Fórum Curiosidades do Mundo Judaico - JUDAISMO HUMANISTA2024-03-29T08:54:30Zhttp://judaismohumanista.ning.com/group/curiosidadesdomundojudaico/forum?groupUrl=curiosidadesdomundojudaico&feed=yes&xn_auth=noRosh Hashaná e a contagem do ano judaico - Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2022-09-17:3531236:Topic:1942352022-09-17T05:35:16.590ZJayme Fucs Barhttp://judaismohumanista.ning.com/profile/JaymeFucsBar
<div class="m8h3af8h l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf n3t5jt4f"><div dir="auto">Rosh Hashaná e a contagem do ano judaico - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Como pode ser que no calendário judaico já estejamos no ano de</div>
<div dir="auto">5783, que representa o ano (2022 -2023)? E a partir de quando começamos a contagem?…</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"></div>
<div class="m8h3af8h l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf n3t5jt4f"><div dir="auto">Rosh Hashaná e a contagem do ano judaico - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Como pode ser que no calendário judaico já estejamos no ano de</div>
<div dir="auto">5783, que representa o ano (2022 -2023)? E a partir de quando começamos a contagem?</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto"><span><a></a></span>Realmente, já ouvi muitas pessoas questionarem nossa forma de</div>
<div dir="auto">contar o tempo. Muitos me perguntam: de onde surgiu essa ideia?</div>
<div dir="auto">O que vamos aprender ao longo dessas linhas é como esse processo de definição da contagem do ano judaico aconteceu.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Além disso, vamos entender melhor o calendário judaico e as modificações que ele sofreu em seus 3.500 anos de história judaica.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">O que sabemos é que no passado bíblico o Povo de Israel sempre</div>
<div dir="auto">contava o ano em função de uma grande ocorrência histórica, que servia como princípio dos anos. Para o Povo de Israel, o evento que vai definir a contagem do ano judaico é o Êxodo do Egito.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Se tivéssemos mantido essa tradição e esse costume, estaríamos hoje no ano de 3335 [do Êxodo do Egito], que corresponde ao atual ano judaico de 5783.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Já sei que alguém aí deve estar se perguntando: como sabemos disso?</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Como é possível saber que esse é o ano 3335 desde o Êxodo?</div>
<div dir="auto">Sabemos porque está escrito!</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">“No segundo ano, os filhos de Israel deixaram a terra do Egito”,</div>
<div dir="auto">essas escrituras aparecem no Livro dos Reis (I e A).</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">No entanto como o judaísmo é muito dinâmico e vem sofrendo</div>
<div dir="auto">constantemente muitas mudanças, ajustes e adaptações durante a sua existência, essa tradição foi alterada no período da destruição do Primeiro Templo, em 586 antes da Era Comum, fato que levou ao cativeiro da Babilônia.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Por força da influência externa dessa primeira grande diáspora, o Povo de Israel absorveu muitos dos costumes da cultura babilônica e de toda a região da Mesopotâmia, fato que não só influenciou a contagem do tempo nesse período, mas também a própria nomeação dos meses do calendário judaico.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Muitos não sabem, mas a origem de todos os nomes dos meses do</div>
<div dir="auto">nosso calendário atual vem do idioma acádio, e não do hebraico. Inclusive, a atual tradição de colocar o início do ano no outono tem sua origem no calendário da antiga Babilônia. Os nossos sábios adotaram esse costume durante o Exílio e o trouxeram consigo no retorno para a Terra de Israel.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Porém essa realidade mudou com a grande proeza realizada pelos</div>
<div dir="auto">asmoneus [macabeus], que conseguiram expulsar os gregos da Terra de Israel e liberar o Templo de Jerusalém do jugo dos estrangeiros, proporcionando o retorno da liberdade e da autonomia do povo judeu em seu próprio território.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Graças a esse grande acontecimento, houve a definição de uma nova forma de contagem dos anos judaicos. A prova disso é o que está escrito no Livro dos Asmoneus: “O jugo dos gentios foi removido de Israel, e o Povo de Israel começou a escrever em livros e notas um ano para Shimon, o Sumo Sacerdote”.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Na verdade, após o fim do período dos macabeus e a conquista da</div>
<div dir="auto">Judeia pelo Império Romano, a contagem do ano sofreu várias modificações, principalmente por influência da cultura romana. Apesar disso, podemos identificar um costume muito ligado à tradição judaica: contar os anos pela “shemitá”.</div>
<div dir="auto">Para quem não sabe, “shemitá” é o descanso da terra cultivada depois de sete anos para que ela se recupere, o “shabat da terra”.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Essa é uma forma diferente de contagem dos anos dentro do próprio calendário judaico, comprovada nos pergaminhos de Qumran. Também sabemos que esse formato de contagem foi usado durante todo o período da Mishná, séculos II e III da Era Comum.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Após a destruição do Segundo Templo no ano 70 da Era Comum,</div>
<div dir="auto">houve um grande vácuo no mundo judaico quanto à forma e ao costume da contagem dos anos, mas sabemos que a manutenção de uma tradição persistiu em certos lugares, onde judeus passaram a contar os anos a partir da destruição do Segundo Templo.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">No entanto quando os judeus começaram a contar os anos judaicos da forma que conhecemos hoje?</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Na verdade, esse processo de redefinição somente começou depois da conquista da Judeia pelos árabes no ano 630 da Era Comum, quando a Terra de Israel deixou de ser dominada pelo Império Bizantino.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Toda essa problemática envolvendo a contagem dos anos gerou uma discussão que por muito tempo procurou definir a resposta para a pergunta: “A nova contagem dos anos do novo calendário judaico vai ser em função da criação do mundo ou a partir da criação do primeiro ser humano?”.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">O que vamos ver será uma diversidade de ideias e de controvérsias</div>
<div dir="auto">sobre o assunto, entre elas a opinião do famoso sábio e Rabino Saadia Gaon, que foi um dos grandes opositores da definição do calendário judaico através da criação do mundo.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Saadia Gaon formulou seu raciocínio com base nas provas e nos</div>
<div dir="auto">cálculos extraídos do que está escrito na Torá, segundo os quais o ano judaico atual, 5783, tem como referência a criação do ser humano, e não a criação do mundo.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Existe outra definição criada pelo Rabino Eliezer. Segundo ele, “o</div>
<div dir="auto">primeiro ser humano — Adão e Eva — foi criado em Rosh Hashaná,</div>
<div dir="auto">que é o primeiro dia da criação do mundo”.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Talvez essa afirmação tenha gerado uma grande confusão, pois essa é uma ideia bastante contraditória, mas o interessante é que muitos interpretam essa afirmação do Rabino Eliezer de forma diferente. Segundo essa interpretação, o sentido da criação do “mundo” está relacionado com a criação do “mundo vindouro” ou o “mundo” humano!</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Por sua vez, os defensores da contagem dos anos judaicos a partir</div>
<div dir="auto">da criação do mundo usam como referência uma tradição do Talmud, que diz que a contagem do ano judaico teria sido mostrada a Moisés por Deus durante as duas semanas antes do início do Êxodo, numa lua nova do mês de Nissan. Essa revelação teria acontecido 2.448 anos após a criação do mundo.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Certo ou não, o importante é entender que os conceitos de tempo</div>
<div dir="auto">no período antigo eram muito diferentes de nossa forma de entendê-lo hoje. Por exemplo, o nascimento de uma pessoa [aniversário] era contado e comemorado no dia seguinte à data do nascimento! Explicando melhor: se uma pessoa nasceu no dia 16 de setembro , ela comemoraria o seu aniversário sempre no dia seguinte: 17 de Setembro!</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">De acordo com o pensamento judaico, o ano zero não existe.</div>
<div dir="auto">Essa discussão se tornou um verdadeiro grande conflito durante os</div>
<div dir="auto">séculos X e XI, com a divisão do mundo judaico em duas vertentes.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">A discussão não era em relação ao número do ano judaico em que os judeus estavam, mas sim sobre qual parâmetro deveria permanecer na contagem dos anos. Os judeus da Europa adotaram o conceito da contagem do ano judaico através da criação do mundo, mas os judeus do Oriente vão adotar o parâmetro da criação do ser humano.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Com o tempo, a discussão acabou se resolvendo com o surgimento</div>
<div dir="auto">de certo consenso, segundo o qual a contagem do ano judaico está relacionada à criação do ser humano, e não à criação do mundo!</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Porém, ainda podemos ler em vários textos e artigos, ou até ouvir de vários rabinos, que a contagem do ano judaico se dá através da criação do mundo!</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Todavia deixo a vocês definirem o seu próprio critério! Estamos a</div>
<div dir="auto">5.783 anos da criação do mundo ou da criação do ser humano?</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Contudo ainda existe uma explicação que procura responder uma</div>
<div dir="auto">importante pergunta sobre esta contradição: como pode ser que o mundo foi criado em seis dias?</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Importante entender que essa necessidade de estabelecer uma nova contagem no calendário judaico que aconteceu somente na Idade Média, tinha muito mais sentido politico e pedagógico do que procurar uma resposta logica para essa questão. A ideia era mostrar aos próprios judeus a sua antiguidade frente ao mundo cristão e muçulmano e menos se esse cálculo era exato ou não!</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Todavia não se esqueça de que também há aqueles que ainda mantêm a contagem do ano judaico pelo costume mais antigo, registrado na Torá, que foi a saída do Povo de Israel da terra do Egito 3.335 anos atrás.</div>
</div> O Segredo dos Mekubalim ( Cabalistas) de Sfat – Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2022-07-13:3531236:Topic:1937882022-07-13T05:13:12.612ZJayme Fucs Barhttp://judaismohumanista.ning.com/profile/JaymeFucsBar
<div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q"><div dir="auto">O Segredo dos Mekubalim ( Cabalistas) de Sfat – Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">O Lugar que mais gosto em Israel é Sfat, não sou religioso e nem místico, mas não sei explicar sempre que estou em Sfat algo me acontece, o que comecei a perceber com minha intuição que certas pessoas que vivem nesse lugar chamado Mekubalim (cabalistas)…</div>
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<div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q"><div dir="auto">O Segredo dos Mekubalim ( Cabalistas) de Sfat – Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">O Lugar que mais gosto em Israel é Sfat, não sou religioso e nem místico, mas não sei explicar sempre que estou em Sfat algo me acontece, o que comecei a perceber com minha intuição que certas pessoas que vivem nesse lugar chamado Mekubalim (cabalistas) sempre estão conectados com outro pronto a intervir em várias situações que você não pode imaginar e nunca sabe de onde vem!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Situações que nos parece algo do cotidiano se transformam em dádivas de Luz, elas vem sempre desses Mekubalim que poderíamos chamar de Magid ( Magos) eles estão sempre prontos para intervir como forma de ajudar o outro , a se conectar com a sua neshama (alma) que é esse nosso interior meio perdido com o tempo e desconectado com a criação.</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Para essas pessoas se conectar com o outro o diferente para dar uma luz, é como se fosse uma troca, pois no ato que voce recebe essa luz ele recebe (Cabala) tambem uma outra luz.</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Essa luz que ele dá ao outro o ajuda evoluir o seu interior é como se estivesse galopando numa carruagem de luz (merkava) que sobe nas escalas mais elevada para encontrar mais luz. Essa Luz eles chamam de sod (Segredo) ,e cada vez que um segredo é revelado, se abre uma nova porta para se descobrir um novo segredo quando mais segredos são revelados maior é a luz que se tem no seu interior.</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Tenho dezenas de exemplos e situações para contar que vivenciei em Sfat com esses Mekubalim, que dá para escrever um livro, conto para vocês uma situação curiosa que me fez ri muito e também pensar.</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Estava a alguns anos atras passeando com 3 mulheres divorciadas, que resolveram se ajuntar para passear em Israel, chegando Sfat estávamos sentados em frente a loja das velas perto da sinagoga do Yzaak Luria, estava contando para as mulheres sobre a Historia de Sfat e de repente passa ao meu lado um desses Mekubalim, (Cabalistas) com uma barba bem longa, e fica olhando para as 3 mulheres como se estivesse radiografando cada uma delas, essa situação me incomodou muito, pois no meio da explicação alquiem para em silêncio ao meu lado e fica olhando para as mulheres, parei no meio das minhas explicações e perguntei em hebraico</div>
