JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

À comunidade judaica do Rio de Janeiro por Hashomer Hatzair Rio,

 
 Terça, 4 de dezembro de 2012 às 02:02 ·

Shalom,

Nós, do Movimento Juvenil Judaico Hashomer Hatzair, gostaríamos de expressar nossa opinião em relação aos acontecimentos do último domingo, 02/12/2012, no Festival de dança Hava Netze Bemachol realizado no clube Hebraica Rio. Para isso, cabe antes um breve relato dos acontecimentos.

O Hashomer Hatzair, como Movimento sionista e pacifista, levou para o Festival de Dança uma faixa com as bandeiras de Israel e da Palestina lado a lado e, logo abaixo, os dizeres “Dois Estados, dois povos” (vide imagem). No primeiro dia de Festival, sábado, nós a estendemos em frente a nossa torcida normalmente, sem maiores repercussões.

No domingo, entretanto, antes de colocarmos esta faixa novamente, um ativista de nosso Movimento foi ameaçado de agressão física no caso de continuarmos a exibi-la. Imediatamente procuramos a Diretoria do clube para explicar o ocorrido e nosso desejo em estendê-la. O clube pediu encarecidamente que não a colocássemos no ginásio (local onde acontece o festival), e nos propôs que a colocássemos no térreo sem problemas.

Respeitando as solicitações do clube, prendemos a faixa no térreo da Hebraica ao final do Festival. Permanecemos ao seu lado de forma pacífica, apenas com o intuito de expressarmos nossa visão perante a Comunidade Judaica. Naturalmente, algumas pessoas vieram até nós para manifestarem sua opinião sobre o tema, seja na forma de críticas, elogios ou sugestões.

Ao mesmo tempo, houve pessoas que se posicionaram contrárias a simples abertura da faixa, restringindo o direito de expormos nossa opinião. Ainda que tenha sido um caso isolado, um de nossos integrantes foi abordado de forma violenta caso continuássemos com a faixa estendida, atitude que consideramos inaceitável.

Pouco depois, a Diretoria do clube pediu para que retirássemos a faixa do local por conta da polêmica causada, apesar da permissão concedida anteriormente. A fim de evitar piores consequências, chegamos a um acordo e retiramos a nossa faixa.

Gostaríamos de esclarecer que o Hashomer Hatzair é totalmente contrário a atitudes agressivas de qualquer espécie, repudiando assim a forma como fomos tratados por alguns neste episódio.

Sabemos que o tema em questão é complexo e que há diversas visões sobre o assunto, porém entendemos que todas as partes têm o direito de manifestar sua opinião. Por isso continuamos abertos para conversar, discutir e dialogar. Esta pluralidade engrandece a discussão, sendo inerente à democracia pela qual prezamos.

O Hashomer Hatzair foi para Hebraica com uma mensagem de paz. Gritamos pela paz, dançamos sobre a paz e falamos de paz.

Nossa manifestação foi com o amor e a preocupação de um Movimento que participou ativamente da criação do Estado de Israel e atualmente almeja cada vez mais integridade em suas ações. Dessa forma, ratificamos nosso apoio à existência e fortalecimento do Estado de Israel como lar nacional para o povo judeu.

Diante dos recentes acontecimentos no Oriente médio - somados aos dos últimos 64 anos - é no caminho da paz que enxergamos a solução do conflito. É nesse sentido que educamos nossoschaverim. Uma paz entre os dois povos e alcançada através do diálogo.

“Tudo o que cultivarem não terá qualquer valor e seus campos voltarão a ser estéreis, caso não cultivem também a liberdade de pensamento e expressão, a generosidade de espírito e o amor pela humanidade.” Theodor Hertzl

Esperamos ter esclarecido nossos atos e posições referentes a esse tema. Somos agentes comunitários e almejamos uma comunidade cada vez mais forte e unida. Para isso, faz-se importante o diálogo e o respeito às opiniões de todos.

