JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

 

A assimilação do judeu .

Para explicar o que é um judeu é um tanto quanto complicado, há aqueles que afirmam, apoiados na Halachá,  que judeu é aquele que nasce de ventre de mãe judia, outros dizem que seria uma religião, e assim outros que seria uma etnia, um povo ou uma raça termo já em desuso tanto na antropologia quanto para a sociologia e outras ciências. E por incrível que pareça muitos se apoiam na Torá e outras fontes da tradição milenar judaica para identificar quem de fato é judeu.

Estes vários tipos de interpretações são em muito válidas, todavia todas as visões querem defender o seu ponto de vista ,quase de forma absoluta, e as vezes, correm o risco de entrarem em conflito devido as variedades de visões de  cada grupo, uma vez que, quando não há maturidade cada grupo ou pessoa  quer defender o seu ponto de vista próprio e desqualificar outros que também se acham judeus.

O perigo maior esta na  assimilação, e neste aspecto sinto que todas as correntes e visões judaicas, poderiam partilhar isto comigo, porque quando o judeu ou o ser judeu,  dilui a sua cultura a ponto de perder na prática e não na teoria, todos os traços de sua etnia, ou seja,  a sua cultura judaica e neste aspecto inclui-se a religião, visão de fidelidade ao Estado Judaico e tudo aquilo que compõe os traços característicos de uma pessoa humana que o liga ao seu grupo de pertença. Ele corre o risco de abandonar a tradição judaica milenar em todos os seus aspectos.

E mesmo assim essa pessoa quer se dizer judeu, e se perguntar a  ela se ela é judia ou jdeu, claro diz que sim porque nasceu em israel ou tem parentes judeus, todavia não tem nenhum traço de compromisso com o patrimônio cultural judaico acumulado. E como se dizer judeu que se tornou cristão, por exemplo, cultua a Virgem Maria, esqueceu o que são as grandes festas judaicas, não tem  mezuzá em sua porta, tem arrepios quando fala do Estado de israel, defende os inimigos de Israel e não sabe diferenciar um Kipá de um solidéu e ainda por cima adora feijoada de porco e os pratos típicos da arte culinária judaica  para esta pessoa é realmente “comida de grego’’, mas não tem problema, diz a pessoa, sou judeu brasileiro e aqui no Brasil estamos em outra cultura.

Bem, esta pessoa não sabe conscientemente que esta assimilada em todos os sentidos de sua existencialidade, ela abandonou toda a sua cultura, todo o seu passado e de forma consciente aderiu visceralmente outra forma de se situar no tempo e no espaço, possui uma visão de mundo que não esta mais vinculada as variadas nuanças do modo de ser e pensar do judeu.

É possível ser judeu moderno, sair dos guetos, participar da sociedade maior de modo dinâmico e construtivo, ganhar prêmios nobel, ser grandes cientistas, provocar grandes descobertas e ajudar a transformar o mundo, antecipando a era messiânica.  Claro que isto é bom e louvável, porém outra coisa e achar que é necessário se assimilar para ter acesso a sociedade maior, ao mundo globalizado  e ser respeitado com pessoa.

É evidente que  também o casamento misto pode ser um grande perigo para a perda da identidade judaica, algumas pessoas argumentam que não seria uma riqueza, pois uma oportunidade para crescimento e partiha de culturas diferentes

Considera-se que isto seja  verdade, mas para isto não precisa se casar, os contatos com os não judeu pode provocar este efeito desejado.

Se considerarmos a estrutura do lar, os conjuntos de valores simbólicos e materiais deste casal misto construídos e internalizados como verdades durante as suas historicidades, vemos logo a possibilidade de um grande conflito na vida prática. Um casal que partilha vidas, partilha sentimentos e valores, há trocas e internalizações de um para com o outro, um casal que se ama não vive com valores sobre postos ou com limite de fronteiras de  para com o outro, a relação  de  um casal deve  ser  de mútua e não pode ser construída em cima de um limite, ou um “muro”do tipo aquele que separa “judeus de palestinos”.

Diante de uma sociedade “mágica” no sentido de transformar  e formar as   informação em segundos e do excesso de tecnologia que nos convida a mudanças devemos repensar com urgência a nossa postura de se auto definir como judeus.

 

 

 

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