JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

Muitos brasileiros do nordeste são de origem judia e nem desconfiam disso

Expulsos de Portugal, muitos judeus se instalaram no nordeste brasileiro no século XVII. Por volta de 1635 chegaram aos portos do nordeste judeus vindos da Holanda, mas originários da Península Ibérica (sefardins). Atraídos pela prosperidade, os navios fretados por judeus chegavam aos nossos portos quase que mensalmente. Uma vez aqui, muitos prosperaram sobretudo no comércio. Em 1910, uma nova leva, desta vez vindo da Rússia, chega a nossa região.

Perseguidos pela Igreja Católica acusados de heresias em toda Europa, especialmente na Espanha e em Portugal, os judeus do nordeste brasileiro só tiveram liberdade religiosa durante o domínio holandês (1624 - 1654). Com a expulsão dos holandeses, a repressão voltou. Muitos foram obrigados a se cristianizar novamente ou rumar para, entre os índios janduís, viver no interior do Rio Grande do Norte.

Em Recife (PE) foi erguida a primeira sinagoga das Américas no século XVII. Também lá foi escrita a primeira manifestação em hebraico do Novo Mundo. São três orações escritas pelo rabino Isaac Aboab da Fonseca, que relatavam o sofrimento e as provações passadas pelo povo judeu. Isaac por sua vez, foi também o primeiro rabino das Américas.

Mas na verdade, a presença dos judeus nesta região data da chegada de Pedro Álvares Cabral. De acordo com Gilberto Freyre, de dez portugueses que vieram para cá, oito eram cristãos-novos, eles se espalharam principalmente pela Paraíba e Rio Grande do Norte, fugindo da Inquisição e lutando para preservar a religião e a cultura judaicas em segredo. Muitos mudaram seus sobrenomes a fim de fugir do preconceito, chegando a adotar nomes de árvores, plantas ou lugares em substituição. Como por exemplo: Carvalho, Moreira, Nogueira, Oliveira, Pinheiro, Lopes, Dias, Nunes, Souza, Medeiros e Costa. Por aqui ficaram conhecidos como "marranos" - por terem sido convertidos ao catolicismo "na marra".

O anti-semitismo, isto é, ódio e repulsa a tudo o que é judeu, tem uma longa história na Europa e atingiu o seu ápice durante a Alemanha Nazista.

Há alguns legados marranos presentes até hoje na cultura do nordeste brasileiro, como por exemplo a carne de sol do Rio Grande do Norte que é originária da carne kasher judaica, a tapioca típica foi desenvolvida da matzah judaica, o enterro de corpos em mortalhas, a retirada total do sangue dos animais abatidos; pintar as casas no final de ano, arrumá-las às sextas-feiras; comprar mercadorias à porta de casa e em prestações. Hoje, os judeus baseiam sua identidade muito mais em um sentido de história e tradições comuns do que em elementos étnicos ou lingüísticos.

O elemento central do judaísmo é o monoteísmo sintetizado na oração Shemá Israel...que diz "Ouve, Israel: o Senhor é nosso Deus, o senhor é Um".

Oficialmente o censo de 1980 encontrou só 36 pessoas seguidoras da fé judaica no Estado. Já o de 1991 revelou um número um pouco maior, 59 fiéis. Porém, o sangue semita corre nas veias de um número muito maior de norte-riograndenses, incluindo dos mais de 90% que professão a religião católica. Atualmente vivem 120 mil judeus no Brasil enquanto que no mundo eles são aproximadamente 15 milhões. É certo, há poucos praticantes do judaísmo, se compararmos aos adeptos de outras religiões, mas a representatividade dos judeus é muito grande no mundo político, científico, cultural e sobretudo econômico.




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Os cristãos-novos brasileiros não estão sós. Você sabia que há judeus negros? Na África há dois povos muito antigos que só recentemente foram reconhecidos como judeus.
Falashas

Os falashas (nome cujo significado é: estrangeiro) são descendentes do rei Salomão e a rainha etíope de Sabá. Viviam na Etiópia até a grande seca de 1985 quando, para salvar-lhes a vida, Israel montou a operação Moisés, uma iniciativa da Organização Sionista Mundial para tirar-lhes secretamente, via aérea, da África e levá-los ao Estado de Israel. Ao chegarem em território israelense, os médicos diagnosticaram nos falashas casos fisiológicos e de nutrição semelhantes aos encontrados nos sobreviventes dos campos de concentração.

