JUDAISMO HUMANISTA2024-03-28T23:07:09ZLARA NUNES ROCHAhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/1xtzm6wz8n10zhttps://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1968418074?profile=RESIZE_48X48&width=48&height=48&crop=1%3A1https://judaismohumanista.ning.com/forum/topic/listForContributor?groupUrl=marranismo-anussim&user=1xtzm6wz8n10z&feed=yes&xn_auth=noAna Rodriques a Macabéa em terras, brasileira. Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2023-09-09:3531236:Topic:1979702023-09-09T04:26:12.282ZLARA NUNES ROCHAhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/1xtzm6wz8n10z
<div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a"><div dir="auto">Ana Rodriques a Macabéa em terras, brasileira. Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Em 1557, o comerciante Heitor Antunes e sua mulher, Ana Rodrigues, ambos cristãos-novos, deixariam a sua cidade natal de Covilhã — Portugal, para sair de Lisboa em direção ao Brasil, na mesma nau que se encontrava o famoso Men de Sá o novo Governador geral do…</div>
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<div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a"><div dir="auto">Ana Rodriques a Macabéa em terras, brasileira. Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Em 1557, o comerciante Heitor Antunes e sua mulher, Ana Rodrigues, ambos cristãos-novos, deixariam a sua cidade natal de Covilhã — Portugal, para sair de Lisboa em direção ao Brasil, na mesma nau que se encontrava o famoso Men de Sá o novo Governador geral do Brasil.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">A curiosidade que Heitor Antunes apesar de ser um cristão-novo tinha o título de Cavaleiro da "Rosa Mística do Cristo”, sendo considerado o primeiro <span><a></a></span>Templário a pisar em terras brasileiras, com certeza uma familia nobre portuguesa que estava pelo menos nas aparências totalmente integrada na sociedade cristã.</div>
<div dir="auto">O que realmente levou essa família nobre a abandonar Portugal e sair numa aventura a procura de reconstruir uma nova vida no Brasil?</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">A Família Antunes Rodriques com certeza tinha planos no Brasil, que ia além do comércio e do desenvolvimento econômico da colônia portuguesa, mas o que parece que o plano de abandonar Portugal seria a volta ao judaísmo na qual acreditavam que no Brasil estariam longe das garras do Santo ofício e poderiam viver de certa forma livre, para praticar as crenças e os costumes judaico.</div>
<div dir="auto">No Brasil vão fixar sua residência em Matoim, no Recôncavo Baiano, onde ergueriam um engenho de açúcar, que em pouco tempo seriam um dos engenhos mais bem-sucedido da região, expandindo seus negócios em novas áreas de comércio os tornando uma das famílias mais ricas e influentes da região.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Os Antunes Rodriques tiveram 7 filhos, e todos eram casados com cristãos velhos ligados a elite local, talvez essa era a forma de manter certas "aparências", serão conhecidos como "a gente de Matoim", uma familia que no Brasil se auto definiam como descendentes direto da dinastia dos Macabeus.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Já fixados na região se sentirão seguros para construir ao lado de sua casa uma sinagoga na qual era conhecida entre os cristãos novos como a “Esnoga de Matoim”.</div>
<div dir="auto">Os dados que temos é que parece que por volta de 30 anos funcionou na residência dos Antunes Rodriques uma pequena comunidade Judaica ativa, e quando Heitor Antunes morreu, Ana Rodrigues enterrou seu marido dentro do ritual judaico, em terra virgem, corpo lavado e embrulhado numa mortalha de linho e durante 7 dias ficaram em casa de Luto.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Com a Morte do Marido, Ana Rodriques vai assumir o controle não só dos negócios da familia, mais a continuidade da vida judaica transformando sua residência em verdadeiro templo judaico, onde ensinava as tradições da antiga lei aos filhos e principalmente aos seus netos, em sua casa mantinha abertamente os costumes judaicos, seja nas comemorações do Jejum de Yom Kipur, Jejum da Rainha Esther em Purim, faziam Matzot (Pão ázimo) para o Pessach e casa limpa, roupa lavada e acendiam candeia no Shabat e não se trabalhava nesse dia, e em sua casa não entrava carne de porco, lebre, ou qualquer alimentação proibida como no costume alimentar judaico.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Mas tudo vai mudar a partir de junho de 1591 com a chegada do enviado especial do Santo ofício ao Brasil o inquisidor Furtado de Mendonça, que vai ouvir várias denúncias da existência, de uma comunidade judaica ativa em Matoim, que era considerada a mais antiga e tradicional sinagoga em funcionamento que se tinha notícia nesse período no Brasil colonial.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">A partir desse momento não somente a vida da familia Antunes Rodriques estará ameaçada, mas um terrível medo vai se espalhar em todos os cristãos novos que viviam no Brasil.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Ana Rodriques nesse período da chegada do Inquisidor tinha por volta de seus 80 anos! O Inquisidor vai ouvir muitos gritos de denúncias dos delatores, que pediam que cessassem de imediato as práticas judaicas em Matoim, que era considerada por muitos num claro sinal de resistência e enfrentamento ao Santo Ofício.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">A presença da Inquisição acabara com o funcionamento da comunidade judaica de Matoim, sua sinagoga será fechada e seus bens serão confiscados e muitos de sua família serão presos e processados, mas as maiores denúncias cairão sobre Ana Rodrigues, denunciada com maior gravidade principalmente, por não mostrar nenhum arrependimento de seus atos, ao contrário se manteve firme na sua crença e fé nas leis de Moisés.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Ana Rodriques sabia de forma clara as consequências de seus atos, principalmente por não mostrar nenhum arrependimento com o Santo Ofício e nem se quer vai pedir perdão para que fosse amenizado suas culpas, parece que sabia que estava predestinada a morrer, mas queria morrer como judia sem abrir mão de sua fé.