JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

 

A Parashá Balac muda das viagens do povo judeu no deserto para contar a história de Bilam, o profeta pagão que tentou amaldiçoar os Filhos de Israel.

Contratado por Balac, o rei de Moav, Bilam concorda em embarcar numa jornada até o acampamento israelita; entretanto, primeiro pede permissão a D'us, e vai com a condição de que falaria apenas aquilo que D'us colocasse em sua boca.

Durante a viagem, um anjo brandindo uma espada bloqueia o caminho de Bilam, fazendo que sua montaria desvie-se repetidas vezes da estrada. Incapaz de ver o anjo, Bilam reage golpeando o jumento desobediente por três vezes. Milagrosamente, D'us faz com que o animal fale com Bilam, e D'us desvela os olhos do humilhado profeta, para que possa ver o anjo de pé em seu caminho. O anjo então lembra a Bilam uma vez mais que ele pode apenas falar as palavras que o Criador colocar em sua boca.

Chegando próximo do acampamento dos judeus, Bilam tenta amaldiçoá-los repetidamente; todas as vezes D'us o impede, e em vez disso ele termina por pronunciar várias bênçãos e preces, para consternação de Bilam.

A Porção da Torá termina com a licenciosidade dos homens judeus com as filhas promíscuas de Moav e Median, e o indecente ato público de Zimri, um príncipe da Tribo de Shimon, com uma princesa medianita. Pinechas, neto de Aharon, reage zelosamente furando-os até a morte com uma lança, detendo uma peste que D'us havia feito irromper no acampamento.

Fonte: Chabad.

Obs.:  Muitas vezes somos obstinados em nossos pensamentos como  servos de D'us. Há momentos na nossa vida que estamos caídos e pensamos que estamos bem. Estamos cheios de orgulho. Recebemos títulos e nos achamos "poderosos".  Mas, está escrito: "Que é o homem para que dele se lembres?"

Achamos que nossas orações são um "feitiço" para quem quer que possa aproximar. Oh! Mais eu  dou  o dízimo e isso  é o  que mais agrada a D'us. É mesmo?  Biliam (Balaão), pensou que oferecendo  sete altares de sacrifícios, agradaria a vontade Divina.

Queremos achar um meio de prejudicar por inveja, por ciúme alguém que D'us ama. Não concordamos com seu cargo, nem seu posto, nem sua performance como  sadik (justo - santo). Nos no nosso julgamento dizemos: é uma pessoa imerecida, não  devia de estar onde está. Aí, tudo começa a dar errado. A "mula" (nosso objeto de admiração e de uso para o nosso trabalho sem o qual não  lograríamos êxito, não  está funcionando da maneira correta). O que houve?  Acontece, que nós com a nossa visão espiritual  míope, não  somos capazes de enxergar o que está no caminho. E somos tão "espirituais" ! Quem pode amaldiçoar um justo? Quem pode amaldiçoar Israel?

A situação  se inverte. Nós passamos a ser o injusto. E começamos a perder tudo. Primeiro, a intimidade com nosso D'us. D'us, não  nos chama de justo, nos chama de perverso. D'us nos lembra que o  que falamos, falamos da parte de D'us. É  Ele quem coloca as Palavras na nossa boca por inspiração. O dom é de D'us, não  é nosso. A qualquer momento pode ser tirado, ou continuar, mas ser algo sem vida,  palavras vazias, como  palha seca, levadas pelo  vento. Entra pelo um ouvido e sai pelo  o outro do ouvinte.

Tentar subornas D'us com  nossos dízimos e nossas ofertas e uma blasfêmia, quando essas oferendas estão  mal intencionadas.

Muitas vezes nos unimos a alguém que julgamos ser igual  ou melhor que nós, não para o crescimento  de um todo, mas, para derrubar uma liderança. Lembra da Parashá de Côrah, onde Coré se uniu a outros líderes para se rebelar contra Moshê?

Tudo que temos é dom de D'us. D'us é como  aquele pai que quer receber um presente do filho, mas sabe que o filho  não  tem posses para dar-lhe presente, então,  dá ao filho ouro e prata para que o filho lhe dê um presente.

Aquele que tem um compromisso com  "H" de obediência e devoção sincera, e persiste nesse propósito, jamais pode ser amaldiçoado por qualquer feitiço.

Quando subimos à Torá, não  por mero hábito, nem por um torpe desejo de mostras ser o melhor, subimos como se estivéssemos subindo a montanha do Sinai e estivéssemos junto com Moshê, falando e recebendo de D'us  as Mitsvot e as bênçãos (o ouro e a prata) para que possamos dar os nossos presentes a D'us (nossas preces, nossa devoção e nossos dízimos).

Mas Balac e Bilan, não  conseguiram êxito nos seus estratagema de amaldiçoar Israel.  A maldição intencionada por Bilan, tornou-se em benção. Bilan não contente com  o desfecho, aconselhou Balac  (Moabe) a introduzir  no meio do acampamento Israelita, mulheres que não  tinham nenhum compromisso com a religião do povo de Israel, para tentar enfraquecer a força espiritual do povo judeu. E não  foi isso também que planejou Danila a namorada de Sansão, mulher contratada pelos filisteus?  O inimigo estará sempre tentando enfraquecer aqueles que verdadeiramente são os devotos de "H".  A mulher é um ser maravilhoso!  Mas, ela tanto abate,  quanto levanta. Depende a quem ela está compromissada.  Com quem ela fez acordo?  Com o  Eterno  D'us para servi-lo? Ou com os idólatras,  feiticeiros e sacerdotes espirituais (doutrinas pagãs) da maldade para sutilmente nos destruir da nossa fé (confiança) no único D'us revelado no Sinai?

Por isso, por mais belas e atraentes que possam ser,  precisamos estar vigilantes, para não  cairmos em tentação na fraqueza dos nossos olhares e nossos gostos, e corrermos o risco de sermos destruídos da devoção  ao nosso D'us  e de ver dizimados todo o nosso povo.

E dessa fraqueza todos nós somos acometidos.  O que nos fortalece, contra esse mal, é  o  nosso  convívio  com  a Torá.  Dela é que não podemos nos separar nunca.

Shabat Shalom !

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