O Judaismo Humanista é a pratica da liberdade e dignidade humana
Clique no link :
http://multimedios106.com/nota_ind.aspx?id_modulo=15&id_catgene...
Tags:
Meu caro Marcelo.
Desculpe-me, basicamente o seu texto incorre em grave erro, que não é apenas seu, mas de vários segmentos do povo judeu, quando fundamentam o judaismo em supostas "raizes genéticas". De fato, quando falamos em "genética", segundo Aurélio, estamos nos assentando o discurso no ramo da biologia que estuda as leis da transmissão dos caracteres hereditários nos indivíduos, e as propriedades das partículas que asseguram essa transmissão, como se judaismo fosse algo transmitido por gene especial, como judaismo fosse uma questão hereditária.
Ao asseverar que existem raízes genéricas "sefaraditas", antes de tudo, vc esta adotando tese racista segundo a qual, vc considera que as características culturais humanas são determinadas hereditariamente, pressupondo a existência de algum tipo de correlação entre as características ditas “raciais” (isto é, físicas e morfológicas) e aquelas culturais (inclusive atributos mentais, morais, etc.) dos indivíduos, grupos sociais ou populações, transmitidas por genes estritamente judaicos. Manifesta sentimento de superioridade ou de agressividade, ger. de natureza preconceituosa e discriminatória, em relação a indivíduos de outra(s) raça(s), ou de povos ou grupos considerados racialmente distintos
Ocorre que atualmente está comprovado cientificamente, pelo desvendamento recente do genoma, constituição genética total de um indivíduo.O Projeto Genoma Humano praticamente já completou o sequenciamento dos mais de 3 bilhões de bases de DNA de nosso genoma. Descobrimos nesta pesquisa que os nossos primos chimpanzés têm um genoma quase idêntico ao nosso, com diferença de apenas 1% em sua sequência. Em "dois seres humanos escolhidos ao acaso, notamos milhões de diferenças no código genético, não importando a origem geográfica ou étnica deles. Mais de 90% dessa variação ocorre entre indivíduos e menos de 10% ocorre entre grupos étnicos ("raças") diferentes. Em outras palavras, há apenas uma raça de Homo sapiens: a raça humana!
.Com base nesses dados, podemos derivar um paradigma genômico de acordo com o qual cada um de nós é um ser humano único e tão extremamente diferente de qualquer outro ser humano que tentar aglutinar as pessoas para formar grupos distintos (como, por exemplo, "raças humanas") simplesmente não faz sentido do ponto de vista biológico. Não existem diferenças suficientes entre os distintos grupos étnicos para permitir dissociar os seres humanos em "raças" distintas. As diferenças visualizadas entre populações de diferentes continentes são muito pequenas e superficiais, não se refletindo no genoma". Nossa altíssima individualidade genética deveria ser vista como fonte pessoal de orgulho e de dignidade. Sentimentos racistas deveriam ser substituídos pela compreensão de que "o diferente é precioso"!
Talvez assim pudéssemos até começar a tratar o nosso planeta com renovado respeito, oriundo da consciência do parentesco genômico, da herança única do DNA que une todos os seres vivos".
Sob aspecto histórico, H. Buckle, na História da Civilização na Ingleterra, 1864, já advertia: "De todos os vulgares modos de escapar das considerações dos efeitos das influenciass sociais e morais na mente humana, a mais vulgar é a que atribui as diversidade da conduta e caracter às naturais diferenças" A "moderna teoria racista" teve como mentor o escritor Joseph Arthur, conde de Gobineau (1816-1882) que em seu famoso livro "Ensaio sobre a desigualdade de raças"tentou provar a superioridade da "raça branca"sobre outras "raças", tendo os individuos da raça "Ariana" a superioridade entre os brancos, e que no século XX tornou-se o pilar da doutrina racial da Alemanha nazista de Adolf Hitler.E já sabemos no resultado dessa mistificação de misturar falsa biologia com intolerância e arrogância ideológica.
