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Onda de distúrbios na Palestina chega ao 4º dia consecutivo

A onda de distúrbios registrada na Palestina, que foi desencadeada nesta semana após a morte de um preso palestino em Israel e de outros dois jovens palestinos, chegou ao seu quarto dia consecutivo nesta sexta-feira com confrontos registrados em diversas regiões da Cisjordânia.
"Aumentamos a segurança em Jerusalém e mobilizamos centenas de policiais para adotar medidas de segurança dentro e fora da Cidade Antiga. Nossa intenção é evitar e prevenir esses confrontos", afirmou à agência EFE Miki Rosenfeld, porta-voz da Polícia israelense.
Apesar dos incidentes registrados hoje, a calmaria parecia ter reinado em Jerusalém, onde só as mulheres e os homens acima de 50 anos estavam liberados para rezar na Esplanada das Mesquitas.
Em diferentes pontos da Cisjordânia, no entanto, diversos distúrbios foram registrados, embora tenham sido menores que o esperado e não muito maiores dos que os habituais incidentes registrados durantes as sextas-feiras, dia de descanso para os muçulmanos.
Os confrontos mais violentos ocorreram na cidade de Jaljul (adjacente a Hebron, no sul da Cisjordânia), onde aproximadamente 150 jovens lançaram pedras e coquetéis molotov contra um posto de controle militar israelense, segundo um porta-voz do Exército.
Na cidade de Nabi Saleh, no norte da Cisjordânia, umas 70 pessoas se manifestaram e atiraram pedras contra soldados israelenses, enquanto confrontos semelhantes também foram registrados nas cidades de Kalandia, próximo a Ramala, e de Bilín.

Palestino atira pedra na direção de tropas israelenses durante protesto em Kfar Qaddum Foto: AFP
Palestino atira pedra na direção de tropas israelenses durante protesto em Kfar QaddumFoto: AFP
A onda de distúrbios foi desencadeada após a morte do preso palestino Maysara Abu Hamdiye, registrada na última terça-feira por causa de um câncer no esôfago, a qual os palestinos acusam Israel de não ter oferecido o tratamento médico adequado.
A divulgação da morte de Hamdiye provocou uma onda de protestos e ataques contra postos de controle militares israelenses, sendo que um desses resultou na morte de dois jovens, Naji Bilbesi e Amre Nasar, de 17 e 18 anos respectivamente, por disparos de soldados israelenses que supostamente foram atacados por coquetéis molotov.
Segundo o jornal Ha'aretz, os militares dispararam contra os jovens com balas de metal recobertas de borracha e com munição real em um deles, Bilbesi, que morreu com um tiro nas costas. O Exército israelense, por sua vez, investiga se os soldados cumpriram as normas antes de abrir fogo, permitido somente em casos de risco de vida.
Ontem, os três mortos foram enterrados. O funeral de Hamdiye, em Hebron, foi acompanhado por milhares de pessoas de todas as facções palestinas e recebeu as máximas honras, enquanto os dois outros jovens foram enterrados em Anabta, cidade próxima a Tulkarem. Ambas as cerimônias, especialmente a de Anabta, estiveram marcadas pela presença das forças de segurança palestinas, que se deslocaram para impedir que novos distúrbios ocorressem.
A presença de autoridades palestinas, no entanto, não impediu a realização de novos protestos, com lançamento de pedras e de coquetéis molotov no centro de Hebron, no bairro de Bab Al Zawiya e em outras zonas do sul da Cisjordânia, especialmente nos campos de refugiados de Al Arrub e Al Fawar, assim como nas localidades de Iata e Jaljul.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, acusou Israel de fazer "uso excessivo da força" e assegurou que a política do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, "destruirá os esforços para renovar o processo de paz", informou hoje o jornal israelense Maariv.
O aumento de tensão na região ocorre dias antes da chegada do secretário de Estado americano, John Kerry, que desembarcará neste sábado para tentar retomar as negociações de paz entre israelenses e palestinos.
Segundo o jornal Maariv, Abbas estaria disposto a suspender temporariamente toda solicitação de acesso às agências da ONU e, por enquanto, não levar Israel ao Tribunal Internacional de Haia, a fim de dar uma possibilidade ao reinício do diálogo, estagnado desde setembro de 2010.

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