O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
Amigos, como combinamos ontem que eu puxaria o bloco, começo a compartilhar as impressões do encontro de ontem.A Lilian, a Marie e o Pedro concordaram em complementar, mas todos os demais estão também convidados a colocar suas impressões. Não é uma ata que se pretenda completa ou correta. Será uma soma de impressões pessoais.
Meu ponto de vista ("todo ponto de vista é a vista, de um ponto" - Leonardo Boff) tem o viés a seguir: talvez por não ter estado em nenhum encontro anterior, fiquei muito contente, especialmente em encontrar as pessoas e ver que puderam dar a conhecer um pouco de suas histórias e de suas expectativas, bastante plurais. Detalho:
Bem, há mais coisas, mas falarei em outros posts.
Um abraço a todosTags:
Ah, faltou dizer quem estava presente, em ordem conforme a posição na roda.
Se faltar a menção a alguém, por favor adicionem:
Kol Hakavot a voces do Nucleo de SP,
Acho que foi dado um importante passo, neste rico e importante processo da criacao da nossa propia comunidade do Judaismo Humanista em SP.
E o Mais importante em ver que essa reuniao vai ter continuidade, com a realizacao do Kabalat Shabat Mensal.
Ja Marcado para o dia 18 de fevereiro!
Um Forte Abraco
Jayme
Pedro, fiquei maravilhado com essas tuas definições sobre a proposta do JH. Confesso que eu tinha uma visão mais estrita/estreita. Fico maravilhado em ver como os jovens de hoje têm a cabecinha tão melhor do que tínhamos nós nessa idade.
Eu gostaria de acrescentar uma coisa, quanto às minhas expectativas, sob o ângulo da nossa representatividade e pluralidade: eu quero ver no JH a transgeracionalidade, com jovens dos 18 (chai) aos 100 anos. As gerações têm muito que aprender umas com as outras, e as afinidades hoje se desenvolvem independentemente de idade. Um jovem de 90 anos pode impactar mais a um de 18 do que um colega de classe da mesma idade. E vice versa. Temos que trazer vida uns aos outros, vida da qual muitas vezes carecemos por nos limitarmos ao círculo dos amigos da nossa geração.
Um abraço
PS.:
1. Tão faltando aqui os depoimentos da Marie (que fez por email, mas pedirei que coloque aqui), e da Lilian, além de todos os outros que queiram fazê-lo.
2. Jayme, sugiro você fazer um comunicado geral assim:
..... "para curtir melhor esta rede, é agora importante que todos se filiem aos núcleos estaduais, onde estarão as informações das atividades presenciais. Os que não se filiarem poderão não ser atingidos por informações que lhes interessam. Por enquanto, especialmente os núcleos de PR e SP, que têm já uma programação de encontros.
É bem simples: a) clique em Grupos; b) clique no grupo de seu Estado; c) inscreva-se para ser membro. A partir daí o que ocorrer nesse grupo será encaminhado para o seu email."
_______________________
Depois do Kabbalat Shabat, que é a prioridade agora, me proponho a trabalhar com o pessoal do Hashomer para fazermos uma campanha de comunicação segmentada dentro desse ambiente, que atinja cada pessoa conforma os seus interesses. A partir daí eu creio que teremos um crescimento viral.
Um abraço a todos
Caros amigos.
Meus parabéns.Por estas coisas e outras mais sou um admirador de São Paulo.O exemplo que voces estão dando serve de estímulo para esta linda idéia criada pelo Jayme.Como acabo de dizer ao Sérgio Storch se eu puder colaborar estarei à disposição. Acho que em breve poderemos começar a pensar em um encontro que possa reunir os vários grupos que ja'existem. Infelizmente o do RJ se dispersou por várias razões que também merecem ser pensadas um dia. Agora é esperar o carnaval passar .....Luiz Carlos Prestes dizia que a revolução no Brasil seria com reco reco e tamborim.....O azar dele é que era ruim de samba. Paulo
Olá pessoal,
Desculpa um pouco do atraso, segue aqui um pouco das minhas impressões sobre este maravilhoso encontro! Antes deixa só corrigir uma coisa, ainda sou graduanda de filosofia, me formo este semestre. Espero nos próximos semestres entrar no mestrado!
Como o Sérgio já comentou, somos um grupo muito diverso, fiquei agradavelmente surpreendida! Conheço muito pouco a comunidade judaica brasileira, muito das informações que tive é pelos jornais e revistas - principalmente internet. Minha visão era que o judaísmo era bem menos plural (no Brasil), e que existia um certo modo de pensar (político/religioso) que caracterizava o judaísmo brasileiro (esta é a visão de muitas pessoas que conheço e que não conhecem judeus).
Muitos colegas meus quando sabem de minha conversão me perguntam se irei começar a usar as típicas saías, se irei casar com uma pessoa que só anda de preto, se vou começar a falar mal dos muçulmanos... ou ainda, se vou deixar de sair com os amigos e me tornar uma mulher do lar, rs.
Acho a idéia de construir um judaísmo humanista ao modo brasileiro ótimo. Ter um espaço de discussão para, como nos lembrou a Dina, perceber que muitas vezes por traz das aparentes dicotomias esquerda-direita (e eu acrescendo religioso-não religioso), existem preocupações e valores muito comuns. Um espaço para que as pessoas possam compartilhar suas experiências, inquietações, e, mesmo que não se chegue a uma solução comum, cada um possa fundamentar e saber reconhecer mais claramente suas opções, sejam políticas, religiosas ou sociais, de forma livre.
Algumas questões que vi surgirem (e que elaborei como percebi)
- Como construir uma significação de judaísmo que seja ampla o suficiente para abarcar as diferenças, mas ao mesmo tempo prático, engajado, interessante e necessário ao mundo que vivemos?
- Como transmitir o judaísmo aos filhos, familiares?
- Como falar de judaísmo com não judeus?(no meu caso, até para amigos para os quais o povo judeu é preconceituoso, elitista, por conta de como estão acostumado a receber esta informação dos meios de comunicação ou até por experiências ruins)
Como comentei, essas questões são bastante discutidas e tiveram várias vertentes de respostas no exterior. Vou dar um exemplo que acho que alguns não conhecem que é a questão do kasherut,que são as leis alimentares judaicas. Nos EUA alguns grupos pensam a kasherut como um problema ético:
>Rabbi Morris Allen, coordenador do projeto Magen Tzedek
"Magen Tzedek is more than just a new certification for kosher food -- it is a worldwide awareness built upon the commitment to protect workers, animals and the Earth in the production of food"
"Magen Tzedek é mais do que apenas uma nova certificação para alimentos kosher - é uma consciência construída em torno do compromisso de proteger os trabalhadores, os animais e a Terra no modo como os alimentos são produzidos".
http://rabbimorrisallen2.blogspot.com/2007/05/chew-by-choice.html
> A RCA (Conselho rabínico americano) também anunciou algumas diretrizes a respeito da ética na produção de alimentos que possui alguns pontos como:
-não enganar o consumidor
- não neglegenciar a saúde e a segurança do consumidor, empregado, publico
-não maltratar animais
http://www.rabbis.org/news/article.cfm?id=105520
Sobre a questão da educação (como falar a respeito do assunto para não-judeus) eu citei o paper-clips:
http://en.wikipedia.org/wiki/Paper_Clips_Project
http://www.youtube.com/paperclipsbrasil
Será que acabei me desviando?
Bom, mas voltando ao encontro. Quero agradecer muito pela recepção, sendo apenas uma amante do judaísmo (uma guer) me senti muito bem, acolhida e à vontade com vocês. Em ambiente novo sempre existe o medo de como seremos recebidos, mas vocês foram maravilhosos, muito obrigada!
Oi Lilian, não se desviou não.
Neste momento do desenvolvimento de nosso núcleo, o importante é que nos conheçamos e nos apreciemos. O resto vem com o tempo. As informações que você acrescentou são preciosas.
Um beijo
Gostei muito de nosso encontro. Esperava mais gente, mas pensando bem, com muita gente não teria sido produtivo. O que me chamou atenção, o que acho importante:
-A diversidade: de idades, de pontos de vista, de interêsses, de opiniões. Viva! Judaismo humanista é certamente um judaismo pluralista. E um judaismo não excludente. Me pareceu haver uma unanimidade no grupo de aversão à exclusão. Ao contrário, senti uma vontade de ouvir e entender o outro diferente.
- A convicção de todos, judeus ou não, de várias linhas, de que há sim uma cultura (?), civilização (?), tradição (?), riqueza (?) a ser cultivada (daí cultura) no judaísmo e com as pessoas do grupo e para fora do grupo.
- Opiniões bastante firmes quanto a defesa de valores. Alguém na reunião falou em "liberal" no sentido político americano. Eu diria valores morais, valores universais, valores humanistas.
- Um forte interêsse por cultura. Cultura judaica, outras culturas vistas pelo prisma da cultura judaica.
- Em função disso tudo espero que o grupo continue, cresca, e principalmente se desenvolva. Em torno de valores e cultura.
- Já houveram várias sugestões, Levinas, Buber. Eu acrescentaria Shmuel Trigano, francês, filósofo-sociólogo, com uma visão do judaismo como interlocutor de outras culturas. A aprofundar.
Abraços e até o Kabalat Shabat.
Geraldo
Sérgio Storch disse:
Oi Lilian, não se desviou não.
Neste momento do desenvolvimento de nosso núcleo, o importante é que nos conheçamos e nos apreciemos. O resto vem com o tempo. As informações que você acrescentou são preciosas.
Um beijo
© 2024 Criado por Jayme Fucs Bar. Ativado por