Provado e comprovado que judaísmo não é transmitido por genes, torna-se amargamente desconcertante que após o Holocausto existam judeus- alguns até cientistas-ainda dividam a especie humanas em raças, um charlatarismo cientifico ideológico, para dar suporte idéias em que judaismo é uma dessas raças, quando na realidade é um vasto cabedal de cultura, antropologicamente conceituada pelo Aurelio como: O conjunto complexo dos códigos e padrões que regulam a ação humana individual e coletiva, tal como se desenvolvem em uma sociedade ou grupo específico, e que se manifestam em praticamente todos os aspectos da vida: modos de sobrevivência, normas de comportamento, crenças, instituições, valores espirituais, criações materiais, etc". É isso.
.
Fan-tas-tico co: Eh bem provavel que Hitler tivesse uma boa carga genetica Semita. E dai? Sepharadi ou Ashkinasin, faria isso ele um Judeu ou vergonha para o Judaismo? Idem Arafat e o "Abucapetologin" (Faco questao de nao aprender o nome desse Anao-Mental) do Iran?. Ser judeu, ainda que somos RACISTAS de modo geral (O tal do Schwartz para os escurinhos de Israel e mundo afora), concordo com o Golgher. Um Shabat Shalom a todos, aqui da Carolina do Sul, de um parente distante de Francis Salvador, o qual, pelo nome, na comunidade do "Bananao" deve ser tido como um "wet back" do Mexico ou adjacencias. (rsrsrs). A proprosito o meu senso de humor eh quase como o de Hassidics, Eh Acidico. (rsrs).
Sh'muel Ben Sh'muel de Mattos
Caro Marcelo,
obrigado pelo link e o artigo interessante sobre descendentes índio-judeus, filhos de provavelmente um judeu perseguido que acabou morando em México. A localização me lembrou de que o 'Santo Oficio' (a inquisição) se instalou em Lima no ano 1570 e na Cidade de México no ano 1571. (Veja Cecil Roth: A History of the Marranos, e Rabbi Allen Maller: God, Sex and Kabbalah)
Caro Marx e Shmuel,
concordo com vocês na oposição contra racismo, que até existe entre judeus.
Mas genética não é racismo! De jeito algum nem o amigo Marcelo nem o artigo (que fala de mistura genetica por causa de amor na época entre mulher índia e homem judeu!) queria promover uma visão racista. Judaismo nunca foi racismo, já porque os Judeus sempre na sua historia acolheram conversos de outras etnias. Já no exodo de Egito, havia "muito povo misto" entre os judeus (Ex 12,38). A esposa de Moyses foi provavelmente negra do pais de Kush (Num 12,1). Tamar, Rahab e Ruth, trés bisavós do rei Davi, foram não-judias, como tambem a Bathseba, mãe de Salomão: Quatro esposas "indias" do Judaismo antigo!
No ano 1922, o "experto de raças" Dr. Hans F.K.Günther em Munigo caraterizou o povo judeu sendo uma "mistura de raças oriental-asiática-nórdica-hamitica-negra" (Jüdische Zeitung, Junho 2008, p.27). O Americano Thorstein Veblen nós chamava uma "nação de mestiços" (Gilman, Sander: Die schlauen Juden, 1998, p.23), o historiador Serge Poliakov definiu o seu povo "justamente o contrario de uma raça" (Poliakov / Delacampagne 1979, p.184). E o historiador israelense Shlomo Sand explica o Judaismo moderno sendo "produto de uma religião dinamica, que se espalhou no mundo antigo e medieval. Por isso, as raizes biologicas dos Judeus são ricos e diversos" (Sand, Shlomo: Die Erfindung des jüdischen Volkes. Israels Gründungsmythos auf dem Prüfstand. Berlim 2010, p.18).