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Será enjaulada e enviada a Portugal para ser julgada pela inquisição, no processo de seu julgamento, serão conhecidos não somente uma variedade de práticas judaicas que mantinha em sua residência, mas também suas blasfêmias que pronunciava quando seus filhos usavam uma cruz, ou um de seus netos fossem sem sua autorização batizada na igreja, era inacreditável a coragem dessa anciã que parece que com a idade perdeu qualquer medo de se expor da sua verdadeira crença, e ficou conhecida como A “Macabéa”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Ana Rodriques de certa forma vai se vingar de seus inquisidores morrendo no cárcere, sem ter que passar por torturas e se apresentar frente ao Santo ofício!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">O Ódio dos inquisidores a Ana Rodriques, é algo que vai além de nossa imaginação, pois morreu sem abrir mão de sua crença ou pedi perdão por seus atos, e isso que levará o Santo ofício a julga la e processa-la, mesmo já morta!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Seus ossos serão desenterrados, “queimados e feitos em pó em detestação de tão grande crime”. Será amaldiçoada pelo santo ofício, seus restos serão enviados de volta ao Brasil e exposto na Igreja de Matoim como exemplo a todos aqueles que se levantam contra a fé cristã.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Como os Macabeus em 167 a.C. lutou contra a intolerância religiosa e não abriu mão em nenhum momento de sua fé as leis de Moisés. Assim fez Ana Rodriques que deverá ser lembrada como uma grande heroína, A Macabéa em Terras, Brasileira.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Fontes -</div>
<div dir="auto">Um Israel possível na Bahia colonial: sobre mulheres e resistência judaica em tempos de perseguição - Angelo Adriano Faria de Assis Revista Digital Arquivo Maaravi</div>
<div dir="auto">O Licenciado Heitor Furtado de Mendoça, inquisidor da primeira visitação do Tribunal do Santo Ofício ao Brasil. Angelo Adriano Faria de Assis Doutor em História pela UFF</div>
<div dir="auto">Tributo à judia Ana Rodrigues - Tributo à judia Ana Rodrigues | Itu.com.br</div>
<div dir="auto">Criptojudaísmo no feminino. Uma análise da Resistência judaica na Bahia Quinhentista a partir das fontes da I Visitação do Santo Ofício ao Brasil Angelo Adriano Faria de Assis</div>
</div> A borboleta, o judeu e o rei - Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2023-07-14:3531236:Topic:1981182023-07-14T15:12:00.967ZLARA NUNES ROCHAhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/1xtzm6wz8n10z
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<div class="activityFeed-detailTitle"><a href="https://judaismohumanista3.ning.com/group/marranismo-anussim/forum/topics/a-borboleta-o-judeu-e-o-rei-jayme-fucs-bar">A borboleta, o judeu e o rei - Jayme Fucs Bar</a></div>
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<div class="activityFeed-detailTitle"><a href="https://judaismohumanista3.ning.com/group/marranismo-anussim/forum/topics/a-borboleta-o-judeu-e-o-rei-jayme-fucs-bar">A borboleta, o judeu e o rei - Jayme Fucs Bar</a></div> Uma homenagem aos judeus de Portugal vitimados pelo Pogrom do Pessach de 1506 - Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2023-04-14:3531236:Topic:1968322023-04-14T08:22:18.783ZLARA NUNES ROCHAhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/1xtzm6wz8n10z
<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xdj266r x126k92a"><div dir="auto">Uma homenagem aos judeus de Portugal vitimados pelo Pogrom do Pessach de 1506 - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Oficialmente, já não havia judaísmo em Portugal desde 1496.</div>
<div dir="auto">Contudo, em Lisboa, um grupo de judeus cristãos-novos foi denunciado em 17 de abril de 1506, por realizar um seder de Pessach clandestino, comendo o…</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xdj266r x126k92a"><div dir="auto">Uma homenagem aos judeus de Portugal vitimados pelo Pogrom do Pessach de 1506 - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Oficialmente, já não havia judaísmo em Portugal desde 1496.</div>
<div dir="auto">Contudo, em Lisboa, um grupo de judeus cristãos-novos foi denunciado em 17 de abril de 1506, por realizar um seder de Pessach clandestino, comendo o pão sem fermento e contando a história da libertação do povo hebreu do cativeiro do Egito.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Aquele dia fatídico era também a primeira noite de Pessach, data que, por acaso, coincidiu com a Páscoa dos cristãos nesse ano em particular.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">A cerimônia deles foi interrompida pelos religiosos fanáticos de Portugal, que prenderam em flagrante dezessete pessoas, as quais, em seguida, foram imediatamente encaminhadas para a prisão. Enquanto isso, a multidão de curiosos que assistia a tudo, aos gritos, pedia que fossem queimados vivos por heresia.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Esses dias foram um período difícil em Lisboa, onde a peste inclemente matava dezenas de pessoas por dia de forma desenfreada. Para completar, a forte seca que se abatera em Portugal havia trazido também a fome. Essa era uma situação altamente propícia para o ódio e para o fanatismo religioso contra os cristãos-novos, os “hereges” que não abraçavam a fé no catolicismo.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Devido à peste, o Rei Dom Manuel I e grande parte dos fidalgos</div>
