De acordo com os números da última pesquisa realizada pelo Yediot Ahronot, o Bloco Sionista, liderado por Herzog e Livni, obteria 25 cadeiras, enquanto o partido de Benjamin Netanyahu – Likud – alcançaria 24.
No entanto, para aqueles que pretendem substituir o atual governo votando em partidos de centro-esquerda (Bloco Sionista, Yesh Atid, Kulanu e Meretz), o dado mais importante na pesquisa é que 76% dos judeus israelenses estão certos de que votarão nas próximas eleições.
Qual é a relevância dessa informação? Esse dado é fundamental pois ele indica um crescimento na taxa de adesão eleitoral em relação aos últimos anos. Desde 2001 a média de eleitores judeus que compareceram às urnas é de 67%. Veja na tabela ao lado a variação nos índices gerais.
Mas por que esse crescimento é positivo para eleitores de centro-esquerda? De acordo com pesquisas do Instituto Israelense para Democracia e do Centro Nacional de Estatística, a maioria das pessoas que não votam encontra-se em regiões onde partidos de centro-esquerda tem mais força. Além do fator “região”, as pesquisas apontam que o índice de abstenção é predominante entre pessoas de classe média-alta e seculares, exatamente o público-alvo do Bloco Sionista, Yest Atid, Meretz e, em menor proporção, Kulanu.
Há razão para otimismo? Sim e não. Por um lado, vemos a estabilidade do Bloco Sionista e a queda de partidos de direita sem crescimento significativo do Likud. Por exemplo, Habait Hayehudi, liderado por Naftali Bennett, obteria apenas 12 cadeiras (5 a menos do indicado nas últimas pesquisas). O partido de Benjamin Netanyahu, por sua vez, alcançaria as mesmas 24 cadeiras previstas anteriormente. Por outro lado, não é possível saber se Isaac Herzog e Tzipi Livni conseguirão formar uma coalizão. Dependerá do poder de persuasão dos dois em suas negociações com Moshe Kahlon (partido Kulanu) e líderes dos partidos ortodoxos (Shas e Yahadut Hatora). É verdade que na teoria esses três partidos tendem a agregar uma coalizão formada por Benjamin Netanyahu. Na prática, no entanto, Shas já participou de governos liderados pelo partido Trabalhista (Avoda) e Moshe Kahlon decidiu recentemente pela saída do Likud por desavenças internas. Ou seja, há a possibilidade de mudança; apenas não se sabe quão real ela é.
Você precisa ser um membro de JUDAISMO HUMANISTA para adicionar comentários!
Entrar em JUDAISMO HUMANISTA