<div dir="auto">- “o Sr.sabe português?”</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Ele ainda compenetrado nas mulheres me disse - “ Não! Eu estou observando que essas mulheres vieram aqui para Israel não para passear”!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Eu ri e perguntei “ Mas então o que elas vieram fazer aqui em Israel”?</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Ele me respondeu “ Vieram procurar um bom marido”!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Eu não aquentei dá forma que ele respondeu e dei um rizada contagiante!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Nessa situação as mulheres já com muita curiosidade me perguntaram o que esta acontecendo? Do que você esta rindo dessa maneira?</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">E eu respondi "vocês me perdoem a intromissão na vida pessoal de vocês, mas ele disse que vocês vieram para Israel não para passear e sim procurar um bom marido"!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">As Mulheres cairão na gargalhada de felicidade de certa forma confirmando o que disse esse homem vidente.</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Ele, mas uma vez me interrompeu e me disse: “ Fala para elas que quero dar uma bracha ( Benção) para cada uma delas que vai ajuda-las encontrar um bom marido, ou aqui em Israel, ou la’na terra delas”.</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">De imediato as mulheres concordaram e ele pediu para as mulheres colocarem um lenço na cabeça e ele sem a toca las fez uma bracha (Benção) para cada uma e disse que agora ele podia ir embora, uma delas tomou a iniciativa de querer dá um dinheiro de gratificação a ele que se recusou e disse</div>
<div dir="auto">" Dá uma Bracha ( Benção) para ajudar uma pessoa é a minha obrigação! Não tem nada a ver com dinheiro” e continuou o seu caminho.</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Eu sei que vocês estão perguntando! Se Elas conseguiram um bom marido?</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Eu não sei, mas acredito que somente a intenção, a intuição e o jeito especial de se conectar com elas de forma de trazer o bem as fez levar para suas casas uma luz que elas receberam e pode com certeza ajuda las a encontrar um bom marido!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Eu não entendo nada de Cabala, mas aprendi com a vivência com esses Mekubalim que não adianta você somente estudar a Cabala se você não tem uma prática desses ensinamentos Isso quer dizer se você não sabe se conectar para desvendar o ( sod) o segredo” significa que você, não esta, preparado para praticar a Cabala!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Os Mekubalim conseguem colocar em foco o próximo em suas vidas e estão constantemente conectados com o outro para poder aprender através de uma boa ação o desvendar de um novo segredo que no pensamento da Cabala, vai proporcionar o aparecer de um novo segredo e esse processo é sem fim.</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Já houveram Mekubalim no passado que usaram a Cabala da Magia para tentar descobrir sobre todos os segredos da vida simplesmente enlouqueceram ou até se suicidaram!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Jamais será possível descobrir todos os segredos da Vida, mais cada segredo descoberto abre uma nova porta elevando a alma e o espírito . A Cabala não é como muitos pensam um ensinamento sagrado. É sim o ensinamento de descobrir o segredo.</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Espinosa em seu tempo entendeu que a forma de você se conectar com o ÚNICO é possível através da existência de tudo que seja a sua criação,observar e contemplar com atenção tudo que está em sua volta é isso que nos ajuda a se conectar, e revelar o segredo (sod) .</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Em nossos tempos os nossos olhos e os nossos corações deixaram de observar e valorizar as coisas elementares da criação, seja uma flor, um pássaro, uma criança , uma montanha, um idoso,uma lua cheia ou um por do sol. Estamos todos de passagem nesse mundo vindoro e as portas da criação estão abertas para quem desejar compreender e se conectar com a vida.</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Esses Mekubalim que encontro em Sfat não somente são grandes estudiosos mas o importante para eles é chegar a um alto nível de consciência e evolução espiritual humana , onde tem a hochma (sabedoria) de saber estar sempre conectado com o outro e tudo que está em sua volta.</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Eu não tenho como explicar em palavras esses acontecimentos que tenho a dadiva de observar e sentir em minhas caminhadas em Sfat e como sabiamente está escrito no Zohar “Sim! Eu sabia essa verdade o tempo todo! Meu coração sabia, mas minha boca era incapaz de expressá-la!”</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Para finalizar conto mais uma dessas Historia curiosas que acontecem comigo em Sfat</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Um dia estava com uma familia e tinha um menino de 12 anos e estávamos na sinagoga de Yzaak Luria na saida já caminhando o menino me comentou –" Jayme essa sinagoga não tem uma Mezuzá na Porta?</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Eu que já entrei nessa sinagoga centenas de vezes respondi com toda a segurança!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">“ Claro que tem"!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">O Menino insistiu, o que me levou a curiosidade de voltar com ele de novo até lá! Olhei para a porta dessa importante sinagoga e de verdade não tem uma Mezuzá, algo que nunca tinha observado!</div>
<div dir="auto">Minha curiosidade aumentou e fui até um dos Mekubalim e perguntei</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">" Desculpa mas, porque Não tem Mezuzá na entrada da Sinagoga?</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">O Mekubal de forma direta me disse "Não precisa"!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">Eu exclamei, "Mas Por quê"?</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">E ele me respondeu " È, porque você esta dentro da Mezuzá"!</div>
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<div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q"><div dir="auto">• Mezuzá ("umbral") é um mandamento da Torá que ordena que seja afixado no umbral das portas um pequeno rolo de pergaminho (klaf) que contém as duas passagens da Torá, "Shemá" e "Vehaiá"</div>
</div> Uma nova versão da história Lilith -Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2021-07-10:3531236:Topic:1895372021-07-10T18:20:49.866ZJayme Fucs Barhttp://judaismohumanista.ning.com/profile/JaymeFucsBar
<p>Eu sempre tive muita curiosidade sobre a História de Lilith principalmente de entender o porque ela foi tirada do livro de Gêneses, E, porque a transformaram num demônio e numa feiticeira. <br></br> Já algum tempo estava pensando em escrever uma nova versão do que entendo sobre a Historia de Lilith, espero que seja útil a todos vocês! Tenho a certeza que muitos nunca ouviram falar sobre essa figura misteriosa de nome Lilith, que seria a primeira mulher de Adão, que veio do pó como ele, mas…</p>
<p>Eu sempre tive muita curiosidade sobre a História de Lilith principalmente de entender o porque ela foi tirada do livro de Gêneses, E, porque a transformaram num demônio e numa feiticeira. <br/> Já algum tempo estava pensando em escrever uma nova versão do que entendo sobre a Historia de Lilith, espero que seja útil a todos vocês! Tenho a certeza que muitos nunca ouviram falar sobre essa figura misteriosa de nome Lilith, que seria a primeira mulher de Adão, que veio do pó como ele, mas descrita nos livros e nas lendas como uma mulher que foi amaldiçoada pelo Criador e a transformou num demônio. <br/>
Eu sou Judeu que não acredita em demônios, diabos, infernos e sim acredito somente no Criado o Único que é responsável por tudo em nossa existência, com certeza podemos entender e contar a história sobre Lilith de forma diferente e aqui apresento a minha versão. <br/>
No contexto Judaica Lilith seria anterior a Hava (Eva), considerada a primeira mulher de Adão, e viviam no Jardim do Éden ,e foram criados como está escrito na Bíblia a imagem e semelhança do Criador. <br/>
Adão e Lilith assumiram uma união carnal, ela levará Adão ao delírio, que vai desejar Lilith como nunca, e com o tempo seus desejos por ela somente crescerá, será tão grande que vai levar a se distanciar do Criador, venerando somente o seu prazer por<br/>
Lilith.<br/>
Lilith se vê uma mulher de igualdade na sua relação com Adão, e exigirá a sua liberdade de escolha, mas Adão somente aceitará que essa relação fosse de seu jeito, mas Lilith jamais vai aceitar esse domínio. <br/>
A exigência maior de Lilith era que ela também ficasse por cima de Adão, mas Adão não a escutava e nem mesmo a compreendia, somente via os seus desejos e suas necessidades e isso vai deixar Lilith desapontada e inconformada com Adão.<br/>
Lilith deve ter perguntado a Adão! <br/>
“Por que devo deitar-me embaixo de ti? Contudo, eu também fui feita de pó por isso somos de iguais direitos”. <br/>
O Conflito entre Lilith e Adão vai se agravar cada vez mais e ela decide pela separação, mas Adão, não aceitava, e mesmo apaixonado pela sensualidade e beleza de Lilith, Adão acreditava que essa era a ordem e a forma natural de se relacionar,Lilith queria seus direitos, sua liberdade e sente como está longe Adão de entender sua condição de igualdade.<br/>
Lilith se revolta! Aclama pelo Criador pede sua intervenção, mas parece que o Criador já tinha novos planos para Lilith e a deixa a seguir seu rumo e ela vai abandonar o Jardim do Eden , e seguirá para uma aventura a procura de sua liberdade. <br/>
Esse é o primeiro divórcio na história da Humanidade, onde o Juiz e o Todo- poderoso aceita essa separação! <br/>
Adão se sente triste, traído, abandonado e o Criador vê o sofrimento de Adão e o oferece a ele uma nova mulher Hava (Eva) uma mulher diferente daquela que foi Lilith! <br/>
Adão vai ter uma nova mulher dentro de seus moldes, mas não deixa de sonhar todas as noites com Lilith e a procura por todos os lugares do Eden sem poder encontra-la, Adão não sabia que ela fugiu para o deserto e chegou até o mar vermelho. <br/>
O Criador que a levou para longe de Adão no meio do deserto oferecerá a Lilith o direito de viver num mundo do livre arbítrio, antes mesmo do "pecado original” de Adão e Hava .<br/>
Lilith ganhará sua liberdade, mas a vida toda terá que saber enfrentar um eterno desafio que será de sobreviver num mundo cheio de perigo, ameaças e preconceitos, mas essa será a oportunidade única de ser uma mulher livre e não mais subjugada.<br/>
Lilith somente deseja a sua liberdade e está disposta a pagar o preço de ser considerada por muitas culturas e tradições como um demônio, a feiticeira, uma vampira das trevas ou a amaldiçoada coruja da noite, mas as Culturas antigas necessitam demonizar<br/>
Lilith , pois ela é uma ameaça ao sistema patriarcal predominante até os dias de hoje. <br/>
O Criador que é o Único responsável por tudo em sua criação, seu objetivo é o equilíbrio e vai fazer que Lilith tenha um novo homem, na verdade, um anjo de nome Samael considerado nas culturas antigas um “Anjo das trevas” mais não existe "anjos das trevas"<br/>
no mundo dominado pelo Criador.<br/>
Samael será o amante ideal para Lilith , que dará à luz a toda uma descendência de Lilioth " , que vivem e estão espalhadas por todo o mundo, onde dizem que podemos identificar os seus descendentes nas mulheres de grande sensualidade, inteligência, de postura rígida que não se deixam dominar pelos homens. <br/>