<div dir="auto">lisboetas abandonaram a capital portuguesa. Sem uma ordem pública, a cidade ficou nas mãos dos fanáticos padres dominicanos, que realizavam preces públicas nas praças e nas igrejas de Lisboa.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">No dia 19 de abril de 1506, um domingo e terceiro dia de Pessach, a igreja do Convento de São Domingos estava lotada de fiéis. Em um altar, havia um relicário de vidro que muitos acreditavam estar iluminando a imagem de Cristo de forma sobrenatural. Os fiéis gritavam “milagre, milagre!” ao observar a luz no rosto da estátua. Um cristão-novo que estava na igreja, talvez por sua ingenuidade, disse que aquilo não era milagre, e sim o reflexo da luz da candeia pendurada ao lado da imagem de Jesus.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Ouvir aquelas palavras ingênuas saindo da boca de um odiado judeu cristão-novo foi mais do que suficiente para que a multidão de cristãos dentro da igreja, sob o comando dos padres dominicanos, se enchesse de ira, a ponto de agarrar, matar e esquartejar o cristão-novo. Em seguida, jogaram os pedaços do corpo numa imensa fogueira construída de imediato diante da igreja, na Praça do Rossio.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Os padres dominicanos lideraram a turba. Dois deles atuaram como verdadeiros carrascos, cujos nomes eram João Mocho e Bernardo Aragão. Da igreja, saíram comandando as massas carregando um grande crucifixo nas mãos e gritando: “Morte aos hereges judeus!”. A massa popular, sedenta de sangue, capturou, perseguiu e arrancou os cristãos-novos de suas casas, levando-os para as fogueiras onde seriam queimados vivos.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">As casas e os pertences das vítimas foram saqueados. Crianças e bebês foram jogados pelas janelas e contra as paredes. Por três dias, Lisboa foi palco de um massacre em que um grande número de cristãos-novos sofreu mortes violentas.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Calcula-se que mais de 2 mil judeus foram assassinados no massacre da Páscoa de 1506 em Lisboa.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">O Pogrom do Pessach de 19 de abril de 1506 terminou apenas com</div>
<div dir="auto">a intervenção de Dom Manuel I, que, furioso, mandou prender os dois carrascos dominicanos como exemplo. Como punição, os padres foram garroteados e mortos. Além deles, a Coroa, a fim de dar um bom exemplo, mandou enforcar cinquenta pessoas em praça pública, por participarem do massacre dos judeus cristãos-novos de Lisboa.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Esse foi um dos episódios mais terríveis da história dos judeus de</div>
<div dir="auto">Portugal. Tudo isso se passou na semana de Pessach, nos dias em que comemoramos a nossa libertação como escravos do Egito.</div>
<div dir="auto">A memória de judeus e judias massacrados pelo Pogrom do Pessach de 19 de abril de 1506 jamais será esquecida!</div>
</div> Uma homenagem ao Padre Antônio Vieira- Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2022-12-09:3531236:Topic:1953212022-12-09T12:51:10.016ZLARA NUNES ROCHAhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/1xtzm6wz8n10z
<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xdj266r x126k92a"><div dir="auto">Uma homenagem ao Padre Antônio Vieira- Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Nós devemos sempre nos lembrar dos nomes de verdadeiros cristãos, que, no meio do fanatismo religioso e da ganância da Inquisição de Portugal, colocaram em risco suas próprias vidas para salvar os judeus cristãos-novos.…</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xdj266r x126k92a"><div dir="auto">Uma homenagem ao Padre Antônio Vieira- Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Nós devemos sempre nos lembrar dos nomes de verdadeiros cristãos, que, no meio do fanatismo religioso e da ganância da Inquisição de Portugal, colocaram em risco suas próprias vidas para salvar os judeus cristãos-novos.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Uma dessas grandes e admiráveis personalidades foi o padre jesuíta Antônio Vieira (1608-1697), que não só foi um brilhante orador e importante intelectual cristão, mas um dos maiores críticos da Inquisição <span><a></a></span>portuguesa.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Em seus muitos escritos, ele descreveu, de forma profética, a decadência do Império Português devido à destruição do judaísmo em Portugal.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Antônio Vieira tentou abrir os olhos da Corte e do clero português</div>
<div dir="auto">de todas as formas, tentando conscientizá-los sobre a grande importância da contribuição dos judeus ao desenvolvimento da humanidade, seja na ciência, na cultura ou no comércio. Por diversas vezes, tentou alertar sobre o perigo que a Inquisição representava para Portugal e a decadência que seria acarretada com a destruição dos judeus, um verdadeiro autossuicídio econômico e cultural.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Seus alertas somente ajudaram a aumentar a fúria dos inquisidores,</div>
<div dir="auto">razão pela qual Antônio Vieira foi condenado à reclusão em um colégio jesuíta na cidade de Coimbra, onde permaneceu preso por três anos. O mais surpreendente é que, na primeira oportunidade, ele conseguiu fugir para Roma, lugar em que se manteve exilado sobre a proteção do papa.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Seu carisma e sua grande influência o ajudaram a conseguir uma das maiores proezas da história da Inquisição: Antônio Vieira convenceu o papa dos múltiplos abusos e das injustiças cometidos pelo poder dos inquisidores. Com isso, o padre jesuíta fez parar, pela primeira vez e durante sete anos, as atividades diabólicas do Santo Ofício em Portugal.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Antônio Vieira morreu na Bahia, em 18 de julho de 1697, com 89 anos.A sua memória será para sempre guardada!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Padre Antônio Vieira: um grande exemplo de ser humano, que defendeu sem medo o direito à liberdade e à dignidade dos judeus em todo o Império Português.</div>
</div> A incrível corrente de Samuel - Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2022-12-05:3531236:Topic:1950732022-12-05T16:23:37.125ZLARA NUNES ROCHAhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/1xtzm6wz8n10z
<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xdj266r x126k92a"><div dir="auto">A incrível corrente de Samuel - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">No dia 5 de dezembro de 1496, Dom Manuel I assinou o decreto</div>
<div dir="auto">que determinava que os judeus de Portugal se convertessem ou abandonassem o país no prazo de dez meses.…</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"></div>
<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xdj266r x126k92a"><div dir="auto">A incrível corrente de Samuel - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">No dia 5 de dezembro de 1496, Dom Manuel I assinou o decreto</div>