De fato, ainda sabemos pouco sobre os milagres biológicas da herança genética, sobre o que e como se herda nos genes. A nova ciência epigenética está descobrindo que até experiencias individuais podem acabar herdando-se aos filhos e netos do individuo. Vejam as seguintes citações de autores não racistas: trés médicos (húngaro, polonês, suíço) que parecem ter previsto esses novos conhecimentos genéticos bem cedo:
O médico e psicologo judeu Sandor Ferenczi, aluno de Sigmund Freud: "O plasma das células ovular e sêmen, a massa hereditária, é a soma das impressões traduzidas dos ancestrais e passadas adiante pelos indivíduos." (Heer, Friedrich: Gottes erste Liebe. Berlim 1981, p.326 f.)
O medico e pedagogo Janusz Korczak, que foi assassinado com os meninos do seu orfanato em Treblinka, escreveu no seu livro “Como se deve amar uma criança” (Wie man ein Kind lieben soll, Göttingen 1979): „Minha criança“, você diz. Não, é uma criança comuna, de pai e mãe, avós, avôs e bis-bis-bisavôs. Algum „ego“ distante, que dormiu numa fila de ancestrais, a voz de um caixão apodrecido , de repente fala de dentro do teu filho ... As vezes uma criança sensitiva está fantasiando que é um enjeitado na casa dos pais dela. É verdade: O gerador dela já morreu faz muito tempo. Uma criança é como um pergamino densamente coberto de hieroglifos minusculos ...
O medico e psicologo Carl Gustav Jung (tambem aluno de Freud) enfatiza que „a criança não é apenas um apéndice da mãe, mas um ser novo e individual, muitas vezes equipado com um caráter que pouco parece com o caráter dos pais dela e de vez em quando até parece ser de uma estranheza assustadora. Isso deriva do fato que crianças são, por assim dizer, apenas nominalmente os descendentes dos pais, mas nasceram dos raízes ancestrais. Por isso, precisa-se de retroceder, de vez em quando, vários seculos para constatar a semelhança familiar“ (Analytische Psychologie und Erziehung, em: Obras, Vol.17, Über die Entwicklung der Persönlichkeit. Olten e Freiburg i.Br. 1985, p.148).
Mais uma voz de „experto“ na genética judaica: No ano 1627, Fra Francisco de Torrejoncillo publicou um „grito de alerta contra os Judéus“ comparado com o qual as Leis raçistas de Nurembergo do ano 1935 pareceram indulgentes:
„Para ser um inimigo dos Cristãos, de Cristo e da Sua Lei Santa, não precisa-se de pais Judeu e mãe Judia. Um lado unico dos pais já basta. Não significa nada que o pai não é Judeu; a mãe já basta. E mesmo se ela não é completamente Judia, a metade já basta; e mesmo se não é, um quarto ou um oitavo já basta. A Santa Inquisição no nosso tempo descubriu que o sangue Judeu se continua até no elo vigesimo primeiro.“ (Yerushalmi, Yosef Hayim: Assimilation and Racial Anti-Semitism: The Iberian and the German Models. Contido em: Leo Baeck Memorial Lectures, No.26, New York 1982, p.16).
Então, conforme o Francisco, os índios mexicanos encima mencionados são judeus mesmo, não é?
Konrad Yona Riggenmann
Konrad é corajoso e vai direto ao ponto. Nos, Judeus, racialmente somos vira-latas. Ainda bem que não há “Pinguins” por aqui lendo isso, senão tomaria ovos e tomates podres na cara. Claro o Konrad foi substanciando a matéria, em estilo douto foi alinhavando o seu caso e ele, em seu estilo de PhD, e eu, sem uma analise de profundidade mais Freudiana - e com uma fatuidade Skinneriana -, falamos o mesmo idioma, O Konrad de modo douto e eu em “Caipires”, convergimos: “Somos vira-lata”, no tocante ao “arianismo judaico”, na dita utopia abraçada por vários. De que somos uma raça de genética uniforme.
