O RETORNO DO SEFARADITA

[Marcelo Barzilai]

Em certa ocasião ao ler um artigo do professor doutor Sérgio Feldman, a quem expresso grande admiração, ainda que não o conheça pessoalmente, vi que o mesmo manifestava o desejo de ser Sefaradi. Tenho certeza de que pelo mesmo encanto quase misterioso da mistura Árabe/Israelita com a qual me identifico quando imagino que nossa presença na Espanha permitiu ao engenheiro David Zumerkorn pesquisa em que aponta no mínimo 20 nomes de Rabinos cientistas da era medieval, nos dando um caminho a ser seguido entre a Ciência e a Fé.

Ser Sefaradi é isto! Ter a convicção de que quando meus antepassados navegaram das Ilhas Canárias até a costa do Estado de Santa Catarina o fizeram não apenas porque mesmo quando se declaravam cristãos-novos continuavam vítimas da intolerância, mas porque sentiam que no fundo jamais haviam deixado de crer exatamente como crê o judeu. Um cristianismo babilônico, desfigurado. Uma pré-disposição à vontade humana, onde o poder político de controle em relação à maioria, aliado a necessidade da conquista de territórios permitiu quase que a nulidade da fé genuína. “Vejam que eu disse quase”, porque acredito que muitos absorveram os ensinamentos do Messias Judeu, entretanto, a religião romana jamais permitiria que “ os do caminho” continuassem judeus. Seria muito fácil desmascarar a nova doutrina, onde o domínio até hoje empregado sobre as pessoas causou uma cegueira com conseqüências irreversíveis.

Temos visto a proliferação de movimentos chamados Judaico/Messiânicos e de Denominações Religiosas que pela semelhança doutrinária com a fé de Abrahão tentam reclamar para si a originalidade da fé contrariando o preceito de que somos um Povo Livre. Livres para decidirmos, inclusive se queremos ou não retornar às nossas origens. Por que não podemos retornar, sem que para isso precisemos negar nossas convicções? É certo que vivemos em uma época em que muitos, após várias decepções em relação aos lugares por onde andam em busca de um relacionamento mais íntimo com D’us, acabam por individualizarem sua fé,  se sentido assim mais confortáveis.

Quantos são os Sefaradis espalhados por esse Brasil afora? Quem é essa multidão de pessoas que inegavelmente buscam o conhecimento? Vítimas de uma sociedade que sofre da Síndrome da Irreflexão (Teoria da filósofa Hannah Arendt), cujo mal gera principalmente a despreocupação em preservar sua própria história.

Precisamos permitir esse retorno, daqueles que assim desejarem, entretanto, sem esquecermos de que será impossível resgatar e/ou preservar a história sem nos preocuparmos com a Tradição. Sou Sefaradi e conheço inúmeros iguais a mim a quem tem sido negada a possibilidade de retorno. Brasileiros que se identificam apenas como descendentes de portugueses remontando uma história forjada de descobrimento sob o domínio ainda do Império Romano, disfarçado de Religião dos pobres.

Marcelo Barzilai.

[Jayme Fucs Bar]

Querido Mestre Marcelo,

Acredito que esse processo de "retorno" ou aceitacao dos Judeus Anussim  ( Marranos) , dentro do conceito  KLAL ISRAEL ,dependera somente de pressoes politicas frente ao governo de Israel.

Dependera de ter em Israel um governo pragmatico , que saiba bater de frente com a  Ortodoxia, ou mesmo chegar a algum tipo de acordo com ela. Infelizmente em Israel a unica corrente "legitima' que  monopoliza a definicao unica e a exclusiva de  quem eh Judeu eh a Ortodoxia, que cada vez mais se fecha, e se torna intolerante a todas as outras correntes e ideias. Acho que esse processo sera longo e doloroso, principalmente onde cada vez a ortodoxia ganha forca politica em Israel e cresce demograficamente.

Para fazer alguma Mudanca, vai depender de criarmos uma frente mundial judaica em torno do tema ANUSSIM , que tenha dentro dessa frente gente "poderosa" politicamente, cultural  e economicamente , para ajudar a abrir os olhos das lideranca Judaica no Kinesset ,que a aceitacao dos Anussim em KLAL ISRAEL nao eh somente um ato formal de resgate desse grande numero de Judeus ao KLAL ISRAEL, eh tambem uma desicao pragmatica e estrategica de interesse ao Estado Judeu,que esta ameacado de deixar de existir como "Estado judeu Democratico", devido a  questao demografica. 