<div dir="auto">que determinava que os judeus de Portugal se convertessem ou abandonassem o país no prazo de dez meses.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">O <span><a></a></span>monarca acreditava que muitos optariam pela conversão, mas a</div>
<div dir="auto">grande maioria dos judeus decidiu abandonar Portugal. Dom Manuel I, ao ver que sua estratégia não dera resultado, ficou furioso e mandou fechar todos os portos de Portugal, com exceção do porto de Lisboa. A ideia dele era concentrar todos os judeus em um só lugar para realizar seu plano macabro de conversão forçada.</div>
<div dir="auto">E dessa maneira aconteceu!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Mesmo assim, muitos judeus convertidos à força mantiveram seu</div>
<div dir="auto">judaísmo de forma oculta. Muitos deles foram denunciados, presos, torturados e condenados por prática judaizante.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Conta-se que, nesse período, um sábio judeu de nome Samuel, que</div>
<div dir="auto">era um cristão-novo, foi preso por ter uma esnoga [sinagoga] escondida em sua casa. O curioso foi que ele gritava uma só palavra durante o seu interrogatório: “A corrente! A corrente! A corrente!”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Os inquisidores, depois de muitas tentativas, nada entendiam o que</div>
<div dir="auto">ele queria dizer com “a corrente!”. E o caso chegou até a Corte de Don Manuel I, que decidiu se encontrar pessoalmente com o judeu Samuel.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">O rei, muito curioso, perguntou: “Mas que corrente é essa que você</div>
<div dir="auto">não para de mencionar?”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">“A corrente! A corrente!” — Gritava o judeu Samuel.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">“Mas a que corrente você se refere?” — Perguntou o rei. — “Que corrente é essa? Não há corrente alguma aprisionando-o!”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">“A corrente!” — Gritou ainda mais forte o sábio judeu. —</div>
<div dir="auto">“A corrente que liga o povo judeu! Abraão, Isaac e Jacó! Mesmo que você me torture, me converta ou me mate, essa corrente jamais será quebrada!”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">A prova disso é que, depois de quinhentos anos de perseguição e Inquisição, existem milhares de bnei anussim descendentes dos “conversos” no Brasil e em Portugal, que sobreviveram na história por se recusarem a quebrar a essa “corrente”</div>
</div> O Poço secreto de Torres de Vedra Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2022-10-26:3531236:Topic:1949142022-10-26T20:51:59.233ZLARA NUNES ROCHAhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/1xtzm6wz8n10z
<div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a"><div dir="auto">O Poço secreto de Torres de Vedra</div>
<div dir="auto">Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Em Belmonte tem um grande consultor imobiliário que se tornou um grande amigo, é difícil alguém em Belmonte não conhecer o Antônio Carlos, a questão não que ele é o maior corretor imobiliário da região com vários prêmios.…</div>
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<div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a"><div dir="auto">O Poço secreto de Torres de Vedra</div>
<div dir="auto">Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Em Belmonte tem um grande consultor imobiliário que se tornou um grande amigo, é difícil alguém em Belmonte não conhecer o Antônio Carlos, a questão não que ele é o maior corretor imobiliário da região com vários prêmios.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">O <span><a></a></span>que me impressiona é o seu idealismo, que vai além de fazer um bom negócio e sim trazer investidores para região, e em consequência disso, restaurar as aldeias com muitas de suas casas totalmente abandonadas, mas Antônio Carlos como ele mesmo diz: “tenho sangue dos judeus”, isso sem dúvida demonstra ser ele um apaixonado pela história dos judeus de Portugal e por ele estar em todos os cantos, sempre quando acha algo curioso, me convida para ir junto a ver de perto suas descobertas da presença judaica em Portugal.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Dessa vez me convidou para visitar a antiga judiaria em Torres Vedras para ver um poço e escutar a história de um morador, e a descoberta do lugar pelo seu pai já falecido. Viajamos 250 km para chegar a esse lugar, e apesar da longa viagem com Antônio Carlos o tempo passa rápido, pois o que não falta é conversa. Assim, chegamos a Torres Vedras onde fica a casa, na antiga Rua da judiaria, hoje Rua dos celeiros de Santa Maria, o imóvel fica colado a uma antiga igreja hoje fechada e sem uso.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Logo que chegamos um senhor já estava a nossa espera, e entusiasmado para contar a história de seu pai que, quando foi fazer obras na parte do térreo da casa o chão desabou, e viu que tinha umas escadas que levava a uma “pia de batismo” em outras palavras, uma “Mikve” judaica e ao lado se encontrava um poço que abastecia a água para a Mikve. Com medo de que as autoridades pudesse tomar seu patrimônio, enterrou tudo, mas, por sorte guardou o poço exposto dentro da casa, onde numa recente avaliação arqueológica constatou-se ser do século XIV.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">De Fato temos fortes evidencias histórica da presença Judaica em Torre de Vedras onde, as informações mais remotas são constam ser de meados do século XIII em que existia uma importante e prospera comunidade que foi florescendo, eram grandes proprietários rurais que se destacava por importantes mercadores, médico, mestres dos ofícios mecânicos e um comércio com nomes de destaque como os cobradores de impostos Antão Toledão (1435), e Judas Lexorda (1469), e o mestre Josepe (1442), considerado um dos mais importantes cirurgiões da época e os Guedelha, que tinham um elevado estatuto na Corte portuguesa, sendo Joseph ben Guedelha Franco um “sofer”, escriva judeu que produziu muitos manuscritos hebraicos, como “Sêfer Torá”, mas essa riqueza se perdeu com a Inquisição.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">A Casa do Poço fica exatamente dentro desse antigo bairro da antiga judiaria, onde temos escritos que provam a existência de uma sinagoga já em 1322 que ficava na atual Rua dos Celeiros de Santa Maria, sabemos também que em 1381 viviam em Torre de Vedras 25 famílias judaicas, cerca de 10% da população da antiga Vila.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Em Portugal, o judaísmo vai deixar de existir por um decreto real em 1496, e a conversão forçada será parte da estratégia da inquisição ao exterminar em Portugal, mas apesar de já ter se passado 500 anos, as marcas da presença judaica são nítidas até hoje e a prova disso são essas constantes descobertas entre elas a casa do poço de Torre de Vedras.</div>
