JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

Apresento uma pequena analise sobre como o judaismo vai ter que saber enfrentar e sobreviver num periodo de quase 2000 mil anos no convivio com o mundo cristão e Islamico.
E como esses processos terão uma grande influencia nos dias de Hoje.
Peço desde já desculpas pelo tamanho do texto que faz parte de uma uma materia que escrevi em 2018 sobre "Judaismo e Globalização"
Shabat Shalom!
A islamização e a cristianização cultural e religiosa são duas grandes forças civilizatórias em disputa, uma vez que terão a mesma pretensão de conquistas territoriais no Oriente Médio, na Europa, na Ásia e no Norte da África a fim de impor sua cultura, religião e tradição aos povos conquistados.
Durante um período de mil, duzentos e oitenta e três anos, de 634 a 1917, cristianismo e islamismo estiveram se enfrentando, tendo o domínio da antiga Judeia e dos lugares sagrados de ambos como parte dessa disputa. Pode-se afirmar que, teoricamente, o encerramento dessa disputa teria acontecido com o fim do Império Otomano, em 1917, porém, ao se analisarem questões atuais, como a guerra no Oriente Médio, a guerra civil na Siria, o Estado Islamico, o conflito da corrida nuclear com o Irã, a Jihad Islâmica e o terrorismo islâmico mundial, se fortalece a ideia de que as disputas entre as civilizações cristã ocidental e islamismo ainda não terminaram.
Em dois de seus livros, "O choque das civilizações" (1993) e o "Choque de Civilizações e a Reconstrução da Ordem Mundial" (1996), o cientista político Samuel Huntington analisa a realidade pós-moderna e considera que o conflito entre civilizações não mais diz respeito a aspectos ideológicos e econômicos, como no passado, porém, sim, culturais e religiosos:
"Minha hipótese é que a fonte fundamental de conflitos neste mundo novo não será principalmente ideológica ou econômica. As grandes divisões entre a humanidade e a fonte dominante de conflitos serão culturais. Os Estados-nações continuarão a ser os atores mais poderosos no cenário mundial, mas os principais conflitos da política global ocorrerão entre países e grupos de diferentes civilizações. O choque de civilizações dominará a política global. As falhas geológicas entre civilizações serão as frentes de combate do futuro". (HUNTINGTON,)
Pode-se destacar na tese de Huntington que os atuais conflitos entre civilizações estariam relacionados a dois grandes protagonistas, a saber, a cultura e a religião islâmica e a cultura e a religião cristã ocidental.
Do ponto de vista do autor , os atuais conflitos entre as civilizações cristã e islâmica constituem, na verdade, a continuidade da disputa de mais de mil e quinhentos anos, não tendo começado com a globalização e com o final da Guerra Fria.
O conflito entre as culturas e as duas religiões, a cristã e a islâmica, teria raízes profundas nos processos civilizatórios pelos quais a humanidade passou. A hipótese do cientista político Samuel Huntington nada mais é do que a apresentação da continuidade desses processos na atualidade, em que cristianismo e islamismo se deparam em perspectiva intercivilizatória muito mais complexa e ameaçadora do que no período anterior.
Edgar Morin, em "Cultura e Barbárie Europeia", propõe que se crie uma inovadora consciência humanista nos "novos tempos", capaz de fazer frente às trágicas experiências do passado. Ele adverte: "A barbárie não é apenas um elemento que acompanha a civilização, ela é uma de suas partes integrantes. A civilização produz barbárie, e, principalmente, ela produz conquista e dominação" (MORIN, 2005:17).
Com a invasão e a consequência das revoltas judaicas durante o domínio romano e sua expulsão do próprio espaço territorial, a Judeia, em 70 e em 135 d.C., o judaísmo começou a assumir um perfil totalmente diaspórico no interior da maioria não judaica de costumes, culturas, religiões e idiomas diferentes. O judaísmo, em sua maioria, tornou-se segregado, destinado a viver em zonas permitidas e com mobilidade limitada.
