Parashá Shoftim . (Por Marcelo Barzilai )
Muito interessante o texto da parashá desta semana porque trata da regulamentação e do comportamento das pessoas encarregadas de liderar e julgar as causas do povo. Não é incomum em nossa sociedade ouvirmos nos noticiários que um ou outro magistrado esteve envolvido em escândalos de corrupção, tendo tirado proveito de suas posições privilegiadas em relação aos cidadãos comuns.
Posições de liderança são e sempre serão necessárias para a regulamentação do convívio social, desde pequenos grupos às mais altas esferas da sociedade, promovendo o empoderamento de indivíduos. Entretanto, não é nesse aspecto que quero abordar essa discussão, mas, no âmbito da relação estabelecida entre o indivíduo considerado comum e o empoderado, onde um modelo de educação social propositalmente oferece uma mentalidade de submissão, fazendo com que a posição social privilegiada seja vista como uma proteção à infalibilidade humana.
Gosto muito da teoria da “Unanimidade Burra” de Salomon Asch, que visa demonstrar os efeitos de pressão social na conformidade e como e até que ponto as forças sociais moldam as opiniões e atitudes das pessoas, onde através de um experimento ficou provado que, independente do certo ou errado, um único indivíduo não resiste em manter seus posicionamentos, quando a maioria a sua volta apresenta posição contrária.
Seriam os povos vítimas do “Inconsciente coletivo”, de que fala a Psicologia de Jung?
Onde nós judeus estamos posicionados nesse contexto?