O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
O termo sionismo é usado hoje como muamba no mercado negro, onde se usa esse termo para tudo, inclusive para xingar a mãe.
Não importa qual é sua posição – um fato é indiscutível: Israel existe!
Gostaria de passar uma visão pessoal, talvez pouco conhecida por muitos, como forma de ajudar esclarecer a grande desinformação sobre o termo sionismo.
A palavra Tzion foi usada nos tempos bíblicos, provavelmente de origem cananeia: era o nome da cadeia das montanhas da região onde se localizavam as terras do povo jebusita (cananeus), onde tinham sua cidade principal: Jebusalém (hoje Jerusalém).
Essa cidade vai ser conquistada pelo rei Davi por volta de 970 AEC. O nome dessa região montanhosa será assim usado pelos hebreus até a ultima revolta judaica contra os romanos em 132 EC. A partir da diáspora judaica, o termo "montanhas de Tzion" estará relacionado com a Terra de Israel.
O movimento nacionalista judaico criado por Hertzl em 1896 usará esse nome: Tzion = Terra de Israel, como referência a dar sentido à ação ideológica clara para as massas judaicas.
Se fosse traduzir na terminologia da cultural judaica da época a palavra sionismo é o mesmo que dizer movimento de libertação nacional do povo judeu.
Todo povo que luta por sua autodeterminação, nacional como o povo palestino, curdo, basco, tibetano, etc... tem seu “sionismo”... (ou curdismo, basquismo)... Dentro da termologia da cultura judaica, o povo judeu tinha Tzion (a terra reivindicada) + "ismo", sufixo que designa um conjunto de crenças ou doutrinas de um determinado grupo – em outras palavras movimento de libertação nacional.
Para todos aqueles que acreditam que todos os povos modernos do mundo têm o direito de reivindicar por sua autodeterminação nacional, vale perguntar: Por que os judeus NÃO teriam também esse direito?
O sionismo foi o movimento nacional de libertação do povo judeu, e como todo movimento de libertação tem uma variedade de ramificações ideológicas!
Eu, por exemplo, pertenço à ramificação do sionismo de esquerda (Mapam), que no período da criação do Estado de Israel, 1948, era ligado ideologicamente a Moscou!
A esquerda brasileira e muitos não sabem!
Não sabem também que, bem diferente da acusação de que o estado de Israel foi criado pelas forças "imperialistas" inglesas e americanas, na verdade Israel foi criada graças ao apoio massivo dos países soviéticos, que não só apoiaram em bloco na votação na ONU pela criação do Estado de Israel, como também as armas usadas em sua Guerra de Independência vieram da Rússia e Checoslováquia.
Os americanos votaram a favor da criação do Estado de Israel na última hora, e os ingleses não só realizaram abstenção do voto, como também apoiaram com armas a Legião Jordaniana.
Em minha opinião, o movimento sionista como Movimento de Libertação Nacional cumpriu o seu papel em 29 de novembro de 1947, quando as Nações Unidas reconhecem que o povo judeu tem seu direito histórico à Terras de Israel.
Para mim, o grande sonho do movimento sionista como movimento de libertação nacional já foi realizado!
Israel é hoje, para quem gosta ou não, uma realidade viva nos seus 66 de existência!
Aqui vivemos num processo de pós-movimento de Libertação Nacional, onde temos uma variedade de agendas e tarefas a serem cumpridas, como é normal num novo país que está ainda em estado de formação nacional e cultural.
Em Israel não somente temos como tarefa a questão do conflito árabe-israelense, que sem dúvida é um tema central na vida de todos; é importante entender que existe uma diversidade enorme de agendas de lutas sociais, políticas, econômicas, culturais e religiosas.
A meu ver, uma das mais importantes agendas que tem hoje Israel é de se estabilizar com um tema pouco discutido no mundo a fora, que é o conceito da identidade Israelense,
identidade que inclui não somente aqueles de origem judaica, mas também os outros 24% das diversas minorias que vivem em Israel.
A maioria dos jovens israelenses judeus, beduínos, drusos, cristãos, bahais, circassianos, se define como israelense como definição de sua identidade nacional. Esse processo também esta presente de forma mais lenta na minoria árabe muçulmanas, mas é um processo irreversível!
A maioria das pessoas que vivem neste país está à procura de uma definição maior sobre o seu “Israel-ismo”!
Em Israel é difícil ser transparente dentro desse processo da criação da identidade israelense, sem sentir a sociedade israelense vai criando uma nova cara com bases sócias e culturais diferente dos judeus da diáspora ou dos países árabes.