Na Etiópia os falashas formavam uma comunidade atrasada e fechada que preservava, intactos, usos e costumes que remontam a mais de dois séculos. Dizendo-se descendentes da tribio perdida de Dan, fundada por Menelik, filho do rei Salomão com a rainha de Sabá, os judeus etíopes só foram localizados em meados do século XIX, após mais de mil anos de isolamento, e apenas em 1947 os rabinos-chefes de Israel admitiram formalmente serem eles judeus.

Lembas

Um teste de DNA feito em 1999 pelo geneticista inglês David Goldstein, da Universidade de Oxford, descobriu que uma tribo de negros do norte da África do Sul e arredores têm ascendência judaica. "Os Lemba fazem a circuncisão, casam-se apenas entre si, guardam um dia da semana para orações e não comem carne de porco ou de hipopótamo, considerado um parente do porco". Comprovou Tudor Parfitt, historiador do Centro de estudos Judaicos, de Londres.

Segundo a tradição oral dos Lemba, eles viviam num lugar chamado Senna. Há no Iêmen uma pequena vila com esse nome que até o século X ficava num vale fértil, abastecido por um açude. Quando este secou, a maioria das pessoas partiu.

Geneticamente, os lembas são parentes dos Cohanim que juntamente com os Levi e os Israel formam um dos três grupos em que se divide o povo judeu.

Os cientistas afirmaram que o ancestral comum dos Lemba e dos Cohanim viveu entre 2.600 e 3.100 anos atrás. Pela tradição judaica o período coincide com a vida de Aarão, o irmão de Moisés, de quem os Cohanim se dizem descendentes diretos. Provavelmente o grande pai também dos negros lemba.


Depois de ler sobre os cristãos-novos você está pensando em voltar as suas raíses e se converter? Saiba como os judeus, acusados de serem fechados, encaram a conversão:
Qual o status dos cristãos-novos perante a lei judaica?

Cristãos-novos são aqueles judeus, especialmente da Espanha e Portugal (também chamados "Marranos"), que foram obrigados a se converter ao catolicismo durante a Inquisição e outras perseguições, embora freqüentemente continuassem a praticar o Judaísmo em segredo. Muitos deles se asilaram no Brasil, principalmente no norte do país.

Quanto ao seu status perante a comunidade judaica: a lei afirma que quem nasce de mãe judia é judeu. Portanto, enquanto a ascendência materna for judaica, os descendentes permanecem judeus através das gerações.

Assim sendo, quando um cristão-novo deseja voltar formalmente ao Judaísmo, seria ilegal exigir que ele se convertesse, pois isto implicaria que sem tal conversão ele não é judeu. Entretanto, embora não seja exigida uma conversão formal, é costume submeter os cristãos-novos a alguma espécie de ritual para assinalar seu "regresso" à comunidade judaica. Isto é feito simbolicamente através de uma promessa de chaverut, lealdade ao Judaísmo. Uma vez que eles foram criados dentro do Cristianismo, é necessário que se comprometam a estudar as doutrinas e as práticas judaicas, e afirmem sua disposição de cumprir os mandamentos do Judaísmo.

Como a comunidade judaica e os rabinos encaram o judeu convertido?

Quando a conversão é motivada pela livre e espontânea vontade do indivíduo, quando ela é conseqüência de uma preparação consciente, acompanhada de um compromisso sincero e da firme resolução de observar as Mitzvot - os preceitos, as práticas, as tradições - então o convertido é considerado "autêntico" e é plenamente aceito como membro da comunidade judaica.

Quando, entretanto, não existe tal compromisso, tal seriedade de intenções, então a conversão se torna uma farsa, um ato sem sentido. Neste caso, os rabinos não só desaconselham, como se recusam a consumar a conversão.

