JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

Volta e meia somos surpreendidos com uma decisão de algum órgão da ONU que não corresponde à realidade e desagrada algumas das forças nacionais que compõem o seu quadro.

Em muitas oportunidades, a Assembleia Geral da ONU se transforma num circo. Assim foi quando Yasser Arafat, na época, o mais temido terrorista do planeta, adentrou os tapetes vermelhos das Nações Unidas, munido em uma de suas mãos com um ramo de oliveira e na outra com um revolver. Ao invés de ter sido imediatamente preso, foi aplaudido de pé. Havia então uma enorme dependência mundial em relação aos petrodólares e, incentivados pelos países produtores “donos do pedaço”, todos seus clientes oriundos dos cinco continentes fizeram parte desta que foi considerada uma das grandes cenas circenses protagonizadas naquele teatro planetário.

A ONU também, em outra época, dois anos e meio em seguida ao pós Segunda Guerra Mundial, criou o Estado de Israel, numa de suas mais importantes, tensas e significativas reuniões. O que precisa ficar claro para quem tem qualquer interesse em política mundial é que a ONU é movida em suas decisões por interesses políticos. Os soldados das forças de paz da ONU não estão sequer conscientes de sua situação. São mandados por seus países para observarem a situação a qual estão atreladas terras de diversos conflitos ao redor do planeta e, ao indício de qualquer perigo maior, não têm a menor condição de se defender e, às vezes, até saem correndo, deixando capacetes, armamentos leves e vestimentas militares.

Este tal exército de capacete azul não está preparado para enfrentar conflitos.

Voltando no tempo, vale citar o episódio ocorrido em 1967 no qual Gamal Abdel Nasser, o presidente ditador do Egito, que já havia expulsado de seu país os judeus com origem familiar anglo-francesa, solicitou aos soldados da força de paz da ONU, estacionados no Canal de Suez, que saíssem da zona em virtude do ataque que iria ser perpetrado contra Israel. A ONU retirou seus soldados.

Bem, Israel acaba de salvar os soldados da ONU ameaçados pelas forças do Califado Islâmico representadas pelo Isis, no sul da Síria.
Esta notícia não foi divulgada. Aí está a verdadeira vergonha da desproporcionalidade. A mídia noticia o que seus editores querem, da maneira que querem, quando querem. Também omite temas e fatos, na mesma proporção.

É capaz de publicar fotos de uma guerra com legendas, indicando locais diversos e outras guerras. É passível de condenar e linchar com base em mentiras, desde que o tema esteja de acordo com a ideologia do editor, da diretoria e, até do repórter, quando o controle é frouxo onde o mesmo faz seu ponto. Enfim, democratas do meu Brasil, judeus e não judeus, não adianta. Na verdade, quem quiser estar bem informado tem que correr atrás da notícia, checando e confrontando várias fontes para chegar a uma conclusão que passe perto, o mais perto possível do fato.

Israel quando salva palestinos em seus hospitais, soldados da ONU com risco para os seus próprios soldados ou quando abre suas fronteiras para oferecer postos de trabalho aos muitos palestinos dignos e decentes que querem trabalhar, para certa parte do mundo, não faz mais do que sua obrigação. Por outro lado, quando reage a seus agressores é condenado. A palavra libelo é sempre a mesma: DESPROPORCIONALIDADE. Ora, o que é proporcionalidade quando se trata de duas nações que trocam um soldado sequestrado por 1.200 presos? Aí está a proporcionalidade.

Quem deu o número para fechar esta conta foi o Hamas, que não deve reclamar. A conta pode ser mudada, basta que os atuais terroristas façam como fez Arafat. Joguem fora os revólveres e topem sentar à mesa de negociações.

Ronaldo Gomlevsky é Editor Geral da Revista MENORAH

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