JUDAISMO HUMANISTA

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PARASHÁ EKEV - RECOMPENSA E PUNIÇÃO ( por Marcelo Barzilai )

PARASHÁ EKEV

Ekev significa: “Por causa de”, “devido à”, “ em consequência”, mas também pode significar “calcanhar”

RECOMPENSA E PUNIÇÃO

Podemos pegar como ênfase da Parashá dessa semana a “recompensa” e a “punição”.

Desde muito pequeninos percebemos que estamos sujeitos a sermos recompensados se fizermos a coisa certa e sermos punidos quando fazemos a coisa errada. Entretanto, não conseguimos perceber que ao passar para fase adulta não temos mais a necessidade de estarmos sujeitos à recompensa ou punição impostas pelo outro, mas, mesmo assim continuamos a enxergar o outro como àquele que detém o poder sobre mim, para o qual necessito provar que sou merecedor, caso contrário serei punido.

Nossas relações não são pautadas no respeito mútuo, mas, na satisfação mútua. “Tenho que necessariamente satisfazer o desejo do outro para que eu possa ser recompensado” e recompensado com aquilo que o outro tem para me oferecer, independentemente se o que vem do outro é espontâneo ou se foi fabricado por mim, em minhas investidas com o objetivo de mudar esse  outro.

No contexto de uma vida, esse outro pode ser qualquer coisa. Um indivíduo apenas, um grupo de pessoas, uma organização, um inimigo, o próprio D’us, ou mesmo qualquer um com quem estabeleço uma relação de dependência e onde deposito minhas expectativas. Porém, se as expectativas são  minhas, porque então necessariamente tenho que ter a aprovação do outro?

Só conseguiremos responder isso à partir do momento em que o outro deixar de ser uma metade para somar o seu todo com o meu . O outro só se satisfará comigo quando o que eu tiver para oferecer for minha totalidade e eu também só me sentirei satisfeito com o outro quando o que ele tiver para mim for sua totalidade.

Não posso querer o outro ao meu lado se respeito e aceito somente metade do que ele tem para me oferecer.

Só assim resolveremos nossos conflitos e  abandonaremos esse sentimento de recompensa e punição responsável pelo fim da maioria das relações e quando compreendermos que na realidade “nunca fazemos por ninguém, senão por nós mesmos”.

( Hilel costumava dizer: “SE EU NÃO FOR POR MIM, QUEM SERÁ POR MIM? E SE EU ESTOU APENAS PARA MIM, O QUE SOU EU? E SE NÃO AGORA, QUANDO? ) – Pirkei Avot.

 

                                                                                                                                 Marcelo Barzilai

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