O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
Por motivos da hora, ando lendo um pouco do velho bruxo vienense, O futuro de uma Ilusão. Por coincidência ou não, arrumando meus alfarrábios,me deparei com este texto que escrevi em 2006, bem antes do nosso blog se tornar realidade... E como acho que o tema não perdeu vigência,muito pelo contrário, aí vai:
NOS LIMITES DA FÉ E DA RAZÃO: por Elias Salgado
Pronto resolvi assumir publicamente: até aqui estive em cima do muro nessa questão tão fundamental, que é tomar um partido claro em relação às crenças que me norteiam. Até hoje, como bom bi-polar, vivi nos limites entre a fé e a razão, oscilando lá e cá como numa gangorra . Agora resolvi dar um basta nisso tudo! Não dá pra seguir com dois casamentos...Decidi consultar meu oráculo, jogar uns búzios e confeccionar um mapa que me norteie. Afinal não tomei uma decisão? Não disse a mim mesmo que a hora é agora? Que todas as minhas verdades têm que ser postas sobre a mesa mista da reflexão voltada para a decisão? Pois então foi o que fiz! Vocês gostariam de saber meus resultados? Estão curiosos? Acho que vocês são merecedores de conhecê-los. Fiquem bem comportados, que eu lhes farei uma descrição agradável, desta aventura pelos Mares da Dúvida, atravessando o Bojador da Angústia até descobrir, já lhes adianto, mas sem porém, tirar a graça da história, que nessa viagem não consegui encontrar o Mar da Certeza, mas sim o da Tranqüilidade.E ao chegar nele , não fiquei frustrado por não encontrar o outro, mas sim com uma sensação de plenitude, pois concluí, que estar tranqüilo, significa estar de consciência limpa: “para que necessito de certezas? Elas podem ser águas muito limitadoras de horizontes, de pouca profundidade e meu barco-vida pode encalhar...” Então, içar velas marujos! Homens ao mar!
Capitão de navio que não seleciona previamente seus mapas está fadado a ficar dando voltas em si mesmo e não sair do lugar... Mas como a era é do GPS usei um que mandei fabricar sob medida para este tipo de viagem e garantir minha chegada ao porto sem tantos contratempos... É que em tempos passados freqüentei uma Escola de Sagres – a Universidade Hebraica de Jerusalém - onde aprendi, entre outras coisas, a elaborar bons roteiros para a orientação na confecção de bússolas, mapas ou como queiram, GPS. Como resultado prático deste conhecimento adquirido, vejam que seleção de belos componentes consegui para o meu instrumento de navegação:
Componentes selecionados: Christopher Hitchens e seu “Cartas a um jovem contestador”-veja a seguir suas dicas para esta viagem:
: “ Se queremos criar um ser humano independente e questionador, um dissidente e livre pensador, não é de joelhos ou prostrado que devemos faze-lo”
“ Os homens criaram deuses a sua própria imagem e não o contrário” ( Será que ele andou lendo Harold Bloom e seu “ Jesus e Javé”?)
“ A religião é e sempre foi um meio de controle” ( Será que ele leu Spinoza e seu “ Tratado teológico Político”?)
Fazendo suas as palavras de Freud, ele lembra o que diz o mestre, que a superstição religiosa é impossível de erradicar, pelo menos enquanto tivermos medo da morte e do escuro. Ela pertence à infância da nossa raça, e a infância nem sempre é nosso período mais agradável ou inocente.
E agora descreverei pra vocês o que vejo no meu Mar da Tranqüilidade. Antes gostaria de lembrar-lhes que a minha não é ser guia de turismo e tão pouco editor de compêndios do gênero. Se passo esta sensação talvez seja porque meu mar atual é real, portanto transmissor de verossimilhança.
No meu Mar da Tranqüilidade há uma praia chamada Judaísmo e nela um canto que me é muito especial, e onde “amarro a minha rede em noites claras de luar” Ele tem o nome de Judaísmo Sionista Secular Humanista, uma opção de estar e ser tranqüilo sem correr os riscos de ser confundido com algum membro da antiga seita do persa Manes, os tais maniqueístas.
E por último, vai uma antecipação aos que com certeza vou desagradar: vocês já ouviram falar naquela bela e sábia máxima do Talmud que diz “ Se eu não for por mim, quem será? E se não agora , quando?”, é de um velho sábio judeu que se chamava Hilel.
Da mesma fonte, o Talmud, também beberei mais um gole e tentarei com ele saciar nossa sede de esperança na redenção: “ Quem salva uma vida, é como se salvasse toda a humanidade”
E assim quero concluir dizendo, que até aqui vai minha tranqüilidade: humano que sou, como todos nós, estou tranqüilo ao salvar a minha vida, pois pelo raciocínio acima, com o qual comungo, estarei assim quiçá, ajudando a salvar toda a humanidade. Oxalá! todos fizessem o mesmo! Estaria assim assegurada a redenção do gênero humano!