É importante ver Israel sob um prisma de complexidade!
Pois a complexidade neste país é grande, e vai além do que se pode imaginar!
Para mim, uma pessoa que se declara hoje ser antissionista ou não entende esse termo ou é realmente um "astronauta". Ser hoje "antissionista" é irreal, pois Israel é um fato consumado!
Essa era uma boa discussão anterior a criação do Estado de Israel. Hoje ela é irrelevante!
Então... acorda! Israel EXISTE!
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Acorda! Israel EXISTE! Jayme Fucs Bar
Desculpe, mas a frase "ser hoje 'antissionista' é irreal, pois Israel é um fato consumado" não tem mais logica do que a frase "ser antiraçista hoje é irreal, pois racismo existe". Infelizmente, comentários como “Flatten Gaza there is no other way” ("Demolam Gaza não tem outra solução") ou "Que eles apodreçam no inferno" ou "Melhor seria eles todos desvanecerem de Gaza i irem pra onde quer, todos os prédios demolidos e Gaza anexada e transformada num imóvel produtivo" num site bem religioso israelense (AISH.com) parecem confirmar o que o historiador israelense Shlomo Sand escreveu em 2012: "O Sionismo de jeito algum foi a continuação do judaísmo, porém muito mais a negação dele ... Com a assistência terrível da historia, o sionismo derrotou o judaismo."
Desculpe Konrad não entendi a tua posição. Eu , vivo em Israel, e não me considero sionista, no sentido muito parecido com o que o Jaime colocou. O movimento de libertação nacional judaico terminou a sua função , no momento que o Estado de Israel foi fundado. Assim como a OLP terminarra sua função com a declaração da Palestina como estado independente.
Ser antiracista, ainda tem valor porque existe ainda uma luta de libertação - ao racismo. Antisionismo, significa a destruição do Estado de Israel como entidade nacional do povo judeu. Ou voltar ao tempo e não aceitar que o povo judeu tenha direito a seu movimento nacional.
Com relação a Sand, o sionismo não é de jeito nenhum a continuação do judaismo, ele É o judaismo conectado a fatores espirituais, historicos e culturais (^lech lecha mieretz avoteicha laEretz asher arhe lecha^) que durante quase dois mil anos estavam desconectados de suas raizes geograficas.
Caro Davi, a sua resposta é muito interessante (e questionável) em três pontos:
1. Você parece sugerir que o sionismo, visto como movimento de libertação nacional, terminou no momento da fundação do Estado de Israel. Verdade? Na semana passada dois israelenses (um argentino direitista e um uru da esquerda) deram palestra aqui na sinagoga Beit Yakov. O argentino não só se alegrou com o fato de que um numero crescente de judeus na Franca e Holanda votam para os partidos da extrema direita (Le Pen/Wilders) pois estes partidos são anti-islamicos; ele não só destacou que o Anders Breivig (que matou mais de cem jovens esquerdistas noruegêses) no manifesto dele elogiou o estado de Israel (alias, no mesmo manifesto Breivig expressou desprezo para o Brasil com a sua terrível mistura de raças!). Não, além disso, o racista argentino negou a existência de terra ocupada na Palestina, pois “Judea e Samaria” são “terra em disputa”. Olha Davi, enquanto a ocupação, a negação de direitos iguais e a construção de assentamentos ilegais continuam, o sionismo obviamente fica sendo em ação, e não um fato consumado!
2. O famoso “Lech lecha” em português: "Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei” (Gênese 12:1). É verdade que Hashem indicou á Palestina? Franz Rosenzweig pensou que o judaismo é fundamentalmente ligado á esperança e á migração, mas não a um territorio e aspirações para um estado nacional. Primo Levi disse que “o melhor da cultura judaica é ligado ao fato de ser dispersado, policentrico”. E o historiador belgo Nathan Wachtel, no livro “The Faith of Remembrance" citou o descendente de Marranos Odmar Pinheiro Braga: “Sabe onde é a nossa terra verdadeira? Pode achar em qualquer lugar. Onde seja que nos estamos, trazemos a tradição. A Torá, os estudos, é isso onde se acha a nossa terra, e é isso o legado dos nossos ancestrais” (Wachtel, The Faith of Remembrance, p.276).
3. Libertação nacional? Em Gênese 12:7, “O Senhor apareceu a Abrão e disse: À sua descendência darei esta terra”. Essa descendência de Abrão não é Ismael e Isaac, os protagonistas de árabes e judeus?
Shabat Shalom, já aparecem as estrelas!
