Fórum YaLa - Diálogos de jovens israelenses, palestinos e árabes - JUDAISMO HUMANISTA2024-03-29T12:01:29Zhttps://judaismohumanista.ning.com/group/yaladilogosdejovensisraelensespalestinoserabes/forum?feed=yes&xn_auth=noReencontrando o outro lado por Amir Szuster da Conexão Israeltag:judaismohumanista.ning.com,2014-11-14:3531236:Topic:995322014-11-14T12:30:37.491ZJayme Fucs Barhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/JaymeFucsBar
<h1 class="title"></h1>
<div class="entry"><div><p>Tive a oportunidade de participar de um programa de estudos de dois meses com estudantes israelenses e palestinos em Roma, no inicio deste ano. No texto “<a href="http://www.conexaoisrael.org/conhecendo-o-outro-lado/2014-04-04/amir" target="_blank" title="Conhecendo o outro lado">Conhecendo o outro lado</a>” contei um pouco desta experiência.</p>
<p>Na ultima semana do programa, os organizadores nos contaram que um reencontro do grupo estava…</p>
</div>
</div>
<h1 class="title"></h1>
<div class="entry"><div><p>Tive a oportunidade de participar de um programa de estudos de dois meses com estudantes israelenses e palestinos em Roma, no inicio deste ano. No texto “<a title="Conhecendo o outro lado" href="http://www.conexaoisrael.org/conhecendo-o-outro-lado/2014-04-04/amir" target="_blank">Conhecendo o outro lado</a>” contei um pouco desta experiência.</p>
<p>Na ultima semana do programa, os organizadores nos contaram que um reencontro do grupo estava pré-agendado para Outubro deste ano – novamente na Itália, para o recebimento dos diplomas na universidade de Roma e reapresentação dos projetos finais para representantes da União Europeia e das Nações Unidas.</p>
<p>Assim que começou a operação Margem de Proteção (Para saber mais clique <a href="http://www.conexaoisrael.org/operacao-margem-de-protecao-quando-sera-seu-fim/2014-07-25/joao" target="_blank">aqui</a> ), nem o mais otimista dos participantes esperava que este reencontro fosse de fato ocorrer.</p>
<p>Por sorte, os organizadores não pensaram desta forma. Há duas semanas estive novamente reunido com estudantes israelenses e palestinos por cinco dias, na bela cidade de San Martino al Cimino, cerca de uma hora da capital italiana.</p>
<p>Neste texto, compartilho um pouco desta “segunda rodada” – como foi reencontrar o outro lado?</p>
<p><b>O período entre o fim do programa e o reencontro</b></p>
<p>Mantive contato com dois colegas palestinos durante o período da operação. Tanto por e-mail, como por telefone. As conversas foram cordiais e não houve discussões sobre política. Apenas atualizações e mensagens de esperança. Ambos agradeceram muito as ligações.</p>
<p>Ao mesmo tempo, outro colega palestino postava no facebook fotos e vídeos contra a ofensiva israelense. Não entendia exatamente a mensagem por estar em árabe, mas não tinha duvidas do tipo de conteúdo com base nas imagens. Fotos de crianças mortas e vídeos de habitantes de Gaza em situações de desespero.</p>
<p>Nenhum dos participantes vive hoje em dia na Faixa de Gaza, por mais que alguns tenham amigos e familiares que morem na região.</p>
<p><b>O Reencontro</b></p>
<p>Havia um pouco de apreensão minha e de parte de meus colegas israelenses em relação ao reencontro. Como expus no primeiro texto, não houve uma boa dinâmica entre os dois grupos, mas criaram-se excelentes relações interpessoais. Ficamos temerosos de que o recente conflito viesse a influenciar de forma negativa.</p>
<p>Sabíamos de pelo menos um palestino que havia perdido parentes durante a operação e não tínhamos ideia de como seria a sua reação ao encontrar-nos. Alguns israelenses também sofreram muito neste ultimo verão. No nosso grupo, alguns tiveram amigos ou conhecidos feridos.</p>
<p>Durante a operação houve alguns casos pontuais de violência na Cisjordânia. No entanto, esta limitou-se ao território da Faixa de Gaza e, dessa forma, não se pode dizer que nossos colegas palestinos sofreram risco de vida.</p>
<p>O sofrimento deles se referia à tensão e ao medo de perder familiares, conhecidos e pessoas do seu povo, além é claro, do terrível sentimento de insegurança e angustia que os acompanha nestes momentos.</p>
<p>Visto que nenhum dos participantes israelenses participou diretamente do conflito, sob esta perspectiva, podemos dizer que vivenciamos uma situação muito parecida durante este verão.</p>
<p>Dos 19 participantes originais do programa (dez israelenses e nove palestinos), apenas 16 participaram do reencontro. Um israelense e dois palestinos não compareceram.Para ser mais preciso uma palestina não pode comparecer por motivos pessoais, enquanto dois participantes que eu considero “radicais”, de acordo com suas visões e seus comentários durante a primeira parte do programa, não foram convidados pelos organizadores.</p>
