Os líderes do movimento de protesto social que sacode Israel desde meados de julho convocaram os cidadãos de todo o país a saírem às ruas na noite de sábado, exceto em Tel Aviv, onde foi realizada uma manifestação em massa na semana passada.
"Nós decidimos não organizar manifestações em Tel Aviv, mas manteremos marchas em todo o país. O importante é mostrar que o protesto não é limitado aos cidadãos de Tel Aviv", disse à AFP Shafir Stav, um dos organizadores do movimento. Shafir negou que o movimento esteja perdendo força, e garantiu que os protestos não vão parar de crescer.
Uma pesquisa publicada na terça-feira afirmou que 88% dos israelenses apóiam o movimento, enquanto 53% estão dispostos a participar nas manifestações. O Parlamento israelense anunciou na segunda-feira que convocou seus membros em férias para uma sessão especial para tratar do crescente movimento de descontentamento social no país.
O debate está marcado para 16 de agosto e 50 membros da oposição já confirmaram presença, informou o Parlamento em um comunicado. A oposição denuncia a política de imposição do Governo, afirmando que ela está "desconectada" do povo.
O comunicado diz ainda que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu participará na segunda-feira de uma reunião da Comissão de Finanças do Knesset (o Parlamento israelense) sobre o tema "a política sócio-econômica" do Governo. Os protestos sociais no país tiveram início há três semanas e no sábado conquistou grande adesão, quando 300 mil manifestantes saíram às ruas de Tel Aviv e de outras cidades pedindo "justiça social".
Frente a este descontentamento social que a cada dia aumenta, o primeiro-ministro prometeu no domingo diálogo e mudanças. Netanhayu formou uma "equipe especial", dirigida pelo professor Manuel Trachtenberg, um economista de renome e atualmente presidente do Conselho de Ensino Superior, para que "a proposta de todos seja ouvida, ainda que não seja possível satisfazer a todas as demandas".
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