Obrigado,

Chazak Ve’ematz!

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Comentário de Sérgio Storch em 4 janeiro 2013 às 10:18

Que reconfortador saber deste fato!

Comentário de Ricardo Leão em 2 janeiro 2013 às 8:56
O cineasta Silvio Tendler defende o cartunista Latuff
Prezado Latuff:

Dia 19 de dezembro, fui depor na quinta delegacia a respeito de uma acusação mentirosa de constrangimento ilegal, por parte de um grupo de militares sediciosos. No dia seguinte, você veio a minha casa hipotecar solidariedade, me entrevistou e colocou no youtube.

Conversamos muito, inclusive sobre sionismo, semitismo, etc. Te desafiei a irmos juntos a Israel e Palestina. Você me disse que não conseguiria entrar e, se entrasse, não te deixariam sair. Duvidei. Você, infelizmente, tem razão.

Um centro criado para caçar criminosos nazistas, que perseguiram, mataram, deportaram, torturaram judeus durante a segunda guerra, agora é utilizado, de forma equivocada, para embaralhar sionismo com semitismo.

Te consideraram como o terceiro maior anti-semita da atualidade. Depois de você vem um clube inglês que, num bairro judeu de Londres, louva Hitler e as câmeras de gás; partidos efetivamente antisemitas na Grécia e na Ucrânia vem depois do nome de um cartunista que usa sua arte para defender suas ideias. Anti-sionista, sim; anti-semitas, não. Até porque, de descendência árabe, você também é semita e afinal somos todos igualmente circuncisos. Tuas charges não são mais anti-semitas que um artigo de Ury Avnery, Amira Haas ou de Gideon Levy, todos judeus, israelenses.

O moldavo Lieberman (até há pouco Ministro das relações exteriores do governo direitista de Israel) sim, é anti-semita com o comportamento racista que destila ódio entre árabes e judeus, habitantes ancestrais de uma terra onde ele vive há pouco mais de dez anos.



Tua charge com Bibi espremendo uma árabe para tirar votos dos eleitores israelenses reflete uma triste realidade.

Esse rabino que te colocou nessa lista não sabe do que está falando. Caminhemos junto rumo a um mundo laico e fraterno que congregue árabes e judeus num espaço de paz, progresso, respeito mútuo e fraternidade.

Solidariamente,

Silvio Tendler
Comentário de Ricardo Leão em 26 dezembro 2012 às 9:01
Os judeus que lutam por uma Palestina livre.
Em 1947, durante uma reunião realizada na Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a criação de um plano de partilha da Palestina entre judeus e árabes, o rabino Yosef Tzvi Dushinsku declarou a toda assembleia que o sionismo – movimento político ideológico criado no início do século passado que defende a existência de um Estado judaico – não representava os seguidores do judaísmo, portanto não concordavam com a criação de um Estado-nação para si.

Dushinsku, judeu de origem húngara, vivia na Palestina com sua família desde 1930 e foi considerado um dos mais proeminentes rabinos ortodoxos da região. Ele veio a falecer logo após a fundação do Estado de Israel, que ocorreu em 14 de maio de 1948.

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Pode haver paz na Palestina?

Lilian Milena

Movimento judeu criado na década de 1930, em Jerusalém, e hoje espalhado no mundo inteiro, contraria visão religiosa que teria determinado criação do Estado de Israel

Em 1947, durante uma reunião realizada na Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a criação de um plano de partilha da Palestina entre judeus e árabes, o rabino Yosef Tzvi Dushinsku declarou a toda assembleia que o sionismo – movimento político ideológico criado no início do século passado que defende a existência de um Estado judaico – não representava os seguidores do judaísmo, portanto não concordavam com a criação de um Estado-nação para si.

Dushinsku, judeu de origem húngara, vivia na Palestina com sua família desde 1930 e foi considerado um dos mais proeminentes rabinos ortodoxos da região. Ele veio a falecer logo após a fundação do Estado de Israel, que ocorreu em 14 de maio de 1948.

Desde a segunda semana de novembro os conflitos entre Israel e Palestina se intensificaram após um ataque surpresa do exército israelense que culminou na morte de Ezzedin al Qasam, um dos líderes militares do Hamas, partido que governa a Faixa de Gaza, um dos poucos territórios que sobraram para os palestinos, desde a criação do Estado de Israel.

Segundo informações da ONU, até a última quinta-feira (21), a ofensiva aérea de Israel contra a Faixa de Gaza tinha sido responsável pela morte de 140 pessoas, além de 950 feridos, na maioria civis. Já o número de mortes no lado israelense, atacado por foguetes lançados contra os judeus, somava 13.

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PROTESTOS

A ação do governo de Israel resultou em diversos protestos de judeus, de dentro do próprio país, contrários à ofensiva militar do Estado. Entretanto, chama a atenção da comunidade internacional o número de fotos e vídeos compartilhados nas redes sociais de judeus ortodoxos defendendo o fim do Estado de Israel. O vídeo mais famoso mostra o depoimento do jovem Dovid Weiss membro do grupo Neturei Karta (do aramaico “guardiões da cidade”), criado em 1937, a partir de um racha do grupo Agudas Yisroel, fundado em 1912, com o objetivo de combater o sionismo.

No vídeo Weiss cita frases impensáveis para quem sempre acreditou que o conflito histórico entre judeus e palestinos tivesse bases religiosas.

“Todos os rabinos que viveram no velho Estado de Jerusalém, antes de 1948, podem lhes dizer como viviam e coexistiam pacificamente com seus vizinhos árabes, como tomavam conta das crianças, uns dos outros, durante o Yann Kippur [mês considerado sagrado no calendário judeu]”.

Weiss denuncia também que judeus ortodoxos antissionistas que vivem em Israel sofrem constantemente repreensões ou espancamentos. Eles são chamados por judeus favoráveis a constituição do Estado na Palestina de “antissemitas”. Semita é um termo que, usualmente, refere-se aos judeus, apesar de designar os povos originários de uma mesma língua na região do Oriente Médio, e isso inclui hebreus (judeus) e árabes.

A organização Neturei Karta mantem um site (http://www.nkusa.org) onde tenta desmontar a imagem que o mundo tem da criação de Israel como Estado. Segundo a organização, a religião judaica vem sendo deturpada pelo sionismo. Numa carta entregue aos Palestinos da Faixa de Gaza, em julho de 2009, escrita pelo braço norte-americano do movimento, eles lamentam a existência do Estado de Israel.

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JUDEUS VERDADEIROS

“Os judeus verdadeiros são contra a desapropriação dos árabes de suas terras e casas. De acordo com a Torá [livro sagrado na religião judaica], a terra deve ser devolvida a vocês [Palestinos]”.

Essa linha religiosa dos Neturei Karta, que diz seguir rigorosamente os ensinamentos do judaísmo, aponta que hoje os judeus não tem direito de ocupar em massa a “Terra Santa”, localizada na Palestina. Isso decorre de uma crença religiosa que os impedem de ter domínio sobre qualquer território, mas que os orientam a viver pacificamente nos países onde tiverem que viver. A criação do Estado de Israel, descrita nos livros sagrados, na verdade, é retratada como um evento divino, e não tem nada a ver com o mundo material, de um Estado criado através das mãos humanas.

“[Os sionistas] têm usado a Torá para legitimar seu roubo, alegando que eles têm direito à terra, mandando para fora os palestinos, enquanto, na verdade, a Torá proíbe explicitamente isso. Ainda mais audazes alegam que [a Palestina] era uma terra sem povo para um povo sem terra. Deveriam parar de dizer isso, porque naqueles dias não existia a cobertura suficiente dos meios de comunicação imparciais, e contavam com o apoio das potências ocidentais”, destacam na carta aberta aos palestinos da Faixa de Gaza.

Segundo Weiss, o Estado de Israel cria inimigos, como o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, para justificar ataques e a criação de exércitos para proteger os judeus em Israel. “Mas nós não queremos inimigos. Sempre vivemos em paz com os muçulmanos”, completou.

Em setembro, uma delegação de rabinos anti-sionistas reuniu-se com o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, durante sua visita a Nova York.

Os judeus ortodoxos defendem o desaparecimento pacífico do Estado de Israel. No vídeo, Weiss pede desculpas aos muçulmanos e afirma que o único modo de repararem o dano de décadas de violência dos sionistas contra os árabes é a partir da criação de um Estado palestino. “Depois disso, haverá a paz e esses 50 anos não passarão de um pesadelo, uma miragem que nada tem a ver com a verdade”.

O movimento Neturei Karta é acusado de ser uma pequena seita extremista e ultra-ortodoxa pelos judeus sionistas, mas eles rebatem dizendo que são milhares espalhados em várias partes do mundo. Aliás, teriam sido dispersados justamente por lutarem pela libertação da Palestina. Só no bairro do Brooklyn, em Nova York, existem três sinagogas ligadas ao Neturei Karta.

O Brasilianas.org está a procura de uma comunidade Neturei Karta no Brasil. Pedimos ajuda aos leitores que puderem colaborar com mais informações sobre o assunto.

(Transcrito do site Pátria Latina
Comentário de roberto carvalho em 19 dezembro 2012 às 20:56

A guerra é religiosa tambem e com bastante contundencia. Não é tão somente disputa por território.S e voltarmos no tempo e tambem revermos as colocações expostas pelos árabes(palestinos), veremos que eles justificam seus pedidos sempre buscando dados históricos e religiosos para se declararem unicos donos de toda a extensão territorial. Eles falam do êxodo dos judeus de forma deturpada mas falam. Mas independente de qualquer posição , Israel existe, é real, forte e indestrutivel e isso mexe com este pessoal. O holocausto é exemplo de como os judeus sempre foram perseguidos mas muitos insistem em esquece-la mas, os judeus não a esquecerá. Os países não mulçumanos podem até criticar o holocausto, dar " apoio" politico aos judeus mas quem sente de fato , vivei e ainda vive com ela em seus corações são somente os judeus. Ninguem vai sentir e entender esse sofrimento da forma que ele se exterioriza a não ser os próprios judeus e é em nome de sua defesa, de sua honra e de ter o direito a vida é que Israel se defende , se arma pois conhece bem os inimigos que tem. Somente Israel e os judeus pode impedir um novo holocausto então meus caros amigos e irmãos pregadores da paz, acho até louvável suas atitudes mas, na prática a coisa não funciona dessa forma. Vamos voltar na história, nos atualizarmos baseados e fundamentando-nos em dados sérios e atuais de fato, para que possamos ser imparciais e darmos justificavas até para nós mesmos defensores de um estado único , soberano como o que ja existe. Viva Israel e que o eterno esteja a frente de nossas lutas em defesa de nosso povo e de nossas familias.  

Comentário de Antonio Rafae de Arruda Daltro em 18 dezembro 2012 às 10:26

 Negociar com o hamas! como negociar com um grupo que nega seu direito de existir , que tem como meta a expulsão ou destruição do povo JUDEU, sonho esse aliás antigo entre muitos árabes, tenho duas perguntas a fazer a aqueles que defendem um "estado palestino" 1- Quando existiu de fato um país chamado "palestina" com governo,capital? 2-por que durante a ocupação árabe na região não foi criado o tão propalado "estado palestino"?

Comentário de Ricardo Leão em 18 dezembro 2012 às 8:30
Transcrevo a título de contribuição ao debate, o artigo abaixo, extraído do site 'Carta Maior'.
Israel, Faixa de Gaza e o fanatismo.
Por Luciana Garcia de Oliveira.
O conflito Israel-Palestina, no que diz respeito à sua essência não é uma guerra religiosa, de cultura e tradições. É essencialmente uma disputa política por territórios. A crise no Oriente Médio e, mais atualmente à questão da Faixa de Gaza de modo algum diz respeito aos valores do islã, ao contrário, diz respeito tão somente à uma luta antiga entre fanatismo e pluralismo e entre fanatismo e tolerância, de acordo com as palavras do ativista Amós Oz.

O fanatismo, de acordo com o ensaio Contra o fanatismo, é mais antigo que o islã, cristianismo e judaísmo, mais do que qualquer Estado, governo ou sistema político, que qualquer ideologia ou fé no mundo (p.14). Colonos que queimam mesquitas, conforme foi registrado muito recentemente na região da Cisjordânia, ou desenham o símbolo da suástica nazista nas sinagogas, diferem da Al Qaeda apenas em escala.

O sentimento de fanatismo é frequentemente relacionado à um ambiente de desespero, humilhação e medo. E, diante do crescimento do fanatismo dentro da situação do conflito Israel-Palestina, somente os moderados poderão promover condições para a resolução de todos os atos de violência assistida na Faixa de Gaza e, em Israel. Ao contrário, será a desesperança que irá comandar as ações fanáticas. O conflito Israel-Palestina é um conflito internacional, o que em tese, poderia ser mais facilmente resolvido, porém, a presença de fanáticos em ambos os lados vem transformando o conflito territorial e político em uma guerra também religiosa.

Essa situação pode ser notada quando nos atentamos aos nomes das operações (nos dois lados), ambas possuem conotações religiosas. O nome dado por Israel à operação militar em atividade é Coluna de Nuvem, referente à um trecho da Bíblia. Por outro lado, a operação utilizada pelo grupo Hamas, consta de um trecho do Corão, Pedras do Céu. O que implica que as duas partes acreditam numa proteção divina.

Os confrontos, por sua vez, estão muito longe de serem simétricos. A região da Faixa de Gaza é conhecida como uma das regiões mais densamente povoadas do planeta, sem recursos naturais. A região sofre uma escassez crônica por falta de água e indústria. Sem recursos tecnológicos, a região não possui bunkers ou os chamados “espaços protegidos”, muito comum nas residências em Israel, sobretudo após a guerra do Golfo em 1991, quando uma lei em Israel determinou que todas as construções novas teriam um espaço em cada residência, com paredes reforçadas e janelas de ferro. Sem esses tipos de recursos, o saldo de morte de civis do lado palestino é muito maior, principalmente entre as crianças.

Isso porque a situação na Faixa de Gaza é particularmente trágica há muitos anos. Trata-se de um território sem autonomia política, o controle do espaço aéreo, do fornecimento de água e de suas fronteiras (como exceção da fronteira com o Egito) é exercida pelo governo israelense. Muito recentemente, em dezembro de 2008, como resultados da chamada Operação Chumbo Fundido, foi obtido um saldo de 762 civis palestinos mortos, desse montante cerca de 300 crianças palestinas perderam suas vidas. Essa realidade, quando comparada com as perdas do lado israelense (3 mortos durante essa mesma operação), é possível perceber o quanto esse conflito é cruel e desigual.

A longa imposição de um bloqueio econômico à região, foi considerado oficialmente ilegal, de acordo com as leis humanitárias e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Foi por intermédio desse bloqueio que o governo israelense impôs o controle da dieta da comunidade de Gaza, calculado pelo número de calorias diárias, o que acarretou, por sua vez numa estimativa de 10% de crianças acometidas por desnutrição nos últimos anos. A situação, no entanto torna-se mais degradante na medida em que é constatado por meio de estatísticas, que o índice de desemprego atinge 28% da população adulta, o que intensifica o estado de miséria e abandono da população de Gaza. Isso tudo, sem olvidar que, do total dos habitantes da Faixa de Gaza, é estimado que mais de 1 milhão de pessoas sejam consideradas refugiadas desde o ano de 1948.

O atual massacre na Faixa de Gaza foi promovido, de acordo com o governo israelense, com o objetivo de “restaurar a tranqüilidade ao sul de Israel”, por outro lado, uma parcela da imprensa internacional têm destacado sobre as reais motivações políticas para os ataques à Faixa de Gaza, já que Israel encontra-se às vésperas das eleições legislativas.

Estima-se que o premiê israelense Benjamim Netanyahu esteja muito fragilizado após a vitória de Barack Obama nos Estados Unidos e, justamente como prova de força, o atual governo de Israel usa a ofensiva contra o território representado pelo Hamas.

Muito surpreendentemente, a resposta palestina embora tenha sido fisicamente muito menos letal, segundo as próprias fontes israelenses, o impacto psicológico foi absolutamente considerável, pois os foguetes palestinos além de atacarem as cidades israelenses próximas à Gaza, se mostraram capazes de alcançar a capital Tel Aviv, Jerusalém e o reator nuclear de Dimona.

De acordo com os integrantes do partido Likud, as ações na Faixa de Gaza são necessárias, muito devidamente à região ser uma ameaça à realidade israelense. Alegou-se que, nos últimos dias, houve um considerável aumento do tráfico de armas nos túneis clandestinos, localizados na fronteira com o Egito.

A gravidade dessas ações levaram centenas de israelenses, no sábado, dia 17 de novembro, à saírem as ruas de Tel Aviv a fim de exigir um cessar fogo urgente na Faixa de Gaza. O clima de medo e insegurança devem-se à rumores de que os próximos passos, contariam com uma ação terrestre em Gaza, semelhante à ocorrida entre os anos de 2008 e 2009. Na manifestação era possível depara-se com cartazes e gritos de ordem como “Somos contra a guerra eleitoreira”.

Muitos israelense indignados, afirmaram serem a favor de conversar com o Hamas e cessar imediatamente com as políticas de ocupação dos territórios palestinos. Numa tendência clara de negociação e coexistência que, de acordo com as palavras da chefe da diplomacia da União Européia, Catherine Ashton, a situação de provocação e violência somente poderá ser amenizada quando finalmente houver a implantação da solução de 2 Estados, que deverão serem divididos de acordos com as linhas divisórias anteriores à guerra de 1967. E, ao mesmo tempo que, os judeus israelenses passarem a considerar a Palestina como a terra natal do povo palestino e pararem de lançar certos eufemismos como “os locais”, “os árabes” e o “problema palestino”. E, sobretudo no momento em que os moderados se lançarem nessa disputa, impedindo que os fanáticos ganhem a guerra.



(*) Integrante do Grupo de Trabalho sobre o Oriente Médio e o Mundo Muçulmano do Laboratório de Estudos sobre a Ásia da Universidade de São Paulo (LEA-USP).
Comentário de MARIO COUTO BEZERRA em 15 dezembro 2012 às 16:50

Orem por Shalom em Yerushalayim; Que prosperem aqueles que a amam. Que shalom esteja dentro de seus muros, e a prosperidade, dentro de seus palácios. Por causa de minha família e amigos, digo: "Shalom esteja dentro de você". Por causa da casa de ADONAI, nosso D-US, procurarei seu bem.

Comentário de Antonio Rafae de Arruda Daltro em 15 dezembro 2012 às 12:50

 Depois da declaração do terrorista kaled meshaal, que jamais vai reconhecer o estado de ISRAEL, e incentivando os árabes da terra a atacar ISRAEL,eu gostaria de saber do pessoal que defendem "dois estados"  em se criando (com a graça do DEUS de ISRAEL isso nunca vai acontecer) um "estado palestino" quem vai governar esse estado o hamas ou o fatah?

Comentário de roberto carvalho em 15 dezembro 2012 às 12:44

Esta paz sonhada e que eu vejo mais como um delirio, deve ser repensada e levarmos a discusão baseada na realidade concreta, objetiva, haja vista, que um novo holocausto esta sendo planejado, isto é fato é real e não se baseia em sonhos e delirios.

O irã quer varrer Israel da face da terra, o lider do hamas não aceitar negociar um cm de terra com Israel. Na America Latina muitos partidos politicos , ONGs, movimentos sociais todos financiados pela Venezuela, Irã e mais algumas nações além de empresas , estão se articulando no sentido de fazer pressão via midia com o o intuito de desestabilizar Israel moralmente, economicamente , socialmente e politicamente A Frente de Defesa dos que se auto-denominam palestinos, haja vista que nada mais são do que árabes,  tem aglutinado forças, estão se infiltrando em todas as camadas politicas e sociais , ou seja, usam uma nova estratégia além das armas para chegar ao seu intento. Só para se ter uma idéia, o PC do B tem em suas fileiras militantes do hamas, hesbolay e apoio politico tambem do PCB, PSTU, PSOL ETC ETC , UFA-UNIÃO DAS FAVELAS. MOVIMENTOS NEGROS além de muita grana vinda de muitos ministerios como o da cultura, meio ambiente, agua e pesca e reforma agraria. toda esta grana sai destes ministerios dentro do  jeitinho brasileiro.Outra coisa que se deve levar em consideração e digo isto com conhecimento de causa é que eles falam em paz e depois vão dar o golpe de misericórdia e ai falo com sinceridade e responsabilidade  que, a situação é muito pior no momento do que foi até mesmo o holocausto pois eles se organizaram e continuam organizando em varios países, com grana de sobra e o que é pior, estão pintados de varias cores e bandeiras.

Então os pregadores da paz , paz esta que nunca vai ser concretizada, que revejam seus discursos , se informe e omem consciência da real situação. Procurem fontes sérias inclusive das forças de defesa de Israel para terem no minimo uma noção básica do acontecimentos e, ai, com certeza vão mudar este discurso que embora bem intencionado não tem a mínima possibilidade de vir a ser real.

Deixo aqui uma critica fraterna mas entendo que as autoridades israelenses deveria colocar os judeus e toda a sociedade mais a par dos acontecimentos para que a paz não seja articulada da forma que esta sendo articulada e entendida e que não se faz acordo nem alcança paz com terroristas que afirmam categoricamente que querem a extinção de Israel e de todos os judeus.Penso que voces no momento estão até acreditando em papai noel mas inda é tempo de tomarem consciencia de buscarem informações corretas, serias e no lugar certo.

Provoquemos as autoridades de Israel de usar a midia e a sociedade civil organizada como o inimigo esta fazendo e com suceso no sentido de dar esclareciento e ai posso garantir que o dicurso de voces em pról da paz vau mudar drasticamente ou no minimo fará com que voces repensem seus entendimentos sobre a mesma. shalom. que hashem nos ampare sempre

obs: no momento, repito, com grande conhecimento de causa, digo que todos os judeus devem estar unidos, deixar suas diferenças politicas, religiosos, filosoficas etc etc de lado e se unam em torno do nosso primeiro ministro para que ele se sinta fortalecido na hora de tomar as decisões que se fizerem nescessarias pois o pior ainda esta por vir.(leia-se Irá, Venezuela e brasil).falo no Brasil pois é onde existe a maior concentração de terroristas em atividade atualmente e não são somente os do hamas e hesbllay não mas existem outros tantos de outras agremiações que muitos inocentes ou desiformados pensam que estão fora de atividade.

Comentário de Antonio Rafae de Arruda Daltro em 14 dezembro 2012 às 12:43

Bem quero deixar claro minha opinião, apoio incondicionalmente o estado de ISRAEL,JERUSALÉM não deve ser dividida sou contra dois estados,só ISRAEL deve existir !

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