Tal processo aumentou quando o imperador Constantino Magno (272 – 337) aderiu ao cristianismo na batalha de Ponte Milvia, em 312, tornando-o religião cristã como religião permitida no Império Romano a partir desse momento. O primeiro Concílio de Niceia, em 325, será a primeira tentativa de organizar a nova religião dentro da estrutura de poder do império.
O Cristianismo trouxe forte impacto para a humanidade e se expandiu na maior parte da Europa, além de ter criado enorme estrutura de poder para globalizar os valores dessa religião como único credo para todo o mundo.
O historiador Paul Veyne, no livro "Quando o nosso mundo se tornou cristão" destaca a importância do ato do imperador Constantino, considerando-o um marco para a História da humanidade, por ter dado origem à tentativa de cristianização do mundo:
"Em 324, a religião cristã assumia com um golpe único uma dimensão ‘mundial’ e Constantino estaria alçado à estatura histórica. (...) O cristianismo dispunha daí em diante desse imenso império que era o centro do mundo e que se considerava com a mesma extensão da civilização" (Veyne, 2007:)
O lado ocidental do Império caiu em 476, ano da deposição do último Imperador romano pelos bárbaros germânicos, liderados por Flavius Odoacro (434 – 493), mas o cristianismo continuou triunfante na Europa. Parte dos bárbaros já estava convertida ao cristianismo e o restante se converteu nas décadas seguintes. Dessa forma, o Império Romano desempenhou importante papel instrumental para a propagação dessa religião na Europa.
O Cristianismo exerceu papel central na manutenção da civilização europeia, ainda mais que a Igreja foi a única instituição a se manter inteira ante o desmantelamento do Império Romano Ocidental. Representou, sem dúvida, uma continuidade dentro do novo processo de poder, que substituiu as instituições romanas.
Por volta dos séculos IV e V, todo o território que pertencera ao Império Romano do Ocidente foi convertido ao cristianismo, e o Papa, em Roma, adquiriu a autoridade central desses territórios, assim como na vida da população. A vida intelectual passou aos monastérios, onde começou um novo tipo de invasão e de aculturação de outros povos realizadas pelos missionários cristãos, que contavam com o apoio do Papa e eram protegidos militarmente pela nobreza.
Nesse período, o judaísmo esteve condicionado a viver intensa segregação, ou melhor, guetização. Na maioria dos casos, devia pagar altos tributos pelo direito de se estabelecer em regiões predestinadas pelo rei ou pelo senhor feudal, não sendo permitido aos judeus que comprassem terras, que vivessem dentro das cidades e vilarejos cristãos, que participassem da vida sociocultural.
A mobilidade judaica estava limitada ao próprio espaço comunitário, onde os judeus tinham leis próprias e regras rabínicas, criando sua estrutura de vida social de acordo com a cultura judaica de forte caráter religioso. Um novo idioma diaspórico foi inventado, o iídiche, na Europa Oriental Cristã, enquanto o ladino surgiu na Península Ibérica. Como escreveu Jacob Katz no ano de 1973 em “Out of the guetto” (Fora do gueto):
"O Mundo exterior não desempenhava um papel significativo no universo do pensamento judaico" (KATZ, 1973:).
A Idade Média caracterizou-se por ser um período de instabilidade, de fome, de pestes, de guerras e de diversas tentativas de invasões islâmicas à Europa. A Igreja católica exerceu forte influência em toda a sociedade, que se dividia em três classes: clero, nobreza e povo. O clero detinha a função religiosa e tinha acesso exclusivo à cultura e às propriedades. A nobreza era constituída pelos guerreiros, bem como pelos proprietários de terra e de títulos hereditários. O povo, conformado pela classe dos agricultores, era servo do clero e da nobreza.
Por sua vez, os judeus, os muçulmanos e outras minorias na Europa eram considerados hereges. O clero e a nobreza mostravam atitude hostil a esses grupos, em especial aos judeus, porque estes se negavam a abraçar o cristianismo e por serem acusados de terem assassinado o "filho de Deus".