<div dir="auto">Como sempre me diz o Antônio Carlos: “não sou judeu, mas sou apaixonado pelo judaísmo”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Antônio Carlos você não é judeu e nem foi criado como Judeu, mas com certeza como muitas pessoas em Portugal, tem alma Judaica!</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Obrigado amigo por nos oferecer através de seu trabalho mais uma valiosa ajuda para o resgate da herança judaica portuguesa.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Fontes - <span><a class="x1i10hfl xjbqb8w x6umtig x1b1mbwd xaqea5y xav7gou x9f619 x1ypdohk xt0psk2 xe8uvvx xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r xexx8yu x4uap5 x18d9i69 xkhd6sd x16tdsg8 x1hl2dhg xggy1nq x1a2a7pz xt0b8zv x1fey0fg" href="https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fredesjudiariaportugal.com%2F%3Ffbclid%3DIwAR2mQclEaHoRjlBIroieMEh826SO_JCs3FyOrMZh5B8I4KOjGBEY8w5s70s&h=AT2-yjCo2d99MYI9fdsVo0JQ8I_QSu7KU8nSHH4NAPfJdEkrtRbzdLuFwt7Pxyg4wSNdFgnnzXt1anlA0vyJcL0HQptbg8E478qSSiBW191hZFY9fcRAYIBQ05zl4v1ayw&__tn__=-UK-R&c[0]=AT1mUy4aim3Zv__xD46uEPG3biXuXrgW7uas_JeKmssFioF16w4u6Gz7KBUVnMVABfzGdPO9j1LhaqPHrmddYvnRvTbucvvol9Ji6IiFuC7cjJj3OeuIInmehFVDHU-FTvLCmLNgLoPnW5lbZebmiBwXzAEBw0wu_5TjgltZ3tAbB-IRGrbFLg" rel="nofollow noopener" target="_blank">redesjudiariaportugal.com</a></span></div>
</div> Carção, a aldeia dos judeus e dos cabrões - Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2022-10-20:3531236:Topic:1949022022-10-20T22:14:32.139ZLARA NUNES ROCHAhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/1xtzm6wz8n10z
<div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a"><div dir="auto">Carção, a aldeia dos judeus e dos cabrões - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">A presença judaica em Carção é algo indiscutível, é só entrar na aldeia e identificar-se como judeu, que vem logo alguém dizer com grande orgulho: “Eu também sou judeu”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">A…</div>
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<div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a"><div dir="auto">Carção, a aldeia dos judeus e dos cabrões - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">A presença judaica em Carção é algo indiscutível, é só entrar na aldeia e identificar-se como judeu, que vem logo alguém dizer com grande orgulho: “Eu também sou judeu”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">A história dos judeus em Carção está muito ligada à expulsão dos judeus da Espanha, em 1942, de onde grande parte fugiu para Portugal na esperança de poder viver livremente como judeu, concentrando-se nas aldeias Rainas na fronteira com a Espanha.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Em <span><a></a></span>Carção muitos acreditam que a maioria de sua população no século XV era de judeus, muito ligados ao comércio, mas também à medicina e aos ofícios; os não judeus eram agricultores.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Com a conversão forçada em Portugal, o judaísmo também se tornou proibido em Portugal, mas em Carção, talvez por sua localidade, bem escondido no interior, muitos mantiveram a sua prática judaica e passaram a cultura do criptojudaísmo a cada geração.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Nessa pequena aldeia, existiu muitíssima rivalidade entre cristãos-novos e cristãos-velhos. Os judeus convertidos chamavam os cristãos-velhos de cabrões, e não faltavam relatos de confrontos entre cristãos-novos e os cabrões, termo usado até hoje para definir aqueles que não são de origem judaica.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">E eu ouvi essa história, sentado à mesa do famoso Bar Tai, local que até hoje continua a pertencer a uma família de criptojudeus. E, nesse bar, uma das pessoas me disse: “Eu sou judeu, esse gajo aqui na minha frente é cabrão! No passado não podíamos sentar juntos, mas hoje judeus e cabrões sabem conviver”.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">O mais incrível dessa forte presença judaica foi quando em Portugal cada aldeia teve que definir seu escudo, e os aldeões de Carção decidiram que seu escudo teria que lembrar a forte presença judaica na aldeia. E assim foi, colocaram no brasão a menorá e a mezuzá como símbolos da aldeia.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Em Carção mais de 150 judeus foram condenados na Inquisição por prática judaica, entre elas 18 queimados na fogueira, nada mais que uma prova sacrificial da forte presença judaica nessa pequena aldeia.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Um dos casos mais marcantes na história dos judeus de Carção é a pedra que está exposta ao público desde 1651, em frente a uma fonte no coração da antiga judiaria, onde, nesse lugar, foi condenado à forca o cristão-novo Francisco Mendes, denunciado por prática judaizante, que ficou tão revoltado com a denúncia que assassinou o juiz de Carção Gaspar Gonçalves e depois, em sua loucura, com uma foice nos braços entrou na igreja e quebrou a imagem de Jesus.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">No seu caso nem foi levado para ser inquirido em Álvora ou Lisboa, foi condenado de imediato em Carção, levado para frente de sua casa e enforcado, seus bens foram confiscados e sua casa destruída, somente ficando em pé uma lápide de granito cravada no solo, contando a história da condenação e do enforcamento do cristão-novo Francisco Mendes, guardada ao lado da fonte que existia dentro de sua casa.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Curioso,, e talvez um grande mistério, é que se Francisco Mendes tinha dentro de sua casa uma fonte, algo nada comum, muitos acreditam que existe uma grande probabilidade de que a casa dele tenha sido um local secreto onde era guardada a Mikvé para o banho ritual judaico.</div>