Todos sabemos que terminou as ondas de imigracoes da  Russa e Etiopia eIsrael necessita de ALIA (Imigracao) judaica , para poder preservar o conceito do estado Judeu  democratico! Se nao se tornara em curto ou medio prazo num estado judeu de minoria judaica.Isso quer dizer o fim do Estado Judeu!

 

Na verdade seria importante criar um forum da america latina sobre esse tema e procurar criar canais e acoes, para fazer os formadores de opiniao em Israel, comecar a entender a grande necessidade dos anussim.

 Israel Hoje precisa muito mais dos anussim do que os anussim precisam de Israel! 

Para isso temos que botar o povo na rua, fazer vigilias de protesto frente a todas as embaixadas de Israel no Mundo, enviar cartas as membros da Kinesset, Criar listas de peticoes, e Lobby  etc..

Eu topo essa briga aqui de Israel, Vc Topa?

 

Chazak Veematz! ( Forca e coragem)

 

Jayme

[Marcelo Barzilai]

Querido Rav. Jayme.

Imagino o quão longo e doloroso será o caminho percorrido até uma conquista tão importante como esta. Também sei que talvez não possamos desfrutar dos benefícios desse reconhecimento, mas acredito que vale muito a pena lutar  e garantir isso para filhos e netos. Capacidade para isso sei que temos o suficiente, mas temos algo muito mais importante que se chama EMUNÁ.

Vamos CONQUISTAR O RESPEITO dessa gente "poderosa" politicamente, cultural  e economicamente

É claro que topo essa briga aqui no Brasil. Vamos começar?

 

Shalom ve Or!

Marcelo Barzilai.

Jayme Fucs Bar disse:

Querido Mestre Marcelo,

Acredito que esse processo de "retorno" ou aceitacao dos Judeus Anussim  ( Marranos) , dentro do conceito  KLAL ISRAEL ,dependera somente de pressoes politicas frente ao governo de Israel.

Dependera de ter em Israel um governo pragmatico , que saiba bater de frente com a  Ortodoxia, ou mesmo chegar a algum tipo de acordo com ela. Infelizmente em Israel a unica corrente "legitima' que  monopoliza a definicao unica e a exclusiva de  quem eh Judeu eh a Ortodoxia, que cada vez mais se fecha, e se torna intolerante a todas as outras correntes e ideias. Acho que esse processo sera longo e doloroso, principalmente onde cada vez a ortodoxia ganha forca politica em Israel e cresce demograficamente.

Para fazer alguma Mudanca, vai depender de criarmos uma frente mundial judaica em torno do tema ANUSSIM , que tenha dentro dessa frente gente "poderosa" politicamente, cultural  e economicamente , para ajudar a abrir os olhos das lideranca Judaica no Kinesset ,que a aceitacao dos Anussim em KLAL ISRAEL nao eh somente um ato formal de resgate desse grande numero de Judeus ao KLAL ISRAEL, eh tambem uma desicao pragmatica e estrategica de interesse ao Estado Judeu,que esta ameacado de deixar de existir como "Estado judeu Democratico", devido a  questao demografica. 

Todos sabemos que terminou as ondas de imigracoes da  Russa e Etiopia eIsrael necessita de ALIA (Imigracao) judaica , para poder preservar o conceito do estado Judeu  democratico! Se nao se tornara em curto ou medio prazo num estado judeu de minoria judaica.Isso quer dizer o fim do Estado Judeu!

 

Na verdade seria importante criar um forum da america latina sobre esse tema e procurar criar canais e acoes, para fazer os formadores de opiniao em Israel, comecar a entender a grande necessidade dos anussim.

 Israel Hoje precisa muito mais dos anussim do que os anussim precisam de Israel! 

Para isso temos que botar o povo na rua, fazer vigilias de protesto frente a todas as embaixadas de Israel no Mundo, enviar cartas as membros da Kinesset, Criar listas de peticoes, e Lobby  etc..

Eu topo essa briga aqui de Israel, Vc Topa?

 

Chazak Veematz! ( Forca e coragem)

 

Jayme