O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
O mestre da cerimónia deverá fazer uma Drasha (comentários) sobre temas e assuntos ligados à Havdala para a abertura.
Abaixo um exemplo de Drasha sobre os Essênios e sua relação com a ideia do conceito "Havdala":
Conta-se que o antigo grupo de hebreus, os Essênios, se considerava Bnei Haor "filhos da Luz" e vivia em comunidades retiradas de qualquer influência estranha aos seus valores judaicos; suas comunidades se chamavam Yachad - "juntos" – e eles eram um grupo muito especial em sua época, pois viviam num sistema comunal, em que havia grande solidariedade e ajuda mútua entre todos os membros. Era um grupo altamente espiritualizado, que procurava, através dos cinco elementos vitais da Natureza, a Luz, a Água, o Fogo, a Terra e o Ar, o segredo para se aproximar do Criador.
Um desses exemplos era a sua peculiar forma de receber e de comemorar o shabat, quando toda a comunidade se reunia para receber as primeiras luzes das estrelas; realizavam uma refeição especial e, depois, sob a luz de velas, passavam a noite se dedicando a estudar e discutir os mistérios da Torah. Pela manhã, ainda bem cedo, acordavam para receber os primeiros raios de luz desse novo dia e, ao entardecer, todos os membros da comunidade ‘BeYachad’ juntos se encontravam para observar o céu à procura das primeiras estrelas a fim de se despedir do Shabat.
Os Essênios, através da luz das estrelas, agradeciam ao Criador por esse dia sagrado, que separava as suas vidas entre o Espiritual e o Material. Os Essênios acreditavam que este especial momento de Havdala, entre a luz do dia e a luz da noite, poderia ajudá-los a entender o segredo da vida, aproximando-os do esplendor do Criador.
Agora, o mestre da cerimónia se dirige a todos para convidá-los a sair para um lugar aberto, se assim for possível, ou a olhar pela janela, ou, mesmo, a imaginar as primeiras estrelas que brilham no céu. E declara:
O fim do Shabat se aproxima; em sua partida, não podemos deixá-lo sair despercebido. Sua retirada também deverá ser anunciada por todos. Procuremos a luz das estrelas que estão brilhando no céu e agradeçamos a esse especial momento de podermos estar juntos, aqui, reunidos em comunidade, ao lado de nossas famílias, entre amigos que se confraternizam com esse especial momento que é a Havdala.
O mestre da cerimónia convida uma pessoa para fazer a Bracha (bênção) tradicional. Ele (a) ergue um cálice de vinho ou de qualquer suco de frutas e pronuncia:
Baruch, hamavdil ben côdesh lechol - (Bendito é Ele que separa o sagrado e o comum.) Amein
E todos repetem:
Baruch, hamavdil ben côdesh lechol ("Bendito é Ele que separa o sagrado e o comum.) Amein
O mestre da cerimónia convida outra pessoa para uma segunda Bracha (bênção) em português. Ele (a) ergue um cálice de vinho ou de qualquer suco de frutas e pronuncia:
Desejando a todos uma nova semana de paz, tranquilidade, saúde e sucesso na realização de nossos compromissos e obrigações, que tenhamos a sabedoria para saber separar no nosso dia-a-dia o que seja sagrado do profano. Ámen
O mestre da cerimónia convida alguém para acender as velas e fazer a Bracha Tradicional. As velas da bracha do fogo poderão ser trançadas ou juntando-se as chamas de duas velas.
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu, Mêlech haolam, borê meorê haesh. Amein
Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D'us, Rei do Universo, que cria as chamas do fogo. Amein
O mestre da cerimónia convida alguém a acender as velas e fazer a Bracha em português. As velas da bracha do fogo poderão ser trançadas ou juntando-se as chamas de duas velas.
Faremos uma bênção da Luz.
Luz tão importante em nossas vidas.
Que com Luz os nossos atos sejam iluminados.
Que com Luz realizemos atos de bondade e de calor humano.
Que com Luz possamos proporcionar esperanças a alguém.
O mestre da cerimónia pega o cálice com o vinho na mão esquerda e, na direita, segura a caixa que está cheia de fragrâncias, por exemplo: Lavanda, Rosa, Rosemary, Luiza, Menta, jasmim, canela etc., recitando a seguinte Bracha (bênção) tradicional:
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu, Mêlech haolam, borê minê bessamim. Amen
Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D'us, Rei do Universo, que cria diversos tipos de especiarias aromáticas. Ámen
O mestre da cerimónia convida um (a) jovem para ler uma Bracha (bênção) em português:
Nesta nova semana vamos procurar ter mais sensibilidade para observar e sentir os contrastes da natureza, como: a Luz, a Escuridão, a Água, o Fogo, a Terra e o Ar.
Nesta nova semana vamos procurar fazer o bem preservando e produzindo coisas para o mundo, se afastando do ódio, da destruição, dos conflitos, das violências e das ganâncias.
Nesta nova semana vamos procurar ser mais justos com a Natureza, ser mais paciente com a família, mais pacífico com o outro, mais solidário com o diferente, mais tolerante no trabalho, mais carinhoso com a esposa com o marido e com os filhos.
Nesta nova semana vamos ser corajosos para rejeitar as opressões, e as guerras no mundo, exigir a Paz em Israel, defender que todos no Brasil tenham o direito à educação, à saúde, à liberdade e à dignidade humana.
Depois, o mestre da cerimónia realiza uma atividade na qual convida algumas crianças a decifrar as diversas fragrâncias com os olhos fechados, presenteando cada participante com um pequeno ramo de flor.
O mestre da cerimónia passa as especiarias para todos cheirarem e, cada um, no ato de cheirar, declara ao outro a seu lado "Shavua Tov".
O mestre da Cerimónia finaliza a Havdala com essas palavras:
Saudamos a todos os seres humanos que sejam capazes de distinguir entre justiça e miséria, entre paz e guerra, entre liberdade e autoritarismo, entre educação e ignorância, entre solidariedade e violência, entre esperança e conformismo, entre amor e ódio, entre sagrado e profano.
Desejamos a todos Shavua Tov!
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