Diferente do que foi escrito em muitas histórias, fábulas e contos o Criador Jamais abandonou Lilith ao contrário, o Criador a protegeu e deixou muitas "Lilioth" presente entre nos!<br/>
Acreditem elas não são demônios, são frutos do Criador e ela pode estar aí nesse momento ao seu lado!<br/>
Fonte : <br/>
O livro de Lilith - Barbara Koltuv<br/>
Lilith, a Lua Negra - Roberto Sicuteri</p> A Maldição ! Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2020-11-15:3531236:Topic:1564602020-11-15T10:18:55.752ZJayme Fucs Barhttp://judaismohumanista.ning.com/profile/JaymeFucsBar
<div dir="auto">A Maldição ! Jayme Fucs Bar</div>
<div dir="auto">Minha avó Cecilia de origem portuguesa de Vila Nova de Foz Coa , descendente de Cristão Novos, me ensinava algo que eu acredito que vinha da antiga tradição judaica mística dos Judeus da Ibéria, ela me dizia quando eu era um menino pequeno em sua casa de Vila em São Cristovão no Rio de Janeiro algo assim..." Uma Maldição que vem do coração tem o poder sobre uma outra Pessoa" Me lembro que as pessoas tinham medo da vó Cecilia,…</div>
<div dir="auto">A Maldição ! Jayme Fucs Bar</div>
<div dir="auto">Minha avó Cecilia de origem portuguesa de Vila Nova de Foz Coa , descendente de Cristão Novos, me ensinava algo que eu acredito que vinha da antiga tradição judaica mística dos Judeus da Ibéria, ela me dizia quando eu era um menino pequeno em sua casa de Vila em São Cristovão no Rio de Janeiro algo assim..." Uma Maldição que vem do coração tem o poder sobre uma outra Pessoa" Me lembro que as pessoas tinham medo da vó Cecilia, pois acreditavam que ela tinha o poder de usar essas maldições "que vem do coração".</div>
<div dir="auto">Eu não sou uma pessoa que acredita e supertições nem mesmo em maldições, mas parece que em alguns casos da nossa História judaica Isso acontece e existe!</div>
<div dir="auto">Seja por acaso ou pelas mãos divina, difícil de argumentar e racionalizar sobre essas coisas, e deixo a vocês leitores ao critério de julgar, pois o que eu vou contar é fato algo que aconteceu entre 1521 a 1578 sobre o Rei de Portugal Dom João III que chamavam na corte de "Piedoso" , porem muito bem ironizado pelo poeta Português Alexandre Herculano como homem medíocre, inábil, fanático, "inábil para governar por si próprio".</div>
<div dir="auto">Realmente o Poeta Alexandre Herculano tinha razão ! Dom João III foi um dos maiores sanguinário e fanático rei de Portugal durante toda a Inquisição,teve uma única meta em todo o seu reinado a aniquilação da nação Judaica, que vai de fato concretizar esse seu desejo, dando cartas abertas para o clero católico sedentos de sangue ,e mais interessados pela ganância em se apoderar do patrimônio e da riqueza dos judeus do que da própia religião.</div>
<div dir="auto">Nem mesmo o Papa Clemencio VII vai conseguir frear o desejo do monarca de Portugal, que segundo a opinião de muitos morrerá envenenado por ser favorável a suspensão da Bula da Inquisição,</div>
<div dir="auto">Impressionante e Incalculável o número de judeus, vitimas no período de Dom João III, será nesse período de maior crescimento nas costruções de masmorras para torturas, será ampliado o número de agentes da inquisição, será um período onde as fogueiras nas praças públicas não vão parar de arder e os gritos de suplício dos mártires Judeus serão escutado por todos os lados, será o periodo onde a população fanática será incentivada a denunciar e aplaudir ao genocídio dos judeus Portugueses.</div>
<div dir="auto">Os Judeus serão proibidos de abandonar Portugal, mas muitos na primeira oportunidade fugirão desse inferno e vão encontrar abrigo nos países baixo e no império Otomano , Portugal com a inquisição vai cometer o auto suicídio coletivo da nação Portuguesa, o que era uma potência militar e econômica vai se auto aniquilar. milhares de judeus portugueses homens das ciências, do comércio,da cultura serão totalmente extintos, de Portugal. O Judaismo português será totalmente aniquilado.</div>
<div dir="auto">Fico aqui pensando ,nas palavras misteriosas de minha Avó Cecilia, e penso quantas pessoas nas masmorras e nas foqueiras e no exílio amaldiçoaram esse Rei sanguinário Dom João III " Uma Maldição que vem do coração tem o poder de se tornar realidade"</div>
<div dir="auto">O que acontecerá a Dom João III ? Será pura Maldição? ou forças Misticas? ou simples supertição ? Eu não sei realmente defininir!</div>
<div dir="auto">Mas de Fato!! Os 9 filhos e filhas de Dom João III ,vão todos morrer antes de herda-los, seu filho predileto e futuro herdeiro logo depois de casado com a filha do Imperador Carlos vai falecer aos 16 anos, Dom João morre sem deixar um filho herdeiro , seu neto Dom Sebastião, subirá ao trono, e também afetado pelo fanatismo da fé cristã, o levará a sair numa "guerra santa" contra "hereges" muçulmanos no norte da Africa, levando todo o poderio militar português e ser esmagado pelas forças mulculmanas na batalha de Alcácer.</div>
<div dir="auto">Dom Sebastião perde a coroa, a vida e todo o poder militar Portugues.</div>
<div dir="auto">Portugal estará praticamente aniquilado,sem Rei e sem herdeiros!</div>
<div dir="auto">Acredite!! Se foi Maldição ou não isso é fato, em 1578 se inicia a crise dinástica que levará à perda da independência de Portugal para a Espanha.</div>
<div dir="auto">Com todo o sofrimento, morte e humilhções, jamais os Judeus portugueses vão esquecer do lugar de onde vieram!</div>
<div dir="auto">O que não faltava era Saudade!! Palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa!</div>
<div dir="auto">Assim escreveu no exilio o sábio e poeta judeu Português Imanuel Aboab sobre suas Saudades as terras Portuguesas !</div>
<div dir="auto">" Adeus Amada Patria, Teu Êmulo parte</div>
<div dir="auto">Parte em direção ao Céu, quem pode sonhar com a Volta?</div>
<div dir="auto">Pai Douro não vai lavar meu corpo</div>
<div dir="auto">As ondas do mar Egeu revolverão meus ossos. "</div> HISTÓRIA de Israel - Destaques históricos - https://embassies.gov.il/sao-paulo/Pages/default.aspxtag:judaismohumanista.ning.com,2020-04-27:3531236:Topic:1311562020-04-27T22:42:41.296ZJayme Fucs Barhttp://judaismohumanista.ning.com/profile/JaymeFucsBar
<p>A Terra de Israel (Eretz Yisrael) é o berço do povo judeu. Uma parte importante da longa história do país se passou lá, com dois mil anos sendo registrados na Bíblia; lá, sua identidade cultural, religiosa e nacional foi formada, e sua presença física foi mantida através dos séculos, mesmo após a maioria do povo ter sido exilada. Durante o longo período de dispersão, o povo judeu nunca cortou nem esqueceu sua conexão com a Terra. Após o estabelecimento do Estado de Israel em 1948, a…</p>
<p>A Terra de Israel (Eretz Yisrael) é o berço do povo judeu. Uma parte importante da longa história do país se passou lá, com dois mil anos sendo registrados na Bíblia; lá, sua identidade cultural, religiosa e nacional foi formada, e sua presença física foi mantida através dos séculos, mesmo após a maioria do povo ter sido exilada. Durante o longo período de dispersão, o povo judeu nunca cortou nem esqueceu sua conexão com a Terra. Após o estabelecimento do Estado de Israel em 1948, a independência judaica, perdida dois mil anos antes, foi renovada.</p>
<p>A arqueologia em Israel envolve a investigação sistemática de todos os resquícios do passado do país – da pré-história até o fim do domínio otomano. A grande quantidade de restos materiais é prova das muitas culturas que deixaram sua marca sobre a Terra.</p>
<p>Acima de tudo, revela claramente o vínculo histórico entre o povo judeu, a Bíblia e a Terra de Israel, descobrindo registros do patrimônio cultural do povo judeu em sua terra natal. Esses restos visíveis, enterrados no solo, são a ligação física entre o passado, o presente e o futuro do povo judeu no seu país.</p>
<p>Essa corrente histórica interligada pode ser observada em todo o país. Jerusalém, a capital de Israel, tem sido o foco de uma intensa atividade arqueológica e registros de 5.000 anos de história foram revelados.</p>
<p>DESTAQUES HISTÓRICOS</p>
<p>Séculos XVII até VI AEC TEMPOS BIBLICOS<br/> (AEC – Antes da Era Comum)<br/>
c. Séc. XVII</p>
<p>Abraão, Isaac e Jacó, os patriarcas do povo judeu, se estabelecem na Terra de Israel. A fome força os israelitas a emigrar para o Egito.<br/> c.Séc. XIII Moisés lidera os israelitas na saída do Egito, seguido por 40 anos de peregrinação no deserto; a Torá, incluindo os dez mandamentos, é recebida no Monte Sinai<br/>
c.Séc. XIII a XII Os israelitas se estabelecem na Terra de Israel<br/>
c.1020 A monarquia judaica é estabelecida; Saul é o primeiro rei<br/>
c.1000 Jerusalém torna-se a capital do reino de Davi<br/>
c.960 Primeiro templo, centro nacional e espiritual do povo judeu, é construído em Jerusalém pelo rei Salomão<br/>
c. 930 Reino dividido: Judá e Israel<br/>
722-720 Israel é destruído pelos assírios; 10 tribos exiladas (Dez Tribos Perdidas)<br/>
586 Judá é conquistado pela Babilônia<br/>
Jerusalém e o Primeiro Templo são destruídos; a maioria dos judeus é exilada.</p>
<p>PERIODO DE SEGUNDO TEMPLO<br/> 538-142 Períodos persa e helenístico<br/>
538-515 Muitos judeus retornam da Babilônia; Templo é reconstruído<br/>
332 A Terra é conquistada por Alexandre, o Grande; domínio helenístico<br/>
166-160</p>
<p>Revolta dos Macabeus (Asmoneus) contra as restrições à prática do judaísmo e profanação do Templo<br/> 142-129 Autonomia judaica sob a liderança dos Asmoneus<br/>
129-63 Independência judaica sob a monarquia dos Asmoneus<br/>
63 Jerusalém capturada pelo general romano Pompeu</p>
<p>63 AEC a 313<br/> EC</p>
<p>Domínio romano<br/> 63-4 AEC</p>
<p>Herodes, rei vassalo romano, governa a Terra de Israel<br/> Templo de Jerusalém é reformado</p>
<p>(EC – Era Comum)<br/> c. 20 a 33 Ministério de Jesus de Nazaré<br/>
66 Revolta judaica contra os romanos<br/>
70 Destruição de Jerusalém e do Segundo Templo<br/>
73 Última fortaleza de judeus em Massada<br/>
132 a 135 Revolta de Bar Kochba contra Roma<br/>
c. 210 Codificação da Lei Oral judaica (Misná) concluída</p>
<p>DOMINIO ESTRANGEIRO</p>
<p>313 a 636 Domínio bizantino<br/> c. 390 Explicações da Misná (Talmude de Jerusalém) concluídas<br/>
614 Invasão persa</p>
<p>636 a 1099 Domínio árabe<br/> 691 No local do Primeiro e do Segundo Templo de Jerusalém, o Domo da Rocha é construído pelo califa Abd el-Malik</p>
<p>1099 a 1291 Dominação dos cruzados<br/> (Reino Latino de Jerusalém)</p>
<p>1291 a 1516 Domínio mameluco</p>
<p>1517 a 1917 Domínio otomano<br/> 1564 Código da lei judaica (Shulchan Aruch) é publicado.<br/>
1860 Primeiro bairro construído fora dos muros da Cidade Velha de Jerusalém<br/>
1882 a 1903 Primeira Aliá (imigração em grande escala), principalmente da Rússia<br/>
1897</p>
<p>Primeiro Congresso Sionista, reunido por Theodor Herzl na Basileia, Suíça; fundação da Organização Sionista<br/> 1904 a 14 Segunda Aliá, principalmente da Rússia e Polônia<br/>
1909 Primeiro kibutz, Degania, e a primeira cidade moderna completamente judia, Tel Aviv, são fundados<br/>
1917 Fim de 400 anos de domínio otomano com a conquista britânica<br/>
Ministro de Relações Exteriores britânico, Balfour, declara o apoio ao estabelecimento de um "lar nacional judeu na Palestina"</p>
<p>1918-48</p>
<p>Domínio britânico<br/> 1919 a 23 Terceira Aliá, principalmente da Rússia<br/>
1920 Histadrut (Federação Geral do Trabalho) e Haganah (Organização de Defesa Judaica) fundadas<br/>
Vaad Leumi (Conselho Nacional) instituído pela comunidade judaica (Yishuv) para administrar seus assuntos internos<br/>
1921 Primeiro moshav (aldeia cooperativa), Nahalal, fundada<br/>
1922 Mandato sobre a Palestina (Terra de Israel) é concedido à Grã-Bretanha pela Liga das Nações. Transjordânia determinada em três quartos da região, deixando um quarto para o lar nacional judaico<br/>
Agência judaica, representante da comunidade judaica diante das autoridades do Mandato, é criada<br/>
1924</p>
<p>Technion, o primeiro instituto de tecnologia, fundado em Haifa<br/> 1924 a 32 Quarta Aliá, principalmente da Polônia<br/>
1925 Universidade Hebraica de Jerusalém inaugurada no Monte Scopus<br/>
1929 Judeus de Hebron massacrados por terroristas árabes<br/>
1931 Etzel, organização clandestina judaica, é fundada<br/>
1933 a 39 Quinta Aliá, principalmente da Alemanha<br/>
1936 a 39 Revoltas antissemitas instigadas por terroristas árabes<br/>
1939 Imigração judaica é severamente limitada pelo Livro Branco britânico<br/>
1939 a 45 2ª Guerra Mundial: Holocausto na Europa<br/>
1941 Movimento clandestino Lehi é formado; Palmach, força de ataque da Haganá, é criada<br/>
1944 Brigada Judaica é formada como parte das forças britânicas<br/>
1947 A ONU propõe criação de Estados árabes e judeus na Terra</p>
<p>ESTADO DE ISRAEL<br/> 1948</p>
<p>Fim do Mandato Britânico (14 de maio)<br/> Estado de Israel proclamado (14 de maio)<br/>
Israel invadido por cinco países árabes (15 de maio)<br/>
Forças de Defesa de Israel (FDI) criadas<br/>
Guerra da Independência (maio de 1948 a julho de 1949)</p>
<p>1949 <br/> Acordos de armistício com Egito, Jordânia, Síria, Líbano<br/>
Jerusalém dividida entre Israel e Jordânia<br/>
Primeiro Knesset (parlamento) eleito<br/>
Israel aceito na Organização das Nações Unidas como 59º membro</p>
<p>1948 a 52</p>
<p>Imigração em massa da Europa e países árabes<br/> 1956 Campanha do Sinai<br/>
1962 Adolf Eichmann julgado e executado em Israel por sua participação no Holocausto<br/>
1964</p>
<p>Transportadora Nacional de Águas concluída, trazendo água do Lago Kineret, no norte, até o sul, cujo clima é seco<br/> 1967</p>
<p>Guerra dos Seis Dias; Jerusalém reunificada<br/> 1968 a 70 "Guerra de desgaste" entre Egito e Israel<br/>
1973 Guerra de Iom Kipur<br/>
1975 Israel torna-se membro associado do Mercado Comum Europeu<br/>
1977 Likud forma o governo após as eleições Knesset; fim de 30 anos de governo trabalhista<br/>
Visita do presidente egípcio Anwar Sadat a Jerusalém<br/>
1978 Acordos de Camp David incluem a estrutura para uma paz abrangente no Oriente Médio e proposta de autogoverno palestino<br/>
1979 Tratado de paz entre Israel e Egito é assinado<br/>
O primeiro-ministro Menachem Begin e o presidente Anwar Sadat recebem o Prêmio Nobel da Paz<br/>
1981 Força Aérea de Israel destrói o reator atômico do Iraque pouco antes do início de seu funcionamento<br/>
1982 Retirada de Israel da Península do Sinai é concluída em três etapas<br/>
Operação Paz para a Galileia remove terroristas da Organização de Libertação da Palestina (OLP) do Líbano<br/>
1984 Unidade de governo nacional (Likud e Trabalhista) é formada após as eleições<br/>
Operação Moisés: imigração de judeus da Etiópia<br/>
1985 Acordo de Livre Comércio assinado com os Estados Unidos<br/>
1987 Distúrbios violentos e generalizados (intifada) começam em regiões administradas por Israel<br/>
1988 O governo Likud vence as eleições<br/>
1989</p>
<p>Iniciativa de paz de quatro abordagens é proposta por Israel<br/> Início da imigração em massa de judeus da antiga União Soviética<br/>
1991 Israel é atacado por mísseis Scud iraquianos durante a Guerra do Golfo<br/>
Conferência de paz no Oriente Médio convocada em Madri<br/>
Operação Salomão: transporte aéreo de judeus da Etiópia<br/>
1992 Estabelecimento de relações diplomáticas com a China e Índia<br/>
Novo governo liderado por Yitzhak Rabin do Partido Trabalhista<br/>
1993 Declaração de princípios sobre autogoverno provisório para os palestinos assinado por Israel e OLP, como representante do povo palestino (Acordos de Oslo)<br/>
1994</p>
<p>Implementação do autogoverno palestino na Faixa de Gaza e na região de Jericó<br/> Relações diplomáticas plenas com a Santa Sé<br/>
Escritórios diplomáticos de Marrocos e da Tunísia são estabelecidos<br/>
Tratado de paz entre Israel e Jordânia é assinado<br/>
Rabin, Peres e Arafat recebem o Prêmio Nobel da Paz</p>
<p>1995 Ampliação do autogoverno palestino implementado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza; eleição do conselho palestino<br/> O primeiro-ministro Yitzhak Rabin é assassinado em um comício de paz<br/>
Shimon Peres torna-se primeiro-ministro<br/>
1996 Aumento do terrorismo fundamentalista árabe contra Israel<br/>
Operação Vinhas da Ira, em retaliação aos ataques terroristas da Hizbullah ao norte de Israel<br/>
Escritórios de representação comercial estabelecidos em Omã e Qatar<br/>
Binyamin Netanyahu é eleito primeiro-ministro; forma governo de coalizão liderado por Likud<br/>
Escritório de representação comercial de Omã é inaugurado em Tel Aviv<br/>
1997 Protocolo de Hebron assinado por Israel e pela AP<br/>
1998</p>
<p>Israel comemora seu 50º aniversário<br/> Israel e a OLP assinam o Memorando de Wye River para incentivar a implementação do Acordo Provisório<br/>
1999 Ehud Barak (do partido de esquerda One Israel) é eleito primeiro-ministro; forma governo de coalizão<br/>
Israel e a OLP assinam o Memorando Sharm-e-Sheikh<br/>
2000 Visita do Papa João Paulo II.<br/>
IIsrael se retira da zona de segurança no sul do Líbano<br/>
Israel entra no grupo Europa Ocidental e Outros, da ONU<br/>
Mais violência (Segunda Intifada)<br/>
2001 Primeiro-ministro Barak renuncia<br/>
Ariel Sharon (Likud) eleito primeiro-ministro; forma amplo governo de união<br/>
Relatório de averiguação do comitê do Sharm-e-Sheikh (Relatório Mitchell) emitido<br/>
Plano de trabalho palestino-israelense de implementação de segurança (plano Tenet de cessar-fogo), é proposto<br/>
Rechavam Ze'evy, ministro do turismo, é assassinado por terroristas palestinos<br/>
2002</p>
<p>Israel lança a Operação Escudo Defensivo em resposta a enormes ataques terroristas palestinos<br/> Israel começa a construir o muro antiterrorista para impedir que terroristas da Cisjordânia matem cidadãos israelenses<br/>
O primeiro-ministro Sharon desmancha o Knesset, solicitando novas eleições a serem realizadas em 28 de janeiro de 2003<br/>
2003</p>
<p>O governo de coalizão direito direitista é formado pelo primeiro-ministro Ariel Sharon<br/> Israel aceita o roteiro<br/>
2005</p>
<p>Israel realiza o Plano de Desligamento, acabando com a presença de Israel na Faixa de Gaza<br/> 2006</p>
<p>Após o primeiro-ministro Sharon sofrer um derrame, Ehud Olmert se torna primeiro-ministro<br/> As eleições que se seguiram, em 28 de março, o primeiro-ministro Ehud Olmert forma novo governo liderado pelo Partido Kadima<br/>
Israel realiza operações militares contra os terroristas palestinos em Gaza após sequestro de soldado israelense<br/>
A 2ª Guerra no Líbano, durante a qual Israel realiza operações militares contra o terrorismo do Hezbollah no sul do Líbano, após ataques de mísseis e o sequestro de dois soldados israelenses</p>
<p>2007</p>
<p>Shimon Peres é eleito Presidente do Knesset<br/> Israel declara Gaza "território hostil" após a violenta tomada da Faixa de Gaza por Hamas</p>
<p>2008</p>
<p>Israel celebra seu 60º aniversário; Israel lança sua Operação em Gaza (Operação Chumbo Fundido) em resposta ao bombardeio de mais de 10.000 mísseis e morteiros disparados da Faixa de Gaza</p>
<p>2009</p>
<p>Benjamin Netanyahu é eleito primeiro-ministro em eleições nacionais, realizadas em fevereiro de 2009, e forma um governo de coalizão de base ampla<br/> A cidade de Tel Aviv comemora seu 100º aniversário</p>
<p>2010</p>
<p>Israel se junta à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE)</p> Krav Maga: o sistema de autodefesa de Israel - MORASHAtag:judaismohumanista.ning.com,2017-11-09:3531236:Topic:1167192017-11-09T22:50:25.371ZJayme Fucs Barhttp://judaismohumanista.ning.com/profile/JaymeFucsBar
<p>Krav Maga: o sistema de autodefesa de Israel<br></br> Krav Maga é um sistema de autodefesa, adotado pelas Forças de Defesa de Israel. Não é uma arte marcial, não possui as tradições milenares das artes marciais orientais e tampouco surgiu no Oriente. Foi criado na Europa Oriental, em 1930, por um judeu, Imi Lichtenfeld, para defender os judeus de ataques fascistas e nazistas.<br></br> Edição 97 - Setembro de 2017</p>
<p>O Krav Maga é uma arte de defesa pessoal, um sistema de combate corpo a…</p>
<p>Krav Maga: o sistema de autodefesa de Israel<br/> Krav Maga é um sistema de autodefesa, adotado pelas Forças de Defesa de Israel. Não é uma arte marcial, não possui as tradições milenares das artes marciais orientais e tampouco surgiu no Oriente. Foi criado na Europa Oriental, em 1930, por um judeu, Imi Lichtenfeld, para defender os judeus de ataques fascistas e nazistas.<br/>
Edição 97 - Setembro de 2017</p>
<p>O Krav Maga é uma arte de defesa pessoal, um sistema de combate corpo a corpo,com rápidos contra-ataques e técnicas ofensivas que visam impedir que o agressor atinja seu alvo. Atualmente, os repetidos ataques terroristas a indivíduos, muitos realizados com facas, tornaram muito recomendado o seu aprendizado em Israel e na Europa. Na França, por exemplo, desde que a onda de ataques antissemitas e terroristas tomou conta do país, houve um grande aumento no interesse pelo Krav Maga, que, aliás, está sendo ensinado aos alunos de escolas judaicas.<br/> É bem verdade que seu domínio exige muito treinamento tanto em termos das técnicas como do condicionamento físico, mas as técnicas básicas do Krav Maga podem ser aprendidas e aplicadas por qualquer pessoa em um curto espaço de tempo. Diferentemente das demais artes marciais, não leva anos para ser dominado. Desde o início, o intuito de Imi Lichtenfeld era criar um sistema de autodefesa que pudesse ser posto em prática o mais rapidamente possível. O Krav Maga dá as ferramentas para que homens, mulheres e até crianças, independentemente da idade, possam se defender. E, apesar de existir há menos de 100 anos, é, atualmente, o sistema de luta escolhido por várias unidades das elites militares e das forças de segurança norte-americanas e europeias. É também adotado no Brasil para o treinamento de forças militares e policiais.<br/>
O criador: Imi Lichtenfeld<br/>
Filho de Channa e Samuel Lichtenfeld, Imrich Sde-Or ou “Imi”, como era conhecido, nasceu em 26 de maio de 1910, em Budapeste, na época um dos centros do Império Austro-húngaro; mas cresceu na capital da Eslováquia, Bratislava.<br/>
Seu pai, um grande atleta, teve suma influência em sua vida. Aos 13 anos, Samuel começou a trabalhar num circo como acrobata e, durante duas décadas, treinou inúmeros esportes, inclusive luta-livre e levantamento de pesos. Após deixar o circo, ele se mudou para Bratislava. Lá fundou a primeira academia moderna de atividade física da cidade, onde se dedicava à luta livre, boxe e musculação.<br/>
Em Bratislava, Samuel trabalhava na força policial; tornou-se detetive e ocupou o posto de Inspetor Chefe. Conquistou a reputação como o policial que fez a prisão e levou a julgamento o maior número de criminosos violentos. Como Inspetor Chefe, periodicamente treinava seus homens nas técnicas de defesa pessoal. O filho, Imi, estava sempre ao seu lado. Exímio lutador de luta-livre quando jovem, Samuel estimulou o filho a participar de uma variedade de atividades atléticas.<br/>
Imi logo se tornou um excelente ginasta, boxeador e lutador, entrando para o Time Nacional de Luta Livre da Eslováquia. Competia em campeonatos nacionais e internacionais, ganhando vários troféus. No período de 1929 a 1939, foi um dos melhores lutadores da Europa.<br/>
No final da década de 1930, enquanto o fascismo e o antissemitismo varriam todo o continente europeu, a vida dos judeus de Bratislava tornava-se cada dia mais difícil. Os ataques violentos contra indivíduos e contra as comunidades passaram a ser lugar-comum nas ruas de muitas das cidades da Europa Oriental. Os judeus buscavam meios de se defender, de continuar vivos.<br/>
Vendo que algo tinha que ser feito para proteger sua comunidade, Imi organizou um grupo de jovens judeus para patrulhar o Bairro Judeu e defender seus habitantes contra os ataques. Da noite para o dia, ele se tornou o líder incontestado de cerca de 100 rapazes da comunidade. Juntos, eles defendiam os judeus de Bratislava contra as gangues antissemitas e as milícias fascistas.<br/>
Enquanto lutavam nas ruas, Imi rapidamente entendeu que as lutas competitivas esportivas eram totalmente diferentes das de rua. Além de serem extremamente violentas, nas ruas não havia regras e nem árbitros. Ele começa, então, a desenvolver um sistema de técnicas de autodefesa para situações de perigo, passando a ensiná-las aos jovens encarregados da defesa do Bairro Judeu. Seu princípio fundamental era usar os movimentos e reações naturais do corpo aliados a um contra-ataque imediato e decisivo. Assim começou o Krav Maga. Entre 1936 e 1940, Imi participou de inúmeros conflitos e lutas de rua. Ele e seus companheiros tiveram que conter grupos antissemitas armados, que chegavam a centenas de pessoas, em sua tentativa de invadir o Bairro Judeu.<br/>
Em 1939 o Estado eslovaco tornou-se um Estado fantoche da Alemanha nazista e Imi e os judeus de Bratislava se viram cada vez mais ameaçados pelas milícias fascistas. Ele passou a ser vigiado, era considerado um “sério problema” pelas autoridades eslovacas e grupos antissemitas. Em 18 de maio 1940, Imi deixa a Europa, embarcando naquele que seria o último navio de judeus a conseguir escapar dos nazistas. Sua família não o acompanhou, e não sobreviveu a Shoá.<br/>
A embarcação se dirigia à Terra de Israel. Era um barco usado para navegação fluvial, de nome Pentcho, modificado para transportar refugiados judeus da Europa Central. A embarcação, adequada para transportar 150 pessoas, acabou levando, abarrotados, 500 jovens. Durante a travessia, uma caldeira do Pentcho explode e o barco naufraga na ilha grega Kamilonissi. Imi saltou várias vezes n’água para salvar passageiros e recuperar as escassas sacas com alimentos que haviam caído no mar. Isso lhe acarretou uma forte infecção no ouvido que quase lhe custa a vida.<br/>