Konrad, antes de mais nada de uma entrada no meu FB e ler um pouco sobre o que faço. Sou diretor de uma ONG educacional, que trabalha com crianças judias e arabes e com jovens israelis judeus e arabes e com jovens da Palestina.
Acho muito importante separar o Estado de Israel, como centro da cultura judaica (sempre fui Ahad Haam) e um reflexo da Glocalidade, do atual governo ou anteriores. Em nenhum Pais no qual existem governos ditadores, facistas, genocidos se prrega a destruição do Estado. O mesmo em relação a Israel. O povo judeu tem direito a uma manifestação nacional. Para mim Israel representa o lugaar fisico no qual ocorreu uma historia metafisica. Elas vão conjugadas. Vc pode comemorar sucot (religiosamente ou culturalmente) no Brasil, mas só em Israel voce vivenciara o Yore (as primeiras chuvas), em shavuot vera as primeiras colheitas. Há uma relação intima entra nossa cultura, historia, vivencia e a Terra de Israel.
Eu não necessito uma bandeira ou hino. Mas, sim viver aqui. O fato de judeus assumirem postura de direita ou extrema direita não tem nenhuma relação com a existencia de Israel. Judeus sempre foram ativos na politica desde a extrema esquerda (tenho muitos conhecidos judeus atuando na esquerda europeia , americana ou brasileira) assim como àqueles que atuam na direita. Infelizmente o fundamentalismo muçulmano e judaico estão dominando os espaços e cada vez mais as vozes moderadas se calam.
Antes de seguirmos nossa conversa, gostaria muito que vc lesse dois artigos que escrevi. Um em 2012, no final da operação em Gaza e outra agora. Vou postar aqui. Alem disso gostaria de saber tua postura em relação a Israel, pois ainda não consegui entender. Vc é a favor da desestruturalização do Estado de Israel como Estado Judeu? Depois seguimos nosso papo.
1.PAUSA PARA PENSAR E ALGO MAIS… (Operação de 2012)
Davi windholz
Como ativista de esquerda tanto na aréa politica como educacional, estou muito em contato com arabes israelis e palestinos. Como ativista sionista estou muito em contato com israelis olim (imigrantes) e de posições contrarias a minha. Como ativista social estou em contato com populações das camadas mais baixas e em sua maioria sfaradim (judeus de origem dos paises arabes).
São 100 anos de conflito, e no momento não é relevante quem é o culpado e porque. Também não é relevante se esta Terra pertence ao povo judeu, que durante mil anos a dominou e criou dois Estados independentes, separando-se dela por dois mil anos, ou se os palestinos que aqui viviam durante os ultimos 600 anos. Dois povos , duas narrativas da historia, da dor e do sofrimento, da definição do "bom" e do 'Mal". Essas duas narrativas opostas, se chocam totalmente, sendo que a unica coisa em comum entre elas é a simplicidade, a deturpação dos fatos e a falta de analise profunda, levadas por uma propaganda demagogica.
Cem anos de Guerra, duas narrativas a israeli e a palestina. Narrativas que só educam a mais odio, que só provocam mais alienação da realidade permitindo que as elites politicas, economicas e religiosas se aproveitem desta situação para seguir dominando. Narrativas de odio, preconceito, auto-sugestão da justiça propria.
A essas duas narrativas se filiam outras duas – a do povo judeu na diaspora, defendendo cegamente a narrativa israeli, e a das esquerdas, defendendo cegamente a narrativa palestina e arabe contaminada com dose dupla de antisemitismo. Se não assim, como explicar a postura das comunidades judaicas perante a violencia constante e assassina de Israel por mais de 45 anos de dominio ao povo palestino? E se não asim como explicar a postura das esquerdas frente ao silência do assasinato de mais de 25 mil civis na Siria, aos ataques e assassinatos dos palestinos a civis em Israel, a postura animalesca da Hamas em relação as mulheres?
Podemos seguir com essas quatro narrativas a nivel local e mundial e seguir propagando o odio, a destruição e o assassinato de crianças, mulheres, homens e idosos. Podemos jurar na Tora e no Corão que esta Terra "nos pertence e somente a nós".
Vinganças e violencia vem sempre das trevas, da idade media, da ignorancia. Podemos seguir nas trevas do Holocausto e continuar assim justificando "nunca mais". Podemos seguir nas trevas da Nakba (expulsão dos palestinos na guerra de 48) e continuar justificando nosso odio aos sionistas. Podemos continuar sendo vitimas da historia e seguir nas trevas da idade media. Podemos seguir e sermos ignorantes que odeiam sem saber porque.
