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O antissemitismo na Venezuela - Fonte : Portal Pletz

 

O Centro Simon Wiesenthal pediu ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para intervir pessoalmente a fim de parar os ataques antissemitas contra o candidato presidencial da oposição para as eleições de outubro, Henrique Capriles. Em um artigo “Inimigo é o sionismo”, assinado por Adal Hernandez e publicado no site da Radio Nacional da Venezuela, Capriles é apresentado como “descendente de uma família de judeus sefarditas de Curaçao [pelo lado paterno] e uma família russo-polonesa judaica [que fugiu dos nazistas e encontrou refúgio na Venezuela, pelo lado da mãe]. Leia aqui o artigo. Apesar dessas raízes judaicas, Capriles é católico.

O texto procura desqualificar o candidato da oposição por causa de suas origens judaicas, encobrindo os ataques como antisionismo. Hernandez descreve o sionismo como “a ideologia do terror, dos sentimentos mais podres da humanidade; impulsos supostamente patrióticos que tem como base a ganância, de acordo com a lógica de que “todo nacionalismo apátrida é, por necessidade, uma conquista.” O artigo usa teorias de conspiração e conclui que “este é o nosso inimigo, o sionismo representado hoje por Capriles, que não tem nada a ver com uma proposta nacional independente. Para outubro, há duas propostas claras para a Venezuela, a Revolução Bolivariana (…) e a internacional do sionismo, que ameaça destruir o planeta em que vivemos.”

Em uma carta a Chávez, Shimon Samuels, (Diretor de Relações Internacionais do SWC) e Sergio Widder (Diretor para a América Latina) dizem: “O uso do antissemitismo como uma ferramenta de luta política desafia a democracia e viola a Declaração da Costa do Sauípe, assinada juntamente com os colegas Cristina Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva em 2008, que condena explicitamente o antissemitismo e todas as formas de racismo, bem como a Declaração contra o antissemitismo fornecida pelo Centro e aprovado pelo Parlatino (Parlamento América) em dezembro de 2011.”

“Exortamos o presidente Chávez a parar esta campanha que certamente vai tornar-se mais ameaçadora perto da data da eleição. Chávez detém a responsabilidade final pela mídia estatal e pode parar com este discurso pessoalmente, neste caso, através da condenação pública disciplinar da Radio Nacional da Venezuela, ordenando seu diretor a emitir um pedido público de desculpas a Capriles e à comunidade judaica em relação aos comentários antissemitas”, disse Samuels. “Na verdade, Chávez é a única pessoa que pode parar esses ataques. Sua falta de resposta seria um apoio e incentivo em favor do racismo”, concluiu Widder.

Para Capriles, o ódio deve ser enterrado. Sua avó Lily Radonski viveu no gueto de Varsóvia durante a Segunda Guerra Mundial e seus quatro avós morreram no campo de extermínio de Treblinka. Chávez chamou o líder da oposição de porco, “nazista” e “fascista”. Em sua campanha há propaganda anti-judaica. O chavista Aporrea chegou a publicar na web um guia para obter instruções sobre antissemitas e a denunciar os membros da comunidade judaica e confiscar seus bens.

Sob o governo de Chávez, a comunidade judaica de Caracas, viu sua escola ser tomada de assalto duas vezes, em 2004 e 2007, com o pretexto de procurar armas. Em 30 de janeiro de 2009, foi profanada a Sinagoga Tiferet Israel, por um grupo de homens armados, que saquearam e pintaram todas as paredes com suásticas.  Eles também roubaram dois computadores, contendo informações sobre a comunidade judaica de Caracas. Sete policiais foram presos, acusados ??de estar por trás dos fatos.

O ataque à sinagoga ocorreu três semanas depois de que Chávez expulsou o embaixador israelense na Venezuela como um gesto para condenar os ataques israelenses na Faixa de Gaza, em meio a uma campanha para boicotar produtos, lojas e organizações judaicas ou relacionados com Israel. A Venezuela é um forte aliado do Irã, que tem laços políticos e comerciais. Estima-se que durante estes 14 anos de revolução bolivariana, cerca de 6.000 judeus deixaram a Venezuela.

fonte: BBpress

http://www.pletz.com/blog/o-antissemitismo-na-venezuela/

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Comentário de Uildicler E Silva em 12 outubro 2012 às 16:43

Bom dia! O amigo não se engane. O socialismo que Hugo Chaves quer implantar no país e tornou a firmar isso após ganhar as eleições. Que agora vai implantar o socilaismo de uma vez por todas. Isso vai gerar muita dificuldade para a comunidade judia na Venuzuela. Hugo Chaves não vai intervir a favor da comunidade judaica. Ainda mais que etá aliado do Irã. É um perigo para a América Latina. Mas o povo venuzuelano na sua porcentagem que o elegeu, está acreditando nas mudanças e no socialismo de Chaves. Que esses Yehudim venham para o Brasil. E se juntem a nossa comunidade, fortalecendo e engrossando o número de yehudim no Brasil. Shalom.

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