O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
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Deus sive Natura” *Baruch Espinosa (1632 - 1677) - Taitson A. L. dos Santos
Deus sive Natura” *Baruch Espinosa (1632 - 1677) - Taitson A. L. dos Santos
Senhores, me vejo muito pequeno para querer me comparar ao conhecimento de todos, porém, me permita colocar meu humilde pensamento a respeito do tema. Para mim, medir em uma mesma régua nosso ELOHIM e a NATUREZA, é realmente apequenar nosso "SANTO BENDITO SEJA", como poderíamos entender que aquele que tudo formou é ao mesmo tempo aquilo que foi formado???
Porventura, com tal pensamento, não estaríamos caindo no mesmo erro do panteísmo?
Boa tarde Prezado. Penso que a resposta a essa reflexão esteja na visão geral de como cada pessoa encara o termo natureza. Se por natureza penso ou me refiro a algo fracionado e limitado, estaria limitando o conceito de 'Criador', mas se a compreensão interior pensa na natureza como universo conhecido com o também o desconhecido e todo este como não podendo existir fora ou além da Causa Criadora, estando na mesma e consequentemente sendo manifestação da mesma em si mesma, neste caso ao falar de natureza na sua infinitude já me refiro também à Fonte que a mantém e da qual é impossóvel estar dissociada. O monoteísmo e o panteísmo são âgulos de visão assim como também o monismo, depende do enfoque de cada observador a abordagem. Spinosa definia tecnicamente a natureza dita como a substância infinita que contém atributos infinitos, bem parecido com o Ein Sof da cabalá e o conceito monista hindu bramâmico do Braman que após ter o papel específico de Criador ofuscado na Trindade indiana ganha projeção novamente em Ishvara, para muitas ordens o Deus Criador ou Controlador da Existência. Felizmente os místicos e pensadores judeus e israelitas também são ricos de difrentes contribuições perceptíveis nos personagens da Bíblia Hebraica, nas discussões - muitas - talmúdicas e zoháricas, além de várias obras esparsas da era medieval até o presente, as quais tenham sua escrita e autoria comprovada mediante escrutínio histórico e confrontadas com as evidências textuais e outras de cada época. No mais,me parece que as definições dos líderes dos movimentos em cada momento evolutivo da humanidade sempre se desafiam à auto reflexão.
EDSON ABU'CHAIM MARQUES FIGUEIRA disse:
Senhores, me vejo muito pequeno para querer me comparar ao conhecimento de todos, porém, me permita colocar meu humilde pensamento a respeito do tema. Para mim, medir em uma mesma régua nosso ELOHIM e a NATUREZA, é realmente apequenar nosso "SANTO BENDITO SEJA", como poderíamos entender que aquele que tudo formou é ao mesmo tempo aquilo que foi formado???
Porventura, com tal pensamento, não estaríamos caindo no mesmo erro do panteísmo?
Boa tarde, shalom. Excelente reflexão. E a 'harmonia com' em plenitude ou tetativa da mesma, penso, envolve a unidade por si mesma da Substãncia que todos atributos contém em si mesma, pois se houvesse algo fora ou além de si não seria Criadora Incriada e tampouco permitiria noções de um supremo Criador.
Sérgio Freitas de Oliveira disse:
Não haverá realização efetiva; um agir verdadeiro, sem estar em harmonia com Adonai !
Shabat Shalôm!
Suas colocações são claras e valiosas. Apenas é interessante recordar que Benedictus Spinoza já teve que lidar com estas e outras prremissas, justamente diante das escolhas da comunidade judaica dele e na época do mesmo, similar ao entendimento de judaísmo ortodoxo que menciiona. A escolha dele e também de outras pessoas de outras comunidades depois dele às vezes foi de não srem obrigadas a raciocinar Torá, Tanach, Talmud e Zohar em confronto com a consciência de cada uma. Não é preciso lembrar que o mundo judeu, mesmo tentando pensar só no parte rabanita, teve o maravilhoso privilégio de desenvolver também dentro do ritmo de evolução da consciência humana e para muitos judeus e não judeus, além de não cometer nenhum erro contra O Sagrado, Spinoza se tornou um legítimo e inigualável messias literário da consciência humana judaica e não judaica em expansão.
Hai Mendel disse:
Spinoza falhou feio em relação a Torá, pois contradiz as afirmações de Ibn Pakuda e de Rambam...onde ambos os sábios atestam que D-us sendo UM, conforme ensina o Shema Israel, não pode ser equiparado a sua criação (natureza). Aliás esse pensamento é idolatra e não faz parte da idéia judaica e quem defende tal teoria renega a Torá claramente.
Recomendo a leitura de Ibn Pakuda "Chovot Halevavot...Os Deveres do coração" ou do livro do Rambam "Sefer Moré HaneVuchim...Guia dos Perplexos" pelo menos o livro 1 (são 3 ao todo), pois é importante separar o judaismo ortodoxo real, do Avodá Zará que não faz parte de nosso pensamento.
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