Depois de cem anos todos nós precisamos da Paz, todos nós estamos em perigo, não só fisico, mas emocional e espiritual, e somente a conscientização critica, através de uma re-educação, poderá mudar a situação.
Cem anos de Guerra e nunca demos uma chance a Paz. Paz é um estado interno de crença, de desconectar-se da raiva e do odio. Nestes momentos temos que despertar e entender que estamos conectados uns aos outros, para sempre. Somos um parte do outro, e os soldados futuros são nossas crianças. E os mortos futuros são nossas crianças. Mas, nossas crianças são também nossa Paz.
A unica solução é convencermos a nós e aos que nos rodeiam que não existem "bons" e "maus" absolutos. Não existem soldados e terroristas. O soldado que morre, israeli e palestino, é a mesma criança perante a mãe e o pai. A demostração da dor e do falso orgulho através do "Shahid" ou do heroi Yad laBanim é simplesmente formas culturais de sofrer e vangloriar a morte, em vez de viver a vida.
A unica solução é fazer um acordo de Paz, que o primeiro item será de 100 paginas dedicado a re-educação a vida, a consciencia critica e ao amor a vida.
Estamos em uma nova pausa, tregua. Temos que aproveita-la para refletir, recuperar nossas forças fisicas, emocionais e espirituais. Peço a todos, a voces, meus amigos, e àqueles que por voces receberão esta mensagem, se querem influenciar ao que acontece aqui, em Israel, na Palestina e no Oriente Medio. Reflitam, sejam criticos, saiam da narrativa esteriotipada. Critiquem ao governo de Israel, as autoridades palestinas, a Hamas, a Siria. Exijam cessar fogo permanente. Gritem contra as barbaridades de todos e contra todos. Não aceitem mais as narrativas unilaterais, não critiquem só por criticar as narrativas "inimigas". Leiam, estudem, perguntem, analisem, abrem os olhos e vejam a realidade cruel de ambos os lados.
Eu peço a todos abram os corações, unem-se oposições, em contra a tirania do poder do odio e da morte. Temos que parar com essa loucura, antes que mais uma criança seja morta.
2. DOIS POVOS, DOIS ESTADOS – UM DESTINO (No meio da operação-guerra atual em Gaza)
Existem duas formas de encarar e solucionar um problema. A primeira é através de um julgamento. Nele se procura o culpado, que necessariamente é um dos lados do conflito. Os representantes dos lados tentarão ao maximo demonizar o outro, o inimigo, provando assim sua culpabilidade. Neste processo se analisará toda a historia das relações entre os lados, logicamente salientando todo o negativo, o MAL e perverso do inimigo. Fatos serão deturbados, comportamentos desviados. Assim se formarão duas narrativas , das quais somente uma é a certa, a justa, a honesta. Neste processo o passado é o principal aliado, no qual o resultado final será um vencedor e um perdedor, situação conhecida em todos os meios como W-L (win – lose).
Seja um divorcio, briga de familia, discordia entre duas pessoas, brigas entre comunidades ou no nosso caso judeus e arabes, ou mais especifico, israelis e palestinos.
Neste conflito, que já leva mais de cem anos, continuamos no sistema de julgamento. Cada lado criou sua narrativa, demonizando o inimigo. Cada lado tenta convencer o Juri, a opinião publica mundial, quem é o justo e o injusto, o culpado e o inocente, o Goliat e o Davi. Após 100 anos nenhum dos lados é capaz de ver a outra narrativa sem imediatamente responder com slogans, populismo, simplismo e principalmente ignorancia.
Mas, o que ainda não entendemos é que no julgamento em divorcios quem ganha são os advogados e quem perde são as crianças. Assim no conflito Israel-Palestina, quem ganha são as elites politicas, economicas e religiosas de Israel e da Palestina. São eles que enrriquessem seu poder, seus bolsos, suas casas de oração.
Somente quando os dois povos entenderem que são manipulados por essas elites, o processo de julgamento passará para "Guishur", mediação. Mas guishur é mais do que mediação. É a conscientização honesta e sincera, que existem duas narrativas num conflito, ambas com pontos de vista subjetivos, contadas em base a vivencia emocional de cada um dos lados. Não há culpado e inocente, não há certo e errado. Neste momento voces poderiam argumentar que nem sempre é assim. E, eu concordaria plenamente com voces. O nazismo, não tem duas narrativas. Ele é o demonio. Mas, no conflito Israeli-Palestino, sim , existem duas narrativas, desde a formação do movimento sionista e o inicio das aliot (imigração dos judeus a Israel) no fim do seculo 18.
