JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

Diário de Guerra 23 Free- Free Curdistão! Jayme Fucs Bar

Diário de Guerra 23 Free- Free Curdistão! Jayme Fucs Bar
O que aconteceu nessa guerra entre Israel e o Hamas – Estado Islâmico não foi descobrir que o fundamentalismo islâmico tem em sua plataforma a destruição do Estado de Israel. Para quem vive aqui, isso não é nenhuma novidade. O que essa guerra mostrou foi a verdadeira cara de muita gente nesse mundo. Foi o ódio à Israel e o povo judeu, quando muitos propõem, de forma muito clara, o fim da existência de Israel!
Não tem uma outra palavra para definir isso a não ser ANTISSEMITISMO!
Como pode um país tão pequeno e um povo que tem cerca de 15 milhões de pessoas em todo mundo, conseguir unificar pela mesma causa os fundamentalistas islâmicos, as esquerdas radicais, os partidos e organizações nazifascistas, o movimento LGBTQIA+, o movimento ecológico, o movimento feminista etc.? Todos levantando a bandeira do Antissemitismo e manifestando, numa mesma causa, o ódio a Israel e ao povo judeu.
Essa guerra possibilitou a essa massa de gente a garantia de poder se manifestar de forma livre, mostrando o que realmente sentem e pensam sobre Israel e os Judeus. Antissemitismo é uma doença social que existe dentro de muita gente, de certa forma até inconscientemente. Não é um fenômeno novo e sempre, em algum momento, ele se manifesta na história.
Muitas dessas pessoas vão dizer: "Que absurdo, eu não sou antissemita. Eu tenho até um amigo judeu.”
Como posso provar? Gostaria de comparar situações que têm o mesmo contexto que a luta por autodeterminação nacional. Vamos entender a desproporção dessa militância "Pró-Palestina" e “anti-Israel”. O exemplo que apresento a vocês é a luta pela autodeterminação do povo curdo.
De acordo com o World Factbook, a população curda é estimada em 35 milhões e está dividida da seguinte forma: 55% dos curdos no mundo vivem na Turquia, 20% no Irã, 20% no Iraque e cerca de 5% na Síria.
O povo curdo é um povo muito antigo. Ele vive há mais de 3 mil anos nessas regiões montanhosas. Apesar de ocuparem por séculos a mesma região, nunca tiveram um país e sempre foram oprimidos sob domínio político e militar de outros povos.
Na Turquia, onde vive a maioria do povo curdo, o seu idioma é proibido de ser usado. São perseguidos e descriminados como minoria nacional. Milhares de curdos estão presos por reivindicar os seus direitos nacionais. Por que não se escuta nas ruas que a Turquia é um país de Apartheid? Já com Israel....
A Turquia de um lado dá apoio incondicional à luta dos direitos nacionais do povo palestino, mas de outro os mesmos turcos ocupam, dominam e oprimem os direitos nacionais do povo curdo. E o mundo se cala sobre essa inaceitável situação. Não existe nenhuma ação do comitê de segurança da ONU sobre esse importante tema. Nem mesmo uma pequena manifestação nas ruas, gritos ou cartazes de grupos, organizações, ativistas de direitos humanos. Nenhum partido político gritando Free, Free, Curdistão! Turquia Estado Assassino! Curdistão do Mar Vermelho ao Mediterrâneo!
No Iraque, região onde conseguiram uma certa autonomia em 2005, aconteceu os verdadeiros combates contra o grande genocídio que foi realizado pelos aliados do Hamas - o ISIS "Estado Islâmico", que exterminaram milhares das minorias Yazidis, Cristãos e Curdos. Mas não vemos ninguém nas ruas gritando Free- Free Curdistão! Fim do genocídio!
Como explicar que o povo curdo, que tem cerca de 35 milhões de pessoas e que luta pelos seus direitos nacionais, foi esquecido pelo mundo e do outro lado os direitos nacionais do povo palestino é a principal e a maior preocupação de todos?
Entendam, eu sou a favor da criação de um estado palestino ao lado do Estado de Israel. Dois povos, dois países. Mas se formos comparar com a luta de autodeterminação do povo curdo, não existe coerência entre a "simpatia" pela luta dos palestinos com a desproporcional e inexistente simpatia da luta do povo curdo.
E a Pergunta é por quê?
Na verdade, já fiz essa pergunta a essas pessoas que lutam de forma obcecada pelos “palestinos" e ninguém conseguiu me dar uma resposta. Mas eu tenho.
Na verdade, ninguém se importa sobre os direitos nacionais do Povo Palestino e muito menos sobre o povo curdo e, inclusive, desconhece que ele existe.
O grande problema de muitos no mundo é o ódio aos Judeus e ao Estado de Israel. É algo que eles mesmo, muitas vezes, não conseguem explicar o que é a “Judeu fobia”. Para essas pessoas, ver como um pequeno povo milenar conseguiu, apesar de perseguições, pogroms, genocídios, Inquisição e Holocausto, se organizar e transformar esse pequeno território árido, sem recursos, em uma potência de grande desenvolvimento cultural, tecnológico, científico e econômica. Trouxeram, em tão pouco tempo, um exemplo inigualável no mundo. Isso leva as pessoas à loucura e ao delírio!
Na verdade, o que mais incomoda aos antissemitas é ver os Judeus “se darem bem". Criar em tão pouco tempo um exemplo de nação. Isso na verdade é que mais incomoda às pessoas e não a "criação de um estado palestino". E sim a existência dos Judeus e o seu Estado de Israel
Aqueles que gritam Palestina do rio ao mar falam exatamente o que acreditam. A sua prioridade não é o estado palestino, mas a destruição do Estado de Israel e do povo judeu!
Mas vão te dizer: "isso não é antissemitismo e sim antissionismo"
De fato, não existe uma camuflagem melhor nessas palavras. Falar que ser antissionista não é ser antissemita não procede. É impossível fugir disso. Quem nega o direito de o povo judeu ter, como todos os povos do mundo, o seu direito de autodeterminação nega o direito do povo judeu de existir. Por isso Antissionismo = Antissemitismo.
Escrevo a todos aqueles que realmente são a favor dos direitos de autodeterminação dos povos, em terem seus estados nacionais como: palestinos, judeus, tibetanos, ciganos, bascos, chechenos e, com certeza, nunca esquecer os curdos - esse grande povo sem uma nação! A cultura curda é rica em história e tradição!
Finalizo esse pequeno memorando, sob a luz da poetisa curda Latif Hamet, que testemunha a grande participação das mulheres curdas nas fileiras da tuta por sua libertação.
“Eu vou mãe.
Se não regressar,
serei flor desta montanha
torrão de terra
para um mundo
maior do que este
(…)
Eu vou mãe.
Se não regressar,
a minha alma será palavra
para todos os poetas.”

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