O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
Prezados Chaverim do Judaismo Humanista do Brasil.
Recebi esse presente que estendo à todos com muito carinho, SHANÁ TOVÁ!
Querido R. Marcelo.
Se me permite, tomo a liberdade de lhe enviar em anexo o artigo que escrevi "A Numerologia do mês de ELUL". Se achar apropriado, tem minha liberdade para publicá-lo em vosso site.
Aproveito a oportunidade para desejar à você e a sua comunidade um Shaná Tová Umetuká
Feliz 5´773!!!
Kol Tuv,
David Zumerkorn
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E L U L
Por David Zumerkorn
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O REI ESTÁ NO CAMPO
O mês de Elul possui 29 dias. Cada dia possui 24 horas. Assim, temos um total de 696 horas. O número 696 alude à passagem em Mishlei (Provérbios – 16:7) que diz: Quando os caminhos da pessoa agradam a Hashem, Ele faz com que até seus inimigos lhe concedam paz.
A palavra “agradam – encontram favor” - Retzot - ,umr possui valor numérico de 696 (200 + 90 + 6 + 400), fazendo alusão ao mês de Elul, ou seja, quando o Seu coração (o coração de Hashem) está em sintonia com o coração de seus filhos que fazem Teshuvá, com certeza Hashem vai nos enviar a paz, a maior das bênçãos
O mês de ELUL tem vários acrônimos onde encontramos 5 elementos relativos ao mês de Elul:
a) Estudo da Torah
b) Tefilá (Reza)
c) Bondade
d) Arrependimento
e) Era Messiânica
Vamos a eles:
Ina Leyado Vessamti Lach
Shemot (Êxodo) 21:13 (Estudo da Torah)
Aconteceu contigo (sem querer) e por isso deves estabelecer (lugares de refúgio), ou seja, o estudo da Torah proporciona refúgio a todo judeu.
Ani Ledodi Vedodi Li
Shir Hashirim (Cântico dos Cânticos) 6:3 (Tefilá – Reza)
Eu “estou” para o meu amado assim como meu amado está para Mim, ou seja, o amor do Eterno para o povo de Israel está para o povo judeu quando ele reza ao pai celestial. Podemos perceber que nesta frase as letras finais da cada palavra é Yud que vale 10. Assim, temos 40 fazendo alusão aos 40 dias desde 1º de Elul (Rosh Chodesh) até 10 de Tishrei (Yom Kipur).
Ish Lereehu Umatanot Laevyonim
Meguilat Esther 9:22 (Bondade)
Uma pessoa para seu amigo e doações aos pobres, ou seja, a responsabilidade de ajudar uns aos outros e evocar a ajuda de Hashem.
Umal Hashem et Levavchá veet Levav Zarecha
Devarim (Deuteronômio) 30:6 (Arrependimento)
Hashem irá circuncidar o prepúcio de seu coração e do coração de sua descendência, ou seja, está é a verdadeira Teshuvá, quando estamos sensíveis ao propósito da vida e da responsabilidade diante Hashem.
Vaiomru lemor ashirá laHashem
Shemot 15:01 (Era Messiânica)
Cantaremos a Hashem conforme a seguir, ou seja, a confiança em Hashem gerando a felicidade em nossa redenção através de Mashiach.
O valor numérico de Elul Kkukt é 67 (1 + 30 + 6 = 30).
67 é valor da palavra Biná - vbhc que significa “entendimento”.
Biná é formada por outras 2 palavras em hebraico: Ben – filho e um dos Nomes de Hashem (Yud e Hei).
