O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
O que vocês acham sobre Caridade, é importante ao ser humano essa prática?
E se vocês acham que muitas das pessoas praticam para o bem do ego, e não porque está de fato fazendo o bem não importando a quem, ou se redimir de algo que fez no passado?
Enfim, gostaria de discutir com todos esse tema!
Abraço
Célia
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Oi Célia
Eu acho que discutir essa questão vai acabar requerendo encontros presenciais, vídeos etc, pois os foruns on line não vão dar conta. Me parece ser de enorme complexidade, e as pessoas mais credenciadas provavelmente sejam aquelas que mais praticam a caridade, especialmente as que envolvem impactos de grandes proporções.
De que tipos de caridade estamos falando? Há tantos... O conceito de tsedaká é tão amplo...
Mas, com toda a complexidade que tem o conceito, uma dica é o pensamento de Maimônides, que fez uma análise muito clara dos graus de generosidade. Li um pequeno livro que pode ser útil para a discussão:"A Escada de Rambam",
Acho que será legal divulgarmos essa discussão na nossa rede, e talvez usar esse livro como base para uma leitura coletiva. O que você acha?
E podemos atrair para cá pessoas das várias congregações e instituições que praticam a tsedaká de forma mais efetiva.
Acho que, por outro lado, temos que encarar como uma coisa que se presta muito a manipulações de grupos de poder e a estrelismos na mídia (recentemente houve uma discussão interessante sobre a exploração que alguns apresentadores de TV fizeram da tragédia na região serranda do RJ). E, se formos olhar um pouco mais longe, veremos que organizações terroristas como o Hamas e o Hizbollah têm força graças às suas ações assistenciais.
Eu me assusto mesmo com a complexidade do tema. Acho que você deu um primeiro pontapé, e abriu não apenas uma discussão, e sim uma frente para aprofundamento permanente através de seminários, debates, cursos etc. As formas de aprofundamento certamente serão bochichadas no nosso cabalat shabat em SP no dia 18/2.
Um grande abraço
Sérgio
Oi gente
Perambulando pela minha coleção de frases, por acaso, encontrei esta de Paulo Freire, que é muito pertinente a essa discussão.
Vamos ler esta frase e entender juntos os tantos aspectos que ela transmite? Coloquei em forma de poema só para poder transmitir o jeito como eu gostei de lê-la para mim:
"Eu sou um intelectualque não tem medo de ser amoroso,
eu amo as gentes
e amo o mundo.
E é porque amo as pessoas e amo o mundo,
que eu brigo para que a justiça social
se implante antes da caridade." (Paulo Freire)
Achei pertinente a essa discussão sobre caridade o conceito de "economia da reputação", que vem sendo muito discutido nos casos do software livre e da Wikipedia.
Transcrevo um trechinho deste artigo,onde vocês têm também alguns exemplos de sites que facilitam a troca e a doação. Vejam que interessante a diferença de tratamento dada à doação de informações, de favores e de dinheiro.
"Sociologists attribute the desire to contribute to such communities to a "reputation economy," in which people gain self-esteem and standing by giving away their time and opinion. Information is the thing people will share most readily, followed by time, followed by goods. Clay Shirky describes this with the following metaphor: If someone stops you on the street and asks you for directions, 9 times out of 10 you'll help them out. If they ask you to help them cross the street, you'll probably say yes. If they ask you for a dollar, you'll probably say no."
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