Ele e outros quatro amigos conseguiram um bote a remo e saíram em direção à ilha de Creta em busca de ajuda. Em virtude dos fortes ventos, os cinco nunca chegaram à ilha. No quinto dia, um navio de guerra inglês os encontrou vagando pelo mar, e os levou para Alexandria. Após relatarem sobre o naufrágio do Pentcho, as autoridades italianas foram alertadas e um navio foi enviado para a ilha Kamilonissi para resgatar os refugiados, que depois foram levados para Rhodes. A maior parte dos sobreviventes do Pentcho chegou à então Palestina em 1944.<br/>
Segundo um dos amigos, ao chegar a Alexandria o estado do Imi era gravíssimo e eles temiam que o amigo não escapasse. No entanto, resistiu e, já restabelecido, se alistou na Legião Checa, à época sob o comando do exército britânico. Durante ano e meio, ele ocupou vários postos militares no Oriente Médio sempre servindo com distinção.<br/>
Em 1942, Imi recebeu um visto de entrada na então Palestina sob Mandato Britânico. À época, muitos de seus amigos que já estavam em Eretz Israel serviam na Haganá (defesa, em hebraico), fundada em 1919 para defender os assentamentos judeus contra os árabes.<br/>
Imi é muito bem recebido nas fileiras da Haganá, cujos líderes perceberam suas aptidões em combate e sua habilidade em transmitir as técnicas. Ele ficou encarregado do treinamento das forças de elite militar no combate desarmado. Treinou forças da Haganá, Palmach (a força de ataque de elite), Palyam (os comandos navais), e grupos policiais. Imi passa a treiná-los intensamente em suas áreas de especialização: preparação física e nas técnicas de combate que estava desenvolvendo, baseado em sua experiência em combate real.<br/>
Com a fundação do Estado de Israel, em 1948, todas as diversas forças judaicas combatentes se unem, dando origem às Forças de Defesa de Israel (FDI). O novo estilo de combate criado por Imi é adotado como o estilo oficial das FDI e da Força Policial de Israel. É nomeado Instrutor Chefe de Preparação Física na Escola de Preparação para Combates das FDI. Ele era o principal instrutor de combates corpo a corpo. Nesse período, aperfeiçoou ainda mais suas técnicas de autodefesa; ele queria que fossem rápidas, eficazes e aplicáveis a cenários modernos. Acima de tudo, tinham que ser simples, lógicas e fáceis de aprender; um método que pudesse transmitir ao soldado israelense, em poucas semanas, noções reais de autodefesa, com as mãos nuas, contra todo tipo de ataques. Após a Operação Sinai de 1956, o nome “Krav Maga” passou a ser utilizado para o novo estilo de combate, já tendo um formato pronto para treinamento e ensino.<br/>
Imi serviu nas FDI até 1964. Nesse período ele foi o responsável pelo treinamento dos melhores combatentes das principais unidades de elite das FDI. Após se aposentar, abriu dois centros de treinamento nas cidades de Tel-Aviv e Netanya. Pela primeira vez o Krav Maga seria ensinado a civis. O ensino a civis difere do utilizado por militares ou agentes de segurança. Em seu uso civil, o Krav Maga ensina como se proteger em situações em que a vítima está desarmada e tem que contar apenas consigo mesma. É um cenário muito diferente do militar. Nos anos seguintes, Imi se dedicou a adaptar as técnicas, modificando-as de acordo com as necessidades da vida civil.<br/>
Em 1974, ele fundou a Associação Krav Maga, uma organização para o ensino do sistema de autodefesa. Alguns de seus primeiros alunos levaram-na aos Estados Unidos e o mestre Kobi Lichtenstein a trouxe ao Brasil.<br/>
Imi Lichtenfeld faleceu em 1998, aos 87 anos. Até os últimos anos de sua vida, continuou a atuar tanto no mundo militar, como conselheiro, quanto no civil supervisionando aulas e treinando equipes de segurança de outras nacionalidades. Em uma carta oficial pelo “Galardão de Mérito”, Itzhak Rabin, então Chefe das Forças de Defesa de Israel, escreveu que desde os tempos da Haganá e do Palmach, incluindo todos os anos no Tzahal (FDI), a capacidade de luta e o potencial pessoal de Imi tinham sido os pilares de qualidade do combatente israelense, e, ninguém mais responsável por esse desempenho de excelência do que Imi Lichtenfeld.<br/>
Ainda em vida, recebeu o “Azul e branco”, um título de honra para aqueles que muito se dedicaram a seu país.<br/>
Fundamentos<br/>
Como vimos acima, o Krav Maga pretende ser a forma mais eficaz de autodefesa. Em entrevista a Morashá, o faixa preta e professor de Krav Maga, Uri Aronson, perito e consultor em segurança pessoal, empresarial e comunitária, e um dos primeiros alunos do mestre Kobi no Brasil, explicou os fundamentos do combate. “O Krav Maga ensina a enfrentar o perigo com uma estratégia em mente, sem desgaste físico desnecessário, reservando a energia física para aplicá-la no momento oportuno. A defesa e o contra-ataque devem ser rápidos e eficazes. O aluno de Krav Maga treina para ter a mente clara e tranquila para tomar decisões com prontidão, mesmo em uma situação de emergência. Por exemplo, se estiver sendo imobilizado e a primeira técnica para se libertar não funcionar, em vez de se desesperar tentando novamente, deve passar a aplicar outra técnica”.<br/>
Como mencionamos acima, as técnicas do Krav Maga se baseiam em princípios simples e movimentos instintivos, naturais ao corpo humano. O treinamento inclui, de um lado, o aprendizado de incontáveis técnicas que visam impedir que o agressor atinja o alvo, do outro lado movimentos explosivos de contra-ataque. Diferentemente de outras artes marciais que tratam os movimentos defensivos e ofensivos como ações separadas, no Krav Magá estes são simultâneos. A técnica dá ênfase ao movimento contínuo: bloqueia-se ao mesmo tempo em que se contra-ataca rapidamente, visando pontos sensíveis do agressor. Independentemente de quão grande e forte o oponente, algumas áreas do corpo humano são sempre vulneráveis.<br/>
Noções de física, fisiologia e matemática são utilizadas para definir as técnicas que devem ser aplicadas. Em cada tipo de ataque, a técnica usada deve levar em conta a transferência de peso e a rapidez e força de explosão do contra-ataque, visando a potencialização da ação independentemente da força física.<br/>
Como os confrontos são geralmente inesperados e perigosos, os alunos são treinados a procurar dar um fim às situações de perigo, com a maior rapidez possível. Quem treina Krav Maga parte da premissa de que seus atacantes serão maiores e mais fortes do que ele, e, possivelmente, que enfrentará múltiplos agressores. Uri Aronson, que treinou centenas de alunos de Krav Maga, executivos e equipes da área de segurança de multinacionais, costuma enfatizar que “a essência do Krav Maga é que se um de vocês se encontrar em uma situação de perigo, saiba o que fazer para voltar para casa com vida. Procuro transmitir a meus alunos que o Krav Maga não se restringe ao que é ensinado durante as aulas. Trata-se de um estilo de vida. O mundo moderno exige que se tomem decisões rapidamente, ainda mais se a pessoa for um líder ou um executivo, mantendo-se focado mesmo em situações turbulentas e agindo sob pressão com clareza mental. O Krav Maga proporciona tudo isso e muito mais.”<br/>
O treinamento que Uri passa a seus alunos inclui a “inteligência” por trás das técnicas. “É necessário visualizar e analisar uma situação rapidamente e apreender como reagir a qualquer tipo de ameaça, sem hesitação. É essencial agir de forma segura e neutralizar o agressor rapidamente, fazendo o que for preciso”.<br/>
Os treinos simulam situações reais. Como Imi descobriu nas ruas da Europa, lutar para obter pontos numa luta esportiva e lutar por sua vida em um confronto de rua exige uma atitude mental e técnicas totalmente diferentes. No Krav Maga o fato de não haver “regras” em uma luta é muito enfatizado. Não há katas – padrões detalhados de coreografia de movimentos – como no caratê e demais artes marciais. Não dá para se preocupar com a “etiqueta” da luta quando sua vida está em risco. Quem aprende e interioriza os princípios do Krav Maga consegue enfrentar qualquer tipo de agressão, e a eficiência das técnicas em combate real mostra que eles são atemporais, funcionam em qualquer realidade.<br/>
E, como não há regras nem restrições, o Krav Maga não realiza competições. Algumas organizações adotam faixas coloridas – populares nas artes marciais – como um sistema didático que divide o aprendizado das técnicas por faixa. Quanto maior for a graduação, mais avançadas serão as técnicas ensinadas.<br/>
Antes de 1980, todos os especialistas na técnica viviam em Israel e treinavam seguindo a Associação Israelense de Krav Maga. Na década de 1980, Lichtenfeld começou a treinar seus alunos mais próximos para levá-la à arena internacional. Hoje, o Krav Maga é disseminado pelo mundo todo.<br/>
Krav Maga no Brasil<br/>
Kobi Lichtenstein, um dos primeiros alunos civis de Imi Lichtenfeld, começou a treinar ainda menino. Lichtenfeld o indicou para disseminar o sistema na América do Sul. Em 1990, o aluno, hoje conhecido como Grão-mestre Kobi, o trouxe para o Brasil. O atual crescimento do Krav Maga no País se deve muito ao fato de a população viver refém da violência. Esta técnica oferece as ferramentas para a pessoa não viver com tanto medo e poder, eventualmente, se defender.<br/>
O Grão-mestre é 8º dan e presidente da Federação Sul-Americana de Krav Maga. Um de seus objetivos é preservá-lo da forma que lhe foi ensinado por seu mestre, em Israel. Com sede do Rio de Janeiro, mestre Kobi ensina Krav Maga e qualifica instrutores que ensinam no Brasil e na América Latina. Assim como Imi, ele prepara a próxima geração. “Não formo instrutores, mas educadores” declara mestre Kobi. “O processo de formação exige anos de treinamento, aulas de anatomia, fisiologia, primeiros socorros, filosofia e a história do Estado de Israel. De dois em dois anos, levamos delegações para Israel, para conhecer o berço do Krav Maga, para desmistificar as inverdades que a mídia mostra, e conhecer como os israelenses convivem com as diferenças. Os grupos saem do Brasil achando que vão a um país violento e voltam entendendo que violento é o país em que vivemos”.<br/>
Com quatro livros lançados em português, várias medalhas conferidas pelas autoridades brasileiras – Pedro Ernesto, Tiradentes, Mérito Legislativo e outras, o Krav Maga no Brasil tornou-se referência de defesa pessoal. O Krav Maga Brasil é ativo também no treinamento de corporações militares e policiais, como por exemplo, as unidades contra o terror que atuaram nas últimas Olimpíadas.<br/>
“Além da própria técnica”, declara Mestre Kobi, “as aulas de Krav Maga mostram uma outra forma de ver a vida, em que não importa o tamanho da ameaça, sempre é possível se defender, sobreviver à ameaça, assim como o Povo Judeu sobreviveu, assim como Israel sobrevive e ainda cresce, com qualidade de vida e respeito ao próximo”.</p> Judeus durante a Primeira Cruzada por Reuven Faingoldtag:judaismohumanista.ning.com,2016-12-02:3531236:Topic:1115392016-12-02T20:54:58.573ZJayme Fucs Barhttp://judaismohumanista.ning.com/profile/JaymeFucsBar
<p>“Morrer, mas não transgredir” é a expressão que melhor descreve a postura dos judeus na época das Cruzadas. Martírio e Kidush Hashem (Santificação em Nome de D’us) eram valores essenciais para proteger os preceitos do Judaísmo. Na chegada dos cruzados toda uma geração foi testada, demonstrando atos de heroísmo pouco comuns.</p>
<p>Edição 91 - Abril de 2016</p>
<p>HISTORIOGRAFIA DAS CRUZADAS</p>
<p>As Cruzadas são um dos temas mais instigantes da história. Pesquisadores dos séculos 19 e 20…</p>
<p>“Morrer, mas não transgredir” é a expressão que melhor descreve a postura dos judeus na época das Cruzadas. Martírio e Kidush Hashem (Santificação em Nome de D’us) eram valores essenciais para proteger os preceitos do Judaísmo. Na chegada dos cruzados toda uma geração foi testada, demonstrando atos de heroísmo pouco comuns.</p>
<p>Edição 91 - Abril de 2016</p>
<p>HISTORIOGRAFIA DAS CRUZADAS</p>
<p>As Cruzadas são um dos temas mais instigantes da história. Pesquisadores dos séculos 19 e 20 entendem as Cruzadas como uma campanha medieval para libertar o Santo Sepulcro, local em Jerusalém onde se acreditava que Jesus fora sepultado, mas também as estudaram tomando em consideração os interesses comerciais das cidades italianas, a força política do Papado diante das monarquias europeias e a busca pela reunificação da Igreja Católica com a Igreja do Oriente nascida em Bizâncio.</p>
<p>Historiadores positivistas explicaram as Cruzadas sob uma ótica socioeconômica e política, mantendo como eixo fundamental o choque entre duas religiões opostas, a luta entre a cruz e o crescente. Assim, as Cruzadas devem ser vistas como uma disputa pelo domínio geográfico entre crenças que ofereciam a palavra dos Evangelhos ou a do Alcorão.</p>
<p>Com o advento do marxismo, as Cruzadas ganharam um olhar sustentado em respostas meramente econômicas. Alguns historiadores do século 20 enquadraram-nas dentro de um campo histórico amplo e universal. Porém, nenhuma das linhas historiográficas outorgou importância aos judeus da Europa. A temática “judaica” lhes era totalmente esquecida: os positivistas não julgavam ser esse um assunto suficientemente relevante para ser pesquisado, enquanto para os marxistas era um tema insignificante, sem maior interesse no contexto da luta de classes.</p>
