JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

Necessitamos de uma Nova Voz Judaica !

Jayme Fucs Bar – Kibutz Nachshon Julho 2011

Como um ativista da frente pela Paz entre Israel e Palestinos, e cidadão brasileiro e israelense, venho fazer escutar minha voz que talvez seja também a sua voz.

Como Judeu que se define como Humanista e Socialista, me sinto cada vez mais isolado dentro desse contexto dessa "Esquerda mundial" com a qual durante muitos anos fui identificado e ativista.

Parte desses grupos que se reivindicam como "Esquerda Mundial" na verdade se transformaram, num novo tipo de fascismo pós moderno, que luta de um lado pelo direito justo de auto determinação do povo palestino e do outro nega a existência de Israel, e vê o Judaísmo/Sionismo como uma rede de interesses econômicos que atua para o domínio geopolítico da economia Mundial.

O mais interessante é constatar que parte dessa esquerda faz "frente única" na sua estratégia com as forças do fundamentalismo islâmico mundial. "Frente Única" para propagar o ódio e deslegitimar a existência do estado de Israel, ampliando na sociedade em geral o crescimento do racismo e do anti-semitismo.
O Incrível é que o êxito dessa politica, vem ajudando cada vez mais o fechamento de Israel ao Mundo, pelo medo da ameaça a sua existência, fato que somente fortalece cada vez mais as forças ultra nacionalistas e fundamentalistas em Israel.

Como um ativista pela Paz e a não-violência, cada vez mais me faz arrepios, ao pensar nas conseqüências dessa nova estratégia desses grupos que se definem como " Nova esquerda mundial" entre as quais, em particular, há grupos atuantes no Brasill. Esta 'Nova Esquerda Mundial" atua em harmonia com as forças obscuras dos governos e organizações fundamentalismo e anti democraticas como Irã, Hisbbola, Hamas e Síria. Decorre do outro lado em Israel a legitimação institucional que vem ganhando esses setores radicais ultra nacionalista dentro da sociedade Israelense, levando a politica atual do governo de Israel a um beco sem saida se afastamento totalmente da possibilidade de se encontrar um possivel acordo de Paz entre Israel e Palestinos.

Me arrepio somente em pensar como essas novas tendências fascistas camufladas de esquerda e seus "companheiros" fundamentalistas islâmicos pretendem colocar em prática a não existência do estado de Israel, E o que farão com os seus 6 milhões de Judeus que vivem hoje em Israel.

Arrepios e um medo maior me faz pensar na reação de Israel, nas mãos dos ultra nacionalista que em uma ameaça como essa poderá, sem dúvida, criar conseqüências dramáticas que possa levar em roldão toda a humanidade.

Portanto:
Necessitamos, hoje mais do que nunca, de uma voz judaica saudával! responsável e comprometida com o destino do estado judeu democrático.

Necessitamos de uma voz judaica que não tenha medo de criticar a politica do governo de Israel, frente à continuidade da ocupação dos territórios ocupados e a necessidade de um acordo de Paz imediato.

Necessitamos de uma voz Judaica que acredita no estado Judeu da carta magna de sua independência, comprometido com a visão dos profetas de um Estado judeu democrático, baseado na garantia da liberdade e direitos a todos seus cidadãos, visando a paz com seus vizinhos e voltado aos valores de justiça social,solidariedade,e fiel aos princípios a Ata das Nações Unidas.

Necessitamos de uma Voz Judaica que faça ouvir a necessidade reciproca da autodeterminação de um estado Palestino ao lado do estado judeu. Dois povos, dois países, que possa conviver e se respeitar sob a bandeira da paz e não-violência

Necessitamos de uma voz Judaica que não tenha medo de enfrentar e delatar o fascismo e do anti-semitismo camuflado de "esquerda".

Necessitamos de uma Voz Judaica que saiba combater o perigo do fenômeno do fundamentalismo religioso que semeia em nome de D'us, o ódio, o racismo, o anti-semitismo e o preconceito ao outro, pelo simples fato de ser diferente.