<p>Vejo agora como eles influenciavam seus respectivos grupos em direção as suas posições. E transformavam o ambiente, afetando a opinião de pessoas moderadas em direção a posições mais extremas.</p>
<p>Desta vez, além dos estudantes, foram convidados representantes das universidades. Estiveram presentes os vice reitores da universidade de Tel Aviv e universidade hebraica de Jerusalém, além de dois representantes da universidade Al Quds, de Jerusalém Oriental.</p>
<div style="width: 310px;" id="attachment_8792" class="wp-caption aligncenter"><a title="Almoço na cidade de San Martino al Cimino" href="http://www.conexaoisrael.org/wp-content/uploads/2014/11/20141018_184037.jpg" rel="lightbox"><img class="wp-image-8792 size-medium" alt="20141018_184037" src="http://www.conexaoisrael.org/wp-content/uploads/2014/11/20141018_184037-300x225.jpg" width="300" height="225"/></a><p class="wp-caption-text">Almoço na cidade de San Martino al Cimino</p>
</div>
<p></p>
<p>Acredito que esta presença acadêmica também ajudou para moderar o conflito. Isto me fez perceber que universidades e institutos de educação, poderiam (e deveriam!) ter um papel mais ativo na busca de uma solução para o conflito. Na minha opinião, o meio acadêmico apresenta uma maior proporção de pessoas moderadas e dispostas ao diálogo. Com a vantagem de tratarem-se de pessoas respeitadas e influentes em suas sociedades.</p>
<p>Por incrível que pareça, o reencontro foi leve e agradável. Diria até mais que isso. Saí mais otimista desta vez do que após a primeira parte do programa. Não porque tenha sido tudo excelente, mas por dois motivos principais.</p>
<p>Primeiro, porque acredito que apenas o fato de eles terem vindo demonstra coragem. Devemos ter em mente que se tratam de diferentes sociedades; no outro lado, nem sempre o encontro com o “inimigo” é bem visto. E isso pode ter implicações perigosas.Os participantes poderiam ter simplesmente evitado o programa, já que não havia nenhuma obrigação de comparecer nesta segunda parte.</p>
<p>Segundo, porque na maioria dos discursos vi uma abordagem mais política do que ideológica do lado deles. Explico-me. Houve menos incitação, acusação, discussão de direitos pela terra, questionamento sobre o direito de Israel existir, e sim, abordagens mais práticas das situações atuais e formas de tentar resolvê-las.</p>
<p>Obviamente que nem tudo foi ótimo. Em algumas conversas, vi um processo exagerado de vitimização e falta de capacidade de enxergar que eles têm responsabilidade por seus atos e precisam ser mais proativos.</p>
<p>Por exemplo, durante o discurso de uma representante da universidade de Al Quds, o tema foi o sofrimento dos palestinos e o exagero da reação israelense. Sem nenhuma referencia ao papel dos palestinos no conflito.</p>
<p>Em outras situações ouvi de colegas palestinos os seguintes comentários: “da próxima vez, proteste contra o seu governo”, “da próxima vez, não deixe que o exército entre (em Gaza)”, entre outros.</p>
<p>Para mim, todos estes temas são válidos e devem ser discutidos. De fato, eu preciso protestar contra o meu governo por ele não se empenhar em buscar uma solução politica. Mas porque raramente escuto uma auto-critica do outro lado?</p>
<p>Israel deve mudar suas políticas em relação aos palestinos o mais rápido possível e se esforçar muito mais do que se esforça hoje em dia para conseguir um acordo. O governo atual tem dado seguidas demonstrações de atitudes anti-acordos e isto tem consequências catastróficas para qualquer solução de médio prazo.</p>
<p>No entanto, o discurso de apenas culpar o outro lado não os ajudará. Eles precisam tomar mais responsabilidade pelo seu próprio destino. Alguns dirão que isso não acontece porque eles são os “oprimidos”, e nós os “opressores”.</p>
<p>Para mim, esta é uma forma ultrapassada e equivocada de se enxergar o conflito. Ela apenas corrobora o próprio processo equivocado de vitimização. O conflito não acontece exclusivamente por causa de um dos lados. E a solução não se restringe a mudança de atitude dos israelenses.</p>
<div style="width: 310px;" id="attachment_8790" class="wp-caption aligncenter"><a title="O grupo durante um passeio na bela cidade de Caprarola" href="http://www.conexaoisrael.org/wp-content/uploads/2014/11/20141017_152047.jpg" rel="lightbox"><img class="size-medium wp-image-8790" alt="O grupo durante um passeio na bela cidade de Caprarola" src="http://www.conexaoisrael.org/wp-content/uploads/2014/11/20141017_152047-300x225.jpg" width="300" height="225"/></a><p class="wp-caption-text">O grupo durante um passeio na bela cidade de Caprarola</p>
