YaLa - Diálogos de jovens israelenses, palestinos e árabes

Vamos compartilhar aqui a experiência na participação em diálogos de jovens de 15 a 30 anos israelenses e palestinos (e também de outros países árabes).

  • Sérgio Storch

    Amigos, abri um tópico para relatar uma experiência. Vejam lá no tópico

    Lidando com o discurso amargo da injustiça e vitimização

  • Jayme Fucs Bar

    Parabens Sergio, Por Mais uma de suas  Grandes Iniciativas!

    Shabat Shalom! com desejo que esse grupo possa trazer um pouco das esperancas perdidas, de encontrar um dialogo de paz e coexistencia entre Judeus e arabes

  • Sérgio Storch

    Caros amigos

    Fico feliz em ver mais amigos entrando no Yala!

    Quero transmitir a minha experiência, que pode ser útil para calibrarmos o nosso comportamento nessa rede:

    1. já peguei discussões bem bravas, em que minha tentação foi cair de pau. Percebi que, antes de mim, outros já o haviam feito. A paciência me salvou de ter me exaltado.
    2. É muito grande a dureza dos internacionais em relação aos israelenses, de modo quase geral, Tenho percebido que outros internacionais chegam com discursos bastante generosos que acabam desarmando o discurso mais radical. No fim as pessoas ficam amigas.
    3. Várias pessoas já saíram. Outras várias pessoas vieram com discursos que incitam à violência. Elas são excluídas, sem que tenhamos que combatê-las. Vi isso acontecer com pessoas de ambos os lados.
    4. A experiência tem sido muito enriquecedora para mim, e o meu repertório no diálogo em situações de conflito em que ambos os lados têm razões tem crescido. Tenho conseguido ganhar reconhecimento por algumas intervenções, e posso dizer que, com certeza, agora tenho vários amigos palestinos e israelenses com quem pretendo um dia me encontrar.
    5. Minha reação, que estudo este assunto há 10 anos, mesmo assim foi em vários momentos de negação daquilo que não quero acreditar. É importante superar este estágio e ser capaz de ouvir e ver tudo que aparece.
    6. acompanhei conversas em tempo real entre israelenses e palestinos durante os bombardeios desta semana. São laços que não irão desaparecer no momento em que a Palestina for um Estado e em que ambos os países precisarão desta amizade nos grassroots.

    Enfim, acredito que vale a pena.

    Quem tiver paciência, vá retroagindo nas páginas anteriores para descobrir os tesouros que as pessoas trouxeram nesse curto período.

    Peço que tragam para cá os sentimentos que lhes afloram e as dúvidas sobre como agir, pois estamos numa situação privilegiada de não estarmos no olho do furacão, e o nosso aprendizado com este distanciamento pode ser útil para eles.