JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

Yehoshua (Josué) 1355-1245 AEC

Yehoshua nasceu como Oséias ben Nun (filho de Nun), no Egito, no ano 2406 desde a criação (1355 aec).

A palavra "Nun" em aramaico significa "peixe". Assim como o peixe nunca abandona a água, assim Yehoshua nunca deixou a Casa de Estudos, mantendo-se imerso nas águas da Torá. Nosso Patriarca, Yaacov, já sabia com espírito de profecia que Yehoshua, "o peixe," descendente de Efrayim, lideraria os judeus à Terra Santa. Deu a seus netos Menashê e Efrayim a seguinte bênção: "Que se multipliquem na Terra como os peixes [na água]."

Da mesma forma como Moshê, Yehoshua foi escondido no Nilo após o nascimento para escapar do decreto do faraó de que todos os meninos judeus recém-nascidos deveriam ser afogados no rio. Durante quarenta anos, ele foi discípulo fiel de Moshê “não se afastavada da tenda [de seu mestre]" (Êxodus 33:11, Josué representa, portanto, o traço de devoção e compromisso - um dos cinco pré-requisitos preliminares para a aquisição da sabedoria da Torá).

Em 1312, ele foi um dos doze espiões enviados por Moshê para observar a terra de Canaã, em preparação para a sua conquista pelos Filhos de Israel; foi nesta ocasião que Moshê acrescentou a letra yud ao seu nome alterando-o para "Joshua" ( "D’us vai salvar") como uma oração e capacitação que "D’us te salvará do plano dos espiões".

Todos sabiam, através da profecia anunciada por Eldad que, após o falecimento de Moshê, Yehoshua o sucederia. Moshê pensou que Yehoshua pudesse juntar-se aos espiões por causa de sua grande modéstia. Uma vez que fora decretado que Moshê faleceria antes de entrar na Terra, Yehoshua poderia aquiescer ao plano deles a fim de prolongar a vida de Moshê, adiando, assim, o momento em que ele próprio assumiria o manto da liderança.

A troca do nome para Yehoshua denota que, mesmo antes da missão começar, Moshê suspeitava que não terminaria bem. No entanto, permitiu que os espiões partissem, pois era o desejo do povo e D'us não nega ao povo o direito ao livre-arbítrio.

Josué ao lado de Calêv foram os dois únicos espiões que trouxeram um relatório positivo e encorajador sobre a Terra Prometida, e tentaram neutralizar os esforços dos outros dez espiões para dissuadir as pessoas de entrarem na terra.

D'us consolou Moshê ao colocar Yehoshua como seu sucessor: "Muito embora seus filhos não se tornarão líderes, Yehoshua honrará à sua família. Ele possui todas as qualidades para tornar-se um líder. Está imbuído de espírito de profecia, sabedoria, compreensão e temor a D'us. Não perderá a paciência se as pessoas discutirem com ele, mas sim as guiará gentilmente com sabedoria para que enxerguem a verdade.”

Na frente de Elazar e do San'hedrin (Tribunal Superior), Moshê pousou ambas as mãos sobre Yehoshua, e através disso a glória de Moshê foi transferida duplamente a Yehoshua:

1. Externamente - Da mesma forma que a face de Moshê era iluminada pelos Raios da Glória da Shechiná (Divindade), a face de Yehoshua começou a brilhar com os raios da Shechiná. O brilho de Yehoshua, contudo, não podia ser comparado ao de Moshê; era apenas um reflexo, assim como o luar é meramente o reflexo dos raios brilhantes do sol.

2. O ato de Moshê fez com que parte de sua sabedoria e espírito de profecia passasse a Yehoshua. Também nesse aspecto, Yehoshua pôde receber apenas uma diminuta fração da grandeza de Moshê.

Apesar de D'us ter dito a Moshê que colocasse a mão direita sobre Yehoshua, ele generosamente pousou ambas as mãos sobre o aluno. Nomeou Yehoshua de boa vontade, com espírito alegre e elevado, não tendo rancor algum pelo fato de que nenhum de seus filhos ou sobrinhos fossem seus sucessores.

Após o falecimento de Moisés, em 1273, Josué foi o sucessor de seu mestre na liderança do povo de Israel. Atravessaram o Rio Jordão em 10 de Nissan daquele ano. Durante sete anos, Josué conduziu o povo na batalha, derrotando 31 reis e conquistando suas cidades e territórios, que compreendia a maior parte das terras do oeste do Jordão (Moshê havia conquistado as terras na margem oriental antes da sua morte). Sete anos mais tarde, Yehoshua supervisionou o processo de divisão da terra entre as 12 tribos de Israel e alocando uma parcela para cada família. Faleceu após a conclusão desta tarefa no dia 26 de Nissan, 2516 (1245 aeC), na idade de 110 anos.

Além de seu papel como líder e guerreiro, Yehoshua foi o segundo elo da cadeia de transmissão da Torá, recebendo-a de Moshê e passando para os "juízes" he lhe sucederam.

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