de cor, só não foi implantado na Itália graças ao fascismo democrático de Mussolini. Enquanto nós, guiados pelo Nacional Liberalismo de Saulo Guedes, nos livraremos das 10000 pragas petistas…</p>
<p>E viva il comunismo e la libertá. Alguém deveria ensinar letra e música pros Bolsonaros. Além de animar a festa twitada, de quebra, poderia justificar o projeto autoritário do clã ao provar que o modelo daquele tal do Gramsci da subversão cultural, a quem todos, inclusive os militares, conhecem e citam de cor, só não foi implantado na Itália graças ao fascismo democrático de Mussolini. Enquanto nós, guiados pelo Nacional Liberalismo de Saulo Guedes, nos livraremos das 10000 pragas petistas convocando a ajuda de Moises Benjamin Netaniau que, por representar o messias mais antigo, e falar com Deus direto do muro de lamentar ações, ganhou um bom dinheiro intermediando a venda de submarinos alemães fabricados pela ThyssenKrupp. Tudo normal, considerando que a empresa saiu biliardária da segunda guerra com a ajuda do trabalho de escravos judeus. Enquanto isso, Bibi, o guardião do nosso povo eleito e aliado da torcida evangélica a espera do Armagedon, ao invés de emancipar os servos hebreus, como se costuma rezar pela Bíblia, arrecadou uma boa nota influenciando os alemães para que vendessem o sofisticado submergível ao atual Faraó do Egito. Sem que o estado maior israelense tivesse a mínima ideia do que ele estava aprontando. Quanto ao Hamas. Que nunca se exploda como quer o jovem Bolsonaro. Vai fazer falta para assustar os eleitores do El Salvador que os ameaça todo o tempo com o perigo da destruição. Na democracia israelense se vota no Messias. Na nossa também.<br/> Viva Stalino. Viva Khrushchov. Dizia uma versão sacana do cântico operário quando, nos heroicos tempos pré-stalinistas, ainda se conseguia dar vivas ao comunismo e à liberdade na mesma linha do verso. É só colocar Bandiera Rossa no youtube e ouvir. No entanto. Acho o autor do Mein Kampf mais original do que os pensadores que servem a nossa nova intelligentsia governista. O líder da renomada democracia socialista alemã não precisou de intermediários para justificar o golpe. Ele mesmo escreveu a própria cartilha do futuro enquanto passava uma temporada na cadeia. Na segunda tentativa saiu-se melhor. Aproveitou o incêndio do Reichstag de Brasília e jogou a culpa na aliança dos terroristas comuno&judeus. Uma vez instaurado o caos na democracia desacreditada pelo jato de lava vindo do Vesúvio, não houve Bauhaus, e nem design alemão, que desse jeito na cabeça embrutecida do povo mais culto da Europa. Estavam todos com a alma à venda e o Dr. Fausto aproveitou. Na Brasileia ainda precisamos de um Olavo pra fazer o papel de ideólogo da corte. <br/>
O uso dos argumentos anticomunistas para encobrir o caos procriado serve de desculpa para o autoritarismo. Coisa manjada. Depois de lavar sem deixar secar a mente de um povo frustrado por um socialismo que nunca foi. De ouvir anos a fio que havia um eles e um nós. De acabarem todos se achando traídos pelo nós e atraídos por eles. Acrescente-se a desesperança com os políticos. A facilidade com que eles espalham verdades inquestionáveis. Como numa discussão de crianças psicopatas e malvadas, caso você negue é prova que tem culpa. Umas pitadas de cultura democrática muito da duvidosa. Incentivo à violência já banalizada. Expansão da religiosidade fundamentalista sobre um caldo de cultura machista enraizada no nosso arco-íris social. Milícias de todo tipo por todo lado. Como é que vai ficar o amor ao próximo que, no fundo, é meu inimigo?<br/>
Perguntem ao Dr. Fausto</p> Interpretar para não matar.- Paulo Blanktag:judaismohumanista.ning.com,2016-08-22:3531236:Topic:1104282016-08-22T20:37:19.874Znelson de oliveira matheus júniohttp://judaismohumanista.ning.com/profile/nelsondeoliveiramatheusjunio
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<p>Um novo iluminismo sem pretensões à verdade? Henri Atlan, expoente do pensamento da complexidade, chama de razão mística o modo de a tradição judaica lidar com a narrativa bíblica. Um bom exemplo seria a passagem bíblica das “águas amargas” (Números, 5:5-31.). O texto diz que uma mulher suspeita de adultério deve ser submetida ao ritual de beber das “águas amargas”. Se fosse culpada, o seu ventre incharia e, diante da prova, ela seria condenada ao apedrejamento até a…</p>