A instabilidade judaica nessa época era enorme, o que é exemplificado pelo massacre dos judeus na França e na Germania em 1096 por bandos de cruzados fanáticos. Do mesmo modo, em 1290, judeus foram expulsos da Inglaterra, ao passo que, na Itália, comunidades judaicas foram massacradas e convertidas à força de 1290 a 1293. Em 1306 foram expulsos da França.
O preconceito religioso contra os judeus na Europa medieval levou a diversas sanções e à criação de regulamentos especiais voltados a essa minoria, como: não podiam ser proprietários de terra, não podiam andar a cavalo, eram proibidos de assumir funções públicas, de casar com cristão, tinham que viver em território limitado pelo clero e pela nobreza, além de obrigados a pagar altos tributos por essa concessão.
A partir do Concílio de Latrão, em 1215, foi exigido que os judeus andassem nas ruas com uma rodela amarela, como símbolo de traição, ou com uma estrela de David no braço, bem como, por vezes, eram obrigados a usar um chapeu cônico.
Qualquer boato na sociedade cristã passou a constituir ameaça à vida e aos bens dos judeus; tidos como indignos pela sociedade cristã, eram obrigados a prestar os serviços proibidos a um cristão, como a cobrança de impostos, considerada usura.
Nesse período, a participação na vida cultural e intelectual das sociedades cristãs foi bem limitada, pois a maioria absoluta dos judeus era constituída de pequenos artesões pobres.
A participação judaica na sociedade cristã medieval se deu por meio do que os judeus tinham e usaram como vantagem, porque a maioria dos cristãos não tinha, que era a sua mobilidade entre regiões, as relações cosmopolitas e os contatos em vários centros urbanos espalhados na Europa, na Ásia, no Oriente e no norte da África, o seu conhecimento de vários idiomas, sua longa experiência com questões relacionadas ao comércio e seus contatos e relações comerciais fora da Europa. Acima de tudo, os judeus foram grandes gerenciadores de uma nova economia paralela à economia feudal.
Graças a essa aptidão singular, que a maioria dos cristãos não possuía, parte desses judeus conseguiu novo status dentro das monarquias europeias, os Schutzjuden (Judeus Protegidos ou Judeus da corte), tornando-se importantes conselheiros dos reis e mediadores nas relações comerciais, política e diplomática entre a Europa e os outros continentes.
Segundo o historiador americano Eric Hobsbawn:
"O único papel histórico significativo que os judeus exerceram no período anterior à emancipação foi de mediador entre culturas – em especial entre a islâmica e a cristã ocidental durante a idade media europeia". (HOBSBAWN, ano:p.)
Durante a Idade Média, os judeus que viviam nas áreas sob domínio islâmico contaram, por período determinado, com mais liberdade e tolêrancia do que tinham no mundo cristão. A experiência judaica sempre foi de muito cuidado e desconfiança, mesmo que existam certa tolerância e simpatia nas relações com as religiões e as culturas dominantes por algum tempo, porém, a estratégia dos judeus da Idade Média foi a mesma que no mundo cristão: a segregação.
Em grande parte do domínio do mundo islâmico, o judaísmo teve maior mobilidade que na sociedade cristã; havia, na maioria dos casos, mais liberdade de religião, de culto e de produção intelectual, podendo participar, com certa segurança, na vida social, econômica e cultural da sociedade Islâmica.
A importância da vida judaica nessas regiões islâmicas mostrou-se bastante diferente daquela nas áreas dominadas pelos cristãos, principalmente após o ano 912, no período da dinastia de Abd Al Rahman III (889 – 961). Nessa época, os judeus prosperaram, dedicando seus serviços ao Califado de Córdoba, aos estudos das ciências - medicina, botânica, geografia, filosofia e matemática -, ao comércio e à indústria, além de terem contribuído nas traduções de livros do idioma grego e do latim para o árabe.