Necessitamos de uma Voz Judaica que possa estar junto com as forcas de paz em Israel e no mundo, para apoiar a mudança da realidade do conflito Israel/Palestina, que entenda que a Paz é uma necessidade estrategica de ambos os lados, e que somente a Paz poderá garantir às futuras gerações de Israelense e palestinos a esperança de se viver um ao lado do outro com respeito mútuo e dignidade humana.

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Respostas a este tópico

Caro Marx

 

Você traz uma riqueza enorme de dados e perspectivas, que eu acho que precisa ser segmentada para poder ser bem discutida. Acho que a questão ficou grande demais, mas farei alguns breves comentários:

  • a análise do jihadismo. Aí teremos que entrar também na análise das forças democráticas dentro do Islã.
  • a análise da esquerda mundial. Caramba, isso é tão amplo... E discordo de você de que promotores do FSM possam ser misturados com a mixórdia de trotskistas, stalinistas etc. Não podemos ter esse DALTONISMO. Conheço pessoalmente as principais lideranças do FSM, uma das quais, Chico Whitaker, foi meu deputado constituinte que criou na Constituição os mecanismos de participação popular, e é coordenador da Comissão Justiça e Paz da Igreja no Brasil. Tem, obviamente, articulação com a CJP do Vaticano. Absolutamente nada a ver com trotskismo. Outra é Oded Grajew , que criou também o Instituto Ethos, que nada tem nem de trotskista nem de esquerda.
  • Fome mundial. Claro, problema seríssimo, mas é outro departamento. Por que discutir aqui?

Do que você escreveu, eu tiro dois ítens muito valiosos para o ciclo de debates:

  • a democratização dos países do Islã e a tendência do jihadismo. Por si só, já é um tema enorme, que terá que ser fatiado. Acho que o que nos interessa, dentro da preocupação colocada inicialmente pelo Jayme, é circunscrever à Palestina e aos países que têm fronteira com Israel. Penso assim.
  • colocar ao lado do antissemitismo a islamofobia. Embora isso não tenha repercussão no Brasil, é uma questão séria nos Estados Unidos e Europa. E uma questão que pode nos colocar ao lado de correntes muçulmanas, e termos acordos tácitos como tivemos com os negros na época da luta pelos Direitos Civis. Quero ver muçulmanos combatendo o antissemitismo, e judeus combatendo a islamofobia.

Um abraço

Sérgio

   Concordo  plenamente     eu crei  que  a  paz    entre  Judeus   e  Palestino    é muito importante   para     a  própria  existencia   de  Israel  como   nação.   ISRAEL  precisa    cumprir  seu papel  de   ser  a  LUZ  entre  as  nações.

 

                                                     Shalon

Meu caro Jorege Luiz Marinha Chrystalino agradeço a resposta, dando ensejo de reforçar nossa opinião em face da mensagem do Sérgio

Meu caro Sergio.

Vamos por partes.

