O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
Quero ser Judeu.
Marcos Wasserman.
Se meu avô de repente ressuscitasse, lá dos confins da Bessarábia, ficaria estupefato ao dar de cara com o mundo em que vivemos atualmente. Seus olhos provavelmente ficariam esbugalhados; não por causa da Internete, nem pela televisão ou pelos moderníssimos aviões que cruzam os céus ininterruptamente, e toda a parafernália moderna que nos envolve. A existência do Estado de Israel também seria, para ele, surpreendente.
Mas, o que faria meu avô ressuscitado perder as estrebeiras. Quando decobrisse que há uma quantidade de não-judeus querendo ser judeus. E o mais incrível é que, muitos deles, além de estarem prontos para abraçar o judaísmo, querem simplesmente revoluciar suas vidas e ir viver no Estado de Israel. Os mesmos russos, que há decênios (no século passado) trucidavam populações de judeus nos pavorosos "pogroms", fazem o impossível para serem recebidos no seio do judaismo. (Abrindo agora um adendo) (Os russos de hoje não são os russos de ontem. Nem todos os alemãs aderiaram ao massacre dos judeus. Alguns fugiram para outros países por não concordarem com a era Hitler. Por exemplo: Marlene Dietrich, nascida na Alemanha, foi convocada por Hitler para protagonizar filmes pró-nazista e ela recusou, sendo chamada de traidora. Tornou-se cidadã estadunidense).
É realmente incrível a quantidade imensa de imigrantes ilegais que tentam romper - muitos com êxito - a barreira não totalmente hermética das fronteiras do Estado de Israel. Eles são provinientes de quase todos os países da América Latina, inclusive do Brasil. Os brasileiros, então, já são encontrados em quase todo lugar. Não faltam aqui as Marias, as Cidinhas, os Joões, os Antônios e, da Europa, os Manués, os Ivans, os Petrescus. As Filipinas já fazem parte da paisagem israelense; sem falar na massa africana, que até arrisca a vida, cruzando o Deserto do Sinai, para chegar em Israel.
(Encurtando um pouco a história...grifos meu).
Meu avô, ressuscitado, de surpresa em surpresa poderia ter até um ataque do coração se descobrisse que, enquanto miríades de não judeus querem se converter ao judaísmo, há ainda uma massa de judeus que decidiu, definitivamente, não se transmudar para a Terra Prometida , assim como fizeram os seus antepassados, quando saíram do Egito conduzidos pelo férreo braço de Moisés.
Doutor, como faço para ser judeu? - me pergunta um simpatissímo baiano, que veio se consultar comigo a respeito. Inquiri-o, intrigado sobre a razão pela qual pretendia ser judeu, considerando todas as dificuldades pertinentes a esse estado, e, ademais, ainda viver em Israel, país sempre ameaçado, onde vez ou outra tresloucados terroristas nos infernizam a vida (nós brasileiros estamos acostumados a isto - grifos meu).
"Pois é doutor, eu quero ser judeu porque o Deus de vocês é muito forte"! Confesso que a resposta me surpreendeu, por ser visceralmente laico, embora não negue a existência de um inesplicável Ser Superior. Descobri ter um Deus forte. Conversa vai conversa vem, constatei que o meu simpático interlecutor, além de sua crença, estava casado com uma israelense (sorte dele - grifos meu), já com um casal de filhos, núpcias convoladas em Chipre; impossível de legalmente fazê-lo em Israel.
Líderes religiosos bradam assustados pelo fato de estar diminuindo a população judaica no mundo, em virtude de uma imensa quantidade de judeus estar se assimilando, afastando-se cada vez mais de suas raízes judaicas, absorvidos gostosamente em searas alheias, sem qualquer dificuldade.
No passado logínquo, era muito difícil alguém deixar de ser judeu.
Desde que existe o Estado de Israel, tudo mudou. Não há mais obstáculos para os judeus em quase todos os países do mundo. Os judeus podem , hoje, optar repatriar-se de livre e espontânea vontade para Israel, podem deixar de ignorar a existência do lar que lhes foi prometido, podem se assimilar. Em outras palavras, o que não era possível num certo período do século passado, hoje, um judeu pode facilmente deixar de sê-lo.
No entanto, a natureza é sábia. As lacunas vão sendo preenchidas por quem quer se tornar judeu (Eu que o diga - grifos meu). Já me vejo apoquentado por poucas palavras , que receberei de modernos farizeus contra meus pensamentos heréticos.
Fonte: Jornal Tribuna Judaica.
Obs.: Não se pode desconsiderar esse fato. Enquanto que muitos judeus de nascência, filhos de mães judias, deixam-se assimilar por outras culturas e religiões; não judeus, em contrapartida, assimilam e abraçam a fé judaica de coração aberto (excluindo-se os falsários, insanes, com segundas intenções), para fazerem parte de um povo, absorvendo toda sua cultura e modo de vida, inclusive, mudando-se para viver em Israel, como um natural da terra, independente dos riscos que terá de correr por ser identificado como judeu.
EU QUERO SER JUDEU. ( Apesar de viver e considerar-me como tal) Uildicler.
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Shalom Uidicler.
