O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
Durante 2.000 anos o povo judeu viveu espalhado pelo mundo, após ter sido expulso da Terra de Israel pelos romanos, que destruíram Jerusalém e o Templo Judaico que ali existia. Nestes 2.000 anos, ao invés de se assimilar culturalmente aos outros povos e aos seus conquistadores – como aconteceu com a maioria dos outros povos da época -, o povo judeu permaneceu identificado com sua religião, cultura e com a Terra de Israel, que, segundo a tradição judaica, foi prometida a Abrãao e a seus descedentes.
A religião judaica, ao longo destes 2.000 anos de história, sempre pregou o retorno do povo judeu à Terra de Israel. Diariamente, nas preces judaicas, ora-se pela reconstrução de Jerusalém e pela união do povo judeu, espalhado pelos quatro cantos do mundo, na Terra de Israel. Todas a rezas da liturgia judaica são feitas com o corpo voltado para Jerusalém, e, nas principais datas do calendário judaico, reza-se e canta-se “LeShaná Bá B’Yirushalaim – no Ano que vem, em Jerusalém”. O povo judeu sempre teve vínculo forte e profundo com a Terra de Israel, e sua principal aspiração – a chegada do Messias – sempre esteve vinculada a união do povo na Terra de Israel.
No final do século XX, depois de 2.000 anos de perseguições, entre cruzadas, inquisição, pogroms, e outras manifestações antissemitas, grupos de judeus concluíram que o único lugar onde os judeus poderiam se autodeterminar como povo, sem serem vítimas de antissemitismo e excluídos da sociedade, seria na Terra de Israel, num Estado Judaico. Este grupo, representado ideologicamente por Theodor Herzl, criou um movimento político, o Sionismo, que previa o estabelecimento de um Estado Judeu na terra de Israel. Assim como todos os povos – principalmente europeus – estavam se organizando e criando os estados-nação que existem até hoje, também os judeus sentiram esta necessidade de autodeterminação.
O sionismo, portanto, é o movimento que transformou a aspiração religiosa de autodeterminação do povo judeu na Terra de Israel, com a chegada do Messias, num movimento político de criação de um Estado para que este povo pudesse se refugiar das perseguições antissemitas e se estabelecer em sua terra de origem, com sua cultura, sua religião, seu idioma e suas tradições.
Ser contra o Sionismo, significa ser contra a aspiração e o direito do povo judeu de se autodeterminar na Terra de Israel, que é parte intrínseca da religião e da cultura judaica. Ser contra o Sionismo, significa ser contra aquilo que o Judaísmo tem como fundamento básico de sua fé e cultura. Ser contra o Sionismo é, portanto, ser contra o Judaísmo. Ser contra o Judaísmo é ser antissemita e não aceitar a religião judaica e o povo judeu do jeito que eles são.
Ser sionista é consequência natural do ser judeu. Querer voltar e reconstruir Jerusalém, na Terra de Israel, é a expressão mais profunda do Judaísmo. Ser contra isso, sim, é ser antissemita.
via WebJudaica
http://blog.webjudaica.com.br/2014/07/antissionismo-antissemitismo-...
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