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Diário de Guerra 14 - A Metamorfose - Jayme Fucs Bar

Diário de Guerra 14 - A Metamorfose - Jayme Fucs Bar
Pela manhã, ao acordar, logo me deparo com a divulgação de uma manifestação pró-Palestina, com uma foto de duas crianças sentadas nos escombros de Gaza. Leio todo o texto e me chama atenção uma das palavras de ordem escritas ao final:
PALESTINA LIVRE DO RIO AO MAR!
Nada mais explícito e que comprova que têm os mesmos objetivos das forças terroristas do Hamas e do Estado Islâmico. Clamam pela destruição física do Estado de Israel.
Nem nos meus piores pesadelos, eu poderia imaginar que um vasto setor que se define como esquerda brasileira adotaria visões políticas nazifascistas, nem que chegaria a esse nível deplorável de manifestar sua verdadeira cara de ódio aos judeus e a velha doença do antissemitismo.
Tenho a sensação de que o mundo chegou ao fim.
Nunca pensei que usariam a bandeira vermelha, que é símbolo da luta das classes trabalhadoras unidas, associada aos valores do fundamentalismo islâmico e que conclamariam a destruição e a morte de um país soberano.
Pergunto se têm um plano para colocar isso em prática, ou seja, como irão exterminar os 10 milhões de habitantes de Israel, sendo que 7 milhões são judeus. INACREDITÁVEL! Estão propondo um novo holocausto.
A esquerda que deveria levantar a bandeira da paz, e não da violência, que deveria gritar por uma Palestina livre e soberana ao lado do Estado de Israel. Dois povos, dois países. Fazem o caminho contrário. Vocês envergonham as verdadeiras causas do movimento socialista e humanista.
Vocês não são de esquerda, nem socialistas.
Vocês são um câncer disfarçado de esquerda, mas suas práticas são nazifascistas.
Penso no livro A Metamorfose de Franz Kafka, no qual um homem se transforma em um odioso inseto. É decepcionante constatar que essa esquerda que apóia o extermínio de Israel se transformou em um enorme inseto que se afunda no lixo da História.

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Comentário de edgard alves feitosa em 6 novembro 2023 às 10:19

a chamada esquerda no Brasil, nunca foi e nunca será Democrata....apoia Venezuela...apoia Cuba...apoia Hams

apoia Irã...apoia Nicaragua....infelizmente nunca apoia país democrata....

Comentário de Konrad Yona Riggenmann em 4 novembro 2023 às 18:48

Respondi hoje para um esquerdista curitibano, amigo no facebook, o seguinte:                                                                                                                                                                                                                                                       

Estrela de Davi abrigando a Cruz nazista sangrada, que desenho maravilhoso, parabéns!
Então, vamos falar de cruz e nazismo? Meu irmão mais velho e minha irmã estudaram no mesmo colégio de Günzburg na Alemanha onde se formou o Joseph Mengele que durante os seus 21 meses em Auschwitz (de abril 1943 até janeiro 1945) acenou “quatrocentos mil almas, bebês, crianças pequenas, meninas jovens, mães, pais e avós para o lado esquerdo por um touque do bastão na sua mão em luva. No mesmo period, ele gerou o seu filho ao qual ele mais tarde escreveu do Brasil: “Eu pude sentir-me lisonjeado porque a tradição familiar válida por gerações foi continuada com o nome do pai de Cristo, Josef”. (Posner/Ware: Mengele. Die Jagd auf den Todesengel. Berlim 1993, p.2; Völklein, Ulrich: Josef Mengele – Der Arzt von Auschwitz. Göttingen 1999. p.136)
Falando de genocídios sangrentos, no seu livro “Caesar’s Messiah”, Joseph Atwill chama o extermínio de 1,1 milhão de judeus na cidade de Jerusalém sitiada pelos Romanos “o holocausto do ano 70”.
1026 anos mais tarde, o cruzado Godefroy de Bouillon jurou que ele iria “vingar o sangue de Cristo em Israel” nem “deixar um membro único da raça judaica vivo”. Os seguidores dele, (que já avançando para os muros de cidades da Renânia perguntaram se isso for Jerusalém enfim), falaram entre eles: ‘Olha, nós viajamos o caminho longo para visitar o sepulcro de Jesus e vingar-nos dos Ismaelitas [muçulmanos] e olha, aqui entre nós vivem os judeus cujos pais mataram e crucificaram o inocente! Por isso, deixem nós primeiro procurar vingança deles e extermina-los de todos os povos ...’.”
Acerca de 4000 judeus foram matados só na ida dos cruzados para Jerusalém. Tendo conquisto a cidade no dia 15 de julho de 1099, os cruzados arrastaram todos os judeus para dentro de uma das sinagogas locais e os queimaram vivos.
Na lista dos pogromes posteriores destacam-se:
1349 Estrasburgo, 2000 judeus queimados vivos;
1506 Lisboa, 1000 judeus e “marranos” (conversos) mortos;
1648 100.000 vítimas nos Khmelnytsky massacres na Polônia, terminando em 1657;
1905 2.500 judeus assassinados em Odessa, Moldavia;
1919 Proskurov (Ucrania), 1500-1700 mortos;
1941 Lviv, Polônia, milhares assassinados por milicianos ucranianos junto com SS alemã;
1939-45: o grande pogrom, com seis milhões mortos, entre eles 1,4 milhão de menores de idade.
1946 O (até 2023) último pogrom, em Kielce, Polonia, custou as vidas de apenas 42 judeus, mas é exemplo de inúmeros “pequenos” pogromes (por exemplo Norwich 1144, Trento 1475, Kishinev 1903) que originaram de boatos sobre assassinatos de meninos cristãos por judeus, particularmente na Semana Santa antes de Pascoa: Por motivo psicologicamente fácil a entender visto que o Menino Deus no presépio de Natal cada ano morre na cruz antes da Páscoa, por alegada culpa de qual povo?
2023: Merece o nome de pogrom também o ataque de colonos judeus à aldeia palestinense Huwara, com queima de casas e carros e a morte de um enfermeiro palestinense.
Enquanto até por volta de 1700 a maioria dos judeus vivia dentro da cultura islâmica, 99,8 por cento das vítimas judaicas de perseguição na época cristã-muçulmana morreram nos países europeus mais ricamente adornados com crucifixos, já que as prósperas comunidades judaicas na China e no Japão, como também os camponeses e artesãos dos Beni Israel na Índia têm “provocado nenhum ódio e vivenciado nenhuma perseguição” (Poliakov 2003, Vol.I, p.16) e também na cultura muçulmana os judeus viveram incomparavelmente mais seguros do que onde nenhuma criança escapa da vista de crucifixos.
É triste ver que o sionismo com seu “estado judaico”, resultado do ódio antissemita europeu, hoje produz ódio forte entre os muçulmanos.
Porém, é assustador ver como, depois do hamassacre de 7/10, a resposta de Israel produz, até entre intelectuais e esquerdistas brasileiros, uma onda menos de indignação justa do que alivio alegre de poder odiar os judeus de novo – usando a simbologia velha. Haleluia!
Pode ser um doodle

                   

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