  1. Penso que a análise do jihadismo é imprescindível para conhecermos o que significa a Guerra Santa do islã radical, sem duvida o grande inimigo do ocidente não-muçulmano com destaque para Israel, Estado e povo judeu. . Considera Alá como chefe de Estado, tendo Maomé como governador em seu nome. Como soberano supremo da comunidade politica-religiosa foi sucedido por uma longa linhagem de califas. O califado sempre foi definido como religioso e a finalidade suprema do califa é defender a herança do Profeta  e fazer com que fosse cumprida a Lei Santa O fato de vc falar em forças democráticas dentro do Islã mostra quão é necessário aprofundarmos neste tema. O  Islã por força da doutrinação do Corão e ensinamentos do Profeta tornou-se uma lealdade não só religiosa como política, não separando a religião do Estado, passo crucial para a criação dos Estados modernos democráticos. Ou ainda com as palavras do Profeta:- “O islã e o governo são irmãos gêmeos. Um não pode prosperar sem o outro. O islã é o alicerce , e o governo o guardião”, não havendo o devido espaço para a existência de “forças democráticas” nos paises submetidos ao Islã radical, com a possível exceção da Turquia. Penso que é importantíssimo analisar com profundidade o Islã radical, o que é, o que pretende, como atua, de vez que é o promotor de toda a movimentação antissemita do planeta. A memória das atividades de Maomé como governante da comunidade de Medina é venerada no Corão e nas tradições orais mais antigas que constituem o núcleo da consciência histórica de todos os muçulmanos do mundo
  2. Reduzir tudo isso à discussão à Palestina e aos paises que fazem fronteira com Israel, alija do debate o fator fundamentalmente do antissemitismo de nossos dias a atuação da República Islâmica do Irã dos ayatolas e Ahamadinejad com seus braços terroristas no Hizbola- partido de Alá do Líbano, Hamas, “Movimento de Resistência Islâmico” em Gaza, e Síria de Assad.   
  3. Sim, é preciso analisar  a Esquerda mundial que unida ao Islã radical que criaram uma frente com uma mixórdia de fundamentalismo sectário religioso de Maomé com suposto materialismo histórico de Karl Marx,.compundo uma frente de deslegitimação de Israel para varrê-lo do mapa, e jogar os judeus ao mar. Esta Esquerda anti-Israel é composta no Brasil pelo stalinista PC do B, PCB, o “trotskista”PSTU, PSOL, e setores do PT, outra contradição aberrante a aliança de Trotsky e seu assassino e algoz, Stálin. Objetivamente, basta atentar aos sites destes partidos para constar a presença de toda a propaganda anti-Israel  do Islã radical no Brasil. Essa, creio seja a Esquerda Mundial de que fala o Jayme.
  4.  Quanto ao FSM. Não sofro do daltonismo, tampouco de estrabismo. A minha opinião está amparada na experiência pessoal, no encontro regional preparatório realizado em BH. Fui ,com muita surpresa minha convidado numa das reuniões preparatórias do FSM de Porto Alegre em BH pela juventude do PT para participar de um debate sobre o conflito na Palestina. Mas  pouco antes da debate fui informado pelos jovens que a direção do encontro, dominado pelo PC do B e PCB, PSTU e alguns petistas, que meu nome foi vetado pela direção por ser eu um “agente de Israel”...A par, constatei que em Porto Alegre a palavra de ordem exposta nas faixas e material de propaganda, conferencistas convidados que dominaram o Fórum pregavam de modo sectário e furioso contra Israel,  inclusive a sua extinção imediata . Quero crer que Oded Grajew não aprovaria tal postura, mas ele foi superado pela forte militância destes partidos...
  5. Quanto à Fome Mundial de 1 bilhão de pessoas habitantes de paises pobres e miseráveis do planeta é uma das perspectivas mais negras da história da humanidade. E só por isso deveria ser preocupação prioritária do Estado de Israel e do povo judeu não no sentido caritativo, mas no sentido da Tzedaka de justiça social que emana das mensagens dos nossos Profetas. Mas infelizmente- eis um problema básico, Eretz não tem uma pauta internacional em politica externa, reduzindo tudo à Palestina e paises vizinhos, como se judaísmo fosse um fenômeno paroquial sem nenhuma dimensão universal, envolvendo a humanidade. Daí por que a sociedade israelense embora majoritariamente judaica, esta absolutamente omissa quanto à epidemia da fome, em que pese ostentar o galardão de contar com a mais contar com a tecnologia mais eficiente do mundo no cultivo de alimentos em solos secos, degradados como é o o caso dos paises pobres e famintos.
  6. Ainda mais que esse gravíssimo problema de crise humanitária tenha como um dos fatores determinante, não a escassez dos mantimentos básicos, mas o elevadissomo preço do petróleo imposto pela OPEP, e por vias de conseqüência, incrementando dos fertilizantes e custo do transporte, tornando-o inacessível aos países pobres e famintos do planeta. E ironicamente é é o extorsivo preço do “óleo da pedra” que proporciona os petrodolares necessários e suficientes para o Irã de Amadinejad- segundo exportador do cartel e Venezuela de Chaves o quinto maior exportador para nutrirem a campanha antissemita e anti-Israel do mundo.É a fome do mundo que sustenta  o terrorismo do Islã radical. Um escândalo, pois, em todos os sentidos a alienação de Israel em face ao genocídio silencioso dos povos pobres e miseráveis do mundo.

Meu caro Sergio, sinceramente, é isso que eu penso.

Um abraço

Marx Golgher

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