Assim, entendemos que no mês de Elul é propício ter o entendimento de que Hashem está próximo a seus filhos (O Rei está no campo) revelando-se a eles.
k u k t (Elul)
(1 + 30 + 6 + 30)
(mispar catan – sem o zero) temos:
1 + 3 + 6 + 3 = 13
Interessante notar que no mês de Elul revelam-se os 13 atributos de misericórdia de Hashem, assim como encontramos em Shir Hashirim (Cântico dos Cânticos) 6:3 “Eu “estou” para o meu amado assim como meu amado está para Mim; Ele faz pastar suas ovelhas entre as rosas”. “Sabemos que uma rosa possui treze pétalas” por isso a associação, já que D-us sustenta o povo de Israel, assim como as ovelhas são sustentadas entre as rosas. Na prática, Hashem espera nosso arrependimento (teshuvá) em Elul (67 à 6 + 7 = 13), para que possa derramar sobre nós os treze atributos de misericórdia durante o decorrer do ano vindouro.
Em hebraico amor é:
Ahavah – vcvt à (1 + 5 + 2 + 5 = 13).
Um é:
Echad – sjt à (1 + 8 + 4 = 13).
Assim como sabemos que Hashem é Um, temos em Elul o “Amor de D-us para com o povo de Israel”.
Vejamos como este conceito é melhor explicado:
kukt à A primeira letra t (Aleph) vale 1 e representa Hashem (D-us é Um - Echad). A segunda letra k (Lamed) representa ck Lev (coração) o órgão que representa o amor (Ahavah), ou seja, Lamed Beit – Beit vale 2, que significa 2 letras (Lamed).
Elul é uma união de um Aleph com Lamed (mais - Vav) Lamed kukt conforme podemos ver na figura a seguir, uma letra Lamed no formato normal e outra na posição “espelhada”, unindo-as, formando um coração.
O mês de Elul é o 6º mês a partir de Nissan.
Interessante notar que:
1 x 1 + 2 x 2 + 3 x 3 + 4 x 4 + 5 x 5 + 6 x 6 = 91
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 + 11 + 12 + 13 = 91
No que diz respeito ao 91 temos:
Os dois Nomes de Hashem [ Havaiê (26) e Adnei (65) ] somam 91.
67 (ELUL) é mesmo valor da palavra
Biná - vbhc que significa “entendimento”.
O Nome de Hashem que aparece neste caso é o formado pelas letras (Yud e Hei).
O nome da letra Yud em hebraico escreve-se suh
= 10 + 6 + 4 = 20
O nome da letra Hei em hebraico escreve-se de 3 maneiras distintas: tv - vv - hv
= 5 + 1 = 6, 5 + 5 = 10 e 5 + 10 = 15
Então o Nome de Hashem através do “milui” pode ser:
Yud (20) e Hei (6, 10 ou 15)
20 + 6 = 26
20 +10 = 30
20 + 15 = 35
26 + 30 + 35 = 91
A letra que vale 6 em hebraico é a letra Vav (u)
O milui (nome por extenso) da letra Vav (u=6) pode ser escrito também das seguintes maneiras distintas:
(uu) e (utu) = (6 + 6 = 12) e (6 + 1 + 6 = 13) – atributos de misericórdia.
A partir de Rosh Hashaná (Tishrei) o mês de Elul pode ser o 12º ou 13º mês, dependendo se no ano temos um ou dois meses ADAR (Adar 1 e Adar 2).
k u k t
çú
111 é o valor do nome da letra ;kt (Alef – 1 + 30 + 80 =111)
A letra Alef t vale (1)
(1) em hebraico é sjt (Echad) cujo valor da palavra é 13.
Podemos perceber que temos na palavra Elul o número (13) em todos os seus aspectos.
Assim como Elul é o 6º mês a partir de Nissan, Adar é o 6º mês a partir do mês de Tishrei (Rosh Hashaná).
6 em hebraico é Shesh (aa), 300 + 300 = 600 = 6 + 0 + 0 = 6.
Por fim temos:
Em Elul / 5´772 é uma época propícia para a nossa redenção, através do justo Mashiach, como podemos encontrar nos Códigos da Torah conforme a seguir:
Que seja a vontade de HaKadosh Baruch Hu, no ano que advém 5´773, trazer a todo Povo de Israel, um ano repleto de saúde, parnassá (sustento), com a verdadeira alegria ou seja, Idish Naches (Prazeres Judaicos).
