JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

Há um conto judaico que fala sobre um homem que, em um belo dia, decidiu perguntar a um rabino: “O que é a vida?”.
O rabino respondeu: "Para mim, a vida é uma grande montanha".
Esse homem foi viver em outra cidade e passou anos pensando no que significava a vida ser uma montanha, mas sem encontrar uma resposta, até que um dia ele resolveu voltar para a cidade onde havia morado para se encontrar com o rabino. Assim que chegou, o homem falou: “Passei todos esses anos pensando no que o senhor queria dizer com ‘a vida é uma montanha’".
“Ah!”, respondeu o rabino, "Talvez a vida não seja como a montanha, talvez seja como um grande rio". O rabino sorriu para o rapaz e continuou: "Em vez de você me fazer essas perguntas, não tenha medo e vá você mesmo procurar sua resposta".
Refletir sobre a vida no pensamento judaico tem por objetivo compreender como e de que forma podemos melhorar nossas vidas para saber viver melhor, pois a vida é a coisa mais sagrada para o judaísmo e, por isso, devemos de todos os meios saber protegê-la.
Essa forma de pensar é muito antiga e já existia no tempo dos essênios, durante o domínio romano da Judeia. Os antigos essênios foram uma comunidade judaica que recebeu bastante atenção após a descoberta de seus escritos, hoje conhecidos como os Manuscritos do Mar Morto. Eles tinham fé em um judaísmo que buscava se conectar com o Único através da vida, entendendo que, se o Todo Poderoso criou o universo, tudo que existe faz parte da Criação, então tudo na vida é sagrado!
É incrível que essa filosofia de vida judaica foi e tem sido uma arma eficaz contra as máquinas destruidoras que perseguiram os judeus por milênios, como por exemplo o Império Romano, que destruiu o Templo de Jerusalém e que encerrou a autonomia judaica na Judeia. Graças ao amor à vida e ao amor ao Criador, o judaísmo sobreviveu até hoje, e o Império Romano não, como todos seus outros perseguidores.
Amar a vida e amar o Criador é um segredo judaico milenar que nos ajuda muito a superar os desafios que teremos que enfrentar nesses nossos tempos modernos.
Uma pergunta muito interessante de se fazer seria: “Qual virtude é maior, amar o Criador ou amar a vida?”
Logicamente, há muitas divergências sobre essa questão entre os sábios, mas parte deles nos responderia que “as duas coisas são uma e a mesma, pois Deus ama cada um de seus filhos”.
Portanto, em última análise, amar a vida é uma demonstração maior de amor a Deus, porque o verdadeiro amor significa que você ama o outro, que é, como você, fruto da própria Criação! O que isso quer dizer?
Se você aprende a amar a vida, você é realmente capaz de amar o próximo. O verdadeiro amor, no conceito judaico, é aquele que existe sem se pedir nada em troca. Faça isso e você vai ver que a vida com certeza vai te consagrar!
SHABAT SHALOM !

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