Nesse período, o pensamento judaico floresceu e surgiram personalidades respeitadas, como: Issac Ibn Shiprut, que foi ministro e físico na corte do Califa Abd Al Rahman, o grande poeta Yeuda Halevi (1075 – 1141), o filósofo Salomão Ibn Gabirol (1021 -1058) e o médico, filósofo e rabino Moisés Maimondes (1135 – 1204). A Península Ibérica – Al-Andalus – se converteu no maior centro de estudos judaicos do mundo e local de encontro de grandes sábios judeus.
Maria Rosa Monocal, especialista em Literatura Ibérica na universidade de Yale, em New Haven, nos Estados Unidos, comentou:
"(...) a tolerância era um aspecto inerente da sociedade andaluz". Em seu livro “The jewel of world”, defende que os judeus possuíam mais liberdade sob o domínio do califado, apesar de terem menos direitos do que os muçulmanos, que os judeus da Europa Cristã, razão pela qual estes últimos imigraram para Al–Adalus.
Apesar de vivenciar uma época de tolerância e liberdade, o judaísmo se manteve segregado e, em determinado momento, as desconfianças e o medo se confirmaram. Em Al Andalus, a "Idade do Ouro judaica" esteve ameaçada a partir da morte de Al Hakan II, em 976, que era filho do califa Abd Al Rahman III. Nesse momento, Al Andalus foi dominado pelo reino dos Taifas, que eram puritanos e nada tolerantes com os judeus.
Em 1066 começou o primeiro massacre, de que se tem notícia, promovido pelos islâmicos contra a população judaica em Granada, de acordo com as fontes do historiador Richard Gottheil, pesquisador da Jewish Encyclopedia (edição de 1906). Ele registrou que:
"Mais de 1.500 famílias judaicas, ou seja, ao redor de 4.000 pessoas, faleceram num dia".
A situação dos judeus em Al-Adalus piorou com a invasão dos Almoravidas, os quais, em 1148, foram expulsos de Al-Adalus pelos Almoadas, islamitas mais radicais do que os Almoravidas, que tomaram Cordoba e obrigaram os judeus a aceitar o Islão.
Esse foi um período "negro" da cinicamente chamada "Idade de Ouro", em que houve a destruição de sinagogas e sua transformação em mesquitas, a usurpação das propriedades dos judeus e a venda destes como escravos no mercado. Nessa época, muitos judeus fugiram da Península Ibérica – Al-Adalus – para áreas mais seguras do mundo islâmico, como Egito, Turquia, Damasco e, mesmo, a antiga Judeia.
Bom exemplo dessa saga judaica foi a do famoso Maimondes, que, aos doze anos, precisou fugir com sua família da Península Ibérica Al-Adalus para Fez, no Marrocos, mas permaneceram aí somente por cinco anos. Imigraram então para o Egito, onde Maimondes estudou Medicina e se tornou um dos maiores eruditos judaicos do seu tempo. Tornou-se o médico e conselheiro pessoal do famoso chefe militar e sultão no Egito, Ṣalāḥ ad-Dīn Yūsuf ibn Ayyūb, O Saladino (1138 – 1193), que liderou a oposição islâmica aos cruzados e dominou todo o Oriente Médio e foi responsável pela conquista de Jerusalém.
Maimondes morreu em Tibérias, no norte da Judeia, em 1204; sua popularidade era tão grande que recebeu uma frase popular muito elogiosa: "De Moshê (o Legislador) até Moshê (ben Maimon) não há outro como Moshê".
Durante o domínio islâmico foram realizadas codificações cuidadosamente elaboradas da prática ortodoxa tradicionalista, que era muito variada nessa época, estando entre elas a conhecida Cabala de Issac Luria (1534 – 1572), ou Mishne Torá copilado por Maimondes entre 1170 e 1180.
Excelente exemplo foram os escritos do rabino Yosef Caro (1448 – 1575), "O Shulchan Aruch" (A mesa posta), redigido na cidade de Sfat, em 1563. Esse texto se tornou o novo fundamento para a religião judaica e reforçou o impulso para a segregação como única forma de expressão tradicional de espiritualidade judaica. Trazia explicações em prédicas bíblicas e nas do Talmud a todas as questões da vida judaica da época, não deixando margem a interesses e à procura de pensamentos diferentes, que não estivessem dentro do campo judaico.