Fonte: "Os porquês do Judaísmo"
(Rabino Henry I. Sobel)

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Respostas a este tópico

Querido  Mestre Jayme, vi que esse texto é do Sobel, mas com relação ao que ele diz:

"Assim sendo, quando um cristão-novo deseja voltar formalmente ao Judaísmo, seria ilegal exigir que ele se convertesse, pois isto implicaria que sem tal conversão ele não é judeu. Entretanto, embora não seja exigida uma conversão formal, é costume submeter os cristãos-novos a alguma espécie de ritual para assinalar seu "regresso" à comunidade judaica. Isto é feito simbolicamente através de uma promessa de chaverut, lealdade ao Judaísmo. Uma vez que eles foram criados dentro do Cristianismo, é necessário que se comprometam a estudar as doutrinas e as práticas judaicas, e afirmem sua disposição de cumprir os mandamentos do Judaísmo."

Não tenho conhecimento de que haja essa prática  aqui no Brasil. Você já ouviu falar nisso?

 

Marcelo Barzilai.

Grande Mestre Marcelo,Shabat Shalom Humevurach!

Você sabe que no Judaísmo existe um termo antigo que se diz " Mukar Besibur" (Reconhecido publico). Isso quer dizer que uma pessoa que  vive num comunidade de Judeus, e pratica os costumes e as tradições judaica, mesmo que ele não tenha como "provar" sua origem judaica é considerado Judeu sem necessitar de "processos de conversão".

 Esse termo sempre foi pratica nas comunidades judaica ate o final do sec XIX, onde a sua origem vem da Megilat Ruth , onde Nomy se torna Judia no momento que afirma Aceitar o conceito do ÚNICO e ser parte integral  dos costumes e tradições do Povo Hebreu.

Com a Emancipação no sec XIX o Judaísmo tradicional ortodoxo se tornou mais rígido e cada fez mais fechado e incrível que como também influenciou as novas correntes religiosas como  movimento conservador e reformismo.

 Quando o Rabino Sobel fala desse conceito ele tem toda a razão! Mais na Pratica infelizmente eu não conheço um rabino no Brasil  dos mais "liberais" que aplica na pratica esse conceito, em alguns casos ( como o rabino Sobel) os rabinos são mais liberais que os membros das suas propias comunidades judaica.

Se esse conceito " Mukar Ba sibur" fosse colocado em pratica principalmente no caso dos Judeus anussim, poderíamos ajudar muitíssimo resolver essa saga absurda e dolorosa que vem passando milhares de pessoas que vivem hoje como judeus,e  praticam o judaísmo dentro do conceito da Migalat Ruth  " Esse e Meu Deus Esse e Meu Povo".

Como tivemos a oportunidade de conversar sobre esse tema,sera necessario fazer uma grande movimentação publica frente as comunidades judaica e o estado de Israel, para que possamos fazer mudar essa estranha realidade,desconectada das  fontes originais judaica como no caso da Megilat Ruth, substituida por Novos Dogmas criado por rabinos que em função do medo da assimilação criaram novas regras e essas regras feitas por homens se tornaram "verdades Divinas". 

Quando o pessoal da Torá  Oral, lerem a Torá escrita, descobrirão que o  Melech Davi, os filhos de Moshe e de Yosef, não nasceram do ventre de Mãe Judia, quando o Mashiach vier vai revogar tudo isso.

Querido Ahuv,

Durante todo o periodo na nossa historia ate os anos 70 DC , ser judeu era pelo sêmen do pai e não pela ventre da mãe! À logica da epoca ,vinha de que somos todos filhos de Abraham o primeiro Judeu , Essa lei somente foi mudada devido que durante o periodo romano e mais especificamente durante as revoltas judaica, uma das armas romana era fazer uma limpeza étnica do povo hebreu , geralmente matando todos os homens e violentando sexualmente as mulheres, onde seu filhos seriam romanos e não judeus.

 A mudança dessa lei , onde ser judeu será através do ventre materna acontecera dentro de uma necessidade real das  desse tempo de sobrevivência judaica.

Logicamente vivemos hoje uma realidade diferente do periodo romano, porem o judaismo ortodoxo com o medo dos processos da emancipação judaica e a grande assimilação, criou com a intenção de proteger o judaismo grandes barreiras, transformando essas leis humanas de rabinos em dogmas  fechados como se fosse leis de Deus.

No passado a conversão judaica vinha de um processo onde o gentio , vivia um bom periodo dentro da comunidade do povo Hebreu e em um determinado momento ele ou ela ,fazia uma declaração publica frente toda a comunidade " Esse eh meu Povo Esse eh Meu Deus" e a comunidade aprovava a entrada oficial dessa pessoa como parte do povo hebreu. Veja a linda historia de Ruth e o seu rico processo de conversão, ela era uma Moabita seu pai e sua mãe não eram judeus e vai ser ela Ruth a avo do famoso Rei Davi e da dinastia do esperado Meshiach .