Shaná Tová Umetuká,
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Idolatria da numerologia Marx Golgher
Meu caro Marcelo, vc me solicitou a demonstração que o texto “O rei está no Campo” de David Zumerkorn está fundada na idolatria- a numerologia- significação oculta dos números e da influência deles no caráter e no destino das pessoas.
O que Zumerkom escreveu? O mês de Elul possui 29 dias. Cada dia possui 24 horas. Assim, temos um total de 696 horas. O número 696 alude à passagem em Mishlei (Provérbios – 16:7) que diz: Quando os caminhos da pessoa agradam a Hashem, Ele faz com que até seus inimigos lhe concedam paz.
A palavra “agradam – encontram favor” - Retzot - ,umr possui valor numérico de 696 (200 + 90 + 6 + 400), fazendo alusão ao mês de Elul, ou seja, quando o Seu coração (o coração de Hashem) está em sintonia com o coração de seus filhos que fazem Teshuvá, com certeza Hashem vai nos enviar a paz, a maior das bênçãos”
No meu entender, o fato do mês de Elul possuir 29 dias de 24 horas, resultando um total de 696 horas é um mero dado cronológico óbtido no calendário judaico, ponto final. Agora, quando se pinça essas 696 horas como indicação oculta de Hashem aludiria a Provérbios, 16:7, como se Ele precisasse usar números misteriosos para se comunicar com seres humanos privilegiados com a decifração do significado do mês Elul, evidencia-se uma interpolação indevida na intima relação do ser humano com Hashem. Sim, se os caminhos da pessoas agradam ao Eterno, os seus inimigos poderão lhe conceder a paz, em qualquer ano, mês, dia e hora do calendário judaico, independentemente do mês Elul registrar ao total 696 horas.
O valor 696 no texto é excepcional por que a palavra Retzots- possui valor numérico 696, fazendo alusão do mês de Elul, quando o coração de Hashem está em sintonia com o coração de seus filhos que fazem Teshuvá, como que se não fosse revelado esse numero, nada feito...Quando o “coração” do Eterno cronologicamente está receptivo a todos os seres humanos do planeta, 364 dias X 24 horas, 8736 horas..... Número que deveria ser considerado pelo numerologistas de plantão, e não apenas 696, por que o Eterno não descansa....
Antes de tudo, é, pois, necessário “distinguirmos entre o comportamento autoritário de alguns teólogos e a ética humanista judaica. Uma consciência autoritária ( o supergo de Freud) é a voz de uma autoridade internalizada. Ou seja, a pessoa aceita como suas as regras, proibições, como se abedecesse a si mesma, como se fosse a sua “consciência judaica”....O grande risco é a obediência cega, surda e muda, a uma autoridade perversa, exigindo-lhe ações perversas contra outros seres humanos.
Já a ética humanista hudaica, autônoma, não se reduz a uma voz internacionalizada de autoridade que desejamos agradar, mas a personalidade total expressando as exigências da vida e da realidade dos fatos. O bem para a consciência humanística é tudo o que estimula a vida, e o mal e tudo que a detem e sufoca. A consciência humanística é a voz do nosso eu, por que gosta de assim agir, e não por dever obedecer uma autoridade, se tornando responsável pelo que faz porque é parte com um ser humano vivo, interiormente ativo.
A postura autoritária está sempre matizada de idolatria. Atua de acordo com as ordens de uma autoridade a quem adoro como dona de um juízo absoluto sobre o bem e o mal”
Assim, a manipulação de números para valorizar a interpretação do Tanach com viés autoritário para induzir a erro o ser humano é precisamente um procedimento idolatra por se fundar na significação oculta dos números e da influência deles no caráter e no destino das pessoas, sem nenhuma critica analítica, abafando o natural dom do ser humano de pensar por conta própria...
P.S. Meu caro Marcelo gostaria de saber qual foi a primeira postagem na qual usei conceitos preconceituosos?
