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Israel e Egito assinaram há 40 anos tratado que alterou situação no Médio Oriente

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Na terça-feira cumprem-se 40 anos que o israelita Menaghem Begin e o egípcio Anwar al-Sadat assinavam em Washington o primeiro tratado de paz israelo-árabe alterando profundamente a situação diplomática e militar no Médio Oriente, segundo a agência France Presse.
Realizado na sequência dos acordos de Camp David de 1978 e da visita histórica a Jerusalém em 1977 do Presidente Sadat, o tratado acabou com o estado de guerra entre os dois países que durava há 30 anos, desde a criação do Estado hebreu em 1948.
Atualmente Israel e o Egito vivem um estado de “paz fria”, com o poder do Cairo a ter de lidar com uma opinião pública largamente hostil ao Estado hebreu, mas os dois países dizem ter uma cooperação estreita a nível da segurança.
O acordo de paz entre os dois vizinhos resistiu a duas guerras no Líbano (1982 e 2006), a dois levantamentos palestinianos (as Intifadas de 1987 e 2000) e aos sucessivos fracassos do processo de paz israelo-palestiniano.
O Egito foi o primeiro Estado árabe a assinar a paz com Israel e desde então apenas a Jordânia fez o mesmo em 1994.
O tratado foi criticado pelos países árabes como uma forma de traição, em particular em relação aos palestinianos, e o Egito foi suspenso da Liga Árabe por ter desafiado o consenso. A maioria dos países árabes rompeu as relações diplomáticas com o Cairo.
O Presidente Anwar al-Sadat foi muito criticado no seu próprio país e pagou a decisão com a vida, sendo assassinado por extremistas em outubro de 1981.
Ao assinar o tratado, o Egito não só consegue a paz, mas recupera o Sinai (embora tal só entre em vigor em 1982) e obtém o desmantelamento dos colonatos israelitas nesta península. Também fica a beneficiar de uma ajuda económica e militar considerável dos Estados Unidos.
O Cairo oferece a Israel, além da paz, relações diplomáticas e económicas, assegurando o tratado a livre circulação dos navios israelitas no canal de Suez e o reconhecimento do estreito de Tiran e do golfo de Aqaba como vias de navegação internacionais.
Apesar dos problemas, a relação israelo-egípcia continuou “estável” e “o tratado de paz perdurou”, declarou Amr al-Shoubaki, investigador no Centro de Estudos Políticos e Estratégicos de Al-Ahram no Egito, citado pela AFP.
Nos últimos anos a cooperação entre o Egito e Israel reforçou-se na península do Sinai, onde o Cairo tem enfrentado combatentes ‘jihadistas’, nomeadamente de um ramo do grupo extremista Estado Islâmico.
Numa entrevista à televisão norte-americana CBS no início do ano, o Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, reconheceu como “verídicas” as informações de que a cooperação no Sinai entre os dois vizinhos nunca tinha sido mais estreita.
Além da cooperação militar, Egito e Israel desenvolveram mais recentemente laços ao nível do setor da energia, tendo por exemplo concluído um acordo em fevereiro de 2018 para a transferência de gás natural dos campos israelitas de Tamar e Leviathan para território egípcio.
“O nosso tratado de paz é um pilar da estabilidade no Médio Oriente”, disse o embaixador do Egito em Israel, Khaled Azmi, ao apresentar credenciais ao Presidente israelita, Reuven Rivlin, em novembro, citado pelo jornal Times of Israel.
Rivlin considerou na mesma altura que o Egito é “muito importante para a estabilidade da região, uma região que é muito instável”.
“Nos últimos 40 anos fizemos muito para estabilizar a região, mas ainda temos de trabalhar para um melhor entendimento entre o povo egípcio e o povo israelita”, disse ainda o presidente de Israel, segundo o Times of Israel

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