<p>Foi na visão globalizada dos professores Steven Runciman, e Joshua Prawer que encontramos uma análise detalhada sobre o papel dos judeus no decorrer das Cruzadas. Estes dois acadêmicos observam uma mudança ideológica radical na Europa do século 11. Para eles, a Primeira Cruzada transformaria o Cristianismo numa “religião combativa”, apropriando-se da ideia de “guerra santa” - um conceito que nascia na contramão dos princípios morais da Igreja. O Cristianismo criou um movimento religioso legitimando a ideia de peregrinação a Jerusalém desde o Velho Continente.</p>
<p>JUDEUS NA EUROPA</p>
<p>Nas peregrinações à Terra Santa participaram vários grupos sociais: condes, nobres, clérigos, camponeses e servos, todos buscando uma absolvição de seus pecados. Nos anos 1064-1065, sob a liderança do Arcebispo Sigfred de Mogúncia e do abade Ingulf de Croyland, 7 mil peregrinos se dirigiram a Jerusalém, falecendo a maioria no caminho.</p>
<p>Este processo de peregrinação se inicia no “Concílio de Clermont”, em 1095, estabelecendo-se na Europa ordens militares como os Templários, que ocasionaram transformações na vida cotidiana e no destino dos judeus, e criaram um abismo entre a civilização ocidental e o Judaísmo. Cresce, assim, uma sistematização das hostilidades contra os judeus. Como a Igreja os declara “inimigos da fé”, as camadas populares iniciam uma onda de violência contra os Filhos de Israel. Afinal, a maioria deles vivia nas cidades e tinha uma formação superior àquela encontrada na população local.</p>
<p>Vários pyutim (hinos hebraicos em verso) descrevem as dificuldades sofridas pelos judeus por rejeitar o Cristianismo como a “fé verdadeira”. Desde a destruição do Segundo Templo e o exílio de Roma em 70 E.C., várias comunidades judaicas se espalharam pela Europa.</p>
<p>Seus membros jamais esqueceram Jerusalém, como bem o denota a contínua entoação da prece “O ano próximo, em Jerusalém”, e a reafirmação de seu compromisso com a Terra de Israel.</p>
<p>VÉSPERAS DA PRIMEIRA CRUZADA</p>
<p>Na época medieval, desfrutavam de tranquilidade e prosperidade na Europa cristã os judeus que habitavam em territórios do Império Carolíngio, assim como os que, na Península Ibérica, viviam sob domínio muçulmano. Porém, a luta entre o poder papal e o crescente poder político dos monarcas, criou-lhes uma nova situação.</p>
<p>Em meados do século 11, era instável a situação dos judeus da Europa central. Na França e na Alemanha, dependiam da proteção dos reis, com os quais mantinham relações “aceitáveis” já que os reis careciam de seus talentos e suas riquezas. Os judeus concediam empréstimos aos governantes, que, entre outros, os incumbiam de coletar impostos para o Tesouro Real, atividade que os tornaria cada vez mais impopulares entre os camponeses e a pequena nobreza que os culpava pelas penúrias pessoais e a impossibilidade de progredir na vida. Ao se iniciarem as Cruzadas, muitos cristãos mantinham dívidas com judeus. A peregrinação à Terra Santa era não só uma forma de receber perdão da Igreja e do Céu pelos pecados, mas também um meio de libertar-se das obrigações econômicas.</p>
<p>Alguns anos antes das Cruzadas, aconteciam perseguições esporádicas. Um cronista judeu anônimo relata o massacre de Otranto, uma vila ao sul da Itália, em 930: “Judeus foram perseguidos... ao Rabino Yeshaya lhe atravessaram o pescoço com uma faca e o mataram como a um cordeiro no pátio da sinagoga; e o Rabino Menachem caiu dentro de um poço, e a nosso mestre o estrangularam”. Em 1007 aconteceriam massacres na França e a expulsão e conversões dos judeus de Mogúncia (Mainz), na Alemanha.</p>
<p>Entre os séculos 8 a 11, os judeus da Espanha viviam em paz e integrados ao Estado islâmico, sendo considerados pelos cristãos como “colaboradores” dos muçulmanos. Em 1064, na conquista de Barbastro, motivado pelos maus tratos a judeus, o Papa Alexandre II escreveu aos bispos hispânicos, lembrando-os da diferença entre muçulmanos e judeus: “Os primeiros são inimigos irreconciliáveis dos cristãos, enquanto os últimos são meros colaboradores”.</p>
<p>Antes da Primeira Cruzada, os reis e as autoridades eclesiásticas reconheciam o valor dos judeus oferecendo-lhes proteção e direitos. Em 1084, o Bispo de Espira lhes outorgou uma carta de privilégios, reconhecendo-os como agentes colonizadores da cidade. Em 1090, o rei Henrique IV renovou-lhes os privilégios, outorgando um direito similar aos judeus de Worms. Esses documentos lhes permitiam exercer livremente o comércio, garantindo também suas liberdades religiosas.</p>
<p>No final do século 11, chegaram notícias do Oriente relatando as penúrias experimentadas pelos peregrinos que viajavam à Terra Santa. Além disso, os muçulmanos haviam profanado o Santo Sepulcro em Jerusalém e demais Lugares Santos cristãos na Terra Santa, fato que enfureceu as autoridades eclesiásticas. A resposta foi o discurso do Papa Urbano II, em Clermont Ferrant, em 26 de novembro de 1095. A chamada do Papa para as Cruzadas agitou o povo.</p>
<p>PRIMEIRA CRUZADA</p>
<p>A Primeira Cruzada foi proclamada em 1095, pelo Papa Urbano II, com o objetivo duplo de auxiliar os cristãos bizantinos e libertar Jerusalém e a Terra Santa do jugo muçulmano. Na verdade, a Primeira Cruzada não foi um único movimento, mas um conjunto de ações bélicas de inspiração religiosa, que incluiu a Cruzada Popular, a Cruzada dos Nobres e a Cruzada de 1101.</p>
<p>A conclamação era para libertar Jerusalém dos infiéis, mas a Primeira Cruzada deu vazão a uma longa tradição de violência organizada contra os judeus. Primeiro na França e, depois, na Renânia, alguns líderes de grupos populares interpretaram que a guerra contra os infiéis podia ser aplicável não só aos muçulmanos, no Levante, mas também contra os judeus, que viviam na maioria das comunidades europeias. Muitos cristãos não viam motivo para viajar milhares de quilômetros para lutar contra os inimigos do Cristianismo, quando estes estavam, também, à porta de suas casas.</p>
<p>O cronista Samuel ben Yehudá descreveu o sentimento judaico por volta de 1096: “... Caiu sobre nós uma densa escuridão”. Outro cronista do século 12 assim se expressou: “As lagostas não têm rei, mas andam todas em bandos”, fazendo clara alusão à postura devastadora dos cruzados. Uma cruzada não era apenas a retomada dos Lugares Santos cristãos tomados pelos árabes; era também a vingança pelo suposto crime de “deicídio” cometidos pelos judeus.</p>
<p>Em 1096, os cruzados, liderados por Godofredo de Bouillon e Robert de Normandia, iniciam sua própria guerra contra os infiéis, saqueando e assassinando, sem trégua, todos os judeus à sua frente. Na crônica de Samuel ben Yehudá ficou registrada a vinda dos cruzados: “Quando passam por povoados onde há judeus, dizem que viajam a terras distantes à procura de vingança dos ismaelitas; porém aqui vivem também judeus cujos antepassados mataram e crucificaram sem motivo. Portanto, devemos destruí-los como povo para que o nome de Israel não seja lembrado..”. O conceito de “deicídio” surgido no século 4 voltara revigorado.</p>
<p>Mesmo que as atrocidades começassem em Rouen e Normandia, as maiores matanças se propagaram em direção do rio Reno, região superpovoada por comunidades judaicas. No início do verão de 1096, cerca de 10 mil cristãos partiram em cruzada, percorrendo o vale do Reno em direção ao Norte (direção oposta a Jerusalém), iniciando uma série de pogroms. A proteção dada aos judeus por bispos e imperadores não evitou uma catástrofe de dimensões gigantescas.</p>
<p>MASSACRES EM ESPIRA, WORMS E MOGÚNCIA</p>
<p>No Sacro Império Romano-Germânico, em Espira, vivia uma comunidade judaica importante que havia recebido privilégios do imperador. No entanto, em 3 de maio de 1096, os cruzados, junto com os moradores locais, atacaram os judeus. Segundo crônicas judaicas, 11 membros da comunidade que resistiram ao batismo foram mortos, enquanto outros se refugiaram na sinagoga. O bispo da cidade, Johannes, tentou reestabelecer a ordem, punindo os agitadores e oferecendo asilo aos judeus em seu próprio palácio.</p>
<p>As notícias acerca dos sangrentos massacres de Espira chegaram rapidamente a Worms. Boa parte dos judeus da cidade procurou refúgio no palácio do Bispo Adalberto, enquanto outros tentavam confiar nos vizinhos, para que não os entregassem.</p>
<p>Quando os cruzados apareceram corria o boato que os judeus haviam matado um cristão. Em 18 de maio de 1096 a cidade foi palco de grande matança. Famílias judaicas inteiras foram chacinadas nas casas, rolos da Torá foram retirados das sinagogas e destruídos. Os cruzados conseguiram batizar poucos judeus à força. Muitos optaram por tirar suas próprias vidas; mães mataram seus filhos para depois se matarem. Segundo um cronista, “pelas ruas da cidade somente se escutava o Shemá Israel”.</p>
<p>Dois dias mais tarde, chegou a hora dos judeus no Palácio Episcopal. Diante da ameaça dos Cruzados, o Bispo Adalberto tentou convencer os judeus entrincheirados que se deixassem converter. Eles pediram um tempo para pensar. Esgotado o prazo, o bispo abriu as portas e encontrou uma cena dantesca. Não tinha sobrado um único judeu com vida, todos se haviam suicidado. Eis o relato do cronista judeu: “No dia 25 de Iyar, o terror se instalou sobre aqueles judeus que se abrigaram no Palácio Episcopal. Eles se fortaleciam pelo exemplo de seus irmãos, santificando-se em Nome de D’s, observando as palavras do Profeta ‘as mães caem sobre suas filhas e os pais caem sobre seus filhos’. Um matava seu irmão, outro seus pais, esposa e filhos. Todos aceitavam de bom grado o Desígnio Divino, entregando suas almas ao Todo Poderoso, gritando, ‘Ouve Israel, o Eterno é Nosso D’us, o Eterno é Um”.</p>
<p>Segundo a crônica, os cruzados não respeitaram sequer os mortos. Retirando os corpos do palácio, cortaram-nos em pedaços e dispersaram seus restos. Apenas o judeu Simcha Cohen se salvou e foi batizado à força. Imediatamente, tirou uma faca e feriu três carrascos, porém o populacho o chacinou. Naqueles dias de 1096 foram mortos 800 judeus, todos atirados numa vala comum.</p>
<p>Depois de Worms era a vez de Mogúncia. Liderados pelo Conde Emich de Leisingen, vários grupos de marginais e cruzados fanáticos entraram na cidade. Os membros da comunidade judaica pediram ajuda ao Arcebispo Rutardo, obtendo permissão para se refugiar até o perigo passar. Segundo o cronista, mil judeus se aglomeraram no pátio episcopal após entregarem ao bispo todos os seus objetos de valor. No entanto, ao adentrar Emich com seus soldados no palácio, o bispo sumiu subitamente e a guarda episcopal os deixou sem proteção. O cronista cristão Alberto de Aix testemunhou esses momentos: “Emich e sua turba, armados com picaretas e lanças, atacaram os judeus (...). Depois de quebrar fechaduras e destruir portões, alcançaram-nos, matando 700 deles. Em vão tentaram defender-se; as mulheres foram assassinadas e os jovens, sem distinção de sexo, foram mortos a facadas. Os judeus se armaram contra si mesmos: correligionários, esposas, filhos, mães e irmãs, tiraram suas vidas mutuamente. Horror é ter que contar isto... Somente um pequeno número escapou com vida desse cruel massacre. Alguns receberam o batismo mais por temor à morte que por amor à fé cristã”.</p>
<p>A chacina de Mogúncia foi presenciada pelo cronista Shelomo bar Shimon, um dos poucos sobreviventes. Seu relato é comovedor: “Quando os filhos da Aliança Sagrada, liderados pelo Rabino Kalonymos ben Meschulam, presenciaram a chegada dos cruzados, começaram a se preparar para o combate. Mas, pelas desgraças [ocorridas] haviam jejuado debilitando-se muito, sem poder resistir ao inimigo. Durante a Lua Nova do mês de Sivan, chegou o conde Emich com seu exército, assassinando anciãos e moças, sem ter compaixão pelo sofrimento nem pela dor, nem pela fraqueza nem pela doença... Quando viram que seu destino estava selado, incentivaram-se uns a outros dizendo: ‘Soframos com paciência e heroísmo tudo aquilo que nossa sagrada religião nos ordena...’. De imediato os inimigos nos matarão, porém nada interessa mais que nossas almas adentrando puras na Luz Eterna... Formando um coral exclamaram: ‘Bem-aventurados aqueles que sofrem em nome de um D’us único’ ”.</p>
<p>Um parágrafo mais adiante, o cronista Shelomó bar Shimshon relata os últimos momentos dos judeus no pátio episcopal: “Homens piedosos [tzadikim] sentados no meio do pátio, junto ao Rabino Itzhak ben Moshé, rezavam embrulhados em seus xales de oração [talitot]... O Rabino foi o primeiro a entregar seu pescoço para logo ser decapitado, caindo sua cabeça no chão. Enquanto isso, os demais judeus continuavam sentados no mesmo pátio dispostos a atender a vontade do Criador. Os inimigos lhes atacaram com pedras e flechas, mas eles não se mexeram de seus lugares, morrendo todos. Aqueles que estavam nos aposentos do palácio, decidiram matar-se com suas próprias mãos...”.</p>