Muito bom este texto do Wasserman e parabéns por tua percepção ao postá-lo. Esta é uma realidade que vivo em nossa Keila aqui em Curitiba, pois muitos me procuram e conheço muitos que tentam conversão na comunidade tradicional, entretanto, temos alguns passos a serem seguidos para que saibamos se os candidatos o fazem sinceramente ou só por status. Já conheci muitos que gostam de falar que são judeus sem que tenham compromisso nenhum com a causa judaica.
Shalom Uildicler e Marcelo.
Texto fantástico, eu me sinto como no texto, apesar de estar pesquisando as origens de minha família que veio de Portugal, sinto que finalmente encontrei no Judaísmo as respostas que sempre procurei.
Hoje busco uma forma de aprender sobre o Judaísmo, sigo o que já aprendi, com os conselhos de amigos aqui do site venho adquirindo livros e conhecimento.
Obrigado pelo texto e as informações postadas aqui no blog, grande abraço.
Rafael
Shalom Barzilai!
Não é o meu caso, pode ter certeza disso. Eu me submeto ao testes e as provas, se forem necessários. Não tenho nenhuna pretenção de casar com uma israelense só pelo fato de ter dupla cidadania; nem de ter os privilégios ou benefícios temporais; nem de me infiltrar para pregar o messianismo ou quaquer outra prática religiosa. Minhas buscas são absolutamente espirituais e embasados no tripé da fé e da prática judaica, ou seja, a Torá, as mtsvot. Meus compromissos com a causa judaica é a mesma de um judeu natural, nascido de um ventre de mãe judia. Abdiquei de tudo, para conectar-me com o tripé básico do judaísmo: a Torá, as Mitzvot e a Brit. Ora, se a BRIT (pácto) é um pácto de MILÁ (palavras); eu cofesso com fé completa que pratico esses preceitos básicos. O que me falta é a benção no derramamento da gota de sangue que sai da carne do meu prepúcio. Por que circuncidado já sou.
Shabat Shalom!,
Uildicler.
Marcelo Barzilai disse:
Shalom Uidicler.
Muito bom este texto do Wasserman e parabéns por tua percepção ao postá-lo. Esta é uma realidade que vivo em nossa Keila aqui em Curitiba, pois muitos me procuram e conheço muitos que tentam conversão na comunidade tradicional, entretanto, temos alguns passos a serem seguidos para que saibamos se os candidatos o fazem sinceramente ou só por status. Já conheci muitos que gostam de falar que são judeus sem que tenham compromisso nenhum com a causa judaica.
Shalom Rafael!
É isso aí. Continuemos nessa jornada. Têm muita estrada pela frente. Judaísmo é uma questão de prática e de tempo.
Abraços. Conte comigo.
Chag Sameach
Uildicler.
Rafael Augusto disse:
Shalom Uildicler e Marcelo.
Texto fantástico, eu me sinto como no texto, apesar de estar pesquisando as origens de minha família que veio de Portugal, sinto que finalmente encontrei no Judaísmo as respostas que sempre procurei.
Hoje busco uma forma de aprender sobre o Judaísmo, sigo o que já aprendi, com os conselhos de amigos aqui do site venho adquirindo livros e conhecimento.
Obrigado pelo texto e as informações postadas aqui no blog, grande abraço.
Rafael
Eu adorei o texto. e vou contar a vc aqui. Eu tenho o meu sobrenome numa lista de um historiador judeu que era rabino na Itália, em 1925, esse renomado rabino que não gostava de se intitular "judeu" e sim, HEBREU, se chamava Samuele Schaerf, ele, escreveu um livro (vou colocar o link aqui:) http://danielesalamone.altervista.org/i-cognomi-degli-ebrei-ditalia/
O meu sobrenome, ANGELINI, encontra-se nesta lista desse rabino .. e inclusive na (LETRA A) que lista meu sobrenome, aparece tbm o sobrenome do apresentador Silvio Santos ABRAVANEL.. por isso embora saiba que meu avô era católico aliás, nem sei qual era a religião dele verdadeiramente, só sei que ele veio p/ o Brasil no período da segunda guerra mundial, e de uma cidade Italiana chamada Ancona, com muitos judeus.. enfim amo o judaísmo e por isso ando de kippa na cabeça acendo velas shabaticas em casa as vezes leio o SIDUR, jamais como carne de porco ou comidas proibidas na TORAH. Comprei muita briga e ódio dos meus vizinhos por me intitular judeu acho que acreditando no rabino Jesus, ou não, vc que é judeu não deixaria de ser judeu, afinal, Jesus nunca disse que era DEUS , ele foi um rabino, candidato a messias como muitos de sua época tbm o eram.
SHALOM! AMO ISRAEL! pena que não posso provar minha ancestralidade, isso me deixa até depressivo juro pra vcs
Desde 2009 vivo com essa dúvida na minha alma e na minha cabeça, isso me fez tanto mal que já fui fazer análise 4 vezes, acho que terei que tomar remédio controlado, FALO SÉRIO! Eu queria muito ser judeu não suporto a ideia da incerteza de minha ancestralidade, Um cidadão Italiano que por ocasião do FORUM MUNDIAL DE 2009 vistava O Brasil em Belém (PA), me disse que eu era judeu desde aí minha vida não teve mais paz.. eu amo ser judeu e queria poder provar isso me desculpem o desabafo!
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