O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
Pessach,Judaismo Humanista, messianismo: nossos “ismos” e os “ismos” dos demais
Ao enviar o convite para o nosso Seder de Pessach no próximo dia 06/04 para pessoas de minha listagem, obtive de um antigo companheiro de diretoria da gloriosa Organização Sionista Unificada do RJ , a “Unificada” – caramba! parece um tempo tão distante, não pelo cronológico, mas por ser algo de um “outro tempo” ( outra vida?) de minha história pessoal e também da judaica no Brasil e no mundo- recebí uma resposta-pergunta, bem ao estilo judaico, e pude perceber no velho chaver, uma certa ironia(?), conseqüência na minha opinião, de saudosismo pessoal, ou o que é pior, apego ao passado, estagnação(?)
Fiquei feliz por mim e por todos aqueles que juntos chegamos até aqui, e triste por ele, que aparentemente, não logrou como, muitos( a maioria?), ao menos até o momento, sair do seu Mitzraim(Egito)- da sua estreiteza e chegar, como muitos de nós que estamos na luta pela travessia( Pessach) verdadeira, que nos levará certamente a vislumbrar a Terra da Promissão.
Os convido a ler o que se segue, para que melhor compreendam do que falo.
Espero vocês no nosso seder.
Em 31 de março de 2010 11:33, <elmaleh@terra.com.br> escreveu:
Caro chaver, gostaríamos imensamente de contar com sua presença em nosso aconchegante Seder de Pssach
Pessach Sameach
Elias Salgado - Comunidade do Judaísmo Humanista/CCMA
SEDER DO JUDAÍSMO HUMANISTA
" Com muitas águas e mais de setenta línguas o Beit Midrash do Judaímo Humanista promove o Seder de Pessach.
Venha praticar uma vez mais a noite de sair do Egito.”
Terça-feira, 06 de abril às 19:00h., na sede do CCMA/Shomer – Rua das Palmeiras,54 – Botafogo
Contribuição: beliscos de massa de matzá(salgados ou doces) e/ou 1kg. de alimento não perecível
“Sair do Egito estreito do pensar repetitivo envolve sempre um esforço e um desejo de apostar em novos caminhos dentro do judaísmo.
TaMaR é o nome de uma árvore considerada sagrada na antiguidade, a Tamareira. Os gregos pensavam que a FÊNIX fazia o seu ninho em suas ramagens. TaMaR foi lido na Cabalá como se fosse um acróstico: T-Tmurat,encontro, M,maim, águas,R.Rabim,muitos. .Ou seja, TaMaR, o encontro de muitas águas nos convida a pensar na frase recitada ao longo das preces,Tzadik Ketamar Ifrach,o justo florescerá como uma tamareira, nos faz pensar que é no encontro de muitas águas diferentes que o Tzadik, o Justo, se constrói num renascer permanente como uma Fênix acolhida pela tamareira.
Nada mais novo do que ir às raízes e encontrar as águas múltiplas que nos alimentem o sentir o saber e o desejo de permanecer abertos para todos aqueles que em sua diversidade se aproximam e buscam compartilhar conosco esta noite e muitas outras. Vamos agir então?” Paulo Blank
Realização:
Comunidade do Judaísmo Humanista - RJ.
Apoio: CCMA
On Qua 31/03/10 17:31 , Herman Glanz hglanz01@gmail.com sent:
Chaver Elias
Pelo que me consta, o Judaísmo Humanista é messiânico. Estou certo? Ou se trata de algo novo, diferente?
Querido chaver Herman,
começaria sendo bem sincero e lembrando a passagem de l Kohelet (Eclisiastes) " Não há nada de novo..." mas tb., dependendo de como se possa analisar Kohelet, corre-se o risco de pensá-lo determinista...Talvez até haja muito de determinismo na natureza humana, é bem verdade...
Quanto ao messianismo, tb. na linha do humanismo judaico, por nós proposta ( e q. por princípio não é definitiva nem totalmente fechada...), há um 'q' de messianismo, como houveram e ainda há em outras correntes históricas do judaismo - um messianismo do homem para o homem, tendo este homem papel preponderante na redenção - na sua e na do "outro", além de que o homem é , ao meu entender, sujeito e objeto da redenção - a sua e a de todos.
E finalmente, se haveria algo de novo, diferente, eu diria q. sim: a mesma coragem q. tivemos como povo em diversos momentos cruciais de nossa história, e q. ao nosso entender, parece esquecida, quase q. perdida, caso não façamos algo de novo...caso não façamos algo que ao reinventar tal coragem, possa se sobrepor ao marasmo existente, por um lado, e a estagnação, de outro e por cima e por baixo um radicalismo(fundamentalismo?) q. nos aprisiona, nos sufoca e nos impede de ir adiante, ao contrário nos aliena e nos levará a um beco sem saída ( o fim?).
Bem, caro chaver, agora vc. é q. deverá concluir por sí, se há algo de novo nisso, ou se haver ou não é o mais importante...
Pessach Sameach
Elias Salgado
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Que o Eterno nos abençoe com pareceres como esse sempre que perguntas-respostas de caráter discriminatório nos for apresentada por quem quer que seja, pois, foram os "passos em direção a Deus" de nossos ancestrais que delineou o "molde judaico" que hoje vislumbramos nos adecuar, mas nossos ancestrais não inventaram de forma completamente harbitrária esse Judaísmo que hoje estudamos (seus detalhes litúrgicos), antes, eles acabaram por dar à Luz um "novo Judaísmo" (pelos era novo naquele tempo - era Talmudica) tentando assim como nós, se encuadrar no Judaísmo proposto pela História de seus ancestrais! Tal fenômeno não é novo nem alheio à conciência judaica coletiva, pois, mesmo os que se sentem de todo aceitos pelos judeus do mundo todo como completamente judeus, ainda assim, buscam se encuadrar no judaísmo a eles proposto pela mídia judaica e por isso acabam por criar também "mais uma forma de judaísmo". Dessa forma, entendo que; a nossa forma de lêr o Judaísmo pode até ser nova, porém, o fenômeno judaico que ocorre em nós, não só é antigo como típico da natureza adaptável do Povo Judeu, e esse mesmo fenômeno se manifestou pela primeira vez, quando Moshé se posicionou diante do Faraó, e os filhos de Israel que por quatrocentos anos eram escravos do Egito, pela primeira vez, puderam olhar uns para os outros e se entenderem como; os filhos de Israel, os encarnados Filhos de Deus, naquele tempo, aquilo também era novo! E a história mostrou que eles encontraram a Verdade!
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