Caro Marx Golgher. Vejo que você tem muita dificuldade com interpretação de textos, ou, deixa-se levar apenas pelos títulos e antes mesmo de ler precipita-se em criticar. Esta é a segunda postagem que vejo você atribuir conceitos preconceituosos. ONDE VOCÊ ESTÁ VENDO IDOLATRIA AQUI?
Ah! Também não vejo nada de decepcionante, já que David Zumerkorn é um amigo pelo qual tenho muito apreço e respeito e um dos únicos que conheço que trata da GUEMÁTRIA como realmente deve ser, à luz da Torah.
Por outro lado, em toda essa sua repugnância senti um tom de admiração e fico feliz que que comente minhas postagens. Posto-as justamente com esse intento, o de produzir boas discussões. Só peço que realmente as leia, antes de criticar, para que suas críticas não fiquem apenas na superficialidade.
Shaná Tová Tikatenu!!!
Judaísmo e idolatria-
Meu caro Marcelo, decepcionante a sua aprovação ao texto de Zumekorn sobre a superstição da numerologia do mês Elul. Ou seja, o que dizem os números do mês Elul, a discorrer sobre a significação oculta dos números e da influência deles no caráter e no destino das pessoas, como se judaismo fosse uma religião inçada de magia, superstição, idolatria que venera objeto material-, no qual se julga habitar um espírito benfazejo ou malfazejo.
O idolatria representa a paixão central do homem quando ele transfere suas qualidades humanas para o ídolo. Tanto maior e mais forte se torna o idolo, mais o homem se empobrece. A história do homem está repleta de culto de ídolos, desde o primitivos, de barro ou madeira, até os modernos, representados pelo Estado, lider incontestável como Hitler, Mussolini, Stalin. etc.
Se o ídolo é a manifestação alienada das próprias energias do homem e se o modo de estar com essa situação de apego submisso ao ídolo, segue-se que a idolatria é necessariamente incompatível com a liberdade do livre arbítrio, independência do homem, um dos pilares fundamentais da religião judaica.
A importância crucial do perigo da idolatria encontrou muitas expressões na tradição judaica. O Talmude diz, por exemplo: Quem nega a idolatria é como se cumprisse toda a Tora. Enfatizemos que os profetas caracterizaram a idolatria como um autocastigo e auto-humilhação que perverte totalmente o sentido do judaísmo como a crença inabalável na capacidade de o homem traçar o seu destino pelo livre arbítrio, liberto de condicionantes ritualísticos de qualquer espécie, assumindo integralmente a repulsa ao uso da subserviência idolatra que leva ao homem a aceitar ficções e as ilusões que se interpõe entre ele e o Eterno.
A tradição bíblica e a tradição judaica posterior colocaram a proibição da idolatria num lugar tão elevado quanto o culto ao Eterno. Essa tradição deixa claro que Deus só pode ser cultuado se e quando todos os traços da idolatria tiverem sido eliminados, não só no sentido de não haver ídolos visíveis e conhecidos, mas também no sentido de que a atitude de submissão e alienação a eles, como numerologia, astrologia, culto em túmulos de mortos etc. que são idolatrados como intercessores entre o ser humano e o Eterno.
A guerra contra a idolatria é o principal tema religioso do Velho Testamento, desde do Pentateuco até Isaias e Jeremias.Já deveria ter sido superado de há muito tempo, mormente depois que a Emancipação judaica integrou o povo judeu pós Revolução Francesa, 1789, dentro do racionalismo humanitário de Spinosa, repelindo as superstição alienante do sectarismo e dogmatismo religioso da ortodoxia judaica. Daí o meu assombro em ver o Judaísmo Humanista acolher uma das mais toscas idolatrias que circula em meios judaicos- a numerologia, a busca do número da "sorte" ou do "azar", como se o Eterno também jogasse dados opar decidir a sorte dos seres humanos
Isso é M A R A V I L H O S O !!!
Shaná Tová Umetuká Tekatevu!
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