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<div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a"><div dir="auto">Shabat Shalom!</div>
</div> Messianismo à portuguesa - Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2022-09-08:3531236:Topic:1941272022-09-08T19:15:46.533ZLARA NUNES ROCHAhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/1xtzm6wz8n10z
<div class="m8h3af8h l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf n3t5jt4f"><div dir="auto">Messianismo à portuguesa - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Dessa vez, compartilho com vocês um tema quase esquecido e muito pouco divulgado na história judaica: o período messiânico vivido pelos judeus de Portugal (1506-1545). Para isso, apresento uma pequena parte do grande e incrível acervo de documentos históricos que trata desse…</div>
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<div class="m8h3af8h l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf n3t5jt4f"><div dir="auto">Messianismo à portuguesa - Jayme Fucs Bar</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Dessa vez, compartilho com vocês um tema quase esquecido e muito pouco divulgado na história judaica: o período messiânico vivido pelos judeus de Portugal (1506-1545). Para isso, apresento uma pequena parte do grande e incrível acervo de documentos históricos que trata desse tema. Espero que apreciem!</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Em diversos episódios de nossa história, sempre quando o judaísmo se encontra diante de uma encruzilhada, o povo judeu experimenta uma necessidade messiânica. Com certeza, o que se passou com os judeus de Portugal e da Espanha foi um período extremamente obscuro da história da humanidade.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Não é por acaso que muitos esperavam a vinda de um messias, ou melhor, muitos desses judeus e dessas judias diziam ter fé e esperança na chegada de dias melhores! Imaginem vocês que a crença messiânica fervilhava neste primeiro episódio da Inquisição Portuguesa.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Para começar, falaremos sobre Luís Dias, um simples alfaiate que</div>
<div dir="auto">vivia na cidade de Setúbal. Ele dizia ter sido incumbido de anunciar a vinda do messias, que estava prestes a chegar para tirar todos os judeus de Portugal e levá-los para a Terra de Israel. A mensagem de Luís Dias era tão forte que as pessoas começaram a crer que ele era o próprio messias, tendo sido apelidado de o “Messias de Setúbal”.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Muitos dos cristãos-novos se colocaram aos seus serviços e sob as suas ordens, o que, logicamente, fez com que, em 1542, Luís Dias, o “Messias de Setúbal”, fosse preso, condenado e queimado na fogueira na cidade de Évora.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Dentro desse mesmo ambiente de desespero e angústia, em 1524 apareceu em Portugal um tal de David Reuveni, que dizia ser irmão de um certo rei José do “deserto de Habor”, provavelmente na Etiópia. Ele tinha uma carta de apresentação firmada pelo próprio papa, o que lhe garantia a possibilidade de andar livremente como judeu em terras portuguesas.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Pelo que parece, David Reuveni era uma pessoa extremamente carismática e conhecedora das leis. Sua chegada causou um furor em Portugal: todos queriam conhecer esse tal de Reuveni e faziam fila para beijar suas mãos, muitos acreditavam que ele era o próprio messias e que a qualquer momento chegaria um grande exército vindo diretamente dos céus para libertar os judeus de Portugal.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Reuveni terminou preso e submetido à Inquisição na cidade espanhola de Llerena, na Espanha. Não se sabe exatamente</div>
<div dir="auto">o que aconteceu com ele, mas é provável que David Reuveni tenha sido queimado na fogueira ou morrido no cárcere da Inquisição.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Outra figura de extrema importância foi o sapateiro de Trancoso,</div>
<div dir="auto">Gonçalo Annes, mais conhecido como o Bandarra, um grande conhecedor do Velho Testamento e criador de trovas de conteúdo messiânico, suas obras eram muito procuradas e lidas entre os cristãos-novos. As trovas de Bandarra ganharam grande projeção por todo Portugal. Gonçalo Annes foi preso e condenado pela Inquisição em 1541, tendo sido libertado sob a condição de não mais interpretar a Bíblia. Seus escritos foram censurados, mas continuaram a circular de forma clandestina em muitas casas de cristãos-novos.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Talvez a pessoa que teve maior impacto na vida dos cristãos-novos</div>
<div dir="auto">da região de Trás-os-Montes tenha sido Lourenço Álvares, que era visto como o “Rei do Messias”. Ele vivia numa pequena aldeia chamada Freixo de Espada à Cinta, onde ocupava um cargo muito importante para toda a região, desempenhando a função equivalente à de diretor-geral das finanças.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Álvares era uma pessoa muito culta e admirada por todos, pois tinha um grande conhecimento de matemática e também era um místico judeu, que ensinava aos cristãos-novos que Jesus não era o messias e que o messias ainda estava para vir. Segundo Álvares, o messias só chegaria no ano de 1542: quando lhe perguntavam como ele sabia essa data, respondia que isso estava escrito nos livros sagrados.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Lourenço Álvares foi preso em 1533 e encaminhado para Évora, onde foi condenado ao cárcere perpétuo.</div>
<div dir="auto">Porém, graças ao seu grande conhecimento matemático, foi empregado no serviço da Corte portuguesa até o fim da sua vida.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Nesse ambiente messiânico, muitas histórias e lendas surgiram como parte dos segredos guardados pelos cristãos-novos. Muitos desses relatos contam que o messias já tinha chegado e que o papa o havia encarcerado numa prisão dentro do próprio Vaticano, mas ao lado do messias estava o Anjo Gabriel, que serrava as correntes aos pés do messias. Assim que as correntes fossem quebradas, o messias sairia voando até Portugal para libertar todos os judeus e levá-los para Sion, a Terra de Israel.</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">SHABAT SHALOM!</div>
