JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

"A diferença em comunicação" - Pessach do Judaismo Humanista no RJ - Por Denise Wasserman no Nosso Jornal RJ

 


"A diferença em comunicação"

Ano III - nº 88- 18 de abril de 2011

Edição e Programação visual:Denise Wasserman
Jornalista Responsável: Jakob Zajdhaft


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 Por que esta noite é diferente das outras?
Por Denise Wasserman

 

 

 

 

 

 

Esta tradicional pergunta feita na primeira noite de Pessach, ontem, no Pre-Seder, do qual participei, teve uma entonação especial. 

Fui convidada a compartilhar de uma vivência judaica longe de todas as outras que já havia vivido. E não é porque o meu judaísmo está muito mais ligado às tradições do que à prática, mas porque o meu judaísmo está dentro de mim, assim como cada membro do meu corpo.

Ontem vivenciei o que se designou a chamar Judaísmo Humanista, que, no meu entender, é a extração da essência judaica, do respeito às tradições traduzido em poesia, em encantamento, em pura filosofia.

Comemorar Pessach, que acima de tudo é a festa de liberdade, me fez sentir a grandeza da família Judaica que conhece a maravilha de estar junta como um núcleo seguro e fraterno de adultos, jovens e crianças. 

Conheci  Vinicius, um menino de quatro anos que, assim que chegou, logo me chamou a atenção com sua roupa de “Batman” e kipá igualmente caracterizada. Com um olhar curioso por tudo que via ou ouvia, nos encantou com os seus conhecimentos judaicos e total desinibição. 

No comando do Pre-Seder, Paulo Blank, o anfitrião, não fugiu das tradições e nos guiou de forma lúdica a cada etapa do Seder. 

“Vamos nos imaginar saindo do Egito, livres... Por isso estamos descalços...”, começou a entoar o nosso Seder.

Em fila fomos até o jardim, cada pessoa pegou um pedaço de pão e jogou num grande recipiente que, após algumas explicações sobre "chametz"  e uma brachá, foi queimado. 

Na volta à sala, onde nos reunimos em volta da mesa de Pessach, as quatro

 

perguntas, todas imediatamente respondidas por nosso “Batman”, Vinicius, estudante do colégio Eliezer-Max.

A partir daí, tudo foi uma grande surpresa, com momentos emocionantes como a leitura de trechos da Hagadá, feita por José Tchernov, a descida da Torah com as crianças vestidas com turbantes em referência á chegada dos judeus ao Monte Sinai, e ao final a grande roda com todos cantando, dançando e reverenciando seus antepassados tendo como fundo musical,  Leonard Cohen.

Foi lindo!

Foi assim que vivenciei uma noite, sem dúvida, diferente de todas as outras.

 

 

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