Eli, Eli…
Meu Deus, meu Deus, que não acabem nunca
a areia e o mar,
o murmurar das águas,
os relâmpagos dos céus,
as orações dos homens.
אלי, אלי, שלא יגמר לעולם
החול והים
רישרוש של המים
ברק השמים
תפילת האדם
Hannah Szenes (1921-1944)
No Jardim Zoológico
O céu está cinzento com chuva que não cairá,
Nos carreiros de argila há poças de fantasmagórica neblina.
Empestada com imemorial tristeza,
A terra cinzenta drena a coragem de existir.
Pobres criaturas dos trópicos, encurraladas em terras do norte,
Eu também desejo o sol e sou escravo.
O meu coração está convosco,
Compreendo o leão que se volta vivo na sua sepultura.
Israel Zangwill (1864-1926), escritor, dramaturgo e poeta.
Judeu britânico nascido em Londres.
Os meus mortos
Só os mortos não morrem’
Só eles a mim me restam, são tranquilos e leais
os que a morte não pode matar mais com seus punhais.
Ao declinar da estrada, no final do dia
em silêncio se acercam, em sossego seguem minha via.
Verdadeiro pacto é o nosso, nó que o tempo não desmente.
Só aquilo que perdi é meu eternamente.
Rahel (Bluwstein), 1890 – 1931.
Terra Prometida
Na margem
Do mundo
Além dos meus olhos
Belo
Sei que o Exílio
Será sempre
Verdejante de esperança –
O rio
Que não podemos atravessar
Corre eternamente
Samuel Menashe, in Niche Narrows (2000), poeta. Judeu americano.
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