JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

14 de Iyar – Data de falecimento de Rabi Meir Ba’al Haness Hoje, dia 14 de Iyar, é a data de falecimento de Rabi Meir Ba´al Haness – o Mestre dos Milagres. Rabi Meir foi aluno de Rabi Akiva e, como seu mestre, se tornou um dos pilares do judaísmo. Rabi Meir é chamado de Mestre dos Milagres, pois sua alma intercede perante D’us em favor daqueles que contribuem para o sustento de judeus pobres em Israel.

 

Os judeus de todas as partes do mundo, especialmente em momentos de desespero, voltam-se ao Rabi Meir em busca de salvação. Alguns podem nem saber exatamente quem ele foi, onde viveu ou mesmo onde ensinou. Mas sabem que ele é o Grande Rabi Meir, Ba'al Ha-Ness, O Mestre dos Milagres - e que é um poderoso defensor a interceder pelas causas dos homens perante a Corte Celestial.

O Talmud conta a passagem de como Rabi Meir adquiriu esse título e a reputação de operar milagres. Sua mulher, Berúria, tinha uma irmã que, como punição por ser filha de um grande sábio em Torá, foi condenada pelos romanos a ser encerrada em uma casa de prostituição, na Antioquia. Berúria implorou ao marido, Meir, que intercedesse em favor da irmã. Acendendo ao pedido, o grande sábio empreendeu viagem até a casa de maus costumes, oferecendo ao guarda uma medida de ouro para libertar sua cunhada. Disse ao guarda que guardasse para si a metade do ouro, usando o restante para subornar quem quer que se apercebesse da soltura da prisioneira judia. Mas o guarda recusou, dizendo a Rabi Meir que o dinheiro acabaria sendo gasto e ele não teria como aliciar guarda romano algum. O grande sábio assegurou-lhe que não tinha o que temer. Se, em algum momento, se visse em perigo, bastava invocar "Ó D'us de Meir, atende-me!", e seria salvo. Mas não conseguiu convencê-lo. Para comprovar o que dizia, Rabi Meir começou a provocar os cães ferozes que rondavam o bordel. Quando os violentos animais arremeteram contra ele, para destroçá-lo, o sábio exclamou - "Ó D'us de Meir, atende-me!" - e os cães, de imediato, deixaram-no em paz. O guarda, percebendo que podia confiar naquele operador de milagres, aceitou o suborno.

Mas a história não terminou aí. Conforme instruído, o guarda aliciou os superiores, mas, como previra, o dinheiro acabou. A notícia da soltura da moça judia se tornou pública e ele foi condenado à morte. Quando estava para ser enforcado, suplicou: "Ó D'us de Meir, atende-me!", e, milagrosamente, a execução não se consumou pois a corda se rompeu. Os romanos, atônitos, perguntaram-lhe que encantamento era aquele que, após tê-lo pronunciado, conseguira salvá-lo. Ele, então, contou-lhes sobre o tal judeu, operador de milagres. Roma, a seguir, lançou uma caçada maciça em todo o território de Israel para capturar Rabi Meir. Mas o Ba'al Haness os despistou e conseguiu fugir para a Babilônia. Há uma história que conta que ele teria fugido das garras malignas de Roma através de outro milagreiro, conhecido por salvar os judeus da aflição - Eliyahu Ha-Navi, o profeta Eliahu. Desde então - e lá se vão quase dois milênios desde sua morte física - Rabi Meir tem sido invocado vezes sem fim para socorrer os que por ele clamam. Sempre que um judeu se encontra num aperto, recomenda-se que faça uma doação a uma das instituições de caridade em Israel que levam o nome de Rabi Meir Ba'al Ha-Ness. Isto feito, deve clamar "Eloka d'Meir, Aneni" - e pode contar que o Mestre dos Milagres há de interceder perante D'us, rogando ao Todo-Poderoso que o alivie de seu sofrimento.

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