JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

"Eu odiava Israel. Eu pensava que a esquerda estava sempre certa. Não mais. Agora eu detesto terroristas Palestinos".

A humanidade não consegue suportar muito a realidade, mas, ocasionalmente, ela rompe até mesmo com a ideologia mais dura de esquerda. Aqui, a realidade sobre ajihad dos Palestinos abriu o caminho para o cineasta Irlandês esquerdista Nicky Larkin: "Nicky Larkin: Israel é um refúgio, mas um refúgio sob cerco", do Independent, 11 de março (thanks to Ygalg):

Eu odiava Israel. Eu pensava que a esquerda estava sempre certa. Não mais. Agora eu detesto terroristas Palestinos. Agora eu vejo porque Israel tem que ser duro. Agora eu vejo que a esquerda pode estar certa - como a ala de direita. Então, por que eu mudei de idéia tão completamente?

Estranhamente, tudo começou com a minha raiva por causa da incursão de Israel em Gaza em dezembro de 2008 que deixou mais de 1.200 palestinos mortos, em comparação com os apenas 13 Israelenses. Eu estava com tanta raiva com relação a este massacre que posei para um catálogo de exposição de arte usando o cachecol listrado da Organização para Libertação da Palestina.

Pouco tempo depois de posar com o cachecol da OLP, eu me inscrevi para o financiamento do Conselho de Artes da Irlanda para fazer um filme em Israel e na Palestina. Eu queria falar com esses soldados, protestar contra suas ações - e protestar contra os cidadãos Israelenses que os apoiaram.

Eu passei sete semanas na área, dividindo meu tempo igualmente entre Israel e a Cisjordânia. Comecei por Israel. Os locais ficaram desconfiados. Nós éramos Irlandeses - de um país que é um dos principais críticos de Israel - e nós éramos cineastas. Nós éramos o inimigo.

Depois, eu atravessei para a Cisjordânia. De repente, ser Irlandês não era um problema. Grafitagens tipo IRA adornavam o muro. Belém era Las Vegas para os admiradores de Jesus - crucifixos de néon pontuados por cartazes de mártires.

Estes mártires nos seguiram por toda a Cisjordânia. Eles nos olhavam de cima de postes e muros onde quer que fôssemos. Como Jesus nas velhas imagens do Sagrado Coração.

Mas quanto mais eu sentia os mártires me observando, mais confuso eu ficava. Afinal, o mantra Palestino era o da "resistência não-violenta". este era o lema deles, repetido várias e várias vezes como respostas em uma missa Católica.

No entanto, quando eu entrevistei Khoury Hind, uma ex membro do governo Palestino, ela se sentou de frente raivosamente em sua cadeira se recusando a condenar as ações dos terroristas suicidas. Ela era toda agreção.

Esta agressividade continuou em Hebron, onde eu testemunhei suásticas em um muro. Enquanto eu preparava minha câmera, um soldado Israelense gritou de sua posição no alto de um telhado. Alguns meses atrás eu provavelmente o teria ignorado, por ser meu inimigo político. Mas agora eu parei de falar. Ele só falou sobre Taybeh, a cerveja Palestina do local.

De volta a Tel Aviv, no verão de 2011, eu comecei a ouvir com mais atenção o lado Israelense. Eu me lembro de uma conversa na Rua Shenkin - região mais moderna de Tel Aviv, uma rua onde todo mundo parece ter vindo de uma escola de arte. Eu estava do lado de fora de um café entrevistando um ex-soldado.

Ele falava devagar sobre o seu tempo em Gaza. Ele falou sobre 20 adolescentes árabes cheios de comprimidos de ecstasy correndo em direção a base que ele patrulhava. Cada um atado com uma bomba e carregando um detonador de mão.

As pílulas em sua corrente sanguínea servem para que não sintam dor. Apenas um tiro na cabeça poderia derrubá-los.

Conversas como essa são normais em Tel Aviv. Eu comecei a vivenciar a sensação de isolamento que os Israelenses sentem. Um isolamento que começou nos guetos da Europa e terminou em Auschwitz.

Israel é um refúgio -, mas um refúgio sitiado, um refúgio onde chuva de foguetes mortais caem do céu. E, no momento em que eu fiz um esforço de empatia, de olhar o mundo através de olhos deles. Eu comecei uma nova jornada intelectual. Uma que não seria bem-vinda na volta para casa.

O problema começou quando eu resolvi voltar com um filme que mostrava os dois lados da moeda. Na verdade, existem muitos mais do que apenas dois. E é por isso que meu filme se chama Forty Shades of Grey (40 Tons de Cinza). Mas em Dublin, na minha volta,  apenas um lado interessava. Meus colegas esperavam que eu voltasse atacando Israel. Nenhuma zona cinzenta era aceitável ....

Qualquer artista que se preze deve estar pronto para mudar sua opinião sob a luz de novas informações. Por conseguinte, exorto a cada um dos 216 artistas Irlandeses que prometeram boicotar o Estado de Israel para passar algum tempo em Israel e na Palestina. Talvez quando você voltar pra casa você vai guardar o seu cachecol. Eu guardei.

 

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