O Hamas e as execuções públicas via Cembri

[Jayme Fucs Bar]

A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional pediu que o Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) suspenda as execuções de prisioneiros prevista para depois da festa religiosa islâmica Eid al-Fitr. O pedido da Anistia fez menção às declarações do Procurador-Geral do Hamas, Ismail Jaber, que na semana passada disse que a organização planejava fazer da execução de determinados criminosos uma “lição pública”.

“Este e outros anúncios são profundamente perturbadores”, disse Philip Luther, diretor do Programa Oriente Médio e Norte da África da Anistia. “Reconhecemos o direito e a responsabilidade dos governos em fazer justiça aos acusados de crimes, mas a pena de morte é cruel e desumana e não há evidências que ela reduza a criminalidade mais efetivamente do que outros tipos de punições”, disse Luther.

De acordo com a Anistia, vários dos criminosos que serão executados confessaram seus supostos delitos sob extrema coação. Philip Luther também criticou o sistema de execuções públicas, classificando-o de “degradante” e dizendo que ele “agrava a crueldade da pena de morte”. O Hamas é um grupo fundamentalista islâmico que combate Israel com métodos terroristas e domina a Faixa de Gaza desde 2006.