JUDAISMO HUMANISTA

O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana

RAMALLAH, Cisjordânia - Moad Arqoub, um estudante de graduação palestino, estava navegando na internet outro dia e encontrou um site que o surpreendeu e o atraiu. Era a página do Facebook onde israelenses, palestinos e outros árabes conversam sobre tudo ao mesmo tempo: as perspectivas de paz, é claro, mas também futebol, fotografia e música.
"Eu aderi imediatamente, pois neste momento, sem um processo de paz e com israelenses e palestinos fisicamente separados, é realmente importante interagir sem barreiras", disse Arqoub, sentado em um café ao ar livre nesta cidade palestina.
Faz quase dois anos que líderes israelenses e palestinos deixaram de negociar o futuro dos seus povos. Mas a página do Facebook surpreendeu os envolvidos pelo entusiasmo que provocou, sugerindo que as revoluções conduzidas através do Facebook na Tunísia e no Egito também podem oferecer orientação para esforços de coexistência.
Chamado Facebook.com/yalaYL, o site, criado por um ex-diplomata israelense e claramente ligado a Israel, teve 91 mil visitas em seu primeiro mês. Dos seus 22.500 usuários ativos, 60% são árabes -na maioria, palestinos, seguidos de egípcios, jordanianos, tunisianos, marroquinos, libaneses e sauditas.
"A comunicação hoje é na internet -sexo, guerra, negócios-, por que não a paz?", perguntou Uri Savir, presidente do Centro Peres para a Paz e fundador do site. Savir foi um negociador da paz para Israel nos anos 1990.
"Hoje, não temos líderes corajosos em nenhum dos lados, por isso estou recorrendo a uma nova geração, a geração do Facebook e da Praça Tahrir", disse Savir, 58.
O YL no nome do site significa "young leaders" (jovens líderes). "Yala" significa "vamos" em árabe. Savir disse que vê a página como um lugar onde a próxima geração de inovadores regionais pode se encontrar. A página recebeu mensagens de Shimon Peres, o presidente de Israel, e Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, assim como de Tony Blair, o ex-primeiro-ministro britânico, que serve como enviado internacional dos palestinos.
No site, árabes e israelenses falam abertamente sobre seu desejo de saber mais uns sobre os outros.
"Esse é o meu primeiro contato com israelenses", disse Lyth Sharif, um estudante palestino de 18 anos na Universidade Birzeit, na Cisjordânia. "Faz com que eu compreenda a diferença entre Israel e ocupação."
Hamze Awawde, estudante de 21 anos aqui em Ramallah, disse que recebeu pedidos de amizade no Yala de Marrocos e do Egito. "Eu perguntei a um egípcio por que ele tinha me contatado e por que estava participando disso, e ele disse: 'Depois da revolução, tudo é permitido. Eu quero ver como são os israelenses'."
Nimrod Ben Ze'ev, um estudante de 25 anos de estudos do Oriente Médio na Universidade de Tel Aviv, disse que grande parte da interação no site ainda é estranha, mas ele é otimista.
"O que é ótimo é que as discussões não são mediadas -somos pessoas de 15 a 30 anos conversando", ele disse. "Não falamos sobre uma solução de dois Estados ou de um Estado, mas sobre ser jovem em Israel ou na Palestina. Obviamente, nossas experiências são muito diferentes, mas temos uma frustração comum sobre as grandes potências que nos restringem. Isso é mútuo."

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Respostas a este tópico

 

Oi Jayme

Esse site é realmente muito interessante. Estou participando nele, e já encontrei 3 outros brasileiros.

Há discussões duras, com pessoas que trazem informações bem indigestas, e que palestinos e israelenses, ao discuti-las, vão digerindo, assimilando, discutindo, aprendendo, reconhecendo... ao mesmo tempo que criticam as pessoas que trazem essas informações, enquanto outros as defendem. É um processo interativo muito rico..

Tomei conhecimento dele por um outro artigo do Ethan Bronner, que vale a pena o pessoal dar uma lida.

No site encontrei algumas pérolas em youtube que eu guardei (pois depois fica difícil achar):

A marcha de israelenses e palestinos pela independência da Palestina - Jerusalem 15/7 - Palestinian-Israeli Collaboration Towards September 2011- youtube July 15 

O teatro do oprimido de Arna em Jenin (uma judia casada com um palestino, que conheceu no Partido Comunista - Hadash -  Arna´s Children


Heart of Jenin

 

Encorajo todos a entrarem no site e participarem das conversas. Não requer uma participação contínua. Mas a participação é uma experiência muito rica, e eu sinto de fato que cada um contribui.

 

Um abraço a todos

Sérgio

Sergio, Obrigado pelas informacoes, recebi esse site de uma Amigo o Herman Richter, que vive no Kibutz Ziquim e tambem membro do nosso portal.

Jayme

 

Ao mencionar o Herman, você me fez pensar no seguinte: certamente eu e ele gostaríamos de nos conhecer.

E mais que isso, outras pessoas que se entusiasmam pelo YaLa também gostariam de se conhecerem.

Então pensei numa peulá:

Que tal abrir um fórum só para colocar tópicos a respeito da nossa participação no Yala?

Dessa forma membros do JH terão algo a compartilhar horizontalmente. Basta participarem do YaLa, e estarão virtualmente no ponto de encontro de israelenses, palestinos e outros árabes. E aprenderemos um bocado.

Que tal?

Se alguém mais achar que é legal, podemos pensar os objetivos e metodologia para fomentar ao máximo o resultado dessa participação para o que importa (diálogo israeli-palestino-árabe) e para o nosso próprio conhecimento.

Ótima idéia Sergio, Minha proposta seria  para que vc abrisse esse fórum no Icon Grupos, com um link para o Yala e vamos ver se consequimos  trazer mais gente para participar.

Ótima idéia Sergio, Minha proposta seria  para que vc abrisse esse fórum no Icon Grupos, com um link para o Yala e vamos ver se consequimos  trazer mais gente para participar.
Sérgio Storch disse:

Jayme

 

Ao mencionar o Herman, você me fez pensar no seguinte: certamente eu e ele gostaríamos de nos conhecer.

E mais que isso, outras pessoas que se entusiasmam pelo YaLa também gostariam de se conhecerem.

Então pensei numa peulá:

Que tal abrir um fórum só para colocar tópicos a respeito da nossa participação no Yala?

Dessa forma membros do JH terão algo a compartilhar horizontalmente. Basta participarem do YaLa, e estarão virtualmente no ponto de encontro de israelenses, palestinos e outros árabes. E aprenderemos um bocado.

Que tal?

Se alguém mais achar que é legal, podemos pensar os objetivos e metodologia para fomentar ao máximo o resultado dessa participação para o que importa (diálogo israeli-palestino-árabe) e para o nosso próprio conhecimento.

Jayme

Pronto. Fiz e convidei os meus amigos. Aqui está o grupo YaLa.

Você pode fazer um comunicado  geral? Pode aproveitar algo que eu tenha escrito no texto.

 

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