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<p>Um novo iluminismo sem pretensões à verdade? Henri Atlan, expoente do pensamento da complexidade, chama de razão mística o modo de a tradição judaica lidar com a narrativa bíblica. Um bom exemplo seria a passagem bíblica das “águas amargas” (Números, 5:5-31.). O texto diz que uma mulher suspeita de adultério deve ser submetida ao ritual de beber das “águas amargas”. Se fosse culpada, o seu ventre incharia e, diante da prova, ela seria condenada ao apedrejamento até a morte.</p>
<p>Diante deste mandato divino, os talmudistas, Paulo de Tarso não gostava deles, afirmaram que tais decisões “nunca aconteceram e nem acontecerão”. Por quê? Explica o Talmud: Na medida em que se multiplicaram os transgressores, as águas amargas foram suspensas. Ou seja: aplicar uma pena de morte exigiria um mundo de homens perfeitos.</p>
<p>Como a perfeição nunca aconteceu, acrescentou Maimônides no século XII, o mandato das “águas amargas” jamais foi praticado. A racionalidade talmúdica, apesar de lidar com um texto sagrado, foi capaz de entender a impossibilidade de submeter as mulheres a uma exigência de santidade que ninguém seria capaz de realizar. <br/> O Talmud, por depender da reflexão humana, dispensa a necessidade de seres iluminados capazes de conversar com Deus. Deu preferência a conversar com o outro. O estudo isolado é desencorajado pelo Talmud. A presença de um companheiro impede que algum devoto ache que o divino esteja conversando com ele e se autodenomine guardião da verdade revelada..</p>
<p>O que liga o judeu ortodoxo, que assassinou uma moça na parada do orgulho gay em Jerusalém, ao ortodoxo islâmico que destrói esculturas, escraviza, ou impõe a pena de morte a mulheres adulteras? O de Jerusalém, e todos os que o apoiam em atos ou silêncios, se revelou um transgressor da religião que pretende representar. Quanto ao islâmico, este toma ao pé da letra a mesma bíblia que os judeus, seus autores originários, preferiram interpretar para não matar.</p>
<p>Por razões diversas, falta a ambos uma boa e preventiva razão mística.</p> Em Mentch: a arte de criar um homem, Paulo Blanktag:judaismohumanista.ning.com,2016-07-13:3531236:Topic:1100262016-07-13T19:32:29.181Znelson de oliveira matheus júniohttp://judaismohumanista.ning.com/profile/nelsondeoliveiramatheusjunio
<p><b>Em</b> <b><i>Mentch: a arte de criar um homem</i></b><b>, Paulo Blank explora a</b> <b>fundo os desvãos da memória para criar uma obra de rara intensidade, espécie de romance de formação que apresenta a infância do narrador, um menino judeu criado pela mãe e pela avó, imigrantes polonesas que vieram morar no Rio de Janeiro na véspera da Segunda Guerra. Na Rua Sant’Anna e seus arredores, em torno da Praça xi, o menino começa a traçar uma cartografia íntima, mapeando seu território de…</b></p>
<p><b>Em</b> <b><i>Mentch: a arte de criar um homem</i></b><b>, Paulo Blank explora a</b> <b>fundo os desvãos da memória para criar uma obra de rara intensidade, espécie de romance de formação que apresenta a infância do narrador, um menino judeu criado pela mãe e pela avó, imigrantes polonesas que vieram morar no Rio de Janeiro na véspera da Segunda Guerra. Na Rua Sant’Anna e seus arredores, em torno da Praça xi, o menino começa a traçar uma cartografia íntima, mapeando seu território de acordo com o que a vida lhe oferece</b><b><i>,</i></b><b>deparando-se com diferentes culturas e visões de mundo ao mesmo tempo em que procura</b> <b>manter acesos os valores culturais e religiosos de sua identidade judaica.</b></p>
<p><b>O choque de culturas fica explícito em uma série de episódios, na rua, na escola, à medida que o narrador vai descobrindo como lidar com os personagens e acontecimentos que encontra pelo caminho: sem perder de vista os ensinamentos familiares que visam ensiná-lo a se tornar um</b> <b>verdadeiro</b> <b><i>mentch</i></b><b>.</b></p>
<p><b>Ed. 7letras</b></p>
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