<p>Os judeus feridos imploravam por água, mas ao saber que essa seria a água para batizá-los se negavam a recebê-la. O cronista Shelomó bar Shimshon descreve a coragem de um judeu que matou três soldados com sua faca. Imediatamente, foi morto. Destaque para um grupo de judias refugiadas no palácio episcopal de Mogúncia. Elas “espalharam dinheiro entre os cruzados, para ganhar tempo e cometer o suicídio coletivo, al Kidush Hashem”. As mulheres atiravam pedras aos soldados, mas também eram feridas no rosto com pedras lançadas com estilingues.</p>
<p>Emich matou e queimou o bairro judeu. Nesses fatídicos dias retiraram do palácio episcopal 1.300 cadáveres. Aproximadamente 60 judeus, que fugiram e se esconderam na catedral, foram rapidamente localizados e mortos. Dois judeus que haviam aceitado o batismo para salvar suas mães foram presos: Itzhak ben David e Uri ben Yosef. Ambos buscaram refúgio na sinagoga, mas acabaram morrendo nas chamas. O Rabino Kalonymos com 50 judeus fugiram rumo a Rudesheim, pedindo socorro ao Arcebispo da vila. Em vão o clérigo tentou convencê-los a se converter. Rabino Kalonymos quis agredir um nobre, mas rapidamente foi impedido e executado.</p>
<p>O massacre de Mogúncia fortaleceu espiritualmente os judeus. Para o cronista Shelomó bar Shimshon, mesmo sendo desigual, a chacina consolidou o Kidush Hashem. Sentindo na própria carne o massacre. Shimshon atribuiu a derrota “ao cansaço físico resultado de rezas e jejuns”. Para ele, o judeu, “pisoteado como lixo de rua, se equipara em sua valentia ao intrépido cavaleiro cruzado”.</p>
<p>Os judeus se defendiam como podiam, porém era impossível vencer um exército treinado. Quando Emich invadiu Colônia em 1º de junho de 1096, os judeus já estavam dispersos em localidades vizinhas. Houve judeus hospedados em casas de vizinhos cristãos. Ao encontrarem as casas judaicas vazias, os cruzados arrasaram tudo, queimando a sinagoga e a Torá.</p>
<p>Apenas em Treveris e Ratisbona (hoje Regensburg), na Baviera, os cruzados conseguiram batizar pela força a comunidade. Como de costume, a maioria buscou proteção no palácio do Arcebispo Eguilberto, mas os cruzados os achavam e assassinavam. Outros se jogavam no rio Mosel, situado ao nordeste da França. O cronista escreveu: “Algumas mulheres encheram suas mangas e sutiãs com pedras e se jogaram ao rio desde uma ponte”.</p>
<p>O Arcebispo de Treveris e Ratisbona exigiu também o batismo. Um rabino de nome Micha solicitou que ele lhe ensinasse os princípios da religião católica, mas logo desistiu e abandonou o Cristianismo. Metz, onde morreram 22 judeus, teve batismos coletivos forçados. Famílias inteiras de judeus de Ratisbona foram lançadas brutalmente nas águas do Danúbio para serem batizadas. Durante três meses o terror se instalou nas comunidades do Reno. Um belo poema judaico medieval lamenta as valiosas perdas: “No terceiro dia do terceiro mês as lamentações não paravam... Cobrirei com torrentes de lágrimas os cadáveres de Espira e me lamentarei amargamente pelos da comunidade de Worms, e meus gritos de dor ecoarão pelas vítimas de Mogúncia”. Entre maio e julho de 1096, nas províncias do Reno foram mortos 12 mil judeus.</p>
<p>RUMO A TERRA SANTA</p>
<p>Nenhum dos grupos de cruzados que participaram da Cruzada Popular, parte do movimento chamado de Primeira Cruzada, chegou à Terra Santa. Pelas estradas, eram contidos por outros grupos cristãos que tinham suas terras devastadas. O cronista Albert de Aquisgran comenta: “Depois das crueldades cometidas, carregando as riquezas roubadas aos judeus, aquela gentalha insuportável composta por homens e mulheres, continuou sua viagem rumo a Jerusalém, passando pela Hungria”. Lá o rei húngaro Koloman os aniquilou. Para o cronista “tudo era obra de D’us contra peregrinos depravados que haviam pecado ao matar judeus”.</p>
<p>O conde Emich e seu exército jamais chegaram a Jerusalém. Ele morreu ao regressar à sua pátria. O dia de sua morte em 1117, estrelas com formato de gotas de sangue teriam caído do céu.</p>
<p>O Imperador e o Papa se posicionaram contrariamente diante dos excessos dos cruzados. Henrique IV emitiu uma autorização para que as pessoas batizadas à força pudessem voltar ao Judaísmo. Já o Papa Clemente III replicou: “Ouvimos que judeus batizados estão desertando da Igreja, e tal coisa é pecaminosa; portanto nós exigimos de ti (Henrique IV) e de todos nossos irmãos que a santidade da Igreja não seja profanada pelos judeus”.</p>
<p>Em 1103 houve uma trégua entre o poder político e religioso. Os judeus poderiam voltar ao Judaísmo mediante pagamento em favor da Igreja, e os bens das vítimas sem herdeiros seriam confiscados em benefício do Tesouro real. Todos saíram satisfeitos, inclusive os judeus que conseguiram reconstruir sua sinagoga em Mogúncia, apenas oito anos depois da Primeira Cruzada.</p>
<p>PALAVRAS FINAIS</p>
<p>Os violentos ataques ocasionados pelos cruzados entre 1096-1099 poderiam ter sido apenas um episódio isolado na História Medieval, no entanto essas ações em busca de um “perdão religioso” mudaram radicalmente a mentalidade europeia. A procura de novos horizontes levou ao enriquecimento ilícito e a uma religiosidade extrema.</p>
<p>As Cruzadas prejudicaram o desenvolvimento do Judaísmo das comunidades da Alemanha. Elas criaram um distanciamento cada vez maior entre cristãos e judeus, um espaço que foi aumentando com o tempo, atingindo seu ponto mais alto em 1215. Nesse ano, o Concílio Latrão IV, liderado pelo Papa Inocêncio III, ordena aos monarcas da Europa aceitar uma legislação que obriga todos os judeus a habitar em bairros separados e portar em suas vestes o distintivo amarelo, sinal de humilhação e discriminação. Dessa forma, ficava aberto o caminho para outras Cruzadas. Tudo era apenas uma questão de tempo.</p>
<p>BIBLIOGRAFIA:<br/> Falbel, Nachman, Kidush Hashem: Crônicas hebraicas sobre as Cruzadas. Edusp, São Paulo 2001, 375 págs.<br/>
Prawer, Joshua, The History of the Jews in the Latin Kingdom of Jerusalem. Clarendon Press 1988, 310 págs. <br/>
Runciman, Steven, História das Cruzadas. Editora Imago. Rio de Janeiro 2002, 340 págs.<br/>
Suarez Bilbao, F., Los judíos y las Cruzadas. Las consecuencias y su situación jurídica, em: MEDIEVALISMO, año 6, págs. 41-75 e 121-146.</p>
<p>Prof. Reuven Faingold é historiador e educador, PHD em História e História Judaica pela Universidade Hebraica de Jerusalém. É também sócio fundador da Sociedade Genealógica Judaica do Brasil e, desde 1984, membro do Congresso Mundial de Ciências Judaicas de Jerusalém.</p> Os Judeus e a Medicina por Sergio D. Simontag:judaismohumanista.ning.com,2016-05-23:3531236:Topic:1092822016-05-23T13:34:54.679ZJayme Fucs Barhttp://judaismohumanista.ning.com/profile/JaymeFucsBar
<p>Há algum tempo, no final de uma consulta, recomendei à minha paciente que procurasse um determinado especialista para acompanhá-la junto comigo. A paciente, uma senhora já idosa, católica, ostentando um grande crucifixo no pescoço, me pediu: “Doutor, o senhor se incomodaria de me recomendar um outro especialista, mas um que fosse judeu?</p>
<p>Edição 91 - Abril de 2016</p>
<p>Minha avó, que era portuguesa, sempre nos ensinou que devíamos procurar médicos judeus, porque esta é uma velha…</p>
<p>Há algum tempo, no final de uma consulta, recomendei à minha paciente que procurasse um determinado especialista para acompanhá-la junto comigo. A paciente, uma senhora já idosa, católica, ostentando um grande crucifixo no pescoço, me pediu: “Doutor, o senhor se incomodaria de me recomendar um outro especialista, mas um que fosse judeu?</p>
<p>Edição 91 - Abril de 2016</p>
<p>Minha avó, que era portuguesa, sempre nos ensinou que devíamos procurar médicos judeus, porque esta é uma velha tradição na nossa família. Parece que em Portugal, há séculos, se recomenda, sempre que possível, que se procure um médico judeu, porque são os melhores”. Surpreso com esta observação, decidi buscar fontes históricas que confirmassem o que me contava essa senhora.</p>
<p>E foi sem muito esforço que descobri que realmente, ao longo de muitos séculos, na Europa, reis e nobres, famílias abastadas e até o próprio Papa, optavam, quando possível, por médicos judeus. Essa figura arquetipal de um médico judeu remonta até mesmo à Babilônia do século III, onde se dizia que um sábio talmúdico de nome Samuel, que se expressava em aramaico, era tão conhecedor da anatomia humana e das regras higiênicas dos judeus que era capaz de curar todas as doenças, menos três1.</p>
<p>O grande livro de Medicina do povo judaico, o Sefer Refuot, entretanto, apareceu por volta do século IV, escrito por Assaf ben Berechiahu (também conhecido por Assaf ha Rofé) e Yohanan ben Zabda. É um livro que abrangia conhecimentos médicos da Mesopotâmia, do Egito, da Índia e dos países mediterrâneos da época, principalmente da Grécia. Acompanhava o livro um “Juramento de Assaf”, que, de maneira muito interessante, é bastante parecido com o Juramento de Hipócrates usado pelos formandos em Medicina até os dias de hoje. Entre outros tópicos, o Juramento de Assaf proíbe o médico, por exemplo, de causar intencionalmente a morte de um doente por meio de ervas ou poções; obriga o médico a guardar segredo sobre seus pacientes, além de inúmeras outras considerações que continuam bastante atuais.</p>
<p>O Sefer Refuot advoga que os médicos dediquem especial atenção aos pobres, num cuidado social provavelmente originado nos escritos dos profetas. O Sefer Refuot estabeleceu entre os judeus a figura singular do médico como uma profissão diferenciada, a ser cultuada com muito estudo e muita humildade. Talvez daí venha a fama dos judeus como especialmente ligados à arte da cura. Existem ainda 15 manuscritos completos do Sefer Refuot, todos em coleções de museus europeus, a mais bem conservada no Museu de Munique.</p>
<p>No século XII, por exemplo, no Cairo, um rabino-filósofo judeu de nome Moshe, que se expressava em árabe e era grande estudioso da Lei e da Medicina judaicas, era procurado durante as Cruzadas tanto por monarcas cristãos quanto por califas muçulmanos, devido à eficácia de suas curas.</p>
<p>Na Europa medieval, entretanto, a grande figura médica judaica foi, sem dúvida, Maimônides. Moshe ben Maimon, também conhecido pelo acrônimo de Rambam, nasceu em Córdoba, na Espanha, provavelmente em 1135, tendo morrido no Cairo em 1204 e levado a Israel para ser enterrado em Tiberíades. O grande Maimônides, homem de intelecto privilegiado, tornou-se um grande filósofo, cientista e rabino, tendo lançado as bases da fé judaica como a conhecemos hoje em dia. Sua obra Mishne Torá, em 14 volumes, ainda tem considerável autoridade canônica como uma grande compilação da lei talmúdica.</p>
<p>Grande conhecedor das bases da Medicina grega, Maimônides publicou dez volumes sobre temas médicos, entre eles a grande farmacopeia da época, com 405 parágrafos sobre todas as drogas então conhecidas, e com todos os nomes por ele traduzidos para o árabe, o grego, o siríaco, o persa, o berbere e o espanhol. Maimônides praticou medicina no Marrocos e no Egito, onde se tornou uma referência na época, recebendo pacientes de regiões tão distantes como o Iraque e a Espanha.</p>
<p>Mas nesta mesma Europa medieval, vários éditos e legislações tentavam proibir que médicos judeus atendessem pacientes cristãos. Uma delas, por exemplo, promulgada por Carlos II na Provença, em 1306, dizia especificamente: “Ordenamos que ninguém, quando acometido por enfermidade, busque um médico judeu ou qualquer outro infiel para conseguir dele, ou através dele, conselhos e tratamentos. Um médico judeu chamado por um cristão pagará uma multa de 10 libras da nova moeda (reforsas) e, se ele se recusar a pagar dita multa, ele será flagelado...”. Mas estes éditos, aparentemente, eram ignorados por grande parte da população. A figura do médico judeu era simplesmente muito forte no imaginário popular. Tanto assim que, em 1341, o Sínodo de Avignon revogou esta ordem, de maneira muito clara, alegando “utilidade pública”, “urgência” e “escassez de médicos cristãos”. Aparentemente a própria Igreja sabia que não era possível proibir o acesso dos cristãos aos médicos judeus.</p>
<p>O próprio Papa Nicolau IV tinha como seu médico de cabeceira o Mestre Gaio, o Judeu (Isac ben Mordechai) até sua morte, em 1292. E o importante Papa Bonifácio IX (papado de 1389-1404) teve dois médicos judeus: Angelo Manuelis, amigo íntimo e declarado “familiaris” pelo papa, e Salomão de Matasia de Saubauducio, que continuou depois como médico do Papa Inocêncio VII, que sucedeu Bonifácio IX.</p>
<p>Entre o alto episcopado católico o quadro não era muito diferente. Em 1398 o poderosíssimo Don Pedro Tenório, Arcebispo de Toledo, contratou o Mestre Haim Ha-Levi como seu médico particular. Já o Bispo de Avignon, Don Nicolau, contratou em 1443 o médico Bonsenior Vitalis, que aparece pouco depois como médico também do Arcebispo de Aix-en-Provence. Inúmeros outros exemplos de altos clérigos da Igreja contratando serviços de médicos judeus são bem documentados também na Alemanha, em Portugal, em Luxemburgo e na Espanha.</p>