</div>
<p></p>
<p><b>Conclusões e reflexões</b></p>
<p>Como expus anteriormente, fiquei feliz com o reencontro. Saber que meus colegas estiveram dispostos a vir de qualquer forma, me aponta para algo promissor. Além disso, acredito ser importante a diminuição das discussões “ideológicas”, como por exemplo “quem tem o direito a esta terra”?, “nós estávamos aqui antes”, etc, e o foco em questões práticas sobre o que fazer dado que já existe o problema. Por fim, considerei positivas as mensagens de meus colegas de ambos os lados, durante as considerações finais</p>
<p>Tenho cada vez mais certeza de que devemos reduzir ao máximo a atuação dos radicais. Poucos radicais são capazes de fazer “muito barulho”. O combate a eles deve ser uma prioridade e deve ser feito de forma intensa.</p>
<p>Exigir que moderados combatam de forma veemente radicais me parece um paradoxo em si mesmo. Mas apenas assim, os moderados, que acredito serem a maioria em ambos os lados, poderão impor a sua vontade.</p>
<p>Tivemos novamente uma promessa de reencontro. O general das tropas das Nações Unidas no Oriente Médio, General Michael Finn, propôs um novo encontro a ser realizado nos quartéis da ONU em Jerusalém Oriental. Espero que aconteça em breve.</p>
<div style="width: 235px;" id="attachment_8791" class="wp-caption aligncenter"><a title="No meio da foto, general Michael Finn, chefe da UNTSO ( Organização das Nações Unidas para Vigilância da Trégua) no Oriente Médio" href="http://www.conexaoisrael.org/wp-content/uploads/2014/11/20141016_134403-e1415603392925.jpg" rel="lightbox"><img class="wp-image-8791 size-medium" alt="" src="http://www.conexaoisrael.org/wp-content/uploads/2014/11/20141016_134403-e1415603392925-225x300.jpg" width="225" height="300"/></a><p class="wp-caption-text">No meio da foto, general Michael Finn, chefe da UNTSO ( Organização das Nações Unidas para Vigilância da Trégua) no Oriente Médio</p>
</div>
<p></p>
<p>Durante as mensagens finais, um colega palestino, com o qual eu tinha uma boa relação, dirigiu-se aos israelenses e disse o seguinte: “ amigos israelenses, eu gosto muito de vocês. Perdi um parente neste ultimo verão. Peço para que da próxima vez que seu governo decida sair para uma operação, vocês se manifestem de forma contrária, por mim.”</p>
<p>Já havia passado minha vez de falar, mas no fim me aproximei dele e disse: “Você tem razão. Espero ajudar a evitar uma próxima possível operação. Mas eu também quero que você atue contra a construção de tuneis e lançamento de foguetes pelo Hamas. Se não de forma direta, pelo menos buscando fortalecer os moderados do seu lado.”</p>
<p>Espero de verdade reencontrá-los em breve, em um ambiente mais favorável. Há de chegar o dia em que os radicais de cada lado serão controlados por seus moderados e que cada um tomará responsabilidade por suas atitudes.</p>
</div>
</div> Integração dos refugiados palestinos nos demais países árabestag:judaismohumanista.ning.com,2011-07-22:3531236:Topic:438282011-07-22T14:12:34.039ZSérgio Storchhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/SergioStorch
<a class="actorName" href="http://www.facebook.com/lutfy.abughazaleh">Lutfy Abu Ghazaleh</a> <span><br />
</span><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_4e298362b8acc0d80891865"><span>well i agree that we must coexist and we can coexist but i believe that Israel must with drawl back to 67 borders , and after that we must make the countries who took the Palestinian refugees to integrate them into there society and make th<span class="text_exposed_show">em like any normal people , i mean why…</span></span></div>
<a class="actorName" href="http://www.facebook.com/lutfy.abughazaleh">Lutfy Abu Ghazaleh</a> <span><br />
</span><div id="id_4e298362b8acc0d80891865" class="text_exposed_root text_exposed"><span>well i agree that we must coexist and we can coexist but i believe that Israel must with drawl back to 67 borders , and after that we must make the countries who took the Palestinian refugees to integrate them into there society and make th<span class="text_exposed_show">em like any normal people , i mean why does Palestinians as for the right of return because the refugees are treated less than humans in the other countries they live in they are not allowed to study all they want nor work like locals . I believe peace can be achieved but it will need sacrafices from both sides</span></span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed"></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed"><a