Acredito que o Judaísmo Humanista tenha como dever resgatar e honrar a memória dos não-judeus que praticaram a Tsedaká com nosso povo nos momentos mais difíceis. São tantos... e a maior parte desconhecidos de nós e de nossos filhos. Temos que legar a eles essa história. Destaco apenas alguns:
- Irena Sendler - seria uma desconhecida no Brasil se não tivesse sido por iniciativa de Lia Diskin, do Comitê Paulista pela Década da Cultura de Paz, que escreveu um artigo sobre ela para a revista 18. Saibamos mais sobre ela clicando aqui. Um filme sobre sua vida foi premiado no ano passado no Festival de Cinema Judaico do Reino Unido.
- Aracy Guimarães Rosa, sobre quem já se falou um pouco mais.
- Aristides de Souza Mendes, diplomata português que pagou caro pela sua desobediência ao governo de Salazar salvando judeus.
- e tantos outros.
Acho que nós, Judeus Humanistas, temos essa entre as nossas tarefas. Oxalá um dia possamos ter um museu virtual que honre a memória dessas pessoas, incluindo entre elas os árabes que salvaram 500 judeus do massacre de Hebron em 1929, e incluindo também judeus que salvam e ajudam palestinos hoje em dia.
Temos conosco nesta semana uma representante deste último grupo, a rabina Jill Jacobs, diretora do Rabbis for Human Rights North America. Os RHR em Israel se dedicam principalmente à reconstrução de casas demolidas injustamente pelo Exército israelense.
Ou seja, esse espírito que trouxe uma Irena Sendler está vivo e presente hoje, e aberto para que todo judeu humanista o assuma como parte de seu judaísmo.
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