Tai, a honestidade do Konrad me surpreendeu. Alias o MUNDO é vira-lata. O sonho Ariano seria uma piada na era do DNA! E essa é a beleza da coisa, essa é a mola que nos da tanta diversificação e criatividade. Sim Konrad, com o advento do Judaísmo Reformado, ficou-se mais fácil ser judeu por conversão. Mais isso me remete a Carolina do Sul:
Ah, a comunidade Judia do “Deep South“ dos Estados Unidos, em certas áreas, é tão tacanha como os Batistas do Sul. Se Martin Buber não disse isso, deveria ter dito: “Tacanhismo é algo contagioso”.
A Sinagoguinha de minha cidadela era dormitante e acomodada. Tipo uma Lojinha Maçônica abandonada ao tempo, cheia de velhos do tipo “não fede nem cheira”. Fui uma vez lá e foi o bastante. Não me senti em casa. Meses depois um amigo disse que tínhamos um novo Rabino e Cantor, vindo da Califórnia, chamado Sam Cohon. Como vivi quase vinte anos na Califórnia e gosto do “arejamento mental” do Californiano, fui conhecer o Sam.
Era um guri de 26 anos, não muito alto, mas com um vozeirão de metro e noventa e cinco, barba e cabelos arruivados, pés grandes e uma figura simpaticíssima. Perguntei ao Sam se ele ara Cohen ou Cohon, ele me disse sorrindo: ”Eu sou Cohon. Cohon como ‘Cojones.’” Sua irreverencia nos fez amigos de imediato.
A Sinagoga “pegou fogo” no sentido de ficar hiperativa. Em ano e pouco dobramos os fieis. Tinha gente de Israel, do Iêmen, Argentinos, Brasileiro (eu) e um de Hong Kong. Para começar o papo, no chato Chanukah da comunidade o Sam pos quatros musicas em Ladino e ensinou a congregação a cantar. As múmias olhavam-se de rabo de olho pensando que o Rabino estivesse “Mexicanizando” o seu clube seleto, mas tiveram que cantar.
Ah foi tempo bom, o de Cohon. Ele de disse que tinha uma avó de nome “Del Banco”, Sefaradin Italiana, e era doido para descobrir aquela família. Se alguém conhecer a genealogia, por favor, me informe...
A musica cresceu no templo e ate eu fui cantar. A Schul estourava de guris – e velhos – aprendendo Hebreu e tudo era uma animação. Mas o que é bom, dizem que dura pouco, um dia ao voltar de uma de minhas viagens comerciais ao exterior, não encontrei o Sam. Voltou à Califórnia.
Bem como voces já imaginaram, a congregação voltou ao “feijão-e-arroz” de sempre; digo, “ao gritts and corn bread” sulista - e as antigas sopas Kosher de “Matzo Balls” de outrora.
A turma animada foi sumindo; trouxeram um novo Rabino de New York, cara acomodado e com complexo de “demoção” por ter que viver em nossa vila - e para completar a sua esposa era “body builder”, essas de levantar peso de corpo besuntado de óleo e mostrar músculos em concursos tipo Miss Musculo Universo , enfim, foi um desastre. A sinagoga voltou à mesmice que era.
Agora os velhos membros estão felizes como pinto ciscando no lixo, e eu também cai fora, indo para o antes só do que mal acompanhado. Alias nem é mal acompanhado. É como se eu não estivesse acompanhado na Sinagoga.
E entre a solidão da Sinagoga sem o Sam Cohon e a soledade, a “solitude” aprazível de meu escritório em casa, optei pela segunda opção, a que me cerca de livros – e a que dói menos.