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<div class="l7ghb35v kjdc1dyq kmwttqpk gh25dzvf jikcssrz n3t5jt4f"><div dir="auto">Fontes:</div>
<div dir="auto">PESSOA, Luis Sá. A inquisição no Teixoso. Lugar do termo da Vila da Covilhã. Portgal: Orfeu; Bruxelas:</div>
<div dir="auto">Judeus em Trás-os - Montes » de António Júlio Andrade, Maria Fernanda Guimarães - Âncora Editora</div>
</div> Ana Rodriques a Macabéa em terras, brasileira. Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2022-04-21:3531236:Topic:1935262022-04-21T20:46:00.275ZLARA NUNES ROCHAhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/1xtzm6wz8n10z
<div class="xg_headline xg_headline-img xg_headline-2l"><div class="tb"><h1>Ana Rodriques a Macabéa em terras, brasileira. Jayme Fucs Bar</h1>
<p>Em 1557, o comerciante Heitor Antunes e sua mulher, Ana Rodrigues, ambos cristãos-novos, deixariam a sua cidade natal de Covilhã — Portugal, para sair de Lisboa em direção ao Brasil, na mesma nau que se encontrava o famoso Men de Sá o novo Governador geral do Brasil.…</p>
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<div class="xg_module_body"><div class="discussion"></div>
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<div class="xg_headline xg_headline-img xg_headline-2l"><div class="tb"><h1>Ana Rodriques a Macabéa em terras, brasileira. Jayme Fucs Bar</h1>
<p>Em 1557, o comerciante Heitor Antunes e sua mulher, Ana Rodrigues, ambos cristãos-novos, deixariam a sua cidade natal de Covilhã — Portugal, para sair de Lisboa em direção ao Brasil, na mesma nau que se encontrava o famoso Men de Sá o novo Governador geral do Brasil.</p>
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<div class="xg_module_body"><div class="discussion"><div class="description"><div class="xg_user_generated"><p>A curiosidade que Heitor Antunes apesar de ser um cristão-novo tinha o título de Cavaleiro da "Rosa Mística do Cristo”, sendo considerado o primeiro Templário a pisar em terras brasileiras, com certeza uma familia nobre portuguesa que estava pelo menos nas aparências totalmente integrada na sociedade cristã.<br/>O que realmente levou essa família nobre a abandonar Portugal e sair numa aventura a procura de reconstruir uma nova vida no Brasil?<br/>A Família Antunes Rodriques com certeza tinha planos no Brasil, que ia além do comércio e do desenvolvimento econômico da colônia portuguesa, mas o que parece que o plano de abandonar Portugal seria a volta ao judaísmo na qual acreditavam que no Brasil estariam longe das garras do Santo ofício e poderiam viver de certa forma livre, para praticar as crenças e os costumes judaico.<br/>No Brasil vão fixar sua residência em Matoim, no Recôncavo Baiano, onde ergueriam um engenho de açúcar, que em pouco tempo seriam um dos engenhos mais bem-sucedido da região, expandindo seus negócios em novas áreas de comércio os tornando uma das famílias mais ricas e influentes da região.<br/>Os Antunes Rodriques tiveram 7 filhos, e todos eram casados com cristãos velhos ligados a elite local, talvez essa era a forma de manter certas "aparências", serão conhecidos como "a gente de Matoim", uma familia que no Brasil se auto definiam como descendentes direto da dinastia dos Macabeus.<br/>Já fixados na região se sentirão seguros para construir ao lado de sua casa uma sinagoga na qual era conhecida entre os cristãos novos como a “Esnoga de Matoim”.<br/>Os dados que temos é que parece que por volta de 30 anos funcionou na residência dos Antunes Rodriques uma pequena comunidade Judaica ativa, e quando Heitor Antunes morreu, Ana Rodrigues enterrou seu marido dentro do ritual judaico, em terra virgem, corpo lavado e embrulhado numa mortalha de linho e durante 7 dias ficaram em casa de Luto.<br/>Com a Morte do Marido, Ana Rodriques vai assumir o controle não só dos negócios da familia, mais a continuidade da vida judaica transformando sua residência em verdadeiro templo judaico, onde ensinava as tradições da antiga lei aos filhos e principalmente aos seus netos, em sua casa mantinha abertamente os costumes judaicos, seja nas comemorações do Jejum de Yom Kipur, Jejum da Rainha Esther em Purim, faziam Matzot (Pão ázimo) para o Pessach e casa limpa, roupa lavada e acendiam candeia no Shabat e não se trabalhava nesse dia, e em sua casa não entrava carne de porco, lebre, ou qualquer alimentação proibida como no costume alimentar judaico.<br/>Mas tudo vai mudar a partir de junho de 1591 com a chegada do enviado especial do Santo ofício ao Brasil o inquisidor Furtado de Mendonça, que vai ouvir várias denúncias da existência, de uma comunidade judaica ativa em Matoim, que era considerada a mais antiga e tradicional sinagoga em funcionamento que se tinha notícia nesse período no Brasil colonial.<br/>A partir desse momento não somente a vida da familia Antunes Rodriques estará ameaçada, mas um terrível medo vai se espalhar em todos os cristãos novos que viviam no Brasil.<br/>Ana Rodriques nesse período da chegada do Inquisidor tinha por volta de seus 80 anos! O Inquisidor vai ouvir muitos gritos de denúncias dos delatores, que pediam que cessassem de imediato as práticas judaicas em Matoim, que era considerada por muitos num claro sinal de resistência e enfrentamento ao Santo Ofício.<br/>A presença da Inquisição acabara com o funcionamento da comunidade judaica de Matoim, sua sinagoga será fechada e seus bens serão confiscados e muitos de sua família serão presos e processados, mas as maiores denúncias cairão sobre Ana Rodrigues, denunciada com maior gravidade principalmente, por não mostrar nenhum arrependimento de seus atos, ao contrário se manteve firme na sua crença e fé nas leis de Moisés.<br/>Ana Rodriques sabia de forma clara as consequências de seus atos, principalmente por não mostrar nenhum arrependimento com o Santo Ofício e nem se quer vai pedir perdão para que fosse amenizado suas culpas, parece que sabia que estava predestinada a morrer, mas queria morrer como judia sem abrir mão de sua fé.