Rabino pede a prefeito de Tel Aviv para reverter decisão de fazer uso de ônibus no Shabat

[Uildicler E Silva]

Finalmente após dezenas de anos em que a grande maioria dos moradores do maior centro metropolitano de Israel lutam para ter transporte público nos fins de semana, parece que desta vez é pra valer. Após uma longa campanha dos moradores com apoio do Prefeito de Tel Aviv, a câmara municipal de Tel Aviv aprovou em decisão de que fará finalmente um pedido ao Ministério dos Transportes do Estado de Israel para ativar as linhas de transporte no sábado. A campanha de liberação dos transportes no fim de semana teve início logo após uma série de mudanças realizadas ainda este ano nos trajetos e linhas de ônibus da cidade, o que visava o melhoramento do serviço e bem como o incentivo dos cidadãos de utilizarem o serviço dos ônibus ao invés de carro particular.

A única grande cidade em Israel que têm transporte público funcionando já há décadas é a Cidade de Haifa, no Norte de Israel. Além do ônibus no Shabat, Haifa também é a única cidade em Israel que já têm um pequeno metrô a mais de uma década. Somente este ano começo a funcionar em Jerusalém o bonde elétrico e agora está se iniciando a construção do metro de superfície em Tel Aviv.

Fonte: Jornal Rua Judaica (Edição 249 de 24/02/2012)

Obs.: Nós da diáspora temos essa opção. Porque o País que estamos é de maioria católica - cristã.

Agora; quando se trata da nossa própria casa... é complicado. A Torá ordena que ninguém saia do seu lugar.
Aqui no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, as sinagogas ficam localizadas a maioria na Zona Sul e algumas na Zona Norte (Tijuca). Quem mora em Bairros distantes têm que pegar ônibus de qualquer jeito. Se não for assim, nunca vai estar em uma sinagoga no Shabat. Ou então, deve tornar-se muito rico para comprar uma casa ou apartamento na Zona Sul, preferencialmete em Copacabana, onde há a maior concentração de sinagogas, e assim poderá ir à sinagoga a pé.
Em Israel, que é a nossa casa, onde o País é genuinamente de fé mosaica, abrir precedentes para funcionar o tranporte no Shabat, é convidar para uma abertura de outros hábitos nocivos aos custumes, tradições e  aos preceitos  da Halachá.
Assim como nos países de origem cristã o domingo é o principal dia de descanso, o Shabat deve ser o CUNHO religioso que marca a identidade religiosa do páis. Ainda que seja um País democrático.
Se não for assim; qual a diferença dos demais países cristãos?
Somos um País democrático, cujas leis permitem a liberdade religiosa, no entanto, a guarda do Shabat é o que diferencia das demais práticas religiosas. Queira ou não queira, a guarda do Shabat de acordo com a Lei Haláchica, caracteriza qualquer cidadão judeu como religioso. E que, no caso de Israel, é, e sempre haverá de ser a maioria.

Uildicler.