SdM
Konrad Yona Riggenmann disse:
Caro Marcelo,
obrigado pelo link e o artigo interessante sobre descendentes índio-judeus, filhos de provavelmente um judeu perseguido que acabou morando em México. A localização me lembrou de que o 'Santo Oficio' (a inquisição) se instalou em Lima no ano 1570 e na Cidade de México no ano 1571. (Veja Cecil Roth: A History of the Marranos, e Rabbi Allen Maller: God, Sex and Kabbalah)
Caro Marx e Shmuel,
concordo com vocês na oposição contra racismo, que até existe entre judeus.
Mas genética não é racismo! De jeito algum nem o amigo Marcelo nem o artigo (que fala de mistura genetica por causa de amor na época entre mulher índia e homem judeu!) queria promover uma visão racista. Judaismo nunca foi racismo, já porque os Judeus sempre na sua historia acolheram conversos de outras etnias. Já no exodo de Egito, havia "muito povo misto" entre os judeus (Ex 12,38). A esposa de Moyses foi provavelmente negra do pais de Kush (Num 12,1). Tamar, Rahab e Ruth, trés bisavós do rei Davi, foram não-judias, como tambem a Bathseba, mãe de Salomão: Quatro esposas "indias" do Judaismo antigo!
No ano 1922, o "experto de raças" Dr. Hans F.K.Günther em Munigo caraterizou o povo judeu sendo uma "mistura de raças oriental-asiática-nórdica-hamitica-negra" (Jüdische Zeitung, Junho 2008, p.27). O Americano Thorstein Veblen nós chamava uma "nação de mestiços" (Gilman, Sander: Die schlauen Juden, 1998, p.23), o historiador Serge Poliakov definiu o seu povo "justamente o contrario de uma raça" (Poliakov / Delacampagne 1979, p.184). E o historiador israelense Shlomo Sand explica o Judaismo moderno sendo "produto de uma religião dinamica, que se espalhou no mundo antigo e medieval. Por isso, as raizes biologicas dos Judeus são ricos e diversos" (Sand, Shlomo: Die Erfindung des jüdischen Volkes. Israels Gründungsmythos auf dem Prüfstand. Berlim 2010, p.18).
De fato, ainda sabemos pouco sobre os milagres biológicas da herança genética, sobre o que e como se herda nos genes. A nova ciência epigenética está descobrindo que até experiencias individuais podem acabar herdando-se aos filhos e netos do individuo. Vejam as seguintes citações de autores não racistas: trés médicos (húngaro, polonês, suíço) que parecem ter previsto esses novos conhecimentos genéticos bem cedo:
O médico e psicologo judeu Sandor Ferenczi, aluno de Sigmund Freud: "O plasma das células ovular e sêmen, a massa hereditária, é a soma das impressões traduzidas dos ancestrais e passadas adiante pelos indivíduos." (Heer, Friedrich: Gottes erste Liebe. Berlim 1981, p.326 f.)
O medico e pedagogo Janusz Korczak, que foi assassinado com os meninos do seu orfanato em Treblinka, escreveu no seu livro “Como se deve amar uma criança” (Wie man ein Kind lieben soll, Göttingen 1979): „Minha criança“, você diz. Não, é uma criança comuna, de pai e mãe, avós, avôs e bis-bis-bisavôs. Algum „ego“ distante, que dormiu numa fila de ancestrais, a voz de um caixão apodrecido , de repente fala de dentro do teu filho ... As vezes uma criança sensitiva está fantasiando que é um enjeitado na casa dos pais dela. É verdade: O gerador dela já morreu faz muito tempo. Uma criança é como um pergamino densamente coberto de hieroglifos minusculos ...
O medico e psicologo Carl Gustav Jung (tambem aluno de Freud) enfatiza que „a criança não é apenas um apéndice da mãe, mas um ser novo e individual, muitas vezes equipado com um caráter que pouco parece com o caráter dos pais dela e de vez em quando até parece ser de uma estranheza assustadora. Isso deriva do fato que crianças são, por assim dizer, apenas nominalmente os descendentes dos pais, mas nasceram dos raízes ancestrais. Por isso, precisa-se de retroceder, de vez em quando, vários seculos para constatar a semelhança familiar“ (Analytische Psychologie und Erziehung, em: Obras, Vol.17, Über die Entwicklung der Persönlichkeit. Olten e Freiburg i.Br. 1985, p.148).
