JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

 

 
Comércio de Tel Aviv desafia advertências para fechar no shabat
Em uma sentença, o ministro recusou que continue a valer o atual status quo que rege em Tel Aviv, e em outras cidades do país, que permite que os comerciantes continuem a trabalhar da tarde de sexta-feira e durante todo o dia de sábado.
Sa’ar considerou que as atuais leis municipais, que de alguma maneira contradizem a legislação geral, “danificam de forma desproporcional o valor do Shabat como dia geral de descanso em Israel”.
Apesar disso, garantiu que faria algumas exceções em três lugares turísticos importantes da cidade litorânea, e em postos de gasolina.
O prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, considerou que a decisão do ministro do Interior colocava a cidade décadas atrás no tempo, e ameaçou ir ao Tribunal Supremo de Justiça para revisar o caso.
As principais cadeias de estabelecimentos que abrem durante a jornada sabática declararam que desafiariam as advertências e que adotariam ações legais para lutar contra a medida.
Comércio de Tel Aviv desafia advertências para fechar no shabatAs lojas fecham na maior parte das cidades de Israel porque a lei religiosa judia proíbe o trabalho no sábado, apesar de Tel Aviv ser conhecida por seu caráter cosmopolita, aberto e comercial, e calcula-se que mais de 300 estabelecimentos permanecem abertos no “shabat” na capital funcional de Israel, segundo o Ministério do Interior.
As principais lojas que abrem em Tel Aviv as sextas-feiras e sábados, desafiaram durante a jornada sabática as ameaças do ministro do Interior de Israel de não permitir que continuem abertas.
Assim, as principais cadeias de lojas 24 horas, às que se somaram boa parte dos quiosques e lojas no varejo continuaram trabalhando como de costume durante o fim de semana hebraico, e de acordo com a imprensa local, pelo menos 10% delas foram multadas por manter a atividade, considerada ilegal durante o “shabat”, o descanso sabático judaico.
O ministro do Interior, Gideon Sa’ar, advertiu no início da semana que não toleraria que os supermercados e lojas semelhantes abrissem durante o dia sagrado do judaísmo, o que provocou um áspero debate no país entre os setores liberais e seculares que consideram a medida uma coerção religiosa.
A prefeitura costuma fazer vista grossa, embora em algumas ocasiões os fiscais multem comerciantes com uma taxa de 750 shekels (R$ 485).
Este sistema, advertiram os comerciantes, dá uma vantagem competitiva às grandes cadeias, que costumam amortizar rapidamente o custo das multas.
O Supremo israelense opinou que este procedimento não garante o cumprimento da lei de forma adequada, e que se os empresários desejam abrir sábado deveriam fazê-lo através de uma legislação explícita e não contando com a “conivência” municipal.
Tel Aviv é considerada por israelenses como um bastião da cultura secular no país, em contraposição com cidades como Jerusalém.
Vários funcionaram do setor participaram de uma campanha contra o fechamento sabático, medida que foi qualificada pelo próprio ministro das Finanças, Yair Lapid, como “um erro”.
E os empresários se queixam de serem impedidos de vender enquanto cafeterias e restaurantes podem operar livremente.
A imprensa israelense sugeriu que a decisão de Sa’ar poderia ter a ver com sua intenção de ganhar a simpatia da comunidade ultra-ortodoxa judaica, que tem peso na política israelense, de olho em uma eventual proposta para suceder o atual primeiro-ministro, e chefe de seu partido, o conservador Likud, Benjamin Netanyahu.

Exibições: 19

© 2024   Criado por Jayme Fucs Bar.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço