O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
Senhores, o texto abaixo sobre a flotilha de gaza foi divulgado ontem pela internet e já teve uma repercussão incrível. É a visão do Shomer de SP sobre os recentes acontecimentos. Por favor sintam-se livres para divulgar!
A Flotilha de gaza – uma visão Shomrica
Nós, judeus, jovens do Hashomer Hatzair, um movimento juvenil judaico humanista, representantes da esquerda judaica sionista-socialista, vemos como essencial nosso posicionamento quanto à recente crise política envolvendo Israel e a flotilha que se dirigia a Gaza. Com convicção acreditamos que nenhuma questão política deve ser simplificada em uma dicotomia que não condiz com a realidade. Como um movimento que desde o início do século passado luta pela legítima existência de um Estado para os judeus, vemos com muita preocupação a atitude do Governo Israeli liderado pela direita nacionalista ante a incitação islâmica turca, encabeçada pelo navio Marmara, que formou parte da chamada flotilha humanitária. O Pirkei Avot (A Ética dos Pais, uma fonte do judaísmo) nos ensina que a paz só é alcançada por intermédio da justiça, e por isso entendemos que o caminho para o fim do conflito entre o povo de Israel e o povo palestino é a solução de DOIS ESTADOS PARA DOIS POVOS, ou seja, a criação do Estado Palestino. Toda ação que age contra esta visão, age contra o futuro do Povo Judeu, o Estado de Israel e também contra os palestinos, seja em Gaza ou no mundo inteiro. Porém, essa solução só será atingida se o processo de paz e de diálogo progredir, e infelizmente a cada dia que passa o atual governo de Israel e os atuais representantes do povo palestino só sabotam e destroem esse processo. Reiteramos que para nós não se trata de estar do lado ou contra Israel, pois apesar do mundo pensar o contrário, existe sim uma oposição de esquerda israelense disposta a construir a paz. Trata-se de se opor à linha política que a atual coalizão segue e apoiar os segmentos progressistas tanto israelenses quanto palestinos. Pelo fato de não se saber ao certo detalhes do que havia na flotilha, qual era sua real intenção e o que realmente aconteceu entre os ativistas e os soldados, nos isentamos de julgar a questão em si, mas não abdicamos de julgar o fato consequente, que foi a morte de vários ativistas. Consideramos que o imbróglio poderia e deveria ser resolvido de outra maneira e repudiamos qualquer solução de caráter violento. Essa resolução, além de atentar contra qualquer sentimento humanista, atenta gravemente contra o processo de paz. Com a integridade de uma visão e opinião completamente independente, esclarecemos nossa oposição ferrenha ao grupo golpista Hamas, um coletivo reacionário e fundamentalista que não responde aos verdadeiros interesses do povo palestino; assim como afirmamos nossa também oposição à coalizão (eleita de forma democrática) liderada por Netanyahu e Liberman, ao Bloqueio em Gaza e à política de construção e incentivo aos assentamentos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. Chamamos ambos os povos a se sobrepor a seus governos em favor de uma ação pacificadora. O Estado de Israel é legítimo. O Sionismo, como movimento de autodeterminação nacional judaica, ao ser compreendido por nós como um valor universal, legitima também a criação de um Estado Palestino. Em busca de justiça e paz, gritamos: DOIS ESTADOS PARA DOIS POVOS!
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