Mais uma voz de „experto“ na genética judaica: No ano 1627, Fra Francisco de Torrejoncillo publicou um „grito de alerta contra os Judéus“ comparado com o qual as Leis raçistas de Nurembergo do ano 1935 pareceram indulgentes:
„Para ser um inimigo dos Cristãos, de Cristo e da Sua Lei Santa, não precisa-se de pais Judeu e mãe Judia. Um lado unico dos pais já basta. Não significa nada que o pai não é Judeu; a mãe já basta. E mesmo se ela não é completamente Judia, a metade já basta; e mesmo se não é, um quarto ou um oitavo já basta. A Santa Inquisição no nosso tempo descubriu que o sangue Judeu se continua até no elo vigesimo primeiro.“ (Yerushalmi, Yosef Hayim: Assimilation and Racial Anti-Semitism: The Iberian and the German Models. Contido em: Leo Baeck Memorial Lectures, No.26, New York 1982, p.16).
Então, conforme o Francisco, os índios mexicanos encima mencionados são judeus mesmo, não é?
Konrad Yona Riggenmann
Querido Konrad.
Eu já havia visto a crítica do Marx Golgher atribuindo erro à postagem e preparei um texto explicativo, mas quando fui postar deu tudo errado, então, pensei...."deixa para uma outra oportunidade". Entretanto, como não costumo deixar nada para depois e quando posto algo aqui no JH tenho como objetivo que isso gere saudáveis discussões, confesso que estava um pouco incomodado.
Agora, fico sem palavras diante da oportuna e inteligente resposta postada por você, mostrando o quão precipitados podem ser nossos julgamentos e o quanto a maioria dos Judeus estão na defensiva atribuindo a tudo e a todos um preconceito e um racismo que eu seria leviano em dizer que não existe, mas ousado em afirmar que para alguns isso está somente em suas mentes e corações.
Aproveito o momento para agradecer mais uma vez ao Jayme pela brilhante idéia de criar este espaço e dizer ao Marx Golgher e ao Shmuel de Mattos que continuem com suas contribuições sinceras, pois é desse modo que conseguiremos voltar às velhas discussões Rabínicas do passado para que possamos construir o futuro do Judaísmo.
Poucos tem o privilégio de contar com a presença do Dr. Konrad Yona Riggenmann, como nós da Sinagoga Humanista Teshuvá de Curitiba que podemos contar com sua brilhante participação todos os sábados em nosso Midrash.
Shalom veOr!
Marcelo Barzilai
Shalom amigos,
Eu estava aqui "caminhando" pelas estradas virtuais desta página, quando me deparo com esses comentários muito esclarecedores e afinados, a página que já dava indício de descaracterização de postagens inteligentes e até mesmo chata indo em direção a um religionismo sem sentido me fez retornar à ela. Tínhamos que ter mais destes embates por aqui, deu gosto de lê-los.
Agora compreendo a tentativa dos descedentes dos judeus sefarditas ou não, de procurarem comprovar sua ascendência. É mais que sabido que os judeus documentados brtá-milados e bar-miztivados não vêem com bons olhos o movimento de busca ao retorno ou e/conversão, como se o tesouro cultural judeu fosse pertecentes apenas aos filhos de RG judeu. Penso que essa visão diminui o próprio judaísmo.
Para mim o texto enviado por Barzilai não tem nada de racista, mas tenta esclarecer ainda mais para os judeus que sua história é dividida com esses descedentes que sabem ou não de seu passado e que querem um reencontro com sua herança que é tão legal quanto a relação de um filho legítimo com seu pai quanto ao filho bastardo. É uma questão de justiça, levendo em consideração seus devidos cuidados.
O tema da herança genética é apenas mais uma prova para um tribunal que não vê com bons olhos seus próprios filhos bastardos que se perderam no caminho das inquisões e assimilações e que agora perguntam-se por sua herança.
Um grande tema!
Abraços.
Marcelo.
Hahahahahahhahahahahah, Judeu-Macunaíma! Shmuel a irreverência é necessária quando serve para desvincilhar as ideias do raciocínio ortodoxo. Mais risos no JH!!!!!!!
Bem fiquei pensativo: Judeu-Macunaíma, daria uma bela dissertação antropológica sobre o tema dos Bnei Anussim. Mas não sei se Mário de Andrade aprovaria. Seria um judeu Pai-de-Santo????? Hahahahahahahaha, mas lenha na fogueira dessa inquisição (Devaneios).
Abraços.
Há certa validade nessas divagações escatológicas- Flauberianas, e nelas, frequentemente surge algo de aproveitável. E eu, Teísta-Divertido, mas professando a plebe "“Excrementualismo", quero ver essa Judeuzada Brasileira em "over-drive'!
Adorei o “Judeu-Pai-de-Santo” (rsrsrs). Como voce sabe Marcelo, em POA eu creio haver a maior Colonia Judia do Brasil, ainda que alguns deles deem ate “Zig-Heil” (“Anauê” lá é coisa de Caboclo - e é muito fuleiro) e protestam com veemência a suas “Teutonicidade”. (rsrsrs).
Mas puxa vida, lá é um Antro de Judeu-Macumbeiros alguns usando ate Roupas Brancas nas Sextas Feiras. Parecem ate médicos Terceiro-Mundistas, professando aos aborígenes a sua Douta Profissão, acintosamente, como "Cambonos de Terreiro", desfilando de roupas e sapatos Brancos.
Mais isso é outra vertente. O importante e gerar discussão e aprender algo dos Drashes!
Shabat Shalom
Hug/Abraco,
Sam
Marcelo Cesar Dias disse:
Hahahahahahhahahahahah, Judeu-Macunaíma! Shmuel a irreverência é necessária quando serve para desvincilhar as ideias do raciocínio ortodoxo. Mais risos no JH!!!!!!!
Bem fiquei pensativo: Judeu-Macunaíma, daria uma bela dissertação antropológica sobre o tema dos Bnei Anussim. Mas não sei se Mário de Andrade aprovaria. Seria um judeu Pai-de-Santo????? Hahahahahahahaha, mas lenha na fogueira dessa inquisição (Devaneios).
Abraços.
Cinco Pontos fundamentais:-
Antes que se desvirtua, por completo, o debate sobre a hipótese arguida num estudo de células de indios do Colorado, EUA, que teria sido extraído a conclusão de que eles teriam "raízes sefaraditas", vejo na contingencia de assinalar quatro pontos:
1- O elemento biológico apresentado como pressuposto demonstrativos que esses índios tem origem sefaraditas está inteiramente equivocado. Segundo o texto de apresentação de tal pesquisa os cientistas israelenses encontraram na células destes índios gene típico encontrado nos judeus asquenazitas do leste e centro de Europa. Se é assim, a conclusão deveria ser que tais indios teriam "raizes asquezitas", não sefaraditas, segmento do povo judeu da Espanha e Holanda, que têm uma cultura judaica com forte diferenças dos asquenais, como a lingua "nativa", idishe para os primeiros e ladino para os segundos...
2- Ademais,se concordo que a genética não é racismo, também concordo que racismo é o mau uso da genética. No caso do povo judeu os casos de " Tamar, Rahab e Ruth, trés bisavós do rei Davi"como tambem a "Bathseba, mãe de Salomão", importa afirmar estas pessoas não nasceram "com genes judaicos", mas se tornaram parte integrante do povo judeu por que livre e espontaneamente absorveram e assimilaram as bases fundamentais da cultura judaica, transmitida pelo conhecimento, nada tendo a ver com a genética, uma ciência biológica. Como ensina o Aurelio:- Cultura é: O conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade. [Nas ciências humanas, opõe-se por vezes à idéia de natureza, ou de constituição biológica, e está associada a uma capacidade de simbolização considerada própria da vida coletiva e que é a base das interações sociais." Inata: Que nasce com o indivíduo; congênito, conato:
“é inata ao homem esta tendência a fazer perguntas” (Eça de Queirós, Ecos de Paris, p. 225); “A linguagem não é uma coisa inata, não é um dom natural, mas um aprendizado.” (Pedro Bloch, Essas Crianças de Hoje!, p. 11).
2.Filos. Que pertence à natureza de um ser".
3-Ou seja, o judaismo não é, nem pode ser uma religião fechada, hermética, só transmitido pela fecundação do óvulo mãe judia, como o é concebido pelo rabinato ortodoxo, segmento que tem uma força politica e social em Israel a partir do severo controle que têm na Chefia do Rabinato de Israel. O que torna muito dificil a conversão ao judaismo no Estado judeu, de vez que a atuação de outras denominações religiosas judaicas não ortodoxas, como conservadora, reformista, progressista, etc não tenham efeito civis se forem realizadas dentro do território israelense.
4- A conversão ao judaísmo na Diáspora Ocidental só é possivel por que judaismo é de fato uma cultura humanista, um aprendizado de seus valores e principios básicos que sustentam a etnia judaica- "Grupo com relativa homogeneidade cultural, considerado como unidade dentro de um contexto de relações entre grupos similares ou do mesmo tipo, e cuja identidade é definida por contraste em relação a estes"
5-Em Israel ocorre um amargo paradoxo. Se na Diáspora Ocidental o religioso judeu goza da livre escolha da denominação de sua escolha, em Israel o judeu não tem opção: só procedimentos realizados por rabinos ortodoxos, controlados pela Chefia do Rabinato de Israel, exclusivamente ortodoxa tem efeitos civis. Assim, casamentos, divórcios, enterros, conversões etc. etc. em território israelense só tem valor os realizados pelo rabinato ortodoxo. Denominações outras como conservadora, reformista, progressista, etc não tem vez em território israelense. Um judeu reformista residente em Israel tem que se casar no exterior, geralmente na ilha de Chipre, se quiser ser reconhecido como casado, e olhe lá...pois, pode ser considerado inválido pelo ministério do Interior, também dominado pela ortodoxa...Não é à-atoa que na sociedade israelense nada menos de 600 mil judeus estão excluídos da cidadania....
"A conversão ao judaísmo na Diáspora Ocidental só é possivel por que judaismo é de fato uma cultura humanista, um aprendizado de seus valores e principios básicos que sustentam a etnia judaica- "Grupo com relativa homogeneidade cultural, considerado como unidade dentro de um contexto de relações entre grupos similares ou do mesmo tipo, e cuja identidade é definida por contraste em relação a estes". Golgher matou a charada, nesse Drash.
Em Israel, em nome da intransigência, do exclusivismo a Ortodoxia (muitas vezes sem fundamentos no Torá) nos leva a guerra...
Bancando-a nos: os “sarnentos” da Diáspora, pegando as armas junto a Israelitas não-ortodoxos, agnósticos e ate ateístas - que malgrado serem taxados de Não-Judeus, dão o seu sangue para que o Pinguem possa ficar na MEDITACAO da LEI..
Como se diz no USMC, eles “talk the talk” (falam a fala) e nos “walk the walk” (andamos a trilha).
Viva o Humanismo. Minhas armas já estão penduradas, enferrujando-se.
© 2024 Criado por Jayme Fucs Bar. Ativado por