Com Tudo Isso, quero te dizer  que não acho que necessitamos esperar que o meshiach cheque para revogar essa lei realizada por humanos, Judaismo não eh, e nunca será monopólio da ortodoxia e de ninguém!  De uma Lado devemos fazer um processo politico atuante nas comunidades judaica e suas correntes judaica ,frente ao governo de Israel, do outro lado não necessitados de autorização da ortodoxia para Ser um  judeu ou judia.

 Judeu/Judias  são todos aqueles  que se identifica como judeu e se sente vinculado a suas historias, culturas e tradições judaica.

Mais para que esse conceito tenha expressao e significado pratico, devemos nos organizar em nossas propia  comunidades do judaismo humanista.

Shavua Tov!

Shavua Tov, quero agradecer  Jayme Fucs , pelas matérias, pelas discussões apresentadas tem sido uma Yeshivá . A posição dos Rabinos está totalmente correta. Veja meu caso: Cristão protestante há 42 anos, Evangelista  Protestante 37 anos, pastor há 32 anos,  Rosh "Judeu" Messianico. Me converti quando  conheci o Trabalho do Rabino Benztion Kravitz-  Jews for Judaism.

  Hoje sou um "Judeu Novo" não fomos convertido a força pelo Catolicismo Romanos, como foram nossos irmãos Cristão Novos, que são Herois anonimos, deveriam o Governo de Israel dar uma condição para esse retorno. Fazer uma conversão oficial custa muito caro, uma bris custa cerca de R$ 7.000,00( SETE MIL REAIS), com a brachá,  um curso de 52 semana= R$ 6.500,00 ( seis mil e quinhentos Reais) a B'rit Milá estão sendo feita por médicos Urologistas, tem sido mais em conta. Somos 100% Pró Israel, SOMOS JUDEUS NOVOS, amamos O TANAR, a Halahá, não desistimos nunca.

 Dirijo uma congregação com cerca 35 pessoas, estamos aprendendo juntos toda a prática judaica, para os jovens que querem, fazer Aliah, indicaremos uma Sinagoga  fazer a Conversão Oficial,  Estamos pesquisando muito, Acho que os Cristãos Novos Deveriam, se organizar em Congregações e aprender a prática do Judaismo,para poder sensibilizar o Rabinato de Israel cobrar seus direitos.

A informacao que vc. me mandou sobre o nome BARBOSA, me motivou realmente a uma procura mais profunda. A familia BARBOSA e da minha linha materna da regiao do Nordeste Brasileiro ( PARAIBA e RECIFE). Dos distantes fatos que me lembro, minha mae e minha vo contavam dos casamentos entre familiares. Alguns deles proximos outros mais distantes, mas sempre dentro da familia. Minha mae, entretanto, casou-se completamente fora ( Isto e o que parece, pois ainda nao comecei a pesquizar a lineagem paterna.) Estou focalizada na lineagem materna. Como todos os meus familiares ( mae, vos, tia-avo, etc) ja partiram , minha busca se torma mais dificial ainda, por isso estou compilando os dados onde coloqueio nome: Ärqueologia Geneologica de BARBOSA- e a Estrela Brilhou.. E uma busca incansavel. O nome e a Estrela Brilhou, foi colocado porque em toda a minha infancia e adolescencia, minha vo me fazia usar um cordao com a Estrela de Davi, mas dizia que deveria usa-la escondida dentro da blusa. Ela alegava que, por ser de ouro, as pessoas poderiam arrancar do meu pescoco e roubar. Nunca questionei isso. Outros costumes tambem da minha familia, so agora analizando estao se connectando. Agradeco a oportunidade de participar deste blog. Uma coisa e clara: o direito do meu retorno e dos meus filhos, e a Estrela de David vai brilhar....

Talvez este blog ate me facilite na minha jornada arqueologica.

Outra coisa, gostaria de saber mais acerta do cerimonial de retorno. Onde posso encontar? Conheces alguma sinagoga aqui na California- area de Los Angeles, La Brea? Sao Francisco e muto longe pra mim.

Shalom.

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