A experiência de algum tipo de produção intelectual judaica na Europa Cristã foi amarga para muitos judeus. O próprio Rav Yosef Caro, judeu de Toledo, Espanha, conseguiu fugir da Inquisição da Espanha e escapou, junto com seus discípulos, para o Império Otomano, escondendo em seu corpo o Sefer (Livro) da Torá de sua comunidade.
Em Sfat – Israel, região dominada pelo Império Otomano, ele se sentiu mais livre para praticar e manter o judaísmo. Foi sob o domínio Islâmico que Yosef Caro escreveu o livro "Shulchan Aruch", obra-prima do judaísmo de sua época, pois socializou o Talmud, que era difícil de ler e de estudar para um judeu não erudito. Esse texto constituiu a possibilidade de nova fórmula para preservar o judaísmo: de um lado, mantinha a segregação do judaísmo; de outro, propugnava a continuidade, de forma mais socializada e participativa, das massas judaicas, tornando fácil e acessível a sabedoria e a prática judaica.
Yosef Caro renovou sua comunidade e sua sinagoga, destruídas pelo cristianismo europeu, construindo em Sfat, no norte de Israel, uma cópia exata da que existia em Toledo, na Espanha. A nova sinagoga, toda decorada de cor azul celeste, guarda em seu interior o mesmo sefer (Torá) trazido por Yosef Caro de Toledo para Sfat há mais de quinhentos anos, podendo ser visitada hoje em dia.
A fase mais intensa da segregação judaica no mundo cristão ocorreu entre os séculos XIV e XVIII, com o apogeu na inquisição judaica da Espanha, em 1492, e em Portugal, 1496. Nessa ocasião, os judeus foram convertidos, mortos ou expulsos da Península Ibérica, onde, a partir dessa expulsão, as limitações ao povo judeu se tornaram cada vez maiores, reduzindo ao mínimo possível a participação judaica com o mundo cristão.
Como exceção, a Holanda soube usar o potencial humano judaico, principalmente aquele oriundo da expulsão da Península Ibérica, para seus interesses de conquista dos territórios já dominados pela Espanha e por Portugal nas Américas. A Holanda foi dos poucos "portos seguros" do judaísmo na Europa cristã. Não foi à toa que a criação das "Capitanias das Índias Ocidentais" teve grande participação judaica.
Do mesmo modo, a criação da primeira comunidade judaica livre nas Américas ocorreu no período da conquista holandesa da cidade de Olinda, antes colônia portuguesa no Brasil, com a fundação da primeira congregação judaica nas Américas, de nome Tzur Yakov (Alicerce de Jacó). Essa mesma comunidade, depois de sua expulsão do Brasil – Holandês, fugiu em direção à América do Norte e fundou Nova Olinda, hoje a famosa Nova York.
Importante citar o caso de Baruch Spinosa, que conseguiu ser o primeiro judeu emancipado, antes da própria emancipação. Isso ocorreu graças a sua dolorosa excomunhão da comunidade judaica de Amsterdã, por ter tido a coragem de interpretar o conceito de Deus de forma diferente do judaísmo tradicional de sua época – "Deus sive natura", Deus Natureza –, conceito Panteísta do judaísmo e não o Deus sobre - natural como é de costume na crença do judaísmo Ortodoxo.
Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman (1925 - ).
"Com a desestruturação das comunidades medievais houve, assim, a desconstrução de uma identidade baseada na vivência comunitária segregada, e a posterior reconstrução de outras identidades a partir de identificações com valores, normas de condutas e princípios da sociedade européia em transformação, que se somaram, ou mesmo substituíram, traços identitários tradicionais. No decorrer dos séculos XVIII e XIX na Europa, o judaísmo foi reinterpretado e redefinido por movimentos internos e por revoluções nas sociedades onde se encontravam as comunidades". (BAUMAN, 1999:.)
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