Reféns X Prisioneiros — Jayme Fucs Bar
Sem a gente perceber, estamos numa guerra mundial. Essa guerra acontece nas mídias e nas redes sociais. É uma guerra nojenta, pois não existem escrúpulos nem regras, vale tudo!
O objetivo não é a informação, e sim modelar a opinião pública, em função do lado que você pertence. A estratégia é realizar constantes bombardeios de desinformações, e modelar nossos pensamentos para criar uma realidade conforme os objetivos
que cada grupo tem.
De fato, estamos sendo todos manipulados constantemente. Meu único conselho é: se cuide. Cuide você e da sua família. A maioria das informações que circulam nos meios de comunicações são puro lixo. Existe uma máquina de manipulação da realidade.
Ouvi uma frase que adorei e não sei a quem pertence “A única verdade que sei quando abro para ler os jornais (meios de comunicação) é a data."
Um pequeno exemplo dessa triste realidade é como a mídia e as redes sociais apresentam a questão da libertação dos reféns civis israelenses. Quarenta deles são crianças, algumas bem pequenas na idade de maternal, todas sequestradas de suas casas e encarceradas em Gaza pelo Hamas. Esse tipo de mídia tendenciosa os apresenta como “prisioneiros de guerra”.
É claro que existem ainda muitas pessoas que não renunciaram à liberdade de pensar e sabem definir o que seja a manipulação dos fatos. No entanto, muitos, para não dizer milhões, já caíram nessas armadilhas.
O fato é que todos os prisioneiros palestinos que estão destinados a serem libertados como parte do acordo foram condenados por tentativa de homicídio, e não porque jogaram flores nos soldados israelenses.
Entre os prisioneiros libertados, estão jovens de 14 a 18 anos, que não são bebês nem inocentes crianças de 3, 4,5 anos cujos pais foram assassinados em sua frente. Também serão libertadas mulheres palestinas de todas as idades não porque estavam participando de um festival de música ou cuidando do jardim de sua casa, mas por tentativa de homicídio.
A maioria dos libertados são palestinos da Judeia e Samaria. Outros são residentes de Jerusalém. Os libertados não estão identificados com o movimento "Paz Agora" ou com o "Children for Peace”, mas sim pertencem em sua maioria a organizações terroristas como Hamas, a Jihad Islâmica, e outras organizações.
Alguns exemplos do motivo de terem sido condenados: Mason Musa, que foi condenado a 15 anos de prisão por um ataque com facadas, Merah Senior, que foi detida, quando tinha 16 anos por esfaquear um policial e feri-lo , e Asraa Gebas, de Jerusalém Oriental, que detonou uma bomba caseira num posto de controle perto de Jerusalém, causando ferimentos a um policial.
Na verdade, não se fala na massificação feita de forma sistemática nas escolas palestinas, onde o que mais ensinam é ódio e violência. Nas próprias escolas, começam um engajamento político e ideológico com o objetivo de transformar esses adolescentes em ativos militantes pelas causas palestinas e usar o terrorismo como meio.
O que ajuda, sem dúvida, a radicalização desse processo é a política do governo de Benjamin Natanyahu, que há 15 anos domina a política israelense e vem com uma estratégia de “administrar o conflito”, e não de procurar uma solução.
A estratégia é clara: aumentar as colônias nos territórios ocupados e impossibilitar futuramente qualquer tipo de negociação. Em outras palavras, CAOS!
Outro fator que é importante ter claro também são as condições de funcionamento, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, das prisões e dos direitos dos prisioneiros palestinos que pertencem a uma organização palestina rival.
Sabemos que esses prisioneiros sofrem condições brutais e torturas, como choques elétricos, fome, espancamentos e privação de sono. Uma realidade em que não existe nenhuma organização de direitos humanos ou Cruz Vermelho para ver as condições nas prisões palestinas.
Um relato de um antigo prisioneiro palestino conta sobre a sua prisão na Autoridade Palestina em 2009. Ele contou como ele e os seus amigos foram torturados com choques elétricos, fome, espancamentos, privação de sono, ameaças de violar as suas esposas, e muito mais.
Os civis israelenses sequestrados pelo Hamas- Estado Islâmico NÂO SÂO PRISIONEIROS, eles SÂO REFÉNS.
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