O Guishur , não busca culpado e inocente, o vencedor e o perdedor e não busca o passado. O Guishur olha ao futuro, consciente que julgando só perderão a batalha as crianças, que sairão mutiladas pelo resto da vida, por culpa de seus pais e de seus advogados , que incentivam o conflito, pelo enriquecimento proprio. O Guishur busca um caminho justo para os dois lados, um caminho que a partir de hoje , cada lado poderá construir seu futuro e de seus filhos. Guishur procura o bom em cada lado, o humano. Ele re-humaniza o que foi demonizado, pois só quando entendermos que estamos diante de seres humanos de carne e osso, teremos a capacidade de perdoar e talvez algum dia, voltar a amar.
A minha narrativa é uma terceira, tentando entender cada uma das narrativas envolvidas no conflito. Tentando ser empatico com o lado palestino, tentando entender suas atitudes e decisões. Entender e não justificar ou aceitar. Desta forma me vejo muitas vezes discutindo com meu povo, pois não concordo com a violencia absurda que atuamos, com a opacidade de dezenas de anos, com a demonização do inimigo com argumentos totalmente infundados, deturbados e tudo isso por motivos materialistas e religiosos de mantermos Eretz Israel Hashlema. Por outro lado não posso aceitar a violencia e a barbaridade de grupos palestinos em relação ao conflito e em relação aos seus proprios. Não posso aceitar a lavagem cerebral de crianças de cinco anos de idade, incentivando-os ao odio, a violencia e ao suicidio e tudo isso em pról de um fundamentalismo religioso, a Jihad.
Somos dois povos com um mesmo destino. Estamos no mesmo barco e temos que decidir se atiramos no fundo do barco , morrendo ambos em alto mar, ou se realizamos está travessia juntos.
O mais impressionante é que para solucionar o conflito, não necessitamos um acordo. Ele já está ai, claro aos dois lados. Podemos escolher entre o acordo de Geneve, o da Liga Arabe, o acordo de Barak-Arafat ou Olmert-Abu Mazen. Eles possuem o mesmo nucleo, as mesmas conclusões, as mesmas respostas.
O que necessitamos é despedir nossos advogados, nossos lideres que estão, ainda vivendo o passado, presos em formulas invalidas e argumentando narrativas populistas, em prol de sí mesmos. A elite israeli e a elite palestina se enriqueceram as nossas custas, seus filhos.
Podemos a cada novo dia decidir se vamos ao julgamento ou ao Guishur. Eu decidi por Guishur. No meu dia dia falo com israelis e palestinos tentando DIALOGAR, EXPLICANDO QUE DIALOGAR SIGNIFICA DIZER A SI MESMO "QUEM SABE ESTOU ERRADO".
Merchavim, significa Espaços , e este é o meu trabalho, um centro educacional bilingue hebraico-arabe, no qual cada criança encontra seu espaço, mostrando a ela, que ela não é só judia ou arabe, mas homem, mulher, esportista ou artista, emoções, pensamentos e julgamentos. Mostrando a ela a complexidade que tem, e que ela é totalmente diferente e unica. Esta é minha pequena contribuição ao Guishur. Yaron London, jornalista de renome, em seu artigo, comentou que necessitamos de compaixão para solucionar o conflito. Eu acrescento. Compaixão aos nossos filhos, as crianças que morrem dos dois lados, sem "mas , eles...". Olhar para o futuro, sem fazer contas sobre o passado. E assim quem sabe um dia , na velhice, na madurez, poderemos olhar para o passado, aprender dele, para nunca mais voltar...
Jayme Fucs Bar disse:
Acorda! Israel EXISTE! Jayme Fucs Bar
O ASSESSOR DA PRESIDENCIA DA REPÚBLICA DO BRASIL, SENHOR MARCO AURÉLIO GARCIA, DEVIA TER CONHECIMENTO DESTE TEXTO. PRINCIPALMENTE DO MOVIMENTO "MAPAM" , POIS, É ELE QUEM ORIENTA A PRESIDENTE NAS QUESTÕES EXTERNAS, E A ESQUERDA BRASILEIRA TEM PREJUDICADO MUITO A RELAÇÃO BRASIL - ISRAEL, VEJA O QUE O LULA FEZ, NÃO VISITOU O TÚMULO DE Theodor Herzl , SENDO QUE FOI AO MUSEU DO HOLOCASUTO ALÍ AO LADO, NA MINHA OPINIÃO UM ABSURDO, PARA UM POLÍTICO. MAZAL TOV!!!
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