: por Elias Salgado
Pronto resolvi assumir publicamente: até aqui estive em cima do muro nessa questão tão fundamental, que é tomar um partido claro em relação às crenças que me norteiam. Até hoje, como bom bi-polar, vivi nos limites entre a fé e a razão, oscilando lá e cá como numa gangorra . Agora resolvi dar um basta nisso tudo! Não dá pra seguir com dois casamentos...Decidi consultar meu oráculo, jogar uns búzios e confeccionar um mapa que me norteie. Afinal não tomei uma decisão? Não disse a mim mesmo que a hora é agora? Que todas as minhas verdades têm que ser postas sobre a mesa mista da reflexão voltada para a decisão? Pois então foi o que fiz! Vocês gostariam de saber meus resultados? Estão curiosos? Acho que vocês são merecedores de conhecê-los. Fiquem bem comportados, que eu lhes farei uma descrição agradável, desta aventura pelos Mares da Dúvida, atravessando o Bojador da Angústia até descobrir, já lhes adianto, mas sem porém, tirar a graça da história, que nessa viagem não consegui encontrar o Mar da Certeza, mas sim o da Tranqüilidade.E ao chegar nele , não fiquei frustrado por não encontrar o outro, mas sim com uma sensação de plenitude, pois concluí, que estar tranqüilo, significa estar de consciência limpa: “para que necessito de certezas? Elas podem ser águas muito limitadoras de horizontes, de pouca profundidade e meu barco-vida pode encalhar...” Então, içar velas marujos! Homens ao mar!
Capitão de navio que não seleciona previamente seus mapas está fadado a ficar dando voltas em si mesmo e não sair do lugar... Mas como a era é do GPS usei um que mandei fabricar sob medida para este tipo de viagem e garantir minha chegada ao porto sem tantos contratempos... É que em tempos passados freqüentei uma Escola de Sagres – a Universidade Hebraica de Jerusalém - onde aprendi, entre outras coisas, a elaborar bons roteiros para a orientação na confecção de bússolas, mapas ou como queiram, GPS. Como resultado prático deste conhecimento adquirido, vejam que seleção de belos componentes consegui para o meu instrumento de navegação:
Componentes selecionados: Christopher Hitchens e seu “Cartas a um jovem contestador”-veja a seguir suas dicas para esta viagem:
: “ Se queremos criar um ser humano independente e questionador, um dissidente e livre pensador, não é de joelhos ou prostrado que devemos faze-lo”
“ Os homens criaram deuses a sua própria imagem e não o contrário” ( Será que ele andou lendo Harold Bloom e seu “ Jesus e Javé”?)
“ A religião é e sempre foi um meio de controle” ( Será que ele leu Spinoza e seu “ Tratado teológico Político”?)
Fazendo suas as palavras de Freud, ele lembra o que diz o mestre, que a superstição religiosa é impossível de erradicar, pelo menos enquanto tivermos medo da morte e do escuro. Ela pertence à infância da nossa raça, e a infância nem sempre é nosso período mais agradável ou inocente.
E agora descreverei pra vocês o que vejo no meu Mar da Tranqüilidade. Antes gostaria de lembrar-lhes que a minha não é ser guia de turismo e tão pouco editor de compêndios do gênero. Se passo esta sensação talvez seja porque meu mar atual é real, portanto transmissor de verossimilhança.
No meu Mar da Tranqüilidade há uma praia chamada Judaísmo e nela um canto que me é muito especial, e onde “amarro a minha rede em noites claras de luar” Ele tem o nome de Judaísmo Sionista Secular Humanista, uma opção de estar e ser tranqüilo sem correr os riscos de ser confundido com algum membro da antiga seita do persa Manes, os tais maniqueístas.
E por último, vai uma antecipação aos que com certeza vou desagradar: vocês já ouviram falar naquela bela e sábia máxima do Talmud que diz “ Se eu não for por mim, quem será? E se não agora , quando?”, é de um velho sábio judeu que se chamava Hilel.
Da mesma fonte, o Talmud, também beberei mais um gole e tentarei com ele saciar nossa sede de esperança na redenção: “ Quem salva uma vida, é como se salvasse toda a humanidade”
E assim quero concluir dizendo, que até aqui vai minha tranqüilidade: humano que sou, como todos nós, estou tranqüilo ao salvar a minha vida, pois pelo raciocínio acima, com o qual comungo, estarei assim quiçá, ajudando a salvar toda a humanidade. Oxalá! todos fizessem o mesmo! Estaria assim assegurada a redenção do gênero humano!
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Poxa Elias,
Estou muito Feliz em receber esse seu texto, ele eh realmente um reflexo do seu processo nestes ultimos anos.
Seja Bem Vindo a esse Clube muito especial de pessoas que tem fe para ajudar a humanidade e razao para faze-lo com tranquilidade.
shabat shalom!
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