<br/>Será enjaulada e enviada a Portugal para ser julgada pela inquisição, no processo de seu julgamento, serão conhecidos não somente uma variedade de práticas judaicas que mantinha em sua residência, mas também suas blasfêmias que pronunciava quando seus filhos usavam uma cruz, ou um de seus netos fossem sem sua autorização batizada na igreja, era inacreditável a coragem dessa anciã que parece que com a idade perdeu qualquer medo de se expor da sua verdadeira crença, e ficou conhecida como A “Macabéa”.<br/>Ana Rodriques de certa forma vai se vingar de seus inquisidores morrendo no cárcere, sem ter que passar por torturas e se apresentar frente ao Santo ofício!<br/>O Ódio dos inquisidores a Ana Rodriques, é algo que vai além de nossa imaginação, pois morreu sem abrir mão de sua crença ou pedi perdão por seus atos, e isso que levará o Santo ofício a julga la e processa-la, mesmo já morta!<br/>Seus ossos serão desenterrados, “queimados e feitos em pó em detestação de tão grande crime”. Será amaldiçoada pelo santo ofício, seus restos serão enviados de volta ao Brasil e exposto na Igreja de Matoim como exemplo a todos aqueles que se levantam contra a fé cristã.<br/>Como os Macabeus em 167 a.C. lutou contra a intolerância religiosa e não abriu mão em nenhum momento de sua fé as leis de Moisés. Assim fez Ana Rodriques que deverá ser lembrada como uma grande heroína, A Macabéa em Terras, Brasileira.<br/>Fontes -<br/>Um Israel possível na Bahia colonial: sobre mulheres e resistência judaica em tempos de perseguição - Angelo Adriano Faria de Assis Revista Digital Arquivo Maaravi<br/>O Licenciado Heitor Furtado de Mendoça, inquisidor da primeira visitação do Tribunal do Santo Ofício ao Brasil. Angelo Adriano Faria de Assis Doutor em História pela UFF<br/>Tributo à judia Ana Rodrigues - Tributo à judia Ana Rodrigues | Itu.com.br<br/>Criptojudaísmo no feminino. Uma análise da Resistência judaica na Bahia Quinhentista a partir das fontes da I Visitação do Santo Ofício ao Brasil Angelo Adriano Faria de Assis</p>
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</div> Judiaria de Santa Marinha, na Serra da Estrela Jayme Fucs Bartag:judaismohumanista.ning.com,2021-12-17:3531236:Topic:1920402021-12-17T19:59:34.253ZLARA NUNES ROCHAhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/1xtzm6wz8n10z
<p>Judiaria de Santa Marinha, na Serra da Estrela<br></br> Jayme Fucs Bar <br></br> Na Serra da Estrela, existe hoje uma cidade que se chama Seia, e em volta dela há pequenas aldeias com uma forte e impressionante presença judaica cujas origens, muitos acreditam datar ainda dos tempos dos romanos. <br></br> E viajar para essa região você pode entender a frase muito comum do ditado popular: “a onde Judas perdeu as botas”, pois realmente esse local durante muitos séculos era de difícil acesso; ali os judeus…</p>
<p>Judiaria de Santa Marinha, na Serra da Estrela<br/> Jayme Fucs Bar <br/> Na Serra da Estrela, existe hoje uma cidade que se chama Seia, e em volta dela há pequenas aldeias com uma forte e impressionante presença judaica cujas origens, muitos acreditam datar ainda dos tempos dos romanos. <br/> E viajar para essa região você pode entender a frase muito comum do ditado popular: “a onde Judas perdeu as botas”, pois realmente esse local durante muitos séculos era de difícil acesso; ali os judeus comercializavam lã e carne em toda região. <br/> O que se pode observar nessas aldeias é o tipo de arquitetura muito típico de casas judaicas, e isso se torna visível com a grande quantidade de cruciforme encontrado nessas pequenas aldeias e os registros de mais de uma centena de processos do Tribunal do Santo Oficio, onde a grande curiosidade é de um dos processos inquisitórios dos mais antigo já encontrado; o famoso caso do médico e físico Mestre Rodrigo de 1541.<br/> O interessante que o pesquisador Alberto Martinho da Universidade Católica de Viseu acredita que essa região seja “a verdadeira capital do judaísmo em Portugal”. Ele descobriu cerca de 635 casas judaicas no concelho de Seia. Só na aldeia de Santa Marinha foram 46 casas judaicas, e acredita-se que possivelmente a população judaica nessa região foi em tempos remotos bastante expressiva.<br/> Na minha eterna curiosidade sobre esse tema hoje fiz um percurso que realmente recomendo a todos aqueles que desejam conhecer não somente judiarias, mas também o esplendor que é a Serra da Estrela! Viajei de Belmonte em direção a Seia, subindo a serra da estrela por Manteigas.<br/> E meu objetivo era chegar à aldeia de Santa Marinha que são 86 quilômetros de viagem, mas nada cansativo devido às mágicas paisagens que a Serra da Estrela nos oferece e se concretiza na chegada de uma aldeia meia esquecida, com ruas quase desertas, e como sempre acontece nessas viagens, são os encontros do acaso com os aldeões.<br/> Dessa vez encontrei uma única pessoa a caminhar de um lado para o outro a fazer seus afazeres; eu o paro e pergunto a onde fica a judiaria, e ele olha e me responde:<br/> “aqui não tem mais judeus, mas no passado todas essas casas eram dos judeus. Quando os judeus viviam aqui todas essas casas eram muito bonitas, mas veja hoje como está tudo bastante abandonado”. <br/> O aldeão larga seus afazeres e me leva a caminhar para ver a aldeia, e depois me diz:<br/> - O senhor é israelita? <br/> - Digo sim! <br/> - Ele diz: Graças a Deus! Os judeus são um povo Bendito! <br/> Se despede e volta aos seus afazeres.<br/> Saio em direção à estrada; já era um pouco tarde para conhecer outros lugares dessa região que entendo ser necessário passar alguns dias por aqui, e talvez semanas, pois existe a sua volta uma vastidão de aldeias e lugarejos pequeninos marcados pela presença judaica, eu conheci hoje a aldeia de Santa Marinha, mas ainda volto para conhecer: Valezim, Torroselo, Vila Cova à Coelheira, Casal, Carvalhal, Alvoco da Serra, São Romão, Loriga, Sandomil, Paranhos da Beira, Lajes, Vide, Póvoa Velha, Póvoa Nova, Vila Verde e Tourais, entre outras. <br/> Já subindo a serra de volta Belmonte, não parei de pensar nas palavras desse simples aldeão: “Graças a Deus, os judeus são um povo Bendito!”.<br/> E penso, de onde veio isso? Eu sei que ele não era judeu, mas acho que ele tem alma Judaica!<br/> SHABAT SHALOM!<br/> Fontes: <br/> <a href="https://www.redejudiariasportugal.com/ind.../pt/cidades/seia">https://www.redejudiariasportugal.com/ind.../pt/cidades/seia</a><br/> <a href="https://rr.sapo.pt/.../investigador-defende-que.../158166/">https://rr.sapo.pt/.../investigador-defende-que.../158166/</a></p>