O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
Lia - como sempre faço - comentários de judeus residentes em Sderot e arredores, nos quais tentavam explicar que o grande problema dos ataques de kassamim de Hamas não é o risco de vida, pois ele é realmente insignificante, mas o estado de tensão em que vivem 24 horas por dia nos últimos 8 anos uns 50.000 habitantes dessa zona do Estado de Israel, quando uns 12.000 foguetes impactaram nas casas e nos campos dessas famílias, tendo matado a um punhado de inocentes que o único que queriam era viver em paz..
Fiquei - como sempre fico - realmente sensibilizado com essa situação, e emocionalmente me senti muito próximo a todos eles, pois não conheço pior sofrimento do que ser vítima passiva de um conflito..
Depois - como é o meu hábito - imaginei o que estaria havendo do outro lado dessa moeda, e vi a mais de 3.000.000 de palestinos vivendo num gueto há 47 anos, sendo vilipendiados, torturados, roubados, saqueados, bloqueados, tendo seus olivais podados, suas casas ocupadas e/ou demolidas; seus milhares de mortos inocentes cujo único crime era o de morarem vizinhos de alguém que Israel considerava terrorista e cuja casa foi bombardeada quando os filhos e a esposa estavam dentro.
Sim, imaginei o que seja viver 24 horas por dia durante 47 anos com alguém prepotente e arrogante dispondo da vida e da morte; da água; do direito de ir ao hospital, de sair de casa.
Imaginei o povo de Gaza sendo manipulado por Hamás por um lado e castigado por Israel com um bloqueio intolerável de alimentos, de material de construção, de bens de primeira necessidade, pelo outro.
Bom, parei por aí. E o pior é que se eu tentasse explicar aos judeus de Sderot o que escrevi aqui, no mínimo seria acusado de traidor ou de agente do terrorismo.
O mesmo ocorreria se tratasse de contar o que penso à maioria dos judeus brasileiros, pois estão intoxicados por uma propaganda que propositalmente confunde governo de Israel com Estado de Israel.
Um Herman Glanz que nega a existência do povo palestino e que demoniza, insulta, difama, a qualquer grupo ideológico que esteja à esquerda do seu Herut.
Imprensa comunitária que se alimenta dos boletins feitos numa salinha de Tel Aviv e traduzidos a dezenas de idiomas, e que os Osias Wurman se encarregam de distribuir.
Imprensa comunitária unilateral e facciosa. Publica notícias que incendeiam o ódio dos judeus, e no dia seguinte, quando o próprio governo israelense se sente obrigado a desmentí-las, essa imprensa omite esse desmentido.
Enfim, Me dói o sofrimento do pessoal de Sderot e arredores. E me dói a dor do povo palestino.
E ambas são produto de uma ideologia militarista que domina a política israelense, misturada com um messianismo doentio que faz que os vândalos que cometem atropelos nos territórios ocupados, tenham a desvergonha de dizer que o fazem em nome do deus dos judeus, o que é uma deslavada mentira.
Bruno Kampel
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Oi Bruno, parabéns pelas colocações coerentes e me permita curtir o prazer de saber q. neste nosso espaço ao menos há lugar para q. possamos nos manifestar sem q. previamente sejamos rotulados e até mesmo agredidis em nossas verdades e visões da questão.
Ab,
Elias
Salve Bruno !
Pertinentes seus comentarios.O que nasceu primeiro : O OVO OU A GALINHA ? A CAUSA OU O EFEITO ?Enquanto a maioria de nos,"Terráqueos", não puder enxergar acima desta indentificação ,será dificil sair desta enrascada.Mas temos que manter ativa a corrente ,para quem sabe ,contagiar outros, aos poucos....
Shimon
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