JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

Purim ( Fonte Comunidade Shalom)

"Os judeus estabeleceram e tomaram sobre si e sobre seus descendentes... que estes dias de Purim jamais prescreveriam entre os judeus, e que sua memória jamais se extinguiria entre seus descendentes... para que cumprissem os dias de Purim nas datas determinadas..." (Ester, 9:27-31).

Purim baseia-se na história relatada no livro de Ester.
Acadêmicos tiveram dificuldade em identificar o período e os personagens que fazem parte da narrativa, mas o povo judeu nunca discutiu sua autenticidade, e esta convicção sempre sustentou solidamente a comemoração da data ano após ano, milênio após milênio.


Enquanto Chanucá é um evento pós-bíblico nem sequer mencionado na Mishná, Purim tem suas raízes em um dos livros da Torá, e é tema de um tratado da Mishná e Talmud.

A grande popularidade de Purim pode ser explicada pela essência da história de Ester: a animosidade contra o judeu, uma questão que enfrentamos desde o início dos tempos.

"Existe um povo espalhado e disperso entre os demais povos..." (Ester 3:8)

As palavras discriminatórias de Haman têm sido repetidas de uma forma ou de outra em todas as eras. E celebrar Purim nos torna mais fortes, mais capazes para enfrentá-las com dignidade e coragem, alimentando a esperança de uma vitória definitiva sobre os inimigos.

O professor Kaplan elabora: "o desenvolvimento de um notável sistema de valores espirituais, verdadeira filosofia de vida, foi à resposta judaica às contingências inerentes à condição de minoria na diáspora. O sistema é notável não apenas por manter a coragem do judeu frente a situações desesperadoras, mas por seu valor intrínseco. Era esperado dos judeus que aceitassem viver como um povo subjugado. Era esperado que adotassem os padrões impostos pela maioria - se possível, de bom grado. Se não, apesar do ressentimento. Contrariando todas as probabilidades, eles formularam uma filosofia de vida capaz de prevenir a submissão". (" The meaning of God", page 363.)

O corolário da analise acima não é a fé ou a coragem com que enfrentamos o ódio, mas, sim, a consciência sobre a importância de nos mantermos como minoria, ainda que isto nos torne alvo dos inimigos. "Assim", diz o professor Kaplan, "é necessário e apropriado tornarmos o jejum de Purim e o Shabat especial que precede a data momentos de reavaliação das dificuldades que enfrentamos como '... um povo espalhado e disperso entre os demais povos'. É importante conhecermos a fundo tais dificuldades, para estarmos mais bem preparados. Os dias de Purim devem servir para compreendermos os desdobramentos dos valores espirituais que preservam nossa identidade, e os perigos que temos que vencer, se esperamos sobreviver enquanto minoria" (ibid, pp. 361-362).

Talvez seja por isso que os rabinos disseram que, mesmo quando todas as outras festas judaicas forem abolidas, Purim permanecerá (midrash mishle, 9:2).

Atualizado pela última vez por Jayme Fucs Bar 17 Fev, 2010.

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