class="actorPic UIImageBlock_Image UIImageBlock_SMALL_Image" href="http://www.facebook.com/profile.php?id=1111715851"><img class="uiProfilePhoto uiProfilePhotoMedium img" src="http://profile.ak.fbcdn.net/hprofile-ak-snc4/161500_1111715851_3198540_q.jpg"/></a><a class="actorName" href="http://www.facebook.com/profile.php?id=1111715851">Sergio Storch</a> <span>Lutfy, you bring here an additional point, which seems to me very valuable: "after that we must make the countries who took the Palestinian refugees to integrate them into there society and make them like any normal people". I agree with you in striving to have Israelis going back to 67 borders. That´s not easy at all, but is the easiest part, I think, because Israelis and Palestinians leaders have negotiated that since Camp David. See about Geneva Initiative - <a href="http://www.geneva-accord.org/" rel="nofollow" target="_blank">http://www.geneva-accord.org/</a>. But you are including something which is not in the agenda for peace yet, and it´s a great issue. After all, the majority of the refugees are already in 2nd or 3rd generations living in those countries. I think there should be international aid for these countries to integrate those refugees as normal citizens, while keeping their bonds with the other parts of Palestinian people, so that their identities is strengthened for a new future.</span></div> Lidando com o discurso amargo da injustiça e vitimizaçãotag:judaismohumanista.ning.com,2011-07-22:3531236:Topic:435262011-07-22T01:36:39.096ZSérgio Storchhttps://judaismohumanista.ning.com/profile/SergioStorch
<p>Nas discussões sobre a questão palestina é muito frequente termos pessoas com um discurso muito amargo, que traz uma coleção de injustiças e vitimizações. No YaLa também acontece isso.</p>
<p>Outras pessoas tentam convencê-las, em geral sem sucesso, de que as perspectivas são positivas, de que dá para fazer alguma coisa etc. Elas continuam com o comportamento negacionista. Estabelece-se um <span style="text-decoration: underline;"><strong>jogo</strong></span> entre elas e o pessoal que quer…</p>
<p>Nas discussões sobre a questão palestina é muito frequente termos pessoas com um discurso muito amargo, que traz uma coleção de injustiças e vitimizações. No YaLa também acontece isso.</p>
<p>Outras pessoas tentam convencê-las, em geral sem sucesso, de que as perspectivas são positivas, de que dá para fazer alguma coisa etc. Elas continuam com o comportamento negacionista. Estabelece-se um <span style="text-decoration: underline;"><strong>jogo</strong></span> entre elas e o pessoal que quer tocar para a frente.</p>
<p>Peguei o seguinte comentário para exemplificar. <strong><span style="color: #ff0000;">Vamos discutir?</span></strong></p>
<p><a class="actorName" href="http://www.facebook.com/judith.hammervold">Judith Hammervold</a> <span>No, Ahmed, that's your task. I suppose you have discussed through what your aim was before starting this group. I perceive <span style="color: #ff0000;">promoting peace, love and understanding as rather lofty ideas, with little or no substance. These big words have more or less lost their meaning and sound like empty rhetoric</span> (misused by every politician and leader) unless they are backed by some concrete action.</span></p>
<p><a class="actorName" href="http://www.facebook.com/judith.hammervold">Judith Hammervold</a> <span>It would be of great help if Yalah would inform the US administration that when they repeatedly calls for the Palestinians to stop incitement against the Jews, <span style="color: #ff0000;">they should also ask the same from the Israelis. But this is NEVER mentioned.</span></span></p>
Aí fiz um comentário assim:<br />
<p>Judith, I agree with every one of your points. And I think Yala voices (yours included) SHOULD mention what you say is NEVER mentioned. I see your presence as key to have more people who´s been hurt, talking here their pains and having other people from all the world listening. I guess you have a few tools for that: if you go deep in what people shared until now, you´ll find people with whom you can talk and network, and stimulate them to bring more of their friends. Of course, nobody can undo the evil that was done, both in Israeli and Palestinian sides. However, as a person who lives in Gaza can be in touch with another from Jenin, the degree of sharing and good feelings can be enhanced, and some healing can take place. So I guess you can do this kind of work. While some of us say those things that you consider empty rethoric - but are not - you can do concrete actions that you are calling for.</p>