<p>E quando chegamos aos próprios padres da Igreja Católica, há inúmeros registros de contratos de médicos judeus em conventos europeus. Na mesma Toledo do Arcebispo Don Pedro Tenório, seus padres apressaram-se a contratar os médicos Yosef (Yucaf) e Avraham, o primeiro por um pago de 333 maravedís2 por ano, o segundo por apenas 200...</p>
<p>Todos os dignatários da Igreja sabiam que transgrediam a lei. Numa interessante carta de queixas de Arnoldo de Villanova ao Rei Frederico III de Nápoles, esta frustração fica clara: “Não há um só convento que não haja contratado médicos judeus. Vemos que o costume é de que nenhum outro médico entre nos conventos, a menos que seja judeu. Isto tanto nos conventos dos padres quanto nos das freiras...”. Alguma reação era esboçada pela Igreja, como o Cabildo Catedral de Cartagena, em Murcia, que, em 1470, substituiu um médico judeu por um cristão chamado Martin Jaimes, argumentando que “será preferível ter um médico cristão do que um judeu atendendo a Igreja”. Com o mesmo sentimento, entretanto, os padres do mosteiro de Burgos também reconhecem que seria melhor um cristão, mas acabam contratando Rabi Samuel (Simuel) como médico da instituição, com um salário de mil maravedís por ano. Assim, a medicina dos poderosos europeus era, quase sempre, praticada por médicos judeus ao longo de toda a Idade Média.</p>
<p>A situação piorou muito para os judeus europeus no fim da Idade Média e nos séculos da Renascença. A partir do século XV, a Igreja Católica aumentou muito seu discurso contra “os inimigos da cruz”, e esta perseguição e discriminação acabaram levando à expulsão dos judeus da Península Ibérica e ao aparecimento da Inquisição. Mesmo nessa época, entretanto, os médicos judeus continuavam em voga. Os anciãos religiosos (“anziani”) de Lucca, por exemplo, eram temerosos de continuar empregando médicos judeus devido à intensa propaganda antijudaica da Igreja. Mas passaram a instituir, então, uma dispensa papal (“bolla”)para manter empregado o médico judeu que os atendia, um certo Dr. Samuel. Há ampla documentação de dispensas papais para médicos judeus a partir de 1426, quando o Papa Pio II permitiu que dois médicos judeus atendessem cristãos. A última delas foi para “Doctor Benjamin (Gullielmo) Salamonis”, um médico judeu de Massa, na Itália. Essas dispensas papais eram documentos complexos, nas quais se externava a esperança de que, através do contato diário com pacientes cristãos, os médicos judeus encontrassem o verdadeiro caminho da salvação. As dispensas lembravam ainda aos médicos judeus que eles deveriam permitir a extrema-unção aos seus pacientes cristãos, e, inclusive, induzi-los a isto.</p>
<p>Mas a dispensa papal não era garantia de emprego e segurança para os médicos judeus da época. Há casos como os de Mestre Elia, na cidade de Assisi, e de Daniel da Castro, na cidade de Bagnoregio, que terminaram desempregados. Apesar de possuirem a bolla papal, a população não mais se sentia à vontade em pagar pelos serviços de um médico judeu, não pela sua eventual falta de competência, mas simplesmente por ser judeu, numa época de grande perseguição por parte da Igreja Católica. Quando se observa a deterioração global da relação entre judeus e Igreja Católica na época, com acusações fantásticas, instituição do ghetto em várias cidades européias, restrições à prática da usura, e, finalmente, a sua expulsão de vários países, não é de se admirar que a relação com os médicos judeus também tenha sofrido enormemente. Mas, mesmo assim, os médicos judeus continuaram sua prática por toda a Europa.</p>
<p>Descrições da época mostram como eram vistos e como agiam os médicos. Relatos detalhados de Kalonymus ben Kalonymus, de Arles, e de Shem Tov Falaquera, de Navarra, mostram os médicos como pessoas de destaque e respeito na sociedade, mas muitas vezes com uma certa arrogância e pompa, por eles ridicularizada. Ambos descrevem como o médico, vestindo um rico manto bordado, atendia em sua casa vários pacientes de uma só vez ou fazia visitas domiciliares a pacientes acamados. Tomavam o pulso, examinavam a língua e os olhos, cheiravam o hálito do doente e analizavam longamente um frasco de urina contra a luz de uma janela antes de darem seu diagnóstico e de receitarem laxantes, remédios à base de ervas, aquecimento do corpo e aplicação de sanguessugas.</p>
<p>A situação dos médicos judeus na Europa, com um misto de admiração e ódio por parte dos cristãos, só veio a se modificar com o advento da Revolução Francesa e do movimento do Iluminismo alemão, que permitiu o acesso de estudantes judeus às grandes universidades.</p>
<p>Devido à longa tradição médica judaica na Europa, as faculdades de Medicina receberam um grande número de estudantes judeus, desproporcional à sua distribuição na sociedade. Ao longo de todo o século XIX os judeus foram ocupando postos de destaque na pesquisa médica européia, principalmente na Alemanha e na Áustria. Vários professores catedráticos foram preenchendo vagas nas grandes universidades.</p>
<p>Em 1930, apesar de décadas de forte antissemitismo europeu, os estudantes judeus ocupavam 11% das vagas nas faculdades de medicina na Alemanha - todos expulsos já em 1933, meses após a ascensão de Hitler ao poder.</p>
<p>Portanto, não foi surpresa quando, nos primeiros 100 anos de outorga do Prêmio Nobel, constatou-se que 26% dos laureados em Medicina eram judeus! Este número, absolutamente fora das proporções esperadas para um povo que constituia 1% da população européia na época, se deve à longa ligação do povo judeu com a Medicina.</p>
<p>De Assaf HaRofé a Maimônides, passando por toda a classe médica judaica da Idade Média, chegando aos gigantes do século XX, como Robert Koch, Paul Ehrlich, Karl Landsteiner, Sigmund Freud, Otto Meyerhof, Rita Levi-Montalcini e inúmeros outros, a Medicina tem sido um grande campo de atuação do povo judeu.</p>
<p>Assim, ficou claro que minha paciente, pedindo-me uma indicação de um médico <br/> que fosse judeu, seguia apenas uma tradição secular européia: a de associar judeus à boa medicina.</p>
<p>1 Não há referência na bibliografia sobre quais seriam essas três doenças. <br/> 2 Maravedí: Moeda de ouro ou prata (“maravedí de plata”) da Península Ibérica, usada principalmente na Espanha dos Almorávidas. Provem do árabe marabet.</p>
<p>Sergio D. Simon é médico e presidente do Museu Judaico de São Paulo.</p> Historia de la joven cautiva judía Claudia Aster por Isaac Lupa -tag:judaismohumanista.ning.com,2016-02-25:3531236:Topic:1081422016-02-25T18:29:45.410ZJayme Fucs Barhttp://judaismohumanista.ning.com/profile/JaymeFucsBar
<p>En los tiempos antiguos poca gente sabía escribir, además que no había papel donde documentar los hechos que pasaban, el papiro era escaso, no estaba al alcance de muchos, de los que escribían necesitaban tener a la vez el don de la escritura y el don de poder cincelar en la piedra lo que se quisiera escribir o dejar a la posteridad.</p>
<p>En nuestra zona se han encontrado más de 300 piedras de diferentes tamaños, aparte de las muchas que con el tiempo fueron destruidas, o usadas en…</p>
<p>En los tiempos antiguos poca gente sabía escribir, además que no había papel donde documentar los hechos que pasaban, el papiro era escaso, no estaba al alcance de muchos, de los que escribían necesitaban tener a la vez el don de la escritura y el don de poder cincelar en la piedra lo que se quisiera escribir o dejar a la posteridad.</p>
<p>En nuestra zona se han encontrado más de 300 piedras de diferentes tamaños, aparte de las muchas que con el tiempo fueron destruidas, o usadas en diferentes construcciones, o caminos, las que quedaron hasta nuestra era, tienen un sinfín de inscripciones en diferentes lenguas, hebreo antiguo, griego, romano etc. que nos relatan parte de la vida de los primeros siglos de nuestra era. <br/> El Dr. Jonatán Price que se dedica a estudiar de los primeros siglos de nuestra era, presentó una conferencia en la Universidad de Tel Aviv con el nombre de "De Jerusalén a Roma" en la cual trata de reconstruir parte de la vida del siglo I EC.<br/>
Empezaremos nuestro relato con el sitio de Jerusalén en el año 70 EC cuando se lleva a cabo la guerra romana contra los judíos dirigida por el futuro emperador Tito, para la conquista de Jerusalén, a cargo del general Tiberio Julio Alejandro, después de un largo sitio es conquistada Jerusalén y destruido el Templo, después de este triunfo se dirigen a conquistar Masada.<br/>
Estos eventos son relatados por el historiador Flavio Josefo.<br/>
Entre las piedras encontradas, hubo una, que lo escrito en ella llama la atención del Dr. Jonatán Price, que analiza la piedra tratando de descifrar lo allí escrito, encontrando el siguiente relato.<br/>
Describe la vida de una joven con el nombre de Claudia Aster (Ester en hebreo), se presume de 25 años de edad, y de una gran belleza, es presa y cautiva por los romanos.<br/>
Es sabido que en esas guerras se apresaban a las mujeres para hacerlas prostitutas del ejército.<br/>
Después de ambos triunfos, la tropa romana se retira en partes, de Jerusalén, se van a Cesárea, a festejar el triunfo en el teatro romano, allí se llevaban a cabo diferentes juegos con los gladiadores, y los esclavos.<br/>
Esta escrito que ella sobrevive a esas fiestas, ya que existe constancia que no fue muerta en esos juegos. De Cesárea se marchan a Beirut, para embarcarse a Roma.<br/>
Consta en</p>
<p>lo escrito, que ella llega con el ejército a Roma, es sabido que casi no sucedía que llegasen mujeres a Roma. <br/> Se dice que en el año 79 EC pasa con los esclavos por el arco de triunfo que se le hizo al futuro Emperador Tito. El cual se puede ver en Roma hasta la fecha.<br/>
Aunque los antecedentes de Ester son desconocidos, en la historia su caso es raro, ya que no se sabe por qué llega a Roma, si fue por su belleza, o por ser la concubina de Tiberio. <br/>
Se sabe que en el año 79 EC llega al sur de Italia donde se lleva a cabo una gran venta de los esclavos. <br/>
Después de escuchar esta interesante ponencia, busqué si existía alguna historia paralela escrita por otro historiador o escritor, encontré la "Serie de los misterios romanos" es una serie de escritos novelados sobre la historia antigua, redactados por la escritora Caroline Lawrence, ella trata más sobre el sistema legal romano.<br/>
Uno de sus libros lleva el siguiente título: "Una esclava de Jerusalén a Roma" en el cual menciona a una joven hecha esclava en Jerusalén que viaja con el ejército llegando a Roma. <br/>
Dice que las leyes romanas de aquellos tiempos permitían a su llegada a Roma una vida libre. En esta historia no es vendida como esclava.<br/>
Es interesante ver la similitud del caso con dos investigadores muy distintos, pero cabe mencionar que del libro únicamente leí la sinopsis, no el libro completo. <br/>
Caroline Lawewnce en este y otros libros menciona las diferentes guerras de los romanos contando sobre la guerra por la toma de Masada, creando personajes interesantes, y detectives que va a instigar la forma como se desarrolla la guerra de la conquista e Masada.<br/>
Es sabido que la guerra de Judea y el asedio y la destrucción de Jerusalén han inspirado a escritores y artistas a través de los siglos.<br/>
Para terminar, trataré de explicar ambos relatos, con la ilustración que del escritor Enric Mar de su novela El impostor.<br/>
"Escribo novelas de aventura, sobre la aventura de escribir novelas, no trato de ahorrarle al lector peso, lo hago porque quiero involucrarlo en la historia y soy el instrumento para que entre yo soy un hombre cualquiera y soy un impostor también, que quiere sacudir al lector.<br/>
Espero que con mi historia corta haya podido sacudir al lector y dar a conocer historias del pasado.</p> Maoz Tzur, massacre e vingança Escrito por Yair Mautag:judaismohumanista.ning.com,2015-12-21:3531236:Topic:1075032015-12-21T10:06:26.582ZJayme Fucs Barhttp://judaismohumanista.ning.com/profile/JaymeFucsBar
<h2 class="title"> Maoz Tzur, a canção mais conhecida de Chanuka, fala de massacre e vingança, e ainda sim é uma das favoritas das crianças. Em Israel, faz parte da sequência “oficial” do acendimento das velas: acendem-se enquanto duas bençãos são feitas, e logo após, sem perder um milionésimo de segundo, todos começam a cantar Maoz Tzur. A […]…</h2>
<div class="fix"></div>
<div class="post-more"></div>
<h2 class="title"> Maoz Tzur, a canção mais conhecida de Chanuka, fala de massacre e vingança, e ainda sim é uma das favoritas das crianças. Em Israel, faz parte da sequência “oficial” do acendimento das velas: acendem-se enquanto duas bençãos são feitas, e logo após, sem perder um milionésimo de segundo, todos começam a cantar Maoz Tzur. A […]</h2>
<div class="fix"></div>
<div class="post-more"><span class="comments"><a href="http://www.conexaoisrael.org/maoz-tzur-massacre-e-vinganca/2015-12-14/yairmau#comments">5 Opiniões</a></span> <span class="post-more-sep">•</span> <span class="read-more"><a title="Continuar lendo →" href="http://www.conexaoisrael.org/maoz-tzur-massacre-e-vinganca/2015